Sunday, January 22, 2017

The 9th Life of Louis Drax

Anthony Minghella ficará sempre ligado aos ultimos anos do cinema por ter sido o realizador do Paciente Inglês filmes premiado com os Oscares. Este teria sido um dos seus proximos projetos do realizador não fosse a sua tragica morte. Para substiriu a aposta em Alejandro Aja mais proximo do cinema de terror foi surpreendente e acabou por tirar alguma dimensão ao filme. Criticamente as coisas correram mal com avaliações com tendência negativa. Comercialmente a pouca expansão do filme acabou também por não ser o ideal em termos de resultados.
Sobre o filme eu penso que toda a estrutura do filme é ambiciosa naquilo que deve ser uma boa historia com originalidade na abordagem com suspense e mais que isso na forma como nos questionamos numa narrativa aberta a Twist. Tudo isto é bem montado no filme que acaba por ter uma primeira hora muito interessante na preparação de um thriller original, creativo e mais que isso ambicioso no paralelismo de situações.
O problema do filme para não ser uma obra de primeira linha é quando tem que explicar é quando é necessario fazer a união entre mundos de dimensões diferentes e ai penso que o filme não é claramente inteligente na opçao que faz, pois conduz para um nivel paranormal que tira alguma da força do filme em termos de resultado junto do espetador. Outro dos problemas do filme é alguma previsibilidade no resultado final e na explicação para a base do que vemos, mesmo assim e salvaguardando que o filme poderia esconder melhor a revelaçao final, já que tal poderia causar outro impacto, penso que a resolução é aquela que melhor funcionou em termos narrativos.
Ou seja parece-me claramente um filme com muitos aspetos de um bom argumento para o genero mas que por vezes demonstra dificuldades nos detalhes que explicam e que ligam as sequencias tornando o sabor agridoce. Mesmo assim e tendo em conta as negativas avaliações do filme penso claramente que as mesmas sao exageradas pois o filme cumpre os seus objetivos, e onde falha é em ser rigoroso em alguns detalhes e na forma como não agueta o filme em dimensões diferentes mas isso impede-o na minha opiniao de um salto qualitativo maior.
A historia fala de um jovem de nove anos sempre marcado por sucessivos acidentes que acabam por condicionar a sua vida. Contudo acaba por sofrer uma queda quase mortal que o deixa em coma e que vai aproximar a mãe deste de um psicologo que o acompanha que vai tentar compreender melhor a razão de tais acidentes.
Em termos de argumento mesmo não sendo totalmente coeso ou na minha opinião feliz em algumas das opçoes que torna, trata-se de um filme com um argumento corajoso, original e interessante. Este filme acaba por ser melhor trabalhado na fase introduçao do que na conclusão mas é daqueles que narrativamente arrisca. Por vezes é demasiado previsivel no seu desenvolvimento.
Alejandro Aja é um realizador ate agora marcadamente de terror que tem aqui um filme mais complexo com diversas vertentes. O seu trabalho acaba por ser simples mas eficaz nos propositos do filme no balanço entre mundos, também nas cores que utiliza. Demonstrou aqui ter argumentos para variar no genero.
Em termos de cast penso que Dorman é um actor pequeno ainda em recursos e mesmo em carisma e acaba por não dar dimensão à personagem. Também Aaron Paul sofre de uma personagem linear sem grandes momentos, dai que o filme é na sua totalidade dominado pelos recursos dramaticos e de intensidade de uma das mais recentes revelações de hollywood Sarah Gadon. Uma personagem intensa, diversificada de uma actriz com um bom ano a seguir nos proximos tempos. Já o ator mais novo que da nome ao filme Aiden Longworth cumpre.

O melhor – A introdução de uma historia corajosa

O pior – A forma como a ligação entre realidades acaba por ser feita


Avaliação - C+

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