Monday, January 29, 2018

Last Flag Flying

Roberrt Linklater é um realizador singular, quer pelos projetos com caracteristicas unicas, quer por acima de tudo centrar os seus filmes em dialogos entre personagens comuns que rapidamente o deixam de o ser. Este ano tentou perceber as ligações passadas de guerra e a forma como as mesmas ficam cimentadas no seu reencontro. Em termos criticos pese embora a generalidade das boas avaliações as mesmas acabaram por ser insuficientes para potenciar o filme em termos de premios. Comercialmente e fruto desta falta de capacidade para ombrear nos premios o filme acabou por passar algo despercebido.
Sobre o filme, eu confesso que gosto da forma de Linklater dotar os seus filmes de palavras, e neste caso parece-me que a ideia do reencontro poderia ser otima para fazer funcionar um projeto como este, mas rapidamente se percebe que neste caso os dialogos são insuficientes para segurar um filme demasiado longo, e por outro lado as personagens são demasiado esteriotipadas para fazer funcionar a ideia do lugar comum.
Por tudo isto e mesmo tendo alguns pontos de argumento bem trabalhados, como as questões religiosas, ou naquilo que é o desenvolvimento das pessoas com o tempo, parece-me muito curto para um filme com mais de duas horas e com bons interpretes. Fica a ideia que mesmo no peso dos acontecimentos o filme não se consegue por vezes levar a serio, sendo pouco mais do que um ou outro ponto num contexto que poderia ser diverso.
Fica a ideia que o filme poderia ir mais longe, que o tema do pos guerra, e o seu cimentar no tempo deveria dar para mais principalmente nas conversas sobre o passado, e menos sobre as circunstancias. linklater e fiel ao seu tipo de filme mas aqui parece-me obvio que as coisas não correm particularmente bem.
A historia fala de tres ex companheiros de guerra que se reunem numa viagem com o objetivo de trazer o filho de um deles, morto em cenario de guerra para a sua terra natal, sendo que ai vão se recordar historias mesmo apos um afastamento de anos.
Em termos de argumento parece-me que a circunstancia de encontro de personagens é bem potenciado, sendo que o filme falha no peso dos dialogos em si. Não que estes não consigam em momentos ser interessantes porque o são, mas parecem insuficientes para sustentar um filme, algo que linklater fez também noutros projetos.
A sua realizaçao neste caso e simplista, mesmo nas escolhas de banda sonora, o filme acaba por ser um projeto de procedimentos base, sem grande risco. Parece-me sempre que com uma ou outra excepção mais exprimentalista Linklater e um realizador de argumentos.
No cast temos bons desempenhos, Carrel acaba por ser o lado introspetivo do filme, que nos da um registo diferente de um actor francamente em boa forma. Fishburn encarna bem o lado mais serio do filme, mas parece-me Cranston o coração do filme, num registo interessante que noutro contexto poderia ter mais atençao.

O melhor - O cast

O pior - A duração

Avaliação - C+

Sunday, January 28, 2018

The Florida Project

Todos os anos existe um filme declaradamente independente em todo o seu processo de criaçao, que fruto de uma reação critica fora do comum se intromete na luta pelos premios. Este ano esse filme foi este pequeno Florida Project, onde sem grandes figuras de proa e com uma narrativa descritica conquistou a critica americana e tornou-se numa das surpresas das temporadas de premios do ano. Contudo fruto quem sabe de alguma falta de dimensao nao aguentou a corrida mas comercialmente conseguiu resultados que de outra forma dificilmente conseguiria obter.
SObre o filme, eu confesso nao ter grande proximidade com filmes mais descritivos do que propriamente aqueles que tem uma intriga definida, principalmente porque defendo um cinema com alguma objetividade. Dai que nao tenha sido um amante profundo do filme, pois acho que na base limita-se a contar a historia de vida e o dia a dia de uma menor numa situação de risco, faltando-lhe contar algo diferente do quotodiano. Concordo que existe filmes com esta funçao, mas eu particularmente perfiro outro tipo de cinema.
Mas e obvio que o filme tem aspetos muito bem trabalhados fruto das suas escolhas iniciais, colocar as personagens na sombra de algo tao grande como a Disney World, a forma como as emoçoes e a felicidade ultrapassam o contexto social, e algo que funciona bem num filme, que é quase sempre filmado com essa preocupaçao, o de descrever um contexto social. Outro dos pontos que funcionam bem e as interpretaçoes principalmente dos mais pequenos e da progenitora da protagonista, mas tudo isto serve para tornar Florida Projecto um dos filmes do ano, sinceramente não creio.
Contudo e obvio que é facil nos gostarmos da protagonista, pela sua idade, pelas dificuldades da vida e pela forma como nos olhos da criança tudo tem soluçao, nisso e um filme com uma mensagem bonita mesmo num contexto social totalmente degradado. mas em termos de inovaçao pouco mais e do que uma historia de domingo a tarde.
A historia fala de uma mae solteira com uma filha que se encontra a residir num hostel proximo da zona da Disney WOrld utilizado essencialmente por pessoas com dificuldades economicas e que procuram algum rendimento nas proximidades daquele espaço.
O argumento e simplista, muito mais descritivo do que trabalhado, sem uma intriga definida. EM termos de argumento parece ir muito de encontro a espontaneadade e isso faz com que alguns momentos nao sejam providos de grande significado. Nao e o elemento mais forte do filme.
Sean Baker e um realizador que anteriormente ja tinha conquistado a critica, dentro do genero independente, aqui tem um trabalho simples, integrado e realista. COnseguiu chamar a atençao pela espontaneadade e pela forma realista com que nos da o contexto. E um filme que podera mudar o seu registo.
No cast obviamente que os louros vão para a pequena Prince, ainda que demasiado movimentada, mas essencialmente para Vinaite. Num ano onde no plano secundario estamos longe de ter grandes interpretaçoes a jovem desconhecida merecia mais atençao, talvez aquela que Defoe nao justifique, pese embora seja o unico actor mais conhecido do filme.

O melhor - A cronica social

O pior - A falta de intriga

Avaliação - C+

Saturday, January 27, 2018

The Shape of Water

Desde o momento em que estreou em Veneza e acabou por sair premiado com o Leao de Ouro a atenção dos premios ficou de imediato centrada nesta fabula romantica de Guillermo del Toro, que conquistou a critica por todo o mundo, de tal forma que atualmente e o filme mais nomeado aos oscares e provavelmente o grande favorito. Comercialmente a alavanca dos oscares permitiu um filme mais rentável, mesmo sem grandes figuras de proa.
SObre o filme, é importante sublinhar que Guillermo del Toro, tem uma capacidade unica de dotar os seus filmes do fantastico e do emotivo, reunindo-os em filmes verdadeiramente singulares e que marcam o espetador. A semelhança de Labirinto de Fauno este é mais um desses filmes que acaba por nos fazer rir, surpreender e emocionar pela dedicação das personages e mais que isso pelo insolito mas natural com que tudo acontece. E nisso a mestria do realizador faz com que historias que aparentemente nunca poderiam funcionar resultem em filmes de primeira linha, tecnicamente impressionantes e com uma narrativa de ponta.
Por tudo isto e facil perceber que este é um dos melhores filmes do ano sobre diversos aspetos. Não se trata apenas de um filme com bons dialogos, com uma historia original, trata-se acima de tudo um filme que quer e sabe ser bonito, mesmo que os seus intervenientes não sejam. Os promenores do filme encaixam todos para o resultado final, desde a fotografia a banda sonora, temos um filme completo, onde os pequenos senão nada interferem no resultado final de uma obra de referência.
E os senão sao pequenos, algum simplicidade a mais quando os mais proximos descobres a relação algo que nos parece algo forçado, e um final algo aberto, mas ao mesmo tempo sentido, sao os dois promenores que poderão funcionar menos no filme, mas isso nunca retira a beleza e a força a um filme que merece todas as refeências que vai tendo. Não sei se é o melhor filme do ano, talvez nao o seja, mas para já e de longe o mais detalhado e bonito.
A historia fala de uma empregada de limpeza nos escritorios dos serviços aeroespaciais americanos que acaba por começar uma relação empatica com uma especie de homem peixe que é conduzido para aquelas instalações quebrando todos os protocolos.
Em termos de argumento para alem de uma ideia original, tudo na historia é potenciado, toca em diversos temas, tem dialogos de primeira linha, é surpreendente e emotivo, dai um argumento que sabe potenciar ao maximo uma ideia ja de si criativa e original.
O aspeto que mais me surpreendeu pela positiva e o detalhe de Del Toro em ter conseguido uma realiaçao absolutamente impressionante. o promenor do filme, a estetica a simplicidade de todos os pontos torna certamente Del Toro atualmente um realizador universal com uma forma unica de unir o fantastico com fantastico das emoçoes.
No cast é impossivel dissociar o resultado do filme com a prestação de Hawkings. A sua expressividade é algo impressionante em todo o filme, que sublinha um ano impressionante da actriz do ano. Provavelmente perdera o oscar para Mcdormand, e isso até pode ser justo, mas é a batalha mais forte de interpretaçoes que me recordo nos ultimos anos pela categoria. Nos secundarios bons papeis, muito potenciados pelo argumento, contudo aqui discordo da academia, pois penso que Shannon é bastante mais forte do que um simpatico Jenkins. Mesmo assim a nivel de secundarios um nivel elevado de Jenkins, Shannon, Spencer e Stulhbarg

O melhor - A beleza com que o filme é feito

O pior - APenas alguns arriscarem em filmes assim

Avaliação - A-

Friday, January 26, 2018

Only The Brave

Cada vez mais é comum, com a universalidade da informação que determinados feitos, ou tragédias sejam do conhecimento global. Normalmente os filmes gostam mais de retratar os feitos do que as tragédias, pese embora alguns estudios já apostem no contrário. Este filme pode ser visto com um desses exemplos que serve de homenagem a que todos os dias se coloca em perigo por um bem maior. Pese embora este nobre posicionalmente o resultado teve bastantes dificuldades comercialmente onde nem as avaliações positivas conseguiram colocar o filme em outros voos.
Sobre o filme podemos dizer que normalmente contar uma tragédia é dificil de balançar do ponto de vista dramatico e o filme consegue. Inicialmente com um ritmo algo lento, vai sendo um filme ligeiro, que exagera na interação sentimental das personagens. O que poderia ser um inicio de pouco impacto vai acabar por preparar o terreno para o impacto final, e nisso penso que o filme é inteligente na forma como no final consegue sublinhar as suas emoçoes junto do espetador.
Claro que poderiamos facilmente concluir que um filme sobre incendios tinha espaço para mais ação, mais efeitos, um filme maior. Mas e obvio que este filme nunca tem esse objetivo em mente. Parece ser um filme declaradamente de coraçao, e isso não fica mal no final, mesmo que nem sempre com a maturidade de assinalar, acabamos por ficar intrigados com o resultado final, e acima de tudo emocionados.
Por tudo isto e numa altura em que em Portugal muito se falou de bombeiros, este filme é uma justa homenagem que tira do anonimato alguns dos combatentes. Claro que podemos dizer que é um filme demasiado obvio de se gostar. Mas é porque consegue ter o impacto emocional desejado. Nunca sera uma obra prima mas e um filme a quem nao conseguimos ficar indiferente.
A historia fala da ligação e ascençao de um grupo de bombeiros até a primeira linha de combate e a forma como estes acabaram tragicamente por falecer num dos piores episodios dos combates a fogos nos EUA.
Em termos de argumento não sendo um filme orignal, ou de grande risco, na composiçao e articulação das personagens é um filme com excelente balanço emocional, e principalmente o filme muito ciente daquilo que quer exibir e fazer sentir aos espetadores.
Kosinski era um realizador ate ao momento de filmes de açao e nem sempre de filmes muito funcionais pese embora grandes projetos. Aqui mesmo sendo um filme de estudio o investimento parece francamente menor. Temos um filme menos trabalhado do ponto de vista estetico, com espaço para mais, mas e obvio que o filme quer ser mais emotivo do que espetacular. Nao sendo o mais trabalhado e o melhor filme do realizador.
No cast um filme exigente para os seus interpretes principalmente Brolin e Teller. Acabam os dois por resultar nos papei. Brolin sempre com a intensidade que faz dele um actor de primeira linha, e Teller melhor que na maioria dos papeis dramaticos que fez.

O melhor - O caracter emocional do filme

O pior - Tinha espaço para uma maior dimensão cinematografica

Avaliação - B

Bad Moms Christmas

Quase um ano depois desta comedia sobre mãe e os relacionamentos com os seus filhos ter sido uma das surpresas comerciais de 2016, a produtora não perdeu tempo e trouxe uma sequela desta vez com o tema de natal. Com a mesma equipa os resultados foram a todos os niveis inferiores, comercialmente e principalmente no mercado americano as coisas correram relativamente pior e criticamente um primeiro filme com avaliaçoes com tendencia positiva tornou-se num filme com tendencia negativa, mas nunca se sabe se foi o suficiente para susprender o franchising
Sobre o filme eu sinceramente já não tinha ficado particularmente entusiasmado com o primeiro filme, ja que achei que era um conjunto de piadas repetidas, muitas vezes sem grande contexto e com pouco ou nenhum trabalho de fundo. Pois bem esse cinema de humor fisico, exagerado e sem moratoria surge novamente aqui num filme obvio, com o mesmo estilo e com o objetivo de rentabilizar algo que se aproximou dos espetadores, mesmo que ja no primeiro filme o gosto das sequencias humoristicas tivessem longe de entusiasmar.
Por tudo isto esta sequela e mais do mesmo, quem gostou do prmeiro vai ter momentos em que liberta algumas gargalhadas mesmo que a narrativa não faça grande sentido, e tudo seja demasiado obvio. para quem ja nao entrou no esquema do primeiro filme não é certamente com este segundo que vai achar graça quer as personagens quer ao estilo do filme.
A questão natalicia permite ao filme alguns apontamentos tipicos daquele espaço que o podem tornar comercialmente mais apetecivel devido a essas notações, mas nunca é um filme que usa este ponto para uma mensagem diferente. mesmo em termos de personagens as novas adiçoes nada trazem de realmente diferente ao estilo do primeiro filme.
A historia segue as mesmas tres personagens e a ligaçao entre elas. Contudo desta vez em plena epoca de natal vão ter que ser elas a resolver o seu problema com as proprias mães, o que nem sempre vao ser as relaçoes mais pacificas.
Em termos de argumento o obvio, em vez da relação com os filhos tudo vai ser virado ao contrario na relaçao com as maes, com as suas especificidades, mas com um humor obvio e que segue em toda a linha o estilo do primeiro filme, onde pouco ou nada existe para alem das sequencias de humor.
A dupla de realizadores repete o papel, Jon Lucas e Scott Moore argumentistas de Hangover e realizadores de diversos filmes de extremos tem aqui a realizaçao obvia para alguem que quer piada e movimento.
No cast a repetiçao de papeis encaixa no perfil das suas intervenientes. Nas novas aquisiçoes nada de particularmente relevante ja que as escolhas foram para atrizes que encaixassem habitualmente no perfil desejado.

O melhor - Nao altera o humor do primeiro

O pior  - Mas tinha muito por entre melhorar

Avaliaçã
o -C-

Wednesday, January 24, 2018

The Square

A Universalidade cada vez maior do cinema tem premitido que alguns actores tipicamente de hollywood comecem a marcar presença em projetos de outros paises. Este ano nesta produção da suecia surgiu a presença de Elisabeth Moss e Dominic West, num peculiar filme que acabou por vencer a palma de ouro do festival de Cannes e desde ai assumir a sua candidatura natural ao oscar de melhor filme estrangeiro fruto de uma recepção critica positiva, embora mais entusiasmante na europa do que propriamente nos EUA. Em termos comerciais tendo em conta que se trata de um filme europeu os resultados foram consistentes e que o tornam num serio candidato ao oscar para o qual concorre.
A excentricidade ou a pouca lógica das coisas são duas caracteristicas que marcam e muito o tipico cinema europeu. Este filme sueco acaba por ter bem vincadas estas caracteristicas que faz com que alguns momentos super interessantes sejam intercalados com outros que não percebemos nem queremos perceber o proposito. Este é mais que tudo um filme estranho, com uma linhagem bem percetivel mesmo do ponto de vista moral, como o roubo e a recuperação dos equipamentos roubados, e outras menos faceis de entender como toda a exploração do museu.
Por tudo isto parece-me que temos mais que tudo um filme ambiguo, que intercala momentos divertidos, onde se aproveita o conceito, e com uma satira bem apurado, com outros menos conseguidos que dificilmente conseguimos perceber um proposito para alem de nos dar imagens proprias e singulares que muito o cinema europeu gosta de sublinhar.
Por tudo isto Square é um filme longo e estranho, ficamos com a impressão que nem sempre é equilibrado, mas é indiscutivel que o mesmo tem sequencias de primeira linha, quer do ponto de vista humoristico quer do ponto de vista de realização. Permanece um imperativo moral forte num filme que nem sempre é objetivo a transmiti-lo.
A historia fala do responsavel de um museu, e na forma como o mesmo tem de gerir toda a arte moderna no mesmo, e o impacto nos visitantes, mas tambem tem que lidar com um furto que foi alvo e mais que isso com uma relação que inicia.
Em termos de argumento o filme é um emaranhado de situações que nem sempre funciona bem juntas, nem que seja porque o filme nunca tem uma intenção definida de as juntar. Dai que tudo seja demasiado confuso como um titulo só. Tem sequencias bem escritas outras menos funcionais.
Na realização Ostlund tem um trabalho vistoso, na capacidade de filmas sequencias pouco obvias com clara preocupação estetica. Temos cor, temos sentido visual, algo que muitas vezes não é potenciado ao maximo no cinema europeu. Uma vez que ja consegue chamar a si algumas figuras de hollywood podera no futuro também ele fazer essa passagem, trabalhar com outros meios e assumir-se de uma forma mais global.
No cast o filme e dominado de principio a fim por Claes Bang, uma personagem que não exige muito ao actor para alem da presença que ele consegue dar. Ao seu lado Moss consegue ter bons momentos, de uma actriz muito intensa dramatica e aqui comicamente que começa a ser um caso serio.

O melhor - A sequencia da entrevista ao artista

O pior - A ligação entre cenas não ser nunca clara

Avaliação - C+

Tuesday, January 23, 2018

All I See is You

Manter-se no topo é das tarefas mais dificeis de um realizador. Normalmente depois de anos de alguma gloria surge o lado mais negro com dificuldade em comprovar as expetativas criadas em torno dos seus filmes. Podemos dizer que Marc Forster ao longo do tempo já saboreu esta experiencia algumas vezes, estando nesta altura numa fase mais sombria. Em 2016apostou tudo neste thriller contudo apos a exibição em Toronto e com avaliações muito pobres acabou por filme por passar esquecido, estreando apenas em 2017 com pouco ou nenhum mediatismo. Comercialmente fruto de pouca divulgação os resultados foram muito escassos e tornaram este filme um dos floops criticos dos ultimos anos.
Sobre o filme, eu confesso que achei uma premissa interessante a da recuperação da visão e a forma como isso faria mudar o que conhecemos e a forma como vivemos, e na exploração dessa premissa o filme tem alguns valores, principalmente nos altos e baixos relacionais. O problema é que o filme não se satisfaz com abordagem e exploração deste ponto, tornando-o num thriller policial que o retira da realidade e de uma abordagem problematica para ir para um filme de personagens peculiares mais que a situação.
E neste balanço que o filme tem dificuldades em fazer prevalecer os seus objetivos, acabando por dispersar a sua atenção no lado sexual da personagem e mais que isso num thriller cheio de twists e pontas por resolver, que acaba por nunca dar atenção ou abordar a fundo a questão central, da adaptação a algo que todos pensariamos como otimo. E nisso o filme não se balança bem, e não é inteligente na gestão que faz.
Mesmo assim temos um filme de ritmo elevado, com alguns pontos que acabam por aproximar o espetador da narrativa, pese embora nos parece que excede o tempo que perde em imagens desfocadas e em situações isoladas de deambulação da personagem central, que faz com que algum tempo de um filme curto seja assim desaproveitado na tentativa de o transformar em algo mais do que realmente é.
A historia fala de um casal, no qual o elemento feminino é cego, mas que acaba por recuperar a visão após uma intervenção cirurgica. Este facto acaba por alterar todas as dinamicas do casal, colocando em causa tudo que antes era dado como adquirido.
Em termos de argumento penso que a base do filme é extremamente interessante e forte, sendo uma abordagem original de algo concreto. pena e que o filme nao saiba rentabilizar na especificidade a riqueza da ideia, dispersando-a num policial de segundo nivel.
Marc Forster tem tambem no seu trabalho neste filme altos e baixos, se nos contextos escolhidos como Tailandia e Espanha o filme tem boas escolhas penso que perde demasiado tempo em planos poucos focados transmitindo a ideia de se querer colocar na pele da personagem. Algo que me parece desnecessario num filme como este.
O cast tem personagens duais, Lively ainda me parece mais uma mulher bonita do que uma excelente actriz, e o filme exigia mais uma segunda do que uma primeira, dai que penso que ficou algo por potenciar na personagem. Clarke tem intensidade mas sofre por uma personagem nem sempre bem caracterizada pelo argumento.

O melhor - A ideia de base

O pior - Preocupar-se demais num guião policial

Avaliação - C

Tyler Perry's Boo 2! A Madea Halloween

Tyler Perry e a sua Madea é já uma das personagens claras do cinema atual, normalmente obtendo filmes mal recebidos pela critica sem grande humor o que é certo é que a personagem já vai no seu decimo filme, e continua a conseguir ganhar dinheiro. Este filme não foi exceção a esta regra, criticamente um desastre, estando mesmo na corrida pelos Razzies awards mas comercialmente a comunidade afro americana continua a sustentar esta personagem que já tem mais filmes em andamento.
Sobre o filme, eu confesso que não acho particular graça a este tipo de humor demasiado fisico, nem me parece que Tyler Perry seja um actor fora de serie a utilizá-lo como por exemplo durante muito tempo Eddie Murphy o foi. Em termos de humor parece sempre tudo demasiado forçado, pouco subtil e mais que isso pouco engraçado. O problema é que este filme não tem basicamente mais nada a não ser a tentativa de humor, já que a narrativa central é totalmente despropositada e sem graça.
Quando se chega a um decimo filme tem que se trazer algo de novo para a saga e para a personagem e Tyler Perry nunca o fez, numa personagem que já de si, não tinha sentido nem grande graça, mas que ainda tinha o fator novidade sem isso tornou-se cansativa e um objeto facil de quem espera bem mais do cinema seja em que componente for, como o entertenimento serie B.
Por tudo isto este é um filme dificil de ver, questionamos muitas vezes se mesmo Perry acha graça ao que faz, porque a quantidade de tentativas de piadas sem funcionar é elevada, ainda para mais num filme totalmente virado para comedia sem mais nada. Todos ja percebemos que atualmente o humor fisico tem que ser muito trabalhado ja que quando não o é as coisas podem ficar sem qualquer graça como é o caso deste filme.
A historia segue novamente a familia da Madea, que desta vez decide ir proteger a sua sobrinha de uma festa de halloween para adolescentes mas que já foi alvo de um ataque de criminosos, contudo tudo se torna uma confusão.
Em termos de argumento mais do mesmo, uma situação para potenciar a personagem, e quando assim o é tudo fica sem grande sentido, não tem personagens. não tem fio condutor da narrativa e mais que isso não tem graça.
Como realizador Tyler Perry faz filmes simples para uma população muito especifica: neste filme a tipica realizaçao de comedia de televisão e pouco mais. Não é aqui que reside o problema mas é aqui que ele agudiza.
Em termos de cast tudo não funciona Perry nem como pessoa normal nem nos seus bonecos funciona, com excepção de um ou outro momento de John, nota-se a obsessão com Eddie Murphy, contudo a graça nunca a consegue encontrar.

O melhor - Um ou outro momento de John

O pior - A falta de graça de um filme que anda sempre à procura de a ter

Avaliação - D

Monday, January 22, 2018

The Disaster Artist

Se existe coisa que pode definir este ano em termos de cinema é os biopics impensáveis. Depois de um filme biografico sobre a patinadora Tonya Herding surge agora um biopic sobre a dupla Greg Sestero eTommy Wiseau e toda a produçao daquele que é considerado o pior filme da historia, de tal forma que o mesmo se tornou num objeto de culto. Ao contrario do filme que tem por base a critica elogiou bastante o filme de Franco pela sua irreverência. Comercialmente os resultados foram consistentes aproveitando em muito aquilo que The Room significa para a legião de fãs que foi criando.
Como adepto de The Room confesso que estava à espera de mais, principalmente no que diz respeito aquilo que era Wiseau. Pois bem saimos com a sensação que o filme se limita a dar o lado estranho e sem sentido da personagem, não procurando explicações, talvez porque não exista, mas o que é certo 
e que eu pessoalmente esperava perceber o que lhe passou pela cabeça para fazer algo daquele genero. E nisso o filme acabou por num primeiro momento me defraudar as expetativas.
Claro que o filme tem momentos deliciosos, principalmente na composiçao de Franco que acaba por conseguir reproduzir todos os pontos principais de uma personagem tao peculiar como Wiseau. Os paralelismos com o filme original tambem são de primeira linha, que fazem deste filme facil de gostar. Embora nos pareça impossivel perceber onde o filme quer chegar nao conhecendo The Room, o que pode diminuir em muito o alcance do filme.
Por tudo isto parece-nos um filme que vale mais pela curiosidade e pela originalidade da ideia do que propriamente pelo seu valor em si. Alias parece que o filme precisava mais de se centrar em The Room do que na relaçao entre protagonistas, ja que destas acabou por não conseguir lhes transmitir nada. Enfim se não for por mais nada que consiga que as pessoas vejam The Room e percebam que é dificil fazer mau cinema com aquela qualidade.
A historia segue a relação de Tommy Wiseau e gregg Sestero, desde o momento em que se conhecem ate ao momento em que acabam por embarcar no projeto The Room totalmente pensado e financiado pelo primeiro.
O argumento com base num livro de Sestero vale pelo insolito da personagem que é Wiseau e os seus momentos. Ganha dimensao nos paralelismos com o filme e com as incidencias na filmagem. Nao é um filme que potencie ao maximo o seu valor proprio mas com The Room fica um bom conjunto.
Em termos de realizaçao Franco tem um trabalho simples e meritorio principalmente na forma como consegue recriar ao maximo The Room e os seus espaços. Em termos de caracterizaçao nao me parece que exista proximidade entre Franco e Wiseau e isso pode ser o mais problematico no filme.
No caste é brilhante o papel de Franco na forma como consegue replicar quase tudo que WIseau faz sem sentido nenhum. Pior os secundarios principalmente Dave Franco, numa personagem que domina o filme parece-me claro que um actor com mais qualidade poderia balançar mais o filme, que parece sempre uma comedia parva nas maos do mais novo dos Franco.

O melhor - The Room

O pior - Dave Franco

Avaliação - B-

Sunday, January 21, 2018

I TOnya

De todos os biopics e filmes baseados em factos reais, existiu um que chamou a atenção da critica e tornou-se num caso serio na temporada de premios, pela sua irreverencia e mais que isso pela excelente recepçao critica que foi tendo que o tornou numa presença assidua nas listas dos melhores do ano. Com base nestes factos o filme comercialmente conseguiu resultados bem mais fortes do que aquilo que inicialmente era esperado, e mesmo nao sendo um favorito nas categorias mais fortes pode ser um dos vencedores da noite dos oscares.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme sobre factos veridicos e sobre uma pessoa em concreto mas que rompe por completo para melhor com tudo o que normalmente vimos neste tipo de filmes. E aqui joga todos os factores de analise num filme desde as personagens, a forma do filme com entrevistas onde nos fornece o lado de cada um, o sentido de humor, a irreverencia, a ação dentro do ringue, fazem deste pequeno filme uma das maiores surpresas do ano, e talvez o grande biopic deste mesmo ano.
A historia em si podera nao ter o impacto de outros filmes sobre personagens mais marcantes, mas aquilo que significa por um lado naquilo que nos mostra sobre a necessidade de inteligencia para o sucesso, a forma aberta com que o filme se assume como uma biografia ironica de alguém, e mais que isso a forma descontraida e ao mesmo tempo documental que o filme consegue ser, sem nunca perder a capacidade de uma realização diferente e de primeiro plano.
Por tudo isto, I TOnya e um dos melhores filmes do ano, e nao fosse o seu argumento ou o seu significado não ser de uma dimensão muito grande poderia ser um dos grandes filmes do ano, e um candidato serio aos principais oscares, pois trata-se de um filme com um otimo argumento com uma base pequena, bem interpretado e com uma realizaçao de primeira linha.
A historia segue o percurso da patinadora americana TOnya Harding, e a sua particular personalidade e a forma como teve de ganhar a pulso uma carreira num contexto que não era dele, num contexto familiar a todos os niveis peculiar.
E no argumento que o filme brilha, uma adaptaçao de vida ironica que esta presente em todas as personagens tornando-as diferentes, dialogos de primeira linha, um sentido de humor muito apurado, trazem-nos um argumento sob a forma de biopic diferente e mais que isso criativo sobre como contar uma historia.
A realizaçao de Gillespie tras-no um realizador que muito prometeu com o excelente Lars and Real Girl e que depois nunca mais conseguiu atingir o nivel que muitos potenciaram. Aqui tem o seu trabalho mais interessante na realizaçao, com uma abordagem original, criativa e funcional a uma historia. Esperemos que desta vez venha para ficar ao mais alto nivel.
Tambem no cast temos um filme de primeira linha, Robbie tem uma interetação de primeira linha, quer em termos dramaticos quer na disponibilidade fisica. Perde por ser um dos anos mais fortes em termos de interpretaçoes femininas que ha memoria, mas sublinha-se que muitas ja ganharam com papeis bem piores. QUem nao deve ter competiçao é Janney a sua criaçao é unica, tirando o protagonismo a Robbie algo que seria impensavel nos momentos de interação. Se existe oscar que facilmente podemos perceber que seria uma injustiça nao estar atribuido e o de melhor atriz secundaria

O melhor - A forma completamente artistica de fazer um biopic

O pior - A historia que conta em si não será as mais surpreendentes

Avaliação - A-


LBJ

Numa altura em que nem sempre novas ideias tem surgido para os lados de Holywood, a setima arte tem-se recorrido de remakes e biopics para preencher o cartaz. Um dos filmes que foi lançado o ano passado entre muitos com prespetivas de premios mas que posteriormente em face de resultados criticos mais modestos acabou por ser lançado sem grande fulgor ja no decurso deste ano foi este biopic sobre o presidente Johnsson com incidencia na sucessao a JFK. Se criticamente as coisas não foram brilhantes com avaliações demasiado medianas, comercialmente o filme teve resultados tambem ele modestos tendo em conta que ainda conseguiu expansao para alguns cinemas.
Sobre o filme podemos dizer que olhar para a vida de um politico deste gabarito e termos um filme com pouco mais de uma hora e meia de duração transmite perfeitamente que nao vamos ter um filme detalhado, um filme de autor, mas sim um filme simples sobre um momento muito particular da vida desta personagem. E nisso o filme acaba por sem grandes enredos ou surpresas ser um filme que se vê bem, algo previsivel na sua forma mas com um ritmo elaborado e centrado na personagem mais que nos seus feitos e detalhe historico.
Por estas escolhas talvez seja um filme mais para publico do que para critica, ja que tambem nunca é um filme que explore grande diferenciaçao na forma como conta a historia e mais que isso nunca é um filme demasiado detalhado naquilo que quer transmitir. QUer sim fazer uma homenagem a um homem de convições fortes que foi importante nos EUA num momento dificil.
Como todos os filmes politicos podemos dizer que se esqueceu dos pontos mais polemicos da vida do mesmo, que se torna demasiado sentimentalista num terreno pouco prodigo para esses elementos. Isso pode fazer com que seja um filme demasiado trabalhado para uma historia real. Parece o lado colorido de uma historia, e quando assim é os biopics tornam-se naturalmente mais pequenos.
A historia fala do presidente dos EUA LBJ principalmente nas funçoes de vice presidente de JFK na relaçao com o mediatico presidente dos EUA e a forma como teve de tomar as redeas do pais depois do assassinato do presidente, indo contra as conviçoes que sempre defendeu.
Em termos de argumento devemos valorizar a capacidade de fazer um biopic de ritmo elevado o que nem sempre e facil. COntudo tem algum embelezar de situaçoes, e parece-me obviamente tendencioso naquilo que nos conta de um politico. Nem sempre é detalhado e centra-se em demasiado num aspeto concreto.
Os realizadores chegam a uma altura da carreira com diversos filmes, que pouco mais conseguem inovar. Reiner foi sempre um realizador de filmes ligeiros com alguns sucessos e que aqui filma como sempre filmou, com detalhe mas com simplicidade, talvez por isso nunca tenha sido um cineasta de primeira linha.
No cast uma boa escolha de Harrelson para o papel central, parece que a forma como o filme quer dar a personagem encaixa perfeitamente nas caracteristicas do actor. A caracterizaçao ajuda num filme de um one man show. Harelsson esta num bom momento de forma embora nos pareça que as personagens vao sempre ao encontro daquilo que ele é enquanto actor.

O melhor - O ritmo acelerado de um biopic

O pior - Pela forma como se resume a um momento é um filme pequeno em dimensao

Avaliação - C+

Saturday, January 20, 2018

Goodbye Christopher Robin

Num ano muito marcado pelo biopic de escritores, quer em filmes de primeira linha quer em filmes com figuras conhecidas mas produçoes menores, existiram alguns filmes que passaram mais desprecebidos como este biopic do criador de Winnie the Pooh. Em termos criticos o filme foi recebido com alguma mediania que nao lhe premitiu grandes aventuras em termos de premios. COmercialmente sendo um filme com limitaçoes em termos de expansao acabou por ter os resultados naturais para um filme de pequena dimensão.
Sobre o filme é claro que é mais facil o publico se aproximar de historias simpaticas e de autores simpaticos do que propriamente numa historia como esta em que é obvio um aproveitamento da carreira em deterimento dos valores familiares. E nisto o filme nem sempre é simpatico, mesmo sendo a base de uma historia simpatico para mais pequenos temos muitas vezes um filme implicito que lhe tira alguma intensidade, pese embora nos pareça que na maior parte do tempo temos um filme adulto naquilo que quer contar e na forma como o quer.
Em termos artisticos penso que o filme arrisca pouco, com tanto paralelismo entre a banda desenhada e a historia real,  penso que existia espaço em termos de abordagem de filme para mais criatividade para um filme menos rigido, que talvez merecesse mais atençao com mais objetos diferenciadores do tipico biopic pesado que acabamos por assistir.
Mesmo assim uma historia interessante que nos explica a base de algumas das figuras de animaçao que conhecemos. Para alem desse facto as duas prespetivas da historia e a forma como nem sempre o sucesso e sinonimo de felicidade. Neste ponto parece obviamente um filme bem trabalhado e cru na forma como trata esse apontamento.
A historia fala da relação entre o criador de Winnie the Pooh A. A. Milne e o seu filho e da forma como isso inspirou a criar as personagens que acabaram por condicionar toda a vida familiar de ambos.
Em termos de argumento temos uma narrativa capaz, criada com simplicidade mas objetivo com um bom equilibrio de momentos, mas com alguns saltos que nao fazem sempre um filme promenorizado. Nao sendo um filme de ritmo elevado e um filme consistente do ponto de vista do argumento.
Na realizaçao Simon Curtis e um experiente realizador que protagonizou normalmente filmes bem recebidos mas sem grande reconhecimento. Aqui parece-nos que peca por excesso de tradicionalismo na abordagem num filme que pelo que conta tinha espaço para maior excentricidade e criatividade. Por vezes esta e a barreira que separa os artistas dos tarefeiros.
No cast temos um filme nem sempre de grande impacto. Gleeson cumpre sem grande dificuldade o seu papel, mas falta chama, a mesma coisa para um Robbie em piloto automatico. Penso que o grande problema do filme e mesmo a interpretação do jovem WIll Tilson demasiado plastico e infantil.

O melhor - O paralelismo de uma historia querida com uma base pouco afetiva

O pior - O jovem WIll TIlson é demasiado artificial

Avaliação -. C+

Friday, January 19, 2018

Thank You For Your Service

Em face da multiplicação de generos em hollywood existem autores que se dedicam de corpo e alma a uma causa. Jason Hall argumentista reconhecido de American Sniper decidiu estrear-se na realização com um filme sobre o mesmo tema, ou seja o pos guerra nos soldados. AO contrario do seu anterior filme enquanto argumentista este conseguiu criticas positivas mas insuficiente para o impulsionar na corrida para os premios. Outro dos factores onde o filme acabou por desiludir em toda a linha foi comercialmente com resultados muito residuais tendo em conta alguma distribuição.
Sobre o filme eu confesso que atualmente é facil perceber que os EUA estão mais preocupados com o pos guerra e as suas sequelas naqueles que regressaram do que propriamente relatar as suas façanhas em terreno de guerra. E nisso temos um filme competente, e acusatório, na forma como denuncia a lentidão e a falta de recursos de apoio aqueles que lutaram pelo pais. Nisso parece-me um filme com um valor muito interessante naquilo que nos da a conhecer, e naquilo que realmente significa, e muitas vezes este deve ser o objetivos primario de qualquer filme, e este consegue fazé-lo.
Em termos narrativos contudo parece-me um filme menor, algo repetitivo nas oscilações dos personagens, que acenta arraiais num personagem menos interessante que os secundarios, e aqui pode ter existido algum erro na prespetiva, ja que ficamos sempre com a ideia que os outros companheiros teriam muito mais para contar. Mas mesmo assim o filme consegue ter bons momentos de intensidade dramatica e de conflito interno dos personagens que é bem potenciado no filme.
Pese embora o filme nos satisfaça e nos transmita algo forte acaba por ir por caminhos demasiado obvios quer na sua conclusão quer em alguns pontos que nao sao explicados. Não sendo uma grande produçao e isso e percetivel nas sequencias de guerra, e um filme interessante que nos mostra uma faceta dos EUA que muitos desconhecmos e que nos deixa a pensar.
O filme segue tres ex-combatentes na guerra do IRaque que ao regressar a sua terra e as suas familias começam a sentir os sintomas de terem estado num palco de guerra, para alguem de todas as dificuldades sociais inerentes ao facto de estarem fora da sociedade que os acolhe de novo.
Em termos de argumento é um filme que significa muito mais do que propriamente aquilo que internamento é. Ou seja a mensagem, o lado social do filme é bem melhor do que a narrativa, os personagens e os dialogos que o preenchem. Mas parece-me um filme com um objetivo pronto que o consegue cumprir.
EM termos de realizaçao temos um filme simples, sem grande realismo nas sequencias de guerra, mais pensado para o lado emocional. Não sendo uma obra de grande explosão acaba por ser um filme interessante pelo balanço entre a guerra e o sentimentalismo posterior.
No cast penso que nem sempre o filme é bem interpretado. Teller parece cair muitas vezes num overacting que não impressiona num papel que poderia ter tido outro reconhecimento. Nos secundários Bennet também da sempre a ideia de estar desligada do filme, mas aqui penso que o problame esta na definiçao da personagem, estando o melhor do filme para Koale com a personagem mais intensa do filme.

O melhor - A mensagem politica inerente ao filme

O pior - Um climax demasiado obvio

Avaliação - B-

Coco

Nos ultimos anos a Disney de forma isolada tinha ultrapassado em termos de avaliações os blockbusters da colaboração com a Pixar que usualmente eram lançados no verão. Este ano a estrategia mudou um pouco com esta colaboração a ser lançada no final do ano, com um filme original passado no méxico, com uma metática no mínimo peculiar. As coisas em termos criticos não podiam ter corrido melhor com avaliações extremamente positivas que devem garantir o oscar para melhor animaçao, mas ainda nao conseguiu entrar na luta para melhor filme. Em termos comerciais Coco ficou um pouco aquem daquilo que os melhores filmes desta colaboraçao consegue fazer, mas provavelmente os premios irao superar esta adversidade.
Sobre o filme eu confesso que já algum tempo que não me recordava de uma colaboração Pixar Disney de primeira linha, daquelas que avançam quer a nivel tecnico mas principalmente no risco da mensagem. Pois bem Coco tem tudo isso e acaba por ser um dos melhores filmes de animaçao dos ultimos anos nas duas componentes. A nivel tecnico o filme é brilhante a forma como cria a cidade dos mortos com uma beleza interessantissima, nao tendo problemas de assumir a morte e a destruição do corpo, o filme consegue mesmo com esta tematica ser engraçado
E depois a mensagem numa altura em que é sempre dificil explicar o mundo dos mortos aos mais pequenos parece-me obvio que este filme acaba por ter uma componente pedagógica interessante. Bastante arriscado na forma como o filme tenta abordar este assunto, não deixa de ser britalhante a forma descontraida como o faz, nunca esquecendo o lado emocional da morte e a forma como transforma esse terrivel sentimento em algo positivo.
Mas não se fica por aqui os valores do filme, o fazer tudo isto num contexto de um pais mexicano e das suas tradições que respeita ao milimetro demonstram bem o estudo que o filme acaba por fazer para ser objetivo. Por todos estes ingredientes COco é um dos grandes filmes da DIsney e mais que isso um dos grandes filmes do ano, demonstrando bem que o risco nos guiões podem fazer com que mesmo os filmes de pequenos se tornem bem significativos para os adultos.
A historia fala de um jovem mexicano apaixonado pela musica, que acaba por ir para o mundo dos mortos de forma a tentar encontrar o seu tetraavo uma figura mitica da musica e cinema mexicano.
O argumento e a muitos niveis brilhante. Desde logo naquilo que transmite em termos de mensagem, na forma como lida com a morte, e mais que isso na forma como consegue ser original, engraçado e emotivo. POucos filmes nos ultimos anos conseguiram ter uma mensagem tao completa.
Na realizaçao a pixar apostou em num dos seus melhores elementos, que já tinha sido o responsavel por Toy Story 3, a ultima grande obra prima da Pixar, e o que é certo e que novamente temos a todos os niveis um dos melhores filmes da companhia.
No cast um conjunto de atores hispanicos para dar realismo as personagens cumprem, principalmente porque as personagens ajudam pela sua forma de interpretar. Com a pixar este acaba por ser o trabalho mais facil.

O melhor - A devoluçao do cinema de primeira linha na animaçao

O pior - Os reticentes com este tipo de cinema podem não encaixar

Avaliação - A-

Thursday, January 18, 2018

Jigsaw

Sete anos depois do setimo capitulo de uma das maiores e sucessivas sagas do terror, eis que surge a ideia de revitalizar o franchising com um oitavo filme, o unico com um interregno maior relativamente ao seu sucessor. Neste regresso encontramos contudo pouca diferença relativamente ao resultado dos ultimos filmes da saga, criticamente as coisas voltaram a correr mal, algo habitual com excepçao aos primeiros filmes que foram pioneiros na ideia. Comercialmente também longe do esperado com resultados ainda inferiores ao capitulo setimo e que assim devem dar por terminado num futuro proximo estr franchising.
E indiscutivel o valor que o primeiro Saw teve no cinema de terror, principalmente pela ideia e por um guião bastante original e surpreendente, que com o passar do tempo apenas se tornou um filme de sequencias de horror puro, onde a unica ideia era dar as sequencias mais perfidas possiveis em termos de morte. Pois bem este filme vai no sentido dos filmes mais recentes já não conseguindo ter a surpresa e a inovação dos primeiros. Por isso é facil perceber que este é daqueles filmes que é apenas uma possibilidade de fazer algum dinheiro sem grandes ideias ou pontos novos para uma saga esgotadissima.
Alias um dos problemas de todos os filmes da saga foi o facto de filme apos filme abandonar alguns dos conceitos dos anteriores, criando tudo de novo de forma a resultar e conseguir fazer um dos elementos necessários do filme, os twists finais. Por tudo isto este será um filme que é mais do mesmo, ritmo acelerado, sequencias de morte violentissimas para adolescentes e pouco mais verem e gostarem.
Felizmente este tipo de franchisings tem prazo de validade e possivelmente saw terminara aqui, muitos filmes depois do que deveria, mas quando o lucro existe hollywood deixa-nos sempre levar conceitos até à exaustão, e neste caso este filme demonstra que nada mais pode ser feito no que diz respeito a Jigsaw.
A historia fala de mais um jogo do psicopata dos jogos, desta vez com cinco pessoas fechadas numa quinta, enquanto a policia tenta investigar as mortes que vão sendo descobertas e a possibilidade delas terem sido cometidas por alguem que já morreu.
Em termos de argumento o filme é completamente ilogico tendo em conta o que ja vimos dos outros filmes, essa despreocupação em encaixar nos filmes anteriores e algo que não consigo perceber mas que neste filme é notorio, percebendo-se sempre que se trata de retalhos à pressa e nao algo pensado, e nao existe saga que funcione desta forma.
Na realização deste filme foi entregue aos irmãos Spierger conhecidos por filmes de terror menos conhecidos, tem aqui uma realização simples, com os truques de camara tipicos para os filmes deste genero e pouco mais. Ninguem ganha dimensao com o oitavo capitulo de uma saga em desaceleração.
No cast Saw nunca foi propriamente um terreno porficuo para grandes interpretações ou atores de primeira linha, e este volta a nao ser. Pouco ou nada exige aos interpretes para alem de alguns gritos de desespero. Vale por um Tobin Bell que encaixa bem no seu Jigsaw.

O melhor - Um assassino conhecido mas gasto

O pior - Até quando vamos ter retalhos nesta saga

Avaliação - D+

Monday, January 15, 2018

Professor Marston and Wonder Woman

Numa altura em que os biopic estão na moda, bem como os filmes de super herois, não deixa de ser engraçado um filme sobre o criador do super heroi de maior sucesso do ano, neste caso a Wonder Woman. O filme algo peculiar na sua genese acabou por obter avaliações positivas, sem no entanto ser forte suficiente para entrar na luta pelos prémios. Em termos comerciais num filme obviamente independente os resultados foram modestos.
Sobre o filme, parece-me que se trata de um filme curioso porque normalmente não é esta a genese que esperavamos de um super heroi, e por isso essa surpresa vale muito daquilo que o filme significa junto do espetador. Em termos de filme em si parece-me um filme mais sofrivel, principalmente porque tem medo de arriscar nas fantasias dos seus personagens deixando tudo muito subentendido e isso acaba por não dar a intensidade que o filme poderia ter.
Mas exceptuando esta ligação entre a autoria do livro e centrando na personagem o filme é mais eficaz, principalmente nos avanços e recuos das relações, e mais que isso na forma como as personagens percebem a sua diferenciação, contudo parece que a determinada altura o filme principalmente na sua linhagem temporal padece de alguns problemas, já que até a relação ficar definida o filme é demasiado lento e depois parece curto nos momentos que dedica a cada momento, principalmente a criaçao.
Ou seja um filme que vale mais pela curiosidade do que conta do que propriamente pelo filme em si, e pela sua narrativa. Sendo um biopic com pouca base, pensamos que existia espaço para mais espontaneadade e para mais das personagens. Mesmo assim para os desconhecedores da historia fica a sensação de que algo fica por explicar.
A historia fala da ligação de William Martrom com as duas mulheres com quem viveu, e que de alguma forma estão na base da criaçao da super heroina mais conhecida da atualidade, bem como as dificuldades relacionadas com uma ligação pouco convencional.
O argumento não me parece ser o mais eficaz para aquilo que o filme quer trasmitir, principalmente porque trabalha pouco o paralelismo da vida das personagens com a criaçao da figura iconica que deu origem ao nome.
Na realização Angela Robinson e uma desconhecida que tem aqui o seu trabalho mais conhecido. Em termos da componente estetica parece-me um filme simples, sem grandes riscos, com um ou outro detalhe interessante mas pouco mais. Parece-me ser o filme mais significativo da realizadora mas longe de a fazer crescer em dimensão no cinema.
No que diz respeito ao cast, parece-me que o filme e dominado por uma Rebecca Hall, intensa, dramaticamente irreprensivel que tem dificuldades em ser acompanhada por um Luke Evans com alguma dificuldade numa personagem que deveria ser mais marcante. O lado infantil de Heathcote funciona esteticamente embora nos pareça a personagem menos desenvolvida.

O melhor - A curiosidade da historia

O pior - O paralelismo nem sempre ser bem estabelecido na forma como explica toda a criaçao da heroina

Avaliaçâo - C

Lady Bird

Existem filmes que por vezes encaixam tão perfeitamente na critica que se tornam imediatamente um caso sério na luta pelos premios, e acabam por ficar na boca de todos. O filme que acabou por ser potenciado ao maximo por um louvor critico de primeira linha, que o tornou num dos filmes mais candidatos aos premios, mesmo sendo um filme de adolescentes de comedia. Em termos comerciais o filme acabou por receber essa alavanca critica para comercialmente ter resultado de uma forma muito interessante.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de uma comedia com uns principios bastante assimilados, que tem uma tematica muito interessante de tentar abordar os diferentes prismas da vida de um adolescente. O filme tem essa riqueza em termos do que significa, pese embora não seja na minha opinião um filme extremamente marcante. Ou seja o que me parece é que é um filme que funciona no imediato, pela especificidade das suas personagens, principalmente as secundarias, mas que não tem força para nos marcar a longo prazo.
Em termos humoristico parece-me sempre um filme original, pelo teor do humor por si utilizado, mas que nem sempre nos provoca a gargalhada. A ideia que fica e que mesmo em filmes de adolescentes, ja existiram outros também com o selo de independente acabaram por ser mais intensos em termos de piada natural, mesmo que em termos de significado possam ser menos fortes.
Lady Bird parece-me um bom filme, mas longe de ser uma obra prima para um reconhecimento tão elevado como o que esta a receber. Parece um filme com uma base narrativa igual a muitos outros, mesmo que na especificidade tenha criatividade assumida, e que deve ser louvada, mas nunca me parece que seja um filme suficiente marcante para ficar na historia.
A historia fala de uma jovens que esta no ultimo ano do liceu e vive todas as indefiniçoes da sua idade, quer em termos relacionais com amores e amigos, na definiçao do futuro, entrada na universidade e por fim em termos familiares na proximidade com os progenitores.
O argumento é obviamente de primeira linha, nao pela base em si, mas mais pela forma como os dialogos e as personagens sao diferenciadas. O problema e a dimensao do que o filme representa, que me parece curto para um filme candidato aos premios principais.
Na realização Gerwing pouco poderia pedir mais para a sua estreia, principalmente na recepção. Em termos de trabalho termos uma realização descontraida com alguns bons momentos, mas parece-me que o filme é demasiado sobrevalorizado tambem neste aspeto.
O lado que me parece mais condizente com as avaliações e o cast. Ronan tem um papel de primeiro nivel, demonstrando o excelente nivel que atualmente tem. Ao seu lado uma Metcalf que acaba por ser o coração do filme, bem ajudada por Hedges

O melhor - O cast

O pior - A expetativa de um filme tao bem avaliado não ser assim tão imponente

Avaliação - B-

Sunday, January 14, 2018

Three Billboards Outside Ebbing, Missouri

Desde as primeiras visualizações em festivais de primeira linha que este filme com um nome no minimo particular chamou a si a atenção da critica e do publico em geral e se tornou num favorito a temporada de premios. Mesmo nao sendo um filme academico este filme acabou por chamar a si a unanimidade critica que lhe permite continuar como um dos favoritos aos premios, ainda mais depois da vitoria nos globos de ouro. COmercialmente o filme acabou por ter resultados consistentes o que por si nao condiciona toda a disputa pelos premios.
SObre o filme, ao longo do tempo e principalmente nos ultimos anos, alguns dos melhores filmes tem sido comedias negras no interior americano, que contudo nunca tiveram o reconhecimento pleno. Pois bem dizer que caso este filme ganhe os oscares, principalmente o de melhor filme, provavelmente o genero fica representado pelo seu mais completo e melhor filme de todos eles, ja que me parece obvio que este filme é uma das obras primas dos ultimos anos, em todos os vetores de analise.
POucos filmes conseguem ter um guião tao forte como este, quer naquilo que significa em termos de moral e do pesa das sequencias, na riqueza das personagens no balanço entre sequencias ligeiras com dialogos de humor de primeira linha, como a intensidade emocional do limite do ser humano que o segue, este é daqueles filmes que parece que tudo funciona perfeitamente, e quando assim o é, temos que sublinhar o que é uma obra prima e este filme é obviamento uma delas.
Saimos do filme a pensar em mais que um momento que nos fica na retina, mesmo no crescimento das personagens ao longo da duração o filme para além de nao ser obvio pensa tudo para funcionar em si internamente e junto ao espetador. E daqueles filmes que temos uma ideia original, recheamos de personagens criadas com uma perfeiçao e trabalho incrivel e dotamos de um dialogo de primeira linha. Ha muito tempo que digo que um grande argumento faz um bom filme, aqui um extraordinario argumento faz uma obra prima.
A historia fala de uma mae que depois da morte da sua filha, publica tres outdors questionando a atuaçao da policia em face da falta de respostas, contudo esta publicaçao vai colocar a pequena cidade de pernas para o ar.
E no argumento que reside o segredo total deste filme. E quando se sublinha que um argumento de nivel maximo pode por si so ser a base para um filme para a historia, este pode ser um exemplo perfeito de que forma isso pode ser feito, ja que com essa base a realizaçao e extraordinaria e o cast brilha como poucos o fizeram ate entao.
Era facil olhar para a curta filmiografia de McDonagh e perceber que tinhamos um realizador com um potencial enorme. Aqui temos um filme mais global e dai o reconhecimento que ja tinha recebido nos filmes anteriores. Devemos estar atentos pois temos aqui um herdeiro e mesmo alguem que primorou ainda mais aquilo que os irmaos Cohen começaram.
No cast temos duas das mais brilhantes interpretaçoes do ano, McDormand brilha a um nivel que deixa pouca margem de manobra na entrega do oscar de melhor actriz. E incrivel o seu papel e aquilo que da ao filme, tendo em Rockwell um dos melhores actores da sua geraçao nem sempre com um bom planeamento de carreira o equilibrio perfeito, noutra das prestações para a historia. A tudo isto um conjunto de actores muitos consistentes deixam os dois piorneiros brilharem a niveis extraordinarios.

O melhor - A forma como tudo funciona na perfeiçao

O pior - Existir poucos filmes como este

Avaliação - A

Saturday, January 13, 2018

Wonderstruck

Este ano foi prodigo em lançamentos de filmes de realizadores cujos trabalhos anteriores estiveram proximos dos premios maximos. Depois de Carol este filme sequente de Todd Haynes foi claramente mais sentimental. Pese embora a tentativa de fazer um filme mais abrangente o resultado do ponto de vista critico pese embora tenha sido positivo nao permitiu a unanimidade para entrar nos premios mais elevados. Comercialmente e fora da corrida pelos premios principais os resultados foram modestos muito por culpa de uma expansao em toda a linha limitada.
Sobre o filme podemos dizer que WOnderstruck parte de uma ideia e uma execuçao de primeira linha, mas parece que é um filme construido do telhado para a base ou seja, tem um climax final de uma execução e originalidade apenas ao alcance de um cineasta de primeira linha, mas por sua vez a primeira hora e meia de filme, não tem grande sentido para alem de um pararelismo entre duas historias que sao contadas e que se encontram no fim. Ate entao o ressalta e duas formas de filmas diferentes, boas construçoes contextuais do filme mas muito pouco mais num filme demasiado pausado.
A mais de metade do filme pensamos mesmo que Haynes estava sem ideias e que o filme nao poderia ser capturado para niveis aceitaveis, contudo quando falamos de cineastas de primeira linha, tudo pode acontecer, e a sequencia final da-nos mais de vinte minutos de cinema de autor, com uma forma particular de contar uma historia e ao mesmo dotar o filme de um coraçao que o torna singular, pese embora longe do destaque que outroa filmes conseguem.
Ou seja mesmo sendo um filme com momentos de excelencia o filme nunca o consegue ser ja que precorre mais de metade da sua duraçao num ritmo lento, bem realizado mas onde na realidade nada acontece. Isso nao permite que o filme seja equilibrado nem coeso, resultando numa obra menor de um realizador que anteriormente sempre conseguiu convencer a critica.
A historia fala de dois jovens em epocas diferentes que por razoes familiares deixam a sua terra natal e embarcam para nova iorque onde acabam por se encontrar com o museu de historia natural e perceber que as suas historias estao ligadas.
Em termos de argumento temos um filme na base e na logica original, mas falta-lhe sumo na especificidade, nao tanto nas personagens ja que o filme em alguns aspetos tenta ser minimalista, mas nos dialogos pensamos que existia espaço para muito mais, para alem do fim ser original na execuçao mas nao no que significa.
Haynes tem talvez aqui o seu trabalho como realizador mais de autor, pese embora nem sempre com um ritmo elevado parece-me de longe o segmento com melhor desempenho no filme todo. Os ultimos vinte mintuos sao de primeira linha, e todo o restante chama a atençao pela forma como tudo nos vai sendo dado. E um realizador de primeira linha, e pese embora o filme como todo nao seja uma obra prima na realizaçao temos um grande filme.
No cast o protagonismo e dado aos mais pequenos, a jovem surda Simmonds tem um papel interessante em face das especificidades e consegue funcionar melhor do que Fegley. Nos veternaos Moore funciona bem nos ultimos minutos quando o filme precisa mais de si.

O melhor - A realizaçao, e os ultimos vinte minutos de grande cinema.

O pior - Mais de uma hora de nada em termos narrativos

Avaliação - B-

Friday, January 12, 2018

Marshall

A luta pela igualidade de direitos nos afro americanos é um dos temas mais trabalhado sobre diversos vetores no cinema de holywood, tendo mesmo criado um grupo de argumentistas e realizadores dedicas a causa. Este ano surgiu sob a forma de um mini biopic de Thurgood Marshall um advogado que precorreu o pais na defesa da igualdade, neste caso numa situação em especial. O resultado critico do filme foi positivo com avaliações intressantes mas insuficientes para lançar o filme em na temporada de premios. Comercialmente o filme não teve uma grande divulgação pelo que os resultados acabaram por ser modestos.
Sobre o filme, é comum os filmes de tribunais terem um ritmo interessante e serem bons objetos de entertenimento, ainda para mais quando tem subjacente a sua historia a causa politica em si. Este filme segue os proformes comuns dos mais conceituados filmes do género, com intensidade e twist que nos prende à espera da verdade, sendo acima de tudo mais do que um filme politico um filme de tribunais e as suas envolvências.
Claro que é facil nos recordarmos de outros filmes do genero que acabam por ser mais originais ou menos previsiveis, aqui o filme nem sempre consegue ser original, nos seus truques de argumento mas o caracter ligeiro que adopta quando tem liberdade para tal, que acaba por ser na relação entre advogados da ao filme uma roupagem interessante tornando-o num filme que se vê bem.
Por tudo isto talvez Marshall seja demasiado comum para ser um filme de referência para lutar na temporada de prémios, talvez por isso Marshall não seja daqueles filmes que nos vai ficar na memória, pese embora seja um  razoavel filme de tribunais ja vimos a outros melhores, mas claramente Marshall é um filme com uma causa propria, e nisso podemos dizer que cumpre com ritmo e mais que isso com os procedimentos bem treinados para fazer um filme de tribunal com convicções politicas bem assumidos.
A historia fala no envolvimento do advogado Thurgood Marshall com Sam Friedman um advogado branco que vão defender um individuo de cor acusado da violação de uma mulher branca de alta sociedade, que mais que o caso em si, acaba por ser um caso de igualdade de direitos.
Em termos de argumento o filme não é propriamente uma novidade nem nos filmes sobre a igualdade de raças, nem tão pouco nos filmes de tribunais. Mas acaba por adoptar para si alguns dos melhores conceitos dos filmes do genero, não sendo inovador e competente naquilo que adoptou. para além do valor politico que filmes com esta tematica acabam sempre por ter.
Na realização Hudlin sempre associado ao cinema teve aqui a sua estreia. A realização é simplista com alguns tiques de televisão é certo, o filme não é propriamente forte neste ponto, mas acaba por ser competente e ritmado. Esperemos o que se segue, porque neste campo temos pouco de novo.
No cast temos um filme sem grande dificuldade nos papeis, onde os dialogos fortalecem ou não as personagens. Gad acaba por dar a ligeireza que da ritmo ao filme, fruto de ser um actor comedia, mas o papel em si não lhe tras muito à carreira. Boseman é um dos actores afro americanos em melhor forma e aqui mesmo num papel algo simplista convence pela presença.

O melhor - Adoptar as melhores estrategias dos melhores filmes de tribunal

O pior - Na verdade a abordagem ser uma replica de outros filmes

Avaliação - B-

Thursday, January 11, 2018

Some Kind of Different as Me

Numa altura em que o cinema de mensagens positivas com vertente religiosa esta cada vez mais na moda, atingindo já a presença de actores algo conhecidos, vamos conhecendo historias reais de ligação entre pessoas, em filmes de historias de vida, tipicos de domingos a tarde. Um dos filmes que viu a luz do dia nesse estilo este ano foi este pequeno filme, que criticamente não ultrapassou uma mediania pouco interessante, e comercialmente com alguma expansão teve um resultado simples sem grandes explosões.
Sobre o filme podemos dizer que entra no registo de outros filmes do mesmo genero que contam historias de homens e da ligação sincera entre eles. Ou seja não sendo a nivel artistico nunca um filme com muitos atributos, é um filme com uma mensagem de interajuda e solideriedade entre as pessoas. Claro que muitos percebem que se trata de um filme de alcance modesto, um filme das coisas positivas sem grande arte, mas para veiculo de mensagem o lado positivo das coisas e bem melhor do que o pior.
Mas e claro que é um filme com alguns defeitos, alguns dos quais muito significativo na construção da intriga. Um filme com diversos cliches quer nos atalhos narrativos para simplificar relações que nunca são simples, e mais que issona forma como os dialogos sao repetitivos não tendo nunca a ambiçao de trazer mais das persnagens.
Ou seja um filme com uma missão simples muito bem definida, o de dar o lado positivo das relações mesmo no drama, sublinhar a ajuda entre classes. Como obra de arte cinematografia muito aquem de um filme de registo, parecendo quase sempre uma telenovela de processos basicos, o qual e salvo pelo facto de ser baseado numa historia veridica.
A historia fala de um casal, que durante um conflito entre ambos decide ir ajudar sem abrigos, criando uma relação proxima com um deles que é presença nos sonhos da mulher do casal.
Em termos de argumento temos um filme de processos simples, que funciona muito mais pela mensagem do que propriamente pela narrativa construida. Os dialogos sao repetitivos e curtos e em termos de personagens penso que existia muito mais por evoluir.
A realizaçao de Cerney, um autentico desconhecido é simples, percebe que o filme funciona bem mais no lado emotivo do que racional, e deixa as personagens se aproximar. Nao e neste genero que se cria grandes realizadores mas alguns vao ganhando experienicia.
No cast temos interpretes em encaixe com personagens, Honsou e Kinnear são as personagens comuns na carreira de ambos, alias no caso do segundo e incrivel a forma como cimentou uma carreira com personagens iguais. Este filme marcaria o regresso de Zellwegger ao cinema caso nao fosse a sua estreia adiada. Uma actriz em baixo de forma e nos quais as plasticas lhe retiraram toda a expressao

O melhor - A mensagem positiva de uniao

O pior - As personagens serem reduzidas a dialogos demasiado objetivos

Avaliação  - C

Lucky

O cinema por vezes te factos que são completamente inexplicaveis, só assim se consegue entender que Harry Dean Stanton tenha esperado 91 anos para ter um filme onde é verdadeiramente protagonista e com um grande sucesso critico, e que tenha falecido antes da estreia do filme. Este pequeno filme que marca a estreia como realizador do ator John Carrol Lynch foi recebido com criticas positivas, muito por culpa da interpretação do veterano actor. Comercialmente mesmo potenciado por estas avaliações os resultados acabaram por ser pouco significativos.
SObre o filme Lucky é um daqueles pequenos filmes independentes  sobre uma personagem, neste caso um idoso que até então percebia a sua frescura fisica e principalmente intelectual, mas que começa a perceber a proximidade do fim e das suas limitações. O filme é isto, tendo mais um ou outro apontamento paralalelo que funciona mais que curiosidade do que motor da rotina, o filme é um one man show, de uma personagem marcante principalmente pela conjugação da idade, aspeto fisico e desenvolvimento intlectual.
Provavelmente poucos falariam deste filme para alem do facto impressionante de ver um actor de 91 anos com tanto tempo de seguida no ecra, e mais que isso pela forma como algumas conversas e mesmo momentos a solo da personagem acabam por alimentar a curiosidade de um filme quase sempre de ritmo lento com uma mensagem positiva mesmo na terceira idade, mas que tem uma dimensão limitada em termos do que pode signficar.
Em face dos acontecimentos posteriores fica a homenagem a um actor com uma carreira longa, que nunca teve grandes chances para ser uma figura inicial de hollywood e que guardou para o fim o seu maior apontamento. O filme acaba por ser essa homenagem já que não é mais do que Lucky e tudo o resto.
A historia fala de um homem sozinho proximo dos cem anos, que continua a ter as suas rotinas bem especificadas até ao dia em que acaba por ter uma ataque, que coloca em questão a sua saúde e começa a perceber que a sua vida está bem mais perto do fim.
Em termos de argumento é um filme com algum simbolismo por aquilo que na realidade significa em termos do peso da idade e o pensamento nesta faixa etaria. o filme consegue potenciar alguns momentos de dialogo nas sequencias do bar, no restante um filme mais simbolico do que excelente.
Na estreia como realizador Carrol Lynch aposta num filme simples, de caracteristicas obviamente indie, no interior americano. Consegue potenciar o maximo da personagem e isso deve ser louvado num realizador de estreia. Os meios também não seriam muitos mas o trabalho é interessante, para seguir o que vem de seguida.
Por fim no que diz respeito ao cast Dean Stanton tem um papel interessante principalmente o desgaste fisico da sua idade e a presença continua, o que é muito complicado para alguem com aquela idade. Eleva o filme para patamares mais elevados embora os alegados premios me pareçam mais uma recompensa post mortum do que outra coisa. O filme nao tem espaço para mais ninguem.

O melhor - A personagem Lucky

O pior - Ser um filme pequeno e normalmente de ritmo baixo.

Avaliação - B-

Wednesday, January 10, 2018

The Strange Ones

Existem alguns pequenos filmes normalmente estreados em pequenos festivais que muitas vezes são utilizados por actores de algum renome para relançarem carreiras em fases menos folgorosas. Talvez isso foi o que aconteeceu com Alex Pteifer neste filme claramente independente, que estreou em pequenos festivais com criticas medianas e por isso sem grande chance de explorar outras dimensoes, e comercialmente totalmente inexistente fruto ser um filme de um lado independente menos visivel.
Sobre o filme podemos dizer que nem sempre o tema da pedofilia e tratado com a importancia que tem pelos filmes, principalmente pelo receio de actores e realizadores em tocar em algo tao chocante. Dai que os filmes ate ao momento que abordam esta tematica fazem-no de uma forma subtil como e o caso deste filme que passa grande parte da sua duraçao num road movie de baixa qualidade e sem intensidade para no fim nos dar uma abordagem mais existencialista com toques sobre esta questao.
Um dos problemas de um cinema independente de origem e de base e normalmente a baixa intensidade das suas historias. Ou seja muitas vezes a historia ate e sobre algo intenso, mas a forma pausada com que e contado muitas vezes nao nos da grandes filmes, como foi o caso deste filme que parece nunca adquirir nem o ritmo nem a linhagem temporal para a historia que quer contar.
Outro dos problemas de um filme com esta duração, e que necessita que a historia seja contada com uma introduçao quase perfeita naquilo que nos da, caso contrario personagens e seus desenvolvimentos tornam-se muito redutoras. E o filme nao consegue ultrapassar muito esta dificuldade principalmente na personagem central. Chegamos ao fim ainda com muitas duvidas sobre o que temos a frente.
Mas digamos que num filme sem grandes ambiçoes de base, um filme pequeno, que nos tras um jovem de filmes mais comerciais num registo mais independente. Mas pouco mais de significativo acaba por ter o filme, que se torna um daqueles que começamos a esquece no momento em que o acabamos de ver.
A historia fala de um jovem acompanhado de um adulto que tentam chegar a uma cabana para viverem juntos naquele espaço, escondendo no passado a origem desta uniao.
Em termos de argumento a forma como o filme esconde a base ate podia ser uma formula interessante nao tendo o argumento tido tao pouca intensidade que acaba por nunca prender o espetador. Para isto contribui principalmente personagens pouco introduzidas e um ritmo baixo.
Na realizaçao uma dupla desconhecida que tem aqui o seu filme mais significativo. numa realizaçao simples marcadamente independente, com pouca cor e com planos longos, não e propriamente o filme que tira do anonimato quem o faz.
EM termos de cast, Pteifer nao nos parece ter aqui uma interpretaçao tao diferente do que ja nos deu, mesmo num genero diferente. O jovem Freedson Jackson parece ter intensidade para papeis de primeira linha, pese embora a personagem nem sempre seja bem trabalhada.

O melhor - ALguns momentos de Freedson Jackson

O pior - O ritmo baixo do filme para um filme tao pequeno

Avaliação - C-

Happy Death Day

Nos finais dos anos 90 foi muito comum o tipico filme de terror adolescente, usualmente criando uma serie de actores tipicos desta gama de filmes que foi colecionando sucessos comerciais. Com o passar do tempo o terror foi mudando para obras mais gráficas e adultas, parecendo que o genero juvenil tinha desaparecido. Contudo este halloween surgiu este particular dia de aniversario que junta o feitico do tempo com o Destino Final. AO contrario da maior parte dos filmes de adolescentes de terror as criticas nao foram muito nocivas para o filme com uma mediania com contronos positivos. COmercialmente num ano onde filmes com figuras de proa falharam podemos dizer facilmente que o filme conseguiu ter resultados bem consistentes.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo funciona bem mais como comedia, por algum insolito da repetiçao constante do filme e a curiosidade que isso provoca segmento a segmento, do que em terror, onde adopta um estilo demasiado ligeiro nunca assumindo de caras o genero. E isto acabou por ser o segredo para o filme funcionar moderadamente. Existe momentos onde parece que o filme se goza a si proprio e acaba por tornar o filme interessante objeto de entertenimento.
O probelma e que nos parece que seria facilmente conciliavel este estilo descontraido com um terror mais gráfico, mas de impacto por si so junto ao espetador. Neste particular o filme nao adquire qualquer tipo de força ou registo significativo muito por culpa de nao arriscar, sendo sempre um filme de adolescentes para adolescentes.
Mas numa epoca em que o terror parece ser sucessivamente igual, podemos dizer que este regresso a um passado pelo menos de sucesso comercial tem o seu significado e merece ser sublinhado. Um filme que acaba por ser facil de ver, curioso e com um twist final interessante fazem dele uma nova luz no cinema de terror para um estilo com pouco caminho mas pelo menos diferente do que tem sido feito.
A historia fala de uma arrogante estudante universitaria que vai repetindo o seu dia de aniversario no qual acaba sempre inevitavelmente por morrer, tentando descobrir dia apos dia na sua repetiçao quem e o autor de tal morte.
No argumento temos uma premissa que reune alguns filmes com referencias obvias, mas que acaba por ser curioso mais que consistente. O estilo ligeiro e com algum humor parece uma boa escolha de um filme com um twist interessante mas tambem com alguns cliches como a historia de amor.
Na realizaçao a cargo Christopher Landon argumentista mais conhecido do que realizador temos um trabalho simples, sem grande risco, o que nos parece curto num genero que nos ultimos tempos se foi tornando algo estetico.
No cast um conjunto de jovens quase desconhecidos encaixam bem num filme facil, onde a empatia com o publico parece mais facil de criar do que qualquer exigencia dos papeis.

O melhor - A forma como nao segue o que tem sido feito no terror.

O pior . Graficamente enquanto filme de terror nao existir

Avaliaçao  C+

Monday, January 08, 2018

Breathe

Quando uma figura iconica do cinema como Andy Serkis se dedica à realização existe sempre alguma expetativa sobre o produto final do mesmo enquanto cineasta. Dai que a expetativa em torno deste filme biográfico apresentado em alguns festivais era muita. Logo apos as primeiras analises percebeu-se contudo que o resultado não iria ter grande excelencia com avaliações demasiado medianas e que retirou qualquer expetro de premios que o filme numa primeira instância poderia ter. Comercialmente um filme pouco expandido e com resultados muito curtos tendo em conta todos os intervenientes.
Sobre o filme, desde logo lendo a sinpopse se percebe que a vida de Robin Canvendish foi extraordinaria, numa historia de sobrevivencia unica, e o filme consegue dar-nos isso com uma simplicidade e um cor bastante interessante o que faz mais que tudo um filme bonito, com muito coração e preocupado naquilo que transmite de uma forma positiva. Nesse particular é indiscutivel que Serkis tem essa preocupação e consegue dar estas caracteristicas ao seu trabalho.
Os problemas do filme surgem no lado narrativo, ou seja o filme tem muita dificuldade desde logo na contextualizaçao temporal, com falhas clamorosas de caracterizaçao espacial e das personagens e mais que isso acaba por não conseguir nunca ir para alem do que conhecemos, dos marcos evolutivos das criaçoes e da doença como se fossem episodios separados de uma serie, nunca tendo preocupaçao de dar "cola" a isso tudo, e tudo isto resulta num filme com um argumento pobre, que mais não é do que o enunciar dos pontos presentes na wikipedia relativamente a figura que temos no filme.
E isto numa linha elevado de hollywood é insuficiente para fazer um filme resultar. Ou seja acabamos por ter um filme demasiado predefinido na base e demasiado previsivel em tudo. Para alem das dificuldades tecnicas naquilo que é menos visivel mas mais essencial como a contextualizaçao temporal o filme nunca consegue ter um recheio interessante que potencie uma historia que tinha muito para ser sublinhada.
A historia fala-nos da vida de Robin Cavendish, desde o seu grande amor para uma vida, da sua doença e da forma como os seus diferentes artefactos lhe premitiram uma vida muito mais longa que o prognostico da doença.
Em termos de argumento e um filme com claras dificuldades. parece sempre que o filme não consegue ir para alem do obvio, que tem medo de arriscar nas personagens e como resultado temos um filme demasiado fracionado temporalmente, muitas vezes parado e que mesmo a melhor da historias pode nao resultar num bom filme.
Na realização existem dificuldades na contextualizaçao temporal, principalmente relativa que me parece de inexperiencia de Serkis como realizador. Pese embora este facto temos o sentido estetico presente que pode ser um bom ponto de partida na maturação do actor enquanto realizador.
No cast e facil perceber que bem encaixado e num filme mais completo o papel de Robin poderia ter reconhecimento de premios. O problema e que nem o filme potencia a personagem nem garfield o consegue levar para patamares de excelencia que outros conseguiram em papeis do mesmo genero. Mesmo assim Garfield tem conseguido escolher bem papeis exigentes que o podem levar a um sucesso a curto prazo. Boa presença de Foy na sua passagem para um cinema com mais dimensao

O melhor - A forma com que o filme consegue ser bonito.

O pior - A incapacidade de dar conteudo para alem do conhecido

Avaliação - C