Monday, November 30, 2020

Hillbilly Elegy

 Numa altura que marcaria certamente o epicentro de uma corrida a premios talvez so a netflix tenha seguido o seu plano para este ano numa corrida quase a solo. Um desses filmes com esses objetivos e este drama familiar baseado numa historia veridica realizada pelo sempre competente Ron Howard. Contudo apos as primeiras exibiçoes se percebeu que o resultado nao ia ser brilhante em termos criticos mas ninguem esperava criticas tao duras para este filme. COmercialmente parece obviamente num plano secundario das apostas da Netflix e mais pensadas para premios contudo ficara a meio caminho.

Sobre este filme podemos começar por dizer que temos um drama familiar intenso, uma interessante historia de vida mas que depois em termos de novidade nao nos parece aquilo que se esperava muito por culpa de uma abordagem muito simples de Howard que nunca consegue dotar o filme de atributos diferenciadores para alem das suas interpretaçoes.

Em termos emocionais a historia do filho dos problemas e das classes baixas que consegue chegar ao sucesso e sempre uma formula proxima do grande publico, mesmo que em termos de processos o filme seja igual a muitos outros de domingo a tarde o que e curto principalmente tendo em conta os elementos ao seu dispor quer no cast mas tambem nos elementos produtivos.

Fica a ideia de um filme alavancado acima de tudo pelas interpretaçoes mas que em si e muito pouco ambicioso parecendo uma historia na primeira pessoa de vida, sobre um sonho americano igual a tantos outros. A toada positiva do filme ainda funciona mas fica a ideia que com os valores em causa o filme tinha de ser muito mais diferenciador.

A historia segue um jovem estudante de yale oriundo de uma familiar problematica de uma pequena cidade que tenta ao mesmo tempo salvar a sua mãe de um problema de droga como conseguir o seu emprego e concluir o seu curso.

Em termos de argumento o filme e basicamente um relato simplista e emocional das personagens e do seu desenvolvimento do ponto de vista do protagonista. Nao e propriamente original ou diferente nem na caracterizaçao das suas peças nem nos dialogos, sendo alguns momentos soltos os unicos pontos em que sentimos algum toque de criador mas que se dilui posteriormente na mediania.

Howard e um realizador de primeira linha que por vezes consegue ser totalmente vulgar nas suas abordagens e este e um desses filmes. Fica o registo mais simplificado de um realizador com algumas obras de referencia mas que nos ultimos anos tem estado afastado do sucesso.

No cast temos dois papeis pensados para premios para Adams, e Close, que fruto da sua competente conseguem nos seus momentos elevar e muito o nivel do filme. As personagens sao talhadas para brilhar mas o filme e as suas limitaçoes condicionam e muito o resultado efetivo de dois papeis que tinham tudo para dar as suas protagonistas os oscares ambicionados.


O melhor - As interpretaçoes


O pior - A falta de risco de alguem como Howard


Avaliação - C´+



Sunday, November 29, 2020

Buddy Games

 Numa altura em que o cinema desespera pela normalidade parece que os conceitos encontram-se totalmente gastos de tal forma que ate pequenos filmes sem qualquer ambição como este que aqui agora analisamos consegue ver a luz do dia. Este filme acabou mesmo assim por passar despercebido a muita gente mesmo com a sua disponibilidade em cinemas e para aluguer online.

Sobre o filme temos a comedia parva, muito na onda do que por exemplo o pior Adam Sandler fazer num conjunto de amigos que se juntam para uma especie de olimpiadas parvas. O filme acaba por ser um caos total do primeiro ao ultimo minuto, com um exercicio de humor fisico que quase nunca funciona mas o pior de tudo e que mesmo em termos narrativos acaba por ser uma total confusao sem graça.

Neste tipo de conceito e habitual pelo menos alguns dos personagens funcionarem melhor ou pior pelo menos junto do publico, contudo neste filme funcionam todos mal porque o filme procura uma humor de choque agressivo que em si nunca consegue ser minimamente engraçado, tornando-se mesmo totalmente absurdo na maior parte do tempo.

E uma daquelas comedias que muitos depois de ver vão se arrepender do tempo ali despendido, num festival de um humor fisico claramente pouco conseguido como desculpa a uma serie de cenas parvas que nunca conseguem ser minimamente engraçados ou mesmo interessantes.

A historia fala de um grupo de amigos que depois de um interregno de cinco anos apos um acidente volta a reunir-se para uma especie de jogos sem fronteiras do exagero, que conduz a uma competiçao totalmente louca entre todos.

O argumento tenta usar e abusar do absurdo, do nojento, da repulsa para funcionar e nem com esse exagero todo consegue em algum momento ser minimamente funcional. Fica a ideia de um filme perdido que se procurca num espaço onde nao existe sucesso,

O filme marca Duhmel como realizador e ao contrario de muitos outros colegas da interpretaçao que entram nesta nova cadeira com o pe direito, este e um verdadeiro desastre do primeiro ao ultimo minuto. Se como actor nunca foi uma primeira linha com realizador pela amostra sera ainda menos.

No cast um conjunto de atores de terceira linha da comedia com papeis que vao de encontro as carreiras, e um Dhumel e Munn totalmente perdidos num filme que apenas danifica qualquer carreira que se tente criar.


O melhor - Ser pequeno


O pior - A falta de graça dos exageros a todo o tempo


Avaliação - F



Saturday, November 28, 2020

Black Beauty

 Numa altura em que a guerra entre streamings me parece cada vez maior fica a ideia que principalmente a Apple e a Disnet + ainda nao perceberam o potencial que principalmente os filmes nesta fase de confinamento pode ter como arma de sustentação dos seus conteudos. Neste inverno suerge um dos poucos filmes originais da disney + que insistem na ligação entre animais e pessoas, mesmo que criticamente estas nao tenham propriamente conseguido grande dimensao, e acima de tudo nos parece que não tem sido neste ponto que a Disney + tem ganho espetadores.

Este e mais um filme tipico Disney de ligaçao profunda e emotiva entre uma personagem triste e um animal que acabam por se apoiar mutuamente. Depois o tipico neste filme dramatico famiiar de acompanhar os caminhos que se juntam e separam sempre tendo em vista a emoçao facil e nem sempre algo de particularmente diferenciado.

O filme pela sua simplicidade e por transmitir sempre a ideia que sabemos como tudo vai acabar vai se conseguindo ver com momentos bonitos, com uma boa interaçao emocional entre a personagem humana e o animal, mas depois e rudimentar nos complementos como nos esteriotipos exagerados dos secundarios ou a forma quase passageira com que aborda a restante vida separada das protagonistas.

Ou seja mais do que qualquer coisa uma assinatura no livro de ponto da disney no sentido em que assume fazer mais um filme para alimentar a aplicaçao mas nao lhe da qualquer tipo de caracteristica propria que o leva a ser um produto ancora. E daqueles tipicos filmes familiares que vimos, que nao e dificil de ver mas que na sua essencia nada de diferente tras.

A historia fala de uma jovem orfão que vai viver com o tio e acaba por se ligar a um mustang selvagem que aos poucos vai domesticar e criar uma empatia entre ambas que vai com o tempo se tornar numa ligação para a vida mesmo com diversas contrariedades.

No argumento muita preocupaçao no lado emotivo e pouco mais, no resto demasiado previsivel do primeiro ao ultimo momento, muito esteriotipo nos secundarios, pouco humor, num filme claramente pensado para a lagrima facil.

Na realizaçao Ashley Avis e uma desconhecida que da o lado emotivo na realizaçao pela forma como destaca os momentos entre a personagem humana e animal, nao sei se este filme vai impulsionar uma carreira ou tornar-se-a numa tarefeira menor da disney

No cast temos novamente a jovem Mackenzie Foy a protagonizar um filme da disney depois da primeira colaboraçao ter sido um desastre. A actriz tem o lado sensivel que o filme pede mas a sua personagem basicamente nao existe. Winslet da alguma dimensao ao filme como voz do animal, e Glen traz o lado mais proximo do espetador depois do sucesso da sua personagem em guerra dos tronos.


O melhor - A emoçao facil que resulta


O pior - A total previsbilidade


Avaliação - C


Echo Boomers

 Num ano que podera definir alguns desaparecimentos pela escassez de trabalho no cinema, alguns atores lançaram os seus projetos menores. Um desses foi este filme sobre um grupo de jovens anti sistema anti capitalismo e a forma como se juntaram para o combater. Este claro filme pequeno acabou por ter alguma visibilidade fruto do contexto de tempo embora seja numa fase em que outras aplicações tem lançado produtos bem mais apelativos.

Sobre o filme podemos dizer que a base politica que esta na sua essencia nunca sai deste ponto ou seja temos um filme de personagens de risco, de grupo e dos conflitos inerentes a um grupo que vive na ilegalidade e aquilo que seria uma especie de propaganda politica desvanece num pequeno filme de serie B nem sempre bem interpretado pelos seus protagonistas que acaba por se arrastar no seu desenvolvimento.

Um filme como este com alguns twists tinha de ser sustentado num ritmo elevado ou em personagens com algum conceito, apenas no fim e na retrospetiva conseguimos perceber algum do sentido de algumas personagens e isso acaba por ser pouco para um filme que se tenta demasias vezes encontrar num caminho que parece quase sempre perdido.

Fica a ideia que seria obviamente um filme de segunda ou terceira linha que sem esta contingencia nunca ouviriamos falar. Num ano completamente estranho este e apenas mais um de muitos filmes preparados para cumprir calendario que acabou por ter mais visualizaçoes do que se esperava.

A historia fala de um grupo de jovens que se unem a um grupo criminoso com a intençao de se inflitrar na alta sociedade e roubar e pilhar casas de milionarios numa especie de luta contra um capitalismo instalado.

Em termos de argumento o filme ate pode em termos morais ter alguma intençao mas em termos de concretização esse lado ou essa ideia e ultrapassado por uma narrativa basica de personagens quase sempre pouco trabalhadas num resultado pouco ou nada interessante.

Na realizaçao Savoy e um desconhecido que tem aqui um daqueles trabalhos de serie b que quase leva a ignorar os realizadores das suas obras. Um desconhecido ate ao momento que provavelmente ira continuar nesse registo.

No cast temos um filho de Shwarznegger a tentar ganhar algum espaço mas parece nao ter propriamente muitos atributos para a interpretaçao nao sendo beneficiado neste filme pela sua personagens. Nos secundarios ficamos sempre com a ideia de nao perceber como um grande ator como Shannon faz num filme tao pequeno como este.

O melhor - Apesar de perdido Shannon ainda e o melhor.

O pior - O filme perder a sua base ideologica 


Avaliação - D+



Monday, November 23, 2020

The New Mutantw

Numa altura do verão em que o cinema tentou reacender a sua chama existiram alguns projetos que serviram de cobaias e esse objetivo e esta especie de high school de X man foi um desses filmes talvez o primeiro com esse objetivo. Contudo uma critica pouco ou nada abonatoria acompanhada acima de tudo por uma receçao do publico tambem pouco brilhante fizeram com que facilmente o filme se torna-se num falhanço comercial transversal a todos os filmes que efetuaram esta tentativa.

Sobre o filme eu começo a achar que o ano de 2020 acabou por esconder muitos dos floops de grandes produçoes que iriam ser lançados, ja que pela amostra do que foi lançado ou em cinema ou em aplicaçoes acabou por ser na maior parte projetos desastrosos sendo este mais um a todos os niveis, desde um argumento basico onde apenas a homossexualidade da protagonista acaba por ser novidade até uns efeitos especiais de valor mais que duvidoso.

O que sobre deste filme e muito pouco um conjunto de personagens com poder mas sem qualquer tipo de carisma, associados a uma especie de eixo do mal pouco ou nada trabalhado num filme curto onde ainda para mais os efeitos especiais estão longe de ser minimamente convincentes, mesmo que em termos de protagonistas va buscar alguns dos sucessos dos ultimos tempos no pequeno ecra.

Ou seja um filme muito fraco principalmente tendo em conta que seria uma das apostas de grande estudio caso nao existisse pandemia. Numa altura em que claramente o cinema sofre alguma crise de ideias que podera ser ainda mais agravado por tudo o que se passou em 2020 penso que cada vez menos pode existir espaço para este tipo de filmes.

A historia fala de uma serie de jovens com poderes que se encontram numa instituiçao pensam eles de treino que se unem num grupo para perceber quais as reais intençoes para eles.

E no argumento que o filme tem as suas maiores fragilidades as quais sao transversais a todos os prismas de avaliação quer personagens,  quer narrativa quer elementos tipicos de entertenimento, onde tudo e totalmente ausente.

Na realizaçao Josh Boone tem a cargo depois de tambem em termos juvenis ter tido algum sucesso num filme completamente diferente. Sofre nao conseguir utilizar efeitos com qualidade o que para um filme de grande estudio e catastrofico, num realizador que depois do sucesso ainda nao conseguiu impor-se

No cast um conjunto de jovens ja com algum conceito que acabam por se unir e sofrer com personagens pouco ou nada trabalhadas. Nao sera este filme que os potenciara para outros voos, sendo apenas uns minutos de presença para uma multidao maior. A falta de um vilao de peso e gritante


O melhor - A curta duraçao

O pior - A falta de argumentos de um filme de grande estudio


Avaliação - D



Saturday, November 14, 2020

Jingle, Jangle_A Christmas Story

 Num ano particularmente atipico tem sido notorio nos ultimos tempos uma aposta clara da Netflix em tentar rentabilizar ao maximo os seus projetos natalicios, ja que nos ultimos anos alguns dos seus maiores sucessos tiveram como base esse mesmo tempo. Este e mais um projeto num filme esteticamente interessante que conseguiu recuperar acima de tudo o espirito. Em termos criticos o filme resultou comercialmente não sei se tera os ingredientes suficientes para ser um dos melhores filmes da aplicação.

Sobre o filme podemos dizer acima de tudo que o filme tem bastantes atributos do ponto de vista estetico, na forma como a historia e montada e criada, no desenvolvimento estetico e musical que o filme consegue ter nos seus diversos momentos o que faz com que o filme acabe por ser muito competente nestes parametros mas acima de tudo deixa o espaço correto para a sua historia.

Em termos narrativos parece-me que o filme e algo simplista, tenta ir buscar emoçoes simples natalicias como familia e fraternidade. O filme acaba por jogar tambem com a traiçao mas penso que em termos de argumento o filme acaba por ser obvio e nao e nisto deixa o espaço correto para os valores produtivos do filme.

Ou seja um daqueles filmes que consegue incutir perfeitamente o espirito natalicio num filme que esteticamente consegue ter os atributos perfeitos para funcionar. E um filme bonito, emotivamente eficaz mesmo que na sua historia e essencia seja mais do mesmo do que vimos em outros filmes familiares de natal.

A historia fala de dois inventores de brinquedos no qual um acaba por roubar o livro de eventos ao outro e o sucesso da sua industria, o que acaba por destruir a vida familiar e profissional do outro, ate ao momento em que a neta de um indivíduo entra em jogo proposto a mudar os astros.

Em termos de argumento nao e um filme propriamente forte em termos de historia pois parece-me que se trata de um filme de emoçoes simples, previsivel e pouco mais. Tem objetivos curtos neste ambito que os cumpre facilmente.

No que diz respeito a realizaçao Talbert e um realizador de comedias com historico em termos de comedias familiares afro americanas que consegue aqui ter um filme esteticamente bem composto, bonito e com espirito o que acaba por funcionar bem e demonstra algum desenvolvimento do mesmo como realizador.

No cast o filme busca alguns atores de comedia e musical para protagonismo, num filme que exige a alguns dos seus interpretes mais capacidade vocal do que interpretativa num filme que sublinha outros atributos.


O melhor - A capacidade estetica do filme.


O pior - Argumento simples e previsivel


Avaliação - B-



Thursday, November 05, 2020

Holidate

 Numa altura em que o ano se aproxima das festividades maiores nos EUA eis que começam a surgir ainda que de forma diferente este ano os primeiros filmes sobre essa tematica. Este e um filme que para alem de reunir todos os feriados marcantes tem uma historia de amor simples, e uma comedia dentro da tradição tipica da comedia romantica. Criticamente esta abordagem da netflix nao foi alem da mediania com algum pendor nedativo mas em termos de ingredientes tem tudo para ser um bom sucesso comercial da aplicação.

SObre o filme temos uma obra que busca alguns dos atributos que ao longo do tempo conseguiram fazer funcionar comedias romanticas, como a aproximaçao entre as personagens nas suas diferenças, o facto de encaixar bem as personagens para posteriormente e com algum humor fazer as personagens encaixar no ponto de vista emocional, com toda a ligaçao emocional que os feriados trazem consigo.

Em termos humoristicos o filme tem algumas qualidades principalmente no seu tom suave e desligado de tabus. Isso faz com que o filme se aproxime do publico, não sendo propriamente um filme brilhante ou um poço de originalidade e um filme que sabe onde tem que tocar e faz, sendo que o humor acaba por ser algo basico tendo em conta outros filmes com o mesmo estilo mas com mais resultado.

Fica a ideia de um filme que funciona bem junto do publico mesmo que na sua essência não tenhamos nada de particularmente interessante e um filme que reune algumas qualidades para o seu resultado moderadamente eficaz. Nao e um filme para registar mas o percurso pelos feriados acaba por ser a melhor aposta e o melhor atributo do filme.

A historia fala de duas personagens desligadas e sozinhas e acaba posteriormente por assumirem o rotulo de companheiros de festividades de forma a impedir estarem sozinhos nesses momentos. Com o passar do tempo essa ligação torna-se cada vez mais proxima

Em termos de argumento podemos dizer que e um filme obvio com piadas e personagens simples. Tem como grande vetor o facto de passear com algumas das tradições dos diferentes feriados que aproxima o filme do publico maior.

Na realizaçao Whitessel e um veterano associado a comedia que nos da um filme ritmado com muito dos diferentes feriados sem grande arte. E mais um filme proximo daquilo que normalmente a tradiçao da comedia acaba por fazer sem grande sublinhado.

No cast Roberts funciona bem no estilo de comedia romantica e novamente neste filme demonstra essa capacidade. Encaixa bem no duo com Bracey um actor que ja teve num momento de maior dimensao que este, embora o estilo comedia me pareça funcional


O melhor - Os momentos dos diferentes feriados.


O pior - Pouco original na abordagem


Avaliação - C+



Monday, November 02, 2020

On the Rocks

 Nesta altura em que o cinema esta parado eis que SOfia Copolla nao perdeu a oportunidade de lançar o seu novo filme em conjugação com a aplicação de streaming Apple +. Criticamente marcou mais um bom registo da realizadora, sempre apostada em historias na primeira pessoa. Comercialmente o nome Copolla podera ajudar a divulgar uma platalforme que ainda nos parece algo longe das principais.

Sobre o filme podemos dizer que se calhar não temos aquele cinema rebelde e independente que deu a realizadora a sua assinatura. Aqui temos um realismo nas personagens, nas duvidas e nas relações numa nova iorque profunda. Isso dá-nos uma comedia suave onde as duas personagens centrais acabam por encaixar bem uma na outra, mas que acaba por nao ter o poder de fogo que outros filmes de Copolla ja tiveram no passado.

Nao e um filme obvio no seu desenvolvimento. E um filme de dialogos principalmente na relaçao destruturada entre pai e filha num momento diferente de cada um. Esse e o maior valor do filme e a forma como o filme consegue dar os melhor das personagens nesses mesmos momentos criando entre os dois uma relaçao bonita que nao tem de ser a de homem mulher. Alias esta a totalmente colocada para segundo plano no filme.

A ideia que fica e que e uma Copolla em versão simplista para um consumo rapido, com as suas virtudes, mas com uma falta de implicação da historia para algo mais do que 90 minutos de cinema algo simplista. A escolha de atores e interessante principalmente no registo suave e algo ironico que o filme quer ter sobre si proprio.

 A historia fala de um casal onde a mulher suspeita de uma alegada infedilidade do marido para com ela, ate que se aproxima do seu pai para tentar em conjunto perceber se realmente essa indefilidade existe ou nao.

Em termos de argumento temos bons dialogos principalmente na diade pai filha. Isso e uma virtude do filme na força e mesmo em alguns conflitos presentes entre ambos. Na historia de base parece que o filme e demasiado simplista para alguem como Copolla que nos da um filme que na base pouco mais e do que cinema de sabado a tarde.

Copolla e uma realizadora que teve um inicio fulgurante mas que depois perdeu algum impacto principalmente dos seus filmes. Aqui temos um estilo mais familiar. Percebemos que conhece como poucos nova iorque e o seu lado mais profundo, mas nao temos propriamente toque de midas em nenhum momento.

A escolha de actores e habil para o estilo e ligaçao que Copolla quer entre as personagens Murray e a sua representaçao de cinema, e aqui demonstra bem isso, com a sua ironia, embora seja mais um papel do estilo Murray. Jones tem um destaque que como actriz nunta teve particularmente e parece ter esse recurso encaixando bem como Murray. Wayans parece-me uma aposta mais de risco, mas a sua personagem acaba por ser dissolvida na historia


O melhor - A relação pai-filha.


O pior - Esperarmos sempre mais de Copolla


Avaliação - B-



Sunday, November 01, 2020

The Witchs

 Desde o momento em que este projeto foi anunciado a expetativa foi elevada não so pela historia conhecida de Ron Dahl mas acima de tudo porque reunia na realização Zemekis, no argumento Del Toro e na produçao Cuaron, ou seja um conjunto de crew que quase garantia que o filme se tornasse significativo por si so. A distribuiçao do filme ficou a cargo da hbomax em crescimento. Rapidamente se perceber que pelo menos do ponto de vista critico o filme ia ficar longe dos pragminhos dos seus obreiros com criticas extremamente medianas. Do ponto de vista comercial, parece que a hbo max ainda nao tem uma total abrangencia mundial e isso pode condicionar aquilo que sejam os resultados dos seus projetos.

SObre este filme temos desde logo que sublinhar que o mesmo peca no imediato pelo conceito estatico fica desde logo a ideia de Zemeckis torna o filme no seu contexto demasiado familiar e pouco artistico do ponto de vista estetico e isso acaba por nos fazer suspirar por exemplo com um estilo mais burtiano ou mesmo que Del toro tao bem ja deu noutros filmes. Certo e que o filme parece sempre colar mais a Stuart Little do que propriamente outro filme qualquer 

Na entrada em cena de bruxas temos demasiados recursos estilisticos mas com excelão do lado da boca pouco ou nada começa por ser assustador, e também do ponto de vista estilistico parece demasiados efeitos para uma personagems o tornando tudo algo confuso e pouco objetivo. O resultado final do filme acaba por nao ser brilhante do ponto de vista estetico e em termos de argumento pouco se poderia fazer a um filme tao iconico.

Fica a ideia que se trata de um filme menor com tanta gente importante. UM filme que ficou demasiado dependente do seu valor estetico e foi ai que tudo funciona menos, ja que em termos de argumento a historia e conhecida e teria de ser por ali que o filme de desenvolvia. A roupagem algo familiar tambem nos parece uma opçao discutivel.

A historia fala de um conjunto de bruxas que se juntam para transformar menores em ratos mas que rapidamente com a uniao desses tres ex menores e a avo de um deles acabam por se unir para virar o feitico contra o feiticeiro.

Em termos de argumento a historia de ROhn Dahl e conhecida e pouco poderia ser mexida. Do ponto de vista de contexto e pouco trabalhada indo diretamente para aquilo que se conhece.

Era na realizaçao que o filme poderia ir para outros voos e Zemekis ja demonstrou diversas vezes essa capacidade em diferentes registos. Aqui acaba por se tornar demasiado tarefeiro, demasiado familiar para um conceito que talvez necessitasse de um lado mais negro que se calhar Zemeckis ja tem dificuldade em demonstrar.

No cast o filme e muito dependente dos efeitos especiais e Hathway acaba por estar associada a isso mesmo. E mais vistoso do que brilhante. Nos restantes Chris Rock funciona sempre razoavelmente com a sua voz e Spencer encaixa bem no estilo antagonico as bruxas que o filme lhe pede.


O melhor - A historia de Dahl e positivista


O pior - Com tanta materia prima o filme sabe a muito pouco


Avaliação - C-