Sunday, December 31, 2017

Bright

Aos poucos a Netflix vai começando a tornar-se poderosa tambem no que diz respeito aos filmes, depois de ja ter conseguido entrar em alguns festivais mais escassos e depois de algumas tentativas frustradas para os premios, neste natal surgiu a sua primeira grande produçao, que conseguiu reunir estrelas de primeira linha, um bom realizador e efeitos especiais de primeira linha. O resultado esteve longe contudo de ser brilhante do ponto de vista critico com avaliaçoes muito negativas para um filme que anunciou a sequela mesmo antes de ter sido lançado. Comercialmente os dados disponibilizados pela Netflix anunciaram que se tratou de um dos produtos mais vistos pela plataforma, mas ja sabemos que isso e sempre relativo.
Sobre o filme eu confesso que quando li a ideia do filme, fiquei estupfacto como é que Ayer aceitou fazer um filme com uma premissa a partida tao disparatada. E depois de ver o filme parece-me que tirando o lado humoristico das diades de policias comuns nos anos 80 o filme e um conjunto de atos falhados sem qualquer sentido e mais que isso com um argumento de base completamente vazio e desinteressante. Por isto e dificil perceber quais os reais valores de um filme que trás um mundo com seres mitologicos mas que na realidade e demasiado parecido ao nosso, e pior que isso a mitologia e magia do filme torna tudo confuso e desintersssante no desenvolvimento da historia.
Por isso é estranho um filme anunciar a sua sequela sem perceber a forma como as pessoas vao reagir. E dificil gostar de um filme que em termos de historia é demasiado vazio e que parece por vezes arriscar pouco nos parametros onde realmente funciona no caso concreto na capacidade de estabelecer uma quimca entre a dupla protagonista e nos momentos de humor que por vezes funcionam.
Dai que sobre que talvez um filme que se levasse menos a serio na criaçao de mundos e figuras mitologicas e mais centrado no humor podesse ser mais resultadista em termos criticos, contudo Ayer assume-se como um realizador de primeira linha, e estas comedias basicas nao parece ser o estilo de filme que procura. Dai que o resultante seja um frustrante despredicio de dinheiro, numa Netflix que ainda procura convencer a critica em diversos segmentos.
Em termos de historia temos uma dupla de policias constituida por um homem e por um orc que vao tentar impedir que um grupo de seres miticos mal intencionados libertem o senhor das trevas e coloquem em causa a continuidade do mundo.
Em termos de argumento uma ideia de base que na minha opiniao dificilmente poderia funcionar encontra-se unida a um desenvolvimento narrativo completamente fora de forma, num filme que so consegue funcionar a espaços com alguns momentos de humor, o que e muito pouco tendo em conta os envolvidos e mais que isso o budget do filme.
Ayer foi conquistando ao longo dos anos um espaço muito proprio nos policiais pelo seu realismo e pela sua intensidade de ação. O problema foi em Suicide Squad e aqui parece ter descido ainda mais com um filme quase sempre demasiado estranho, com alguns bons momentos de realizaçao mas um filme que perde totalmente no facto do argumento ser desastroso. Ayer tera de trabalhar muito para recuperar o que perdeu nos seus dois filmes mais recentes.
AO contrario de todos os aspetos o cast funciona, Smith e perfeito como policia descontraido, parecido com o que fez em Bad Boys, e Edgerton e o melhor do filme, numa interpretaçao de primeira linha como orc desajeitado. Acaba este ultimo ponto o unico que merecia mais do filme.

O melhor - O orc Edgerton

O pior - Um argumento completamente sem sentido algum

Avaliaçao - C-

Friday, December 29, 2017

Battle of Sexes

Muitas vezes existem alguns realizadores que conseguem uma unanimidade sem paralelo nos seus primeiros filmes e depois andam anos para conseguir ter um filme valorizado. Podemos dizer que esse foi o caso desta dupla Dayton Faris, que depois do sucesso brutal de Little Miss Sunshine em 2006 conseguiram novamente aqui algum reconhecimento critico com avaliações essencialmente positivas num filme que descreve um dos acontecimentos mais significativos do desporto mundial. Em termos comerciais num filme com pouca divulgaçao em termos de cinema os resultados foram apenas interessantes.
Sobre o filme depois do que se falou em Hollywood nos ultimos tempos a tematica da igualdade de direitos entre mulheres e homens passou para a ordem do dia, e este filme acaba por relatar um dos acontecimentos mais marcantes na questao da igualdade. E o filme consegue transmitir isso com uma toada suave e ligeira, com grande detalhe de epoca quer nas roupas quer nos costumes, o que o torna algo colorido demais para as andanças dos premios, mas que o tornou consistente para a maioria do publico.
O filme tem um problema que acaba por ter algumas dificuldades em lidar que esta relacionado com a divisao da atençao de Bille Jean enquanto desportista mas vai muito dentro daquilo que é a sua sexualidade, que acaba numa fase posterior por abandonar. E nessa falta de equilibrio reside um dos problemas do tenis, para alem da sequencia dos jogos ter uma intensidade claramente de jogadores amadores o que me parece pouco trabalho na produçao do filme.
Contudo fora estes dois apontamentos com algum relevo temos um filme significativo, esteticamente curioso e que significa muito em termos de igualdade, ainda mais quando nos conta uma historia real. Parece por vezes cair no esteriotipo exagerado da personagem de Riggs dando-lhe uma versão demasiado comica, mas esta foi a faceta conhecida do mesmo e o filme aproveitou isto para ganhar uma toada mais suave, não perdendo nunca o seu proposito
A historia dá-nos o contexto do jogo de tenis entre Billie Jean King e Bobby RIggs, que aconteceu em plena guerra das mulheres para igualar os premios dos homens e que significou muito mais que um jogo de tenis, mas sim a verdadeira guerra dos sexos.
Em termos de argumento o filme é inteligente no estilo algo comico que adopta. Perde algum equilobrio na forma como não consegue conferir a mesma importancia a atleta e a pessoa, algo que a determinada altura assume ser o objetivo. COntudo parece-nos uma interessante transposiçao de um acontecimento real para o cinema.
A dificuldade da realizaçao do filme esta na contextualizaçao temporal algo que é conseguido em toda a linha, quer na roupa, na caracterizaçao e mesmo na qualidade de imagem o filme é excelente na criaçao temporal da data. Novamente parece-nos que esta dupla sabe trabalhar em contextos exigentes e devera ter mais trabalho no futuro pois parece-me uma dupla de primeira linha do cinema atual.
No cast temos dois nomeados para os globos de ouro na categoria de comedia. Carrel tem um papel mais vistoso embora me pareça que as suas caracteristicas encaixam perfeitamente no que o papel exige. Ou seja movimento, extravagancia e loucura. Certo e que Carrel tem recebido otimas criticas no filme e podem resultar em mais uma nomeaçao, demonstrando o seu atual bom momento. AO seu lado a sempre competente Stone, acabada de ganhar um oscar tem uma personagem menos vistosa mas competente, embora num ano apararentemente exigente me pareça insuficiente para a nomeaçao.

O melhor - A construçao de epoca.

O pior - A forma como os jogos de tenis foram recriados. Demasiado amador.

Avaliação - B

Wednesday, December 27, 2017

Flatliners

Vinte e sete anos depois de Joel Schumacher ter surpreendido o mundo do cinema com um grupo de jovens a delirar com a experiencia do pos mortem, surge uma especie de remake deste classico, com novos actores e uma nova sequencia em busca da mesma experiencia. Criticamente esta nova roupagem do classico foi um autentico desastre com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente a falta de uma figura de primeira linha em termos comerciais condenou o filme a resultados comerciais muito escassos que fizeram questionar se valeu a pena esta homenagem.
Sobre o filme podemos dizer que a base do filme nada acrescenta ao original, temos cinco jovens estudantes de medicina, ambiciosos em encontrar algo de completamente diferente, e com um passado escondido que ao exprimentar a morte acabam por perceber que o passado ainda esta presente na vida de ambos, começando uma serie de experiencias totalmente nefastas para a saude mental. Ate aqui o filme basicamente copia o que o primeiro filme fez. O problema acaba por ser o desenvolvimento da narrativa onde as personagens acabam por apenas ser presseguidas pelos fantasmas do passado em realidades diferentes, sem intensidade e mais que isso sem qualquer originalidade que diferencie o filme.
Por tudo isto parece-me obvio que este filme mais que qualquer coisa copia a ideia do primeiro filme sem lhe dar nada de significativo acabando mesmo por baralhar ideias do primeiro filme em algo mais confuso e pouco interessante. Outro dos problemas do filme e a falta clara de personagens no sentido daqueles que fazem os filmes crescer. Temos uma serie de personagens esteriotipadas de movimentos previsiveis que nada dao ao filme.
Ou seja um despredicio de tempo de um estudio grande, numa moda cada vez mais comum de pegar em filmes com algum sucesso do passado e dar-lhes uma nova roupagem. O problema e que o que esses filmes valeram ja esta sublinhado e normalmente nada é acrescentado.
A historia fala de cinco jovens estudantes de medicina que começam a exprimentar a morte por livre vontade no sentido de tentar perceber que mecanismo e responsavel pelo resto da atividade cerebral neste periodo.
O argumento tem os pontos fortes do primeiro filme principalmente na sua genese, mas nao acrescenta mais nada ja que as personagens e principalmente a narrativa e retirada de um filme de pouca qualidade de terror adolescente.
Na realizaçao a batuta foi entregue a Oplev o realizador dinamarques que esteve associado a triologia original Millenium. O resultado e desolador, ja que o filme nunca consegue ter um conceito proprio, principalmente na diferenciaçao de realidades sabe sempre a muito pouco, e que sublinha a dificuldade do realizador imperar o seu cinema num mercado mais global.
No cast eu ate penso que Page seria uma boa escolha pela qualidade dos seus atributos interpretativos mas o filme limita-no numa personagem pouco interessante. O restante cast menos conhecido ou com atributos mais duvidosos fazem o filme correr sofrendo da falta de força das personagens mais do que por culpa propria.

O melhor - A ideia do filme original e interessante

O pior - Nada acrescentar ao original, oferecendo personagens vazias e uma narrativa ja usada

Avaliação  D´+

Friday, December 22, 2017

The Mountain Between Us

Quando foi anunciado este projeto e mais que isso a estreia do mesmo, muitos pensaram que este seria um dos obvios concorrentes aos premios durante o ano de 2017. Contudo logo apos as primeiras visualizaçoes e tendo em conta as avaliações tremendamente medianas se percebeu que o objetivo do filme seria talvez mais comercial do que critico. Pese embora este facto tambem comercialmente o filme teve longe de grandes destaques com resultados mediocres principalmente nos EUA:
SObre o filme podemos dizer que sempre foi uma paixao de hollywood fazer filmes no qual os seres humanos eram expostos ao limite maximo da sobrevivencia, sendo que alguns deles tiveram muito sucesso outros nem tanto. Aqui temos uma registo diferente ja que mais que um filme sobre os limites da sobrevivencia das personagens temos um filme romantico sobre as mesmas em circunstancias adversas. E neste particular o filme funciona muito melhor e é mais trabalhado na vertente romantica quer estetica quer nos dialogos do que propriamente naquilo que e a luta das personagens pela sobrevivencia.
E aqui reside o principal problema do filme ja que em termos de filmes romanticos pouco mais conseguimos ter do que um ou outro bom momento de conhecimento mutuo, alguns dialogos carinhosos e pouco mais algo, mais comum num cinema de base do que propriamente num cinema com este tipo de cast. Em termos de exigencia fisica ja vimos muito melhor, ja que estes personagens tem a sorte de algo lhes cair do ceu quando estao no limite.
Por tudo isto parece-me obvio que se trata de um filme demasiado linear para criar grandes paixoes, e ate podemos sublinhar que Winslet ate combina bem com ELba e nisso o filme ganha na critica romantica o lado mais apaixonado que tem, mas nao deixa de ser uma telenovela de horario nobre, e pouco mais.
A historia fala de dois desconhecidos que por motivos de interesse comum alugam uma avioneta para fazer uma viagem, contudo acabam por ter um acidente e ver-se apenas na companhia um do outro numa montanha gelada e em luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento tirando a questao do contexto limite, temos a tipica historia de amor, tão comum em Hollywood como em qualquer telenovela pelo mundo fora. Em termo de caracterização e linhagem narrativa precorre caminhos ja conhecidos dai que esteja longe de ser um argumento com grande destaque.
Na realizaçao Abu-Assad um realizador israelita conhecido pelos filmes no seu pais, tem um trabalho modesto. Num filme de sobrevivencia o realismo e o esforço dos personagens pode ser muito mais potenciado do que usar a neve como unico factor de perigo. Num filme como este penso que seria bem mais facil fazer mais.
No cast, quando vemos dois actores de dimensao superior como Elba e Winslet, esperamos mais principalmente num filme de limites do ser humano. E obvio que o filme nao lhes pede mais, dai que o destaque seja apenas para a quimica romantica entre ambos, manifestamente pouco para o expectavel num filme com esta premissa, contudo penso que a culpa e do argumento.

O melhor - A quimica romantica

O pior - Ser uma historia romantica simples igual a tantas outras

AValiação - C

Wednesday, December 20, 2017

The Killing of Sacred Deer

Dois anos depois de Lanthimos ter surpreendido o mundo do cinema com a sua obra original The Lobster eis que surge o seu novo filme, novamente apresentado com relativo sucesso no festival de Cannes onde inclusivamente ganhou o premio para melhor argumento. Contudo o cinema demasiado irreverente do autor pese embora tenha obtido novamente criticas maioritariamente positivas, embora em menor grau do que no seu filme anterior, parece ter ficado novamente arredado dos premios mais fortes. Comercialmente num filme totalmente vocacionado para o lado critico os resultados foram simples, sem grandes motivos de festa nem tão pouco de preocupação.
Existe dois apontamentos que tornam Lanthimos num dos argumentistas e realizadores mais singulates deste momento, por um lado a forma como os seus argumentos recheados de conversas banais atingem um outro significado quando conjugados numa moral forte com que os seus filmes acabam por nos dar obras, estranhas mas com um significado implicito bem profundo que nao deixam ninguem indiferente nos seus filmes. POr outro lado a sua forma de realizar, a forma unica e singular em que o interprete se perde num contexto trabalhado e detalhado ao promenor, torna mais que  Lanthimos um cineasta diferente alguem com um nivel de prefecionismo que podera no futuro se tornar num dos maiores do cinema.
Este filme embora mais normal que Lobster, o que o torna numa primeira fase mais acessivel à maior parte das pessoas, torna-se rapidamente num filme sobre moral, em que muito não é explicado mas que acima de tudo permite colocar a intensidade dramatica das personagens ao maximo. E nesta magia que Lanthimos faz o filme diferente, sabemos que temos de assimilar a ideia e depois deixar-nos levar num filme excelentemente realizado, com bons dialogos, boas interpretaçoes, e acima de tudo diferente no sentido de que vimos e gostamos do que vimos.
Talvez ainda nao seja o filme universal que todos os autores querem ter, mesmo os mais irreverentes, mas sem duvida vamos durante o filme exprimentando as sensações que nos querem dar, sempre com um primor estetico que so alguns conseguem dar. Temos assinatura, temos irreverencia, temos originalidade e temos criatividade e aqui pode-se resumir o que é um bom filme.
A historia fala de um cardiocirurgiao que mantem uma relaçao com o filho de um ex-paciente seu entretanto falecido que vai ser potenciada ao limite, ate ao momento em que tal jovem acaba por exegir algo que é impossivel de dar.
No argumento, embora uma premissa muito mais simples do que no seu anterior filme, temos acima de tudo um filme com um argumento e uma moratoria forte, que consegue ser original nos detalhes, nos promenores de cada personagem e na forma como esta e descrita. Os mais ceticos vao sublinhar que o filme não tem logica, mas é certo que já se percebeu que para gostar do cinema deste autor, temos de partir com alguns pressupostos, que depois de aceitar, vai-nos dar uma experiencia de cinema muito interessante.
Eu confesso que fui um amante de Lobster por tudo que ele criou, principalmente no argumento, mas era um filme que ja demonstrava um realizador ambicioso. Este filme, talvez esteticamente mais trabalhado, e uma obra de realizaçao de primeira linha, na forma como a camara intervem nas sequencias de uma forma dinamica, estetica e irreverente. COm o continuar da carreira a este nivel, este realizador grego podera se tornar rapidamente na nova coqueluche do cinema europeu.
Tambem no cast penso existir papeis que mereciam atençao nos premios, com particular destaque para do jovem Barry Keoghan que nos da um Martin intenso, promenorizado, de dificil execuçao e que funciona perfeitamente. E daqueles papeis que conduz o filme para altas andanças. Sublinhamos tambem que Farrel e Kidman tem dois dos melhores papeis da carreira, demonstrando a boa forma de ambos, mas o filme e dominado para Keoghan que merecia figurar em mais mençoes para melhor actor secundario do ano.

O melhor - A capacidade de nos dar uma experiencia cinematografia diferente

O pior - Acaba por no geral ser mais normal, e por isso uma experiencia menos gratificante do que LObster


Avaliação - B+

Tuesday, December 19, 2017

The Ballad of Lefty Brown

O AFI Festival nos ultimos anos tornou-se na maior montra de candidatos aos premios, onde muitos dos mais fortes candidatos estreiam. Contudo neste festival existem filmes independentes menos ambiciosos que tem o seu lançamento. Este ano um desses filmes foi este tradicional Western que pese embora tenha recolhido avaliações positivas foram insuficientes para dar um dinamismo proprio ao filme. Em termos comerciais um filme claramente de minorias com resultados particularmente inexistentes.
O Western deve ser um dos generos mais esteritipados do cinema, dai que seja dificil fazer um filme quebrando a rigidez do genero, principalmente na sua tematica e no seu desenvolvimento. Dai que este e um filme obvio como muitos westerns de uma segunda linha, com uma tematica como honra, lealdade e vingança, decorre de uma forma algo pausada, mas objetiva naquilo que quer e consegue transmitir.
E obvio que para um filme de maior dimensao o que este filme exibe seria francamente pouco. Ou seja, parece claro que um filme que narrativameente nao trás nada de novo, mesmo no que diz respeito a forma como interage entre relaçoes pessoais, poder e politica, tambem em termos de produçao e sempre um filme de procedimentos faceis, atingindo uma clara mediania em toda a sua duraçao.
Salva-se o facto de num genero que pelo menos no seu lado mais tradicional se encontra cada vez mais desaparecido mas que aqui tem um exemplar simples, que nos tras de regresso alguns actores afastados da primeira linha do cinema, e que no final fica um registo de um filme que prima pela mediania em todos os seus componentes. Sera um filme que nunca vamos sublinhar, mas tambem um filme que nunca se vai odiar.
A historia fala de um homem que depois de ver o seu amigo morto numa caminhada consigo, acaba por tentar vingar a morte do mesmo, percebendo que por tras da mesma estava uma ardilosa jogada tendo em vista a obtençao de poder.
Em termos de argumento temos os ingredientes obrigatorios nos filmes Western, ou seja a tematica da vingança e lealdade. No desenvolvimento narrativo nada de novo, num filme demasiado previsivel, de ritmo baixo, mas que nao arrisca e acaba por nao sofrer danos com isso.
Jared Moshe e o realizador deste pequeno filme, um jovem realizador quase desconhecido que tem aqui o seu segundo trabalho. Denota-se algulm estudo na formula dos westerns tradicionais o que faz o filme cumprir, mas nunca consegue dar qualquer assinatura significativa que vinque o seu trabalho.
No cast Pullman há muito tempo arredado dos melhores momentos da sua carreira, e fisicamente algo desgastado tem aqui um papel interessante, que no filme de uma outra dimensao poderia servir de come back. No restante um conjunto de actores fora de forma onde o filme nao exige muito ja que as despesas sao acima de tudo de Pullman.

O melhor - A tradiçao de um western

O pior - O filme nada potenciar de novo naquilo que ja vimos noutros filmes

Avaliação  - C

The Snowman

Pode um filme com a produçao de Martin Scrocese e com um elenco de luxo tornar-se num dos piores filmes criticos do ano. A resposta e positiva ja que este filme, totalmente rodado na Noruega se tornou rapidamente num dos filmes piores avaliados do ano, e nem a realizaçao de alguem cujo anterior filme ate tinha sido bem valorizado conseguiu salvar este descalabro critico. Talvez motivado por esta recepção o filme acabou por ter uma expansao muito limitada e comercialmente seguir os passos do desastre critico
Sobre o filme podemos começar por dizer que a ideia de filmar no contexto tao pouco comum como a Noruega com as suas caracteristicas culturais e atomesfericas foi um ponto que me agradou no filme, por ser acima de tudo uma quebra com tudo o que anteriormente ja tinhamos assistido. Contudo tudo que o filme tem de positivo acaba aqui, porque de resto e um autentico conjunto de actos falhados de inicio ao fim, e um dos maiores desaproveitamentos de talento nas diversas vertentes que a memoria.
O inicio da catastrofe começa num argumento confuso, do tipico filme de quem matou quem?, que acaba por se tornar um conjunto de sequencias soltas sem ligaçao, curtas e normalmente sem qualquer tipo de coesão. Alias aliado a este pessimo argumento que nunca permite o crescimento de qualquer personagem e acaba por emaranhar todas as pontas sem nunca conseguir ter qualquer tipo de força interna, temos uma montagem horripilante. Temos cortes em cenas de um amadorismo nao muitas vezes vistas a este nivel, e outras cenas que ainda hoje questionamos o porque da sua inclusao.
Por tudo isto SNowman e um dos piores thrillers dos ultimos anos e certamente um dos piores filmes do ano, tendo em conta a expetativa dos envolvidos. Rapidamente se percebe que nada sai bem ao filme, mesmo quando os procedimentos sao faceis como nas sequencias finais. APenas o registo para a agressividade das mortes, mas muito pouco para um thriller deste ambito.
A historia fala de um estranho detetive que começa a investigar o desapareciment/assassinato de uma serie de mulheres desaparecidas, enquanto tenta resolver o seu drama familiar com a sua ex-mulher e o filho desta.
Em termos de argumento o filme vale muito pouco. O esteriotipo de uma serie de crimes, uma motivaçao e pouco mais. Em termos de personagens o filme e totalmente vazio, e mais que isso une pontas excessivas tornando tudo uma confusao nada interessante.
Tomas Alfredson conseguiu no seu filme anterior, em POrtugues a toupeira algum fervor critico o que deixou expectante a continuidade da sua carreira. Contudo este filme acaba por ser um desastre, um daqueles cujo tratamento tera de ser imediato ou a carreira deste sueco a nivel internacional pode ter ficado danificada.
No cast e completamente impossivel de perceber o que Fassbender um actor em forma neste momento faz num filme como este. A sua personagem e inexistente, e acima de tudo não lhe da nada enquanto actor. Nos secundarios a mesma coisa, com mençao a Val Kilmer, num estado fisico que lhe deveria dar sinais que a sua carreira ja terminou

O melhor - A Noruega desconhecida

O pior - A forma como o filme encarrila cenas sem qualquer tipo de sentido

Avaliação - D

Monday, December 18, 2017

Stronger

Quando este projeto foi anunciado de imediato o espectro de oscar apareceu relacionado com esta produção ja que se conhece a proximidade dos premios com historias reais de força e perseverança. Ainda para mais quando permitia a Jake uma interpretaçao de alguem sem pernas e na luta por esta nova condiçao. Estreado com algum proposito de premios o filme reuniu boas criticas embora insuficientes para potenciar o filme na temporada de premios. Em termos comerciais o filme teve pouca divulgaçao o que lhe permitiu apenas resultados consistentes para filmes com pouca expansao nos cinemas.
Sobre o filme é facil perceber que tudo começa bem, com detalhes interessantes de realizaçao como a sequencia e o realismo da explosao, a forma como acaba por detalhar o show mediatico em que alguem em sofrimento se torna, e mais que isso a uniao entre pessoas. E claramente um filme com uma mensagem positiva, bem realizado, com detalhes interessantes principalmente na forma de filmar o sofrimento do seu protagonista. Aqui denota-se que o filme mesmo na abordagem quer ser muito mais do que um relato, quer ter um teor de filme e acaba por o conseguir ter.
Sustentando em boas interpretaçoes, embora me pareça que algumas com menos ruido acabam por ser mais eficazes do que aquelas que numa primeira analise seriam faceis de adorar, o filme tem no final o seu problema. E este problema e quando entra na cultura do heroi da naçao, tendo o epicentro nas conversas sobre guerra e da naçao americana contra o terrorismo, que tem tanto de americano como talvez de errado principalmente quando os ultimos ataques ate foram noutros locais.
E é neste americanismo exagerado que outros filmes tambem tem como principalmente American Sniper que me parece que o filme falha, porque prepara muito bem todas as sequencias do aproveitamente do sofrimento de alguem como espetaculo mediatico, para no fim o justificar num bem maior, neste caso o sentimento de uma naçao, e ai ideologicamente diferencio-me de um filme que durante grande parte da sua duraçao consegue ter otimos momentos de cinema, mas que em termos de conceito parece-me cair no final num sentimentalismo completamente despropositado.l
A historia fala de Jeff um jovem que fica sem as pernas durante o ato terrorista na maratona de Londres e que devido a uma fotografia acaba por ser o simbolo da resistencia da cidade, que o acompanha na sua recuperaçao.
Em termos de argumento e um filme obvio, na forma como tudo decorre, na forma como o sofrimento e as personagens sao criadas, parece demasiado novelesco. O ponto negativo os dialogos finais completamente de propaganda americana.
David Gordon Green e um realizador que vem de um cinema independente e onde conseguiu algum resultado. Ate ao momento no cinema de estudio ainda nao conseguiu ter um filme com dimensao para o colocar na primeira linha de realizadores. Aqui tem um bom trabalho com muito significado nas sequencias de sofrimento
No cast temos um filme de grandes interpretaçoes.Gyllenhaal tem um papel ambicioso intenso, daqueles pensados para os oscares, mas que tudo indica sera insuficiente. Penso que mesmo com todas as qualidades que estao presentes na interpretaçao cai num exagero com alguns tiques repetidos, que nao tiram merito a uma interpretaçao de excelencia mas tornam-na demasiado obvia. Bem mais silenciosa mas com uma intensidade interessantissima temos uma Maslany num primeiro maior momento no cinema, que demonstra que por vezes no lado menos luminoso do filme temos a melhor parte.

O melhor - A forma como o filme consegue ir para alem do relato de uma historia no ponto de vista cinematografico

O pior - O americanismo profundo na fase final

Avaliação - B-

Thursday, December 14, 2017

The Bachelors

Estreado em alguns festivais de menos dimensão este pequeno filme, que estreou quase sem ninguem dar por ela nos cinemas americanos conseguiu ganhar alguns premios muito por culpa da sua simples narrativa. Em termos comerciais e mesmo tendo dois dos actores mais em forma no que diz respeito aos mais jovens o resultado foi praticamente inexistente nao permitindo que o filme atingisse qualquer tipo de notoriedade.
Sobre o filme podemos dizer que esta novamente na moda, e proximo dos criticos as comedias romanticas de adolescentes, principalmente aquelas que tratam da passagem para a idade adulta ou aquelas que tentar potenciar a ultrapassagem de problemas por parte de mais novos. Este e mais um filme escrito de uma forma simples, mais emotiva do que com a razão sobre a mudança e adaptaçao a uma nova realidade.
E no ponto de vista emocional que o filme mais funciona, quer no sofrimento implicito que o filme da as duas personagens centrais, com idades diferentes mas com um sofrimento em comum, e na forma como o filme explora e bem essa emocionalidade. POdemos facilmente dizer que o percurso narrativo do filme é igual a muitas outras telenovelas com um final feliz, mas é na forma como o filme consegue ter algum impacto emocional que acaba por agradar ao espetador.
Mas e obvio que com um argumento igual a tantos outros e sem grandes elementos diferenciadores nunca sera um filme de primeira linha, ou filme que seja totalmente inesquecivel para que o ve, mesmo que os momentos de duraçao do filme sejam bem passados. Parece inteligente a escolha do cast mesmo sem grandes figuras a sua consistencia permite explorar e bem a sua dinamica emocional.
O filme fala de um pai e um filho que apos a morte da mae acabam por mudar de cidade sendo integrados num colegio. O pai inicia uma relaçao circunstancial com uma sua colega de trabalho e o filho inicia uma aproximaçao com uma colega com tambem ela problemas emocionais.
Em termos de argumento temos um filme que nao tras nada de novo na sua base, com objetivos simples mas que consegue com a exploraçao emocional funcionar na maior parte dos seus momentos. E obvio que esta longe de ser um poço de criatividade e originalidade na historia mas muitas vezes os caminhos certos ja pisados podem funcionar melhor.
Na realizaçao Voelker um argumentista de filmes comuns tem aqui o seu trabalho mais visivel. Uma realizaçao simples sem grande ambiçao, mas que explora e bem o lado emotivo das personagens. Num estilo facil cumpriu os objetivos.
No cast penso que o filme funciona JK Simmons e um actor de uma intensidade fora de serie, que merecia mais atençao que apenas conseguiu com Wiplash. Aqui mais uma vez a mostrar uma facema mais dramatica com toda a intensidade que sabe dar. Nos mais novos destaque para Josh Wiggins que acaba por ter um ano interessante sem nenhum filme de primeira linha, mas com carisma para encabeçar filmes com esta idade merece a nossa atençao no futuro.

O melhor  - A toada dramatica emocional de todo o filme.

O pior - O argumento e de uma telenovel simples

Avaliação - B-

Tuesday, December 12, 2017

Columbus

Sundance tornou-se nos ultimos anos o verdadeiro festival onde realizadores independentes mas tambem novos realizadores mostram mais que os seus filmes a sua forma de pensar. No que diz respeito as novidades surgiu um pequeno filme sobre uma cidade americana que conquistou a critica. Pese embora esse bom resultado critico foi insuficiente em tamanho para o filme conseguir entrar a serio na luta pelos premios.
Sobre o filme, é importante dividir aquilo que é a historia central do filme, e ai parece-me que o filme é curto sendo apenas um conjunto de conversas entre duas personagens que se conhecem num determinado momento e que se aproximam. Neste prisma parece-me claro que o filme e demasiado curto para tantos louvores, ja que mesmo em termos de romantismo o filme nunca tem intensidade para fazer sublinhar a sua ideia.
O lado positivo do filme acaba por ser o contexto, de uma cidade projetada com uma arquitetura singular, e aqui penso que o filme acaba por dar algo de novo ao espetador, principalmente para todos aqueles que como eu nao conheciam o local. Aqui o filme consegue ter uma fotografia de grande nivel, e alguns locais que merecem ser visto, sendo um agradavel bilhete postal.
Ou seja um filme que me parece mais funcional do ponto de vista tecnico do que propriamente no argumento. Mesmo assim existe agora uma tendencia de aperciar os filmes basicos sobre coisas simples, e o filme acaba por ser isto. Pena é que nao tenha grande ritmo e no final ficamos com a sensaçao que o filme acaba por nao ir a quase lado nenhum.
A historia fala de uma jovem que vive com a mãe que se encontra indecisa se vai ou nao para a universidade que começa uma relaçao de amizade com o coreano que se encontra na cidade de forma a acompanhar o seu pai, que se encontra doente no hospital.
Em termos de argumento parece-me um filme algo vazio naquilo que significa e mesmo na questao dos dialogos que tinha espaço para ter. Exagera um pouco na forma como falam sobre arquitetura embora seja esse tema aquele que diferencia o filme.
Na realizaçao de Kogonada parece-me que o filme tem qualidade, nao so na escolha de um contexto particular mas na forma como este é filmado como contexto para toda a historia. Assim, acaba por ser a cidade a protagonista e isso parece muito interessante demonstrando inteligencia de um realizador que esperamos os seus filmes seguntes.
No cast dois jovens tipicos de filmes diferentes, que tem aqui um filme que lhes exige mais do ponto de vista dramatico. Lu Richardson e uma das jovens promessas que aqui tem um papel interessante de maturaçao. Por seu lado Cho acaba por me parecer algo deslocado de um filme tao dramatico.

O melhor - A cidade e a sua arquitetura

O pior - Com tantos dialogos poderia ter mais valor neste particular

Avaliação - C+

9/11

Existem filmes que pelo seu titulo, momento e interpretes tem tudo para correr mal. Um desses filmes foi este drama, que retrata algumas pessoas em pleno 11 de Setembro, que aposta na data como titulo, com um conjunto de actores em plena baixa de forma e uma data de estreia tipica do aproveitamento da situaçao para ganhar dinheiro. O resultado um desastre a todos os niveis criticamente um dos filmes piores avaliados do ano, e em termos comerciais resultados residuais contrariam a expetativa de alguns.
Sobre o filme, eu acho sempre util fazer filmes sobre momentos marcantes da humanidade quando nele existe rigor historico e mais que isso contar uma historia que aconteceu que permita ter um conhecimento claro do que aconteceu. Neste caso nao temos nada disso, temos uma tentativa de fazer um filme de acçao de qualidade mais que duvidosa totalmente ficcionado interpretado por actores em pessima forma, num filme tipico de aluguer que acabou por ter algum tempo de antena graças à data que da titulo ao filme.
Alias se existe coisa que o filme nunca tenta ser é mais que isso, a narrativa simples de fechar personagens num elevador, a falta de qualidade dos dialogos e mais que isso das interpretaçoes a nivel dramatico, algumas delas capazes de figurar no registo de algumas das mais disparatas que a momento, so poderia resultar num dos piores filmes dos ultimos tempos.
Pena é que o aproveitamente por parte dos estudios menores de datas ou fenomenos marcantes seja cada vez maior no sentido de tentar aproveitar a debilidade emocional, ou a proximidade criada por uma situaçao para tentar comercialmente fazer resultar obras sem qualquer tipo de conteudo ou força.
A historia fala numa serie de pessoas que fica fechada num elevador de uma das torres do world trade center no dia do tragico acontecimento, tentando resistir a inevitabilidade do acontecimento.
O argumento e completamente vazio, tipico de filme de açao de pessima qualidade dos diretos para aluguer. Nao ter personagens no sentido de dimensao e mais que isso os dialogos parecem tirados de um cliche interminavel numa obra que deveria no minimo ter muito mais preocupação tendo em conta o seu titulo.
Martin Guigui e um realizador que foi colecionando filmes de segundo nivel e que aqui tem talvez o mais visivel e o mais apelativo pelos piores motivos. Existe momentos em que pensamos que faz de proposito em ser mau, como os excessivos abusos de slow motion.
EM termos de cast eu compreendo como Sheen, Goldberg e Gershon acabam por entrar num filme como este. NUma altura em que a carreira de todos praticamente nao existe qualquer filme é uma dadiva, contudo neste caso é apenas o assumir de carreiras aparentemente terminadas.

O melhor - O lado emocional do trabalho dos bombeiros

O pior - Um disparate sob a forma de homenagem

Avaliação - D-

Saturday, December 09, 2017

November Criminals

Um filme escrito por Steve Knight com dois dos mais promissores actores de uma geração, tinha tudo para se tornar num dos casos serios de 2017 caso a critica nao tivesse destruido por completo o filme, rementendo-o para uma estreia quase residual e diretamente para aluguer, o que resultou como seria previsivel num resultado comercial em tudo inexistente,
Muitas vezes perguntamo-nos se a critica normalmente quando atinge filmes com estes intervenientes está a jogar com a expetativa anterior ou é mesmo uma analise absoluta do filme. Pois bem depois de ver o filme é obvio que a análise é absoluta ja que se trata de um filme alegadamente policial, que nunca consegue ter qualquer ponta de interesse ou intensidade numa historia básica, pouco interessante e que nos parece mais pensada para tentar rentabilizar a imagem dos seus protagonistas do que propriamente como filme em si.
E podemos dizer que o filme ate começa bem, antes do momento que o transforma. Temos um bom dialogo entre personagens, numa toada adolescente mas com alguma prespetiva. Contudo com o homicidio que muda tudo, o filme torna-se num policial pouco ou mesmo nada interessante, que nunca consegue prender o espetador, e muito menos o surpreender. AO longo da sua curta duraçao percebe-se que nenhuma ponta do filme e trabalhada e que o filme corre para o final num ritmo pausado e sem grandes motivos de sublinhado.
Por tudo isto compreende-se como este filme acabou no mercado de aluguer, pois parece-me muito mais pensado nas limitaçoes deste mercado do que em qualquer outro. Contudo tudo ainda fica mais negro quando temos um argumentista de primeira linha, acompanhado por alguns actores promessas, e sai um dos policiais mais vazios dos ultimos tempos que tem como grande vantagem a sua curta duração
A historia fala de um adolescente que apos ter quase presenciado a morte de um seu amigo, tenta perceber nao so o autor do crime mas o motivo do mesmo, o que vai colocar em risco a sua propria vida.
EM termos de argumento podemos dizer que se trata de um dos filmes mais basicos que me recordo em termos de enredo policial. O filme nunca consegue dar intensidade aos seus entalhes narrativos e tudo torna.se claramente pouco interessante, começando nas personagens passando pelos dialogos com exceçao do primeiro.
Na realizaçao Gervasi e um realizador que ja teve mais perto do olimpo com o seu hitchkock e que aqui tem uma realizaçao de serie B, sem risco, e mais que isso sem brilho artistico. Nao e com este tipo de filmes que se alimenta uma carreira.
No cast, depois do sucesso de Baby Driver Elgort regressa aqui ao papel de inocente simpatico que pautou grande parte da sua carreira e que para si nada tras de novo a carreira. Ao seu lado Moretz tem tido dificuldade em encontrar os filmes certos para cimentar a sua carreira enquanto adulta.

O melhor - O primeiro dialogo e a curta duraçao

O pior - Para um policial do quem matou quem, nunca consegue motivar o espetador

Avaliação - D+

Wednesday, December 06, 2017

Mother!

É natural quando um realizador conceituado como Aronofsky entra dentro de um genero tão discutivel como o horror, que o mundo do cinema esteja atento ao resultado. Estreado no festival de Veneza Mother! foi considerado de imediato um dos filmes mais controversos do ano, uma daquelas obras marcante o suficiente ou para se amar ou para se odiar. Assim criticamente e apesar desta divisao foram mais aqueles que elogiaram o risco e a forma como o realizador desafiou tudo do que propriamente aqueles que nao gostaram. Contudo sendo obviamente um filme estranho comercialmente o filme foi um desastre principalmente tendo em conta as figuras que nele entram
Sobre o filme, eu confesso ser um adepto natural da forma como Aronofsky realiza pois coloca-se totalmente dentro das historias com uma intensidade que muitos nao conseguem ter. Dai que com excepção de Fountain que achei um filme extremamente confuso gostei de quase tudo que ele fez. O problema de Mother e que em termos de argumento e coerencia do que significa acaba por nunca existir, e isso e um problema inultrapassavel num filme, mesmo que muito do resto seja de primeira linha.
E o filme tem obviamente bons momentos, desde logo uma meia hora final de uma realizaçao inacreditavel que mais parecia a criaçao do ambiente do inferno de dante, que sufoca o espetador assim como as personagens. Temos alguns padroes morais bem vincados como a necessidade de afeto, e algumas alegorias à maternidade, nao esquecendo de bons interpretes ou nao tivesse o filme recorrido a alguns dos melhores actores da praça.
O problema e o que cola isto tudo, não existe, ficando a ideia que incialmente o argumento do filme ia por um lado e que de repente como não tem forma de conseguir dar-nos algo com logica entra numa opera de personagens no limite, que é interessante como sequencia isolada mas que significa muito pouco na logica de um filme de autor como este deveria ter sido.
Por tudo isto a minha opiniao sobre o filme é bem mais negativa do que positiva, ja que um filme pode ter os elementos todos bem constituidos mas se o que organiza tudo nao existir, são imagens soltas de boa qualidade e deste cinema eu nao gosto.
A historia fala de um casal que tenta reconstruir uma casa, sendo que o elemento masculino ao ser poeta recebe em sua casa a visita de um casal, que vai totalmente colocar a estabilidade daquele agregado em chek
Em termos de argumento na essencia parece-me um filme de tal maneira alegorico que acaba por ninguem entender na verdade o que o filme quer, qual a essencia de muitas cenas e sinceramente tenho duvidas que Aronofsky enquanto argumentista tambem saiba o que significa o filme na sua essencia.
Como realizador Aronofsky tem assinatura, em otimos momentos isolados, demonstrando bem ser um dos mais intensos realizadores do momento, contudo de quando em vez tenta fazer filmes que ninguem entende e isso pode encurtar a sua força enquanto cineasta.
Um cast de luxo que tira tudo do filme, e que sofre com a falta de coerencia do mesmo, Lawrence tem intensidade, Bardem equilibrio, e mesmo Harris e Pfeifer aparecem em papeis que encaixam perfeitamente e mais que isso bem mais visiveis do que os ultimos de ambos, contudo o filme nao ajuda para grandes meritos.

O melhor - A realizaçao

O pior - O filme ser incompreensivel em muitas das suas razões

Avaliação - C-

Tuesday, December 05, 2017

The Tribe of Palos Verdes

Os problemas das classes sociais elevados muitas vezes não é um tema muito abordado no cinema dai que de imediato deve-se gabar a forma como este filme tentou entrar na forma de vida das elites em circuitos fechados. Num filme totalmente planeado para pequenos festivais as criticas medianas acabaram por nao conseguir dar o impulso que o filme poderia ambicionar para podem entrar na temporada de premios. Se unirmos a isto o facto de ser um filme tambem ele curto e com pouca dimensao comercial e facil perceber que a probabilidade deste filme passar despercebido a maioria das pessoas e mais que muita.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um pequeno filme de personagem, introspetivo que tenta ir ao maximo aos detalhes da forma como uma adolescente vive a sua introversão e mais que isso a forma como experiencia uma roda viva de um conflito familiar onde apenas serve de mediadora. O filme resulta de forma diferente na dimensao da personagem que me parece claramente pequena para um filme assim, mesmo quando o conflito nos seus diversos momentos e bem potenciado.
Alias se existe momento em que o filme funciona e na forma como o cria o caos numa familia aparentemente feliz num contexto de sonho. Ai o filme consegue perfeitamente desistabilizar todas as peças de uma forma interessante, nao tendo contudo seguiimento na forma como a intriga se desenvolve, perdendo demasiado tempo e auto conversas da personagem.
Ou seja o filme perde por ser demasiado pequeno para grandes voos, e ser demasiado pensado para esses mesmos voos. Nao temos um filme de grande ritmo ou grande intensidade de conflito, mesmo conseguindo criar condiçoes para tal. Ou seja um filme mediano num campo onde tinha de ter muito mais valor em diversos pontos.
A historia fala de uma familia que se muda para um condominio fechado de primeira linha na california momento em que as relaçoes e a estabilidade familiar começa a ruir por diversos lados.
EM termos de argumento o filme e na base uma historia simples de dramas familiares do ponto de vista introspetivo de uma personagem.que nem sempre nos parece bem construida para ser a base de todo o filme, ja que muito do que esta a sua volta seria bem mais ritmado do ponto de vista das restantes
A dupla de irmãos Malloy tem aqui a sua estreia a um nivel mais elevado com alguns bons planos, um filme com alguma assinatura mas contudo sem grande dimensão numa epoca do ano onde os trunfos sao lançados constantemente. Provavelmente teremos de perceber o que se sucede na carreira desta dupla.
COm um cast quase desconhecido onde se sublinha a presença de Garner com uma personagem com alguma dimensão dramatica, arriscada, mas que nem sempre nos parece de primeira linha em termos interpretativos. Parece-nos que o cast poderia levar o filme para outra dimensao mas nem sempre as escolhas nos parecem felizes.

O melhor - Alguns apontamentos de realizaçao

O pior - O foco na personagem menos interessante

Avaliação - C

Friday, December 01, 2017

The Foreigner

Seis anos depois da experiencia de Martin Campbel no mundo dos super herois ter saido claramente fracassado, eis que o realizador de alguns dos maiores sucessos de James Bond regressou aos filmes de acção, trazendo para hollywood o iconico Jackie Chan. Num filme de grande estudio os resultados criticos do filme foram medianos com avaliaçoes intermedias. Em termos comerciais para um filme tipico de Jackie Chan, mesmo com um realizador bem conhecido os resultados foram melhores que o habitual sem no entanto serem interessantes.
Sobre o filme, desde logo existiu a duvida se teriamos um filme de açao tipico de Campbel, ou seja direto, intenso e com grandes sequencias de acçao de grande estudio, ou teriamos o filme de artes marciais tipico de Chan. Pois bem o filme acaba por ser ao mesmo tempo um bocadinho de ambos sem no entanto conseguir o melhor resultado em nenhum deles. Desde logo porque as sequencias de luta apesar de existirem sao escassas, e por outro lado a intensidade da acção nem sempre é de primeira linha, num filme que tambem aposta em teorias da conspiração e uma intriga mais desenvolvida.
E aqui reside alguns dos problemas do filme, ao ser um emaranhado de personagens numa questão politica de terrorismo com muitos envolvidos tuda acaba por se tornar em alguns momentos demasiado confuso, não permitindo dar força a luta da personagem central ja que a sua antitese acabam por ser secundarios de segundo plano, nem por outro lado acaba por nunca conseguir dar ao filme o climax final que talvez merecesse em face do sofrimento da personagem central.
Mesmo assim e sendo um filme totalmente mediano existe alguns apontamentos que nao sao comuns e que ate funcionam, como o lado mais dramatico e interpretativo de Chan e um Brosman como vilao, ou quase, que tambem acaba por nao sendo uma novidade, não ser particularmente algo comum na filmiografia de ambos.
O filme fala de uma emigrante chines que ve a sua filha ser assassinada num ataque terrorista perpetrado por um grupo da irlanda do norte. A procura da vingança este individuo vai tentar entrar e conseguir obter a identidade dos autores de tal acto de forma a conseguir responder na mesma moeda.
Em termos de argumento mesmo sendo uma base simples de vingança semelhante a tantas outras o filme acaba por na questao politica da autoria do acto terrorista ser algo confuso na teia que monta de relaçoes, algo que acaba por retirar alguma intensidade ao acto de vingança por o mesmo ser algo difuso
Em termos de realizaçao de filmes de acçao Campbel costuma funcionar com intensidade. Aqui num filme claramente com menos meios, acaba por perceber como retirar dividendos de Chan, sem no entanto ser uma produçao de primeira linha. Talvez tenha de voltar a James Bond para realçar a carreira fora do franchising.
Ja no que diz respeito ao cast, mesmo nao tendo nenhuma prestaçao de primeira linha, sublinha-se o lado mais dramatico de Chan, algo que habitualmente nao aparece, e um Brosnan que mesmo com as deficiencias reconhecidas em todo o mundo, parece funcionar melhor em personagens mais obscuras.

O melhor - Percebermos que existe um Chan interpretativo

O pior - O emaranhado da intriga politica que tira intensidade a um filme de açao que deveria ser mais direto

Avaliação - C

Tuesday, November 28, 2017

Mudbound

E conhecido o objetivo de um dia a Netflix dominar o cinema, e quem sabe conseguir o louro maior, ou seja, ganhar um oscar de melhor filme, ou pelo menos entrar nesta disputa. Ja em anos anteriores tinha tentado, mas desde Sundance que percebeu que pela primeira vez poderia ter nas maos um produto com qualidade para sonhar com entrar nas nomeaçoes principais. Este sonho começou na excelente receçao critica deste pequeno filme sobre o tema racial no pos guerra. Comercialmente e tendo em conta a forma de divulgaçao dos filmes da Netflix nao podemos perceber o valor concreto de um filme que em alguns paises vai ter lançamento em cinema.
A questão racial e principalmente o detalhe de um passado negro nesta questao é algo que sempre apaixonou o cinema, principalmente pela existencia de um grande numero de artistas da comunidade afro americana. Este filme e mais uma historia dura sobre a luta e sobre o racisma e a forma como o mesmo estava implementado de uma forma doentia. Em termos de base podemos dizer que o filme acaba por ser mais do mesmo, e por vezes com muito menos ritmo ou intensidade quando comparado com outros filmes da mesma tematica.
Talvez por isso me pareça que o filme é demasiado adormecido para ser uma obra prima, ou mesmo um filme que dislumbre. A primeira hora e meia acaba por ser algo previsivel, de um desenvolvimento historico que todos percebemos onde vai ter, que se desenvolve a um ritmo praticamente inexistente. E se este defeito do filme acaba por condicionar o seu resultado final, o mesmo permite que o excelente final do filme tenha um impacto maior, em meia hora de cinema de primeira linha, não só bem escrito com com total aproveitamente emocional das personagens muito bem interpretadas pelos seus autores.
Assim, embora me pareça um filme muito semelhante a outros para se poder dizer que é um candidato natural, podera a ultima meia hora vincar um filme que durante alguns momentos da sua duraçao se torna repetitivo e algo aborrecido. Mas como o que fica e o impacto final podera este facto levar o filme a uma luta que na minha opiniao me parece grande demais para o mesmo, ou seja a luta pelos premios.
EM termos de historia o filme fala de dois jovens de etnias diferentes que no pos segunda guerra mundial, regressam aos EUA onde as igualidades sentidas enquanto piloto desvanecem e tem novamente que estar nos seus lados de uma guerra racial.
EM termos de argumento podemos dizer que a historia é intensa do ponto de vista emocional, e bem desenhada, embora me pareça que repete alguns dos cliches tipicos dos filmes sobre a historia das lutas raciais pela igualdade. Em termos de personagens nem sempre o filme potencia as suas personagens em termos de dimensao.
A cantora Dee Rees tem uma realizaçao interessante, sem grande barulho escolhe sempre cenarios e capta a camara com uma intensidade que potencia a intensidade emocional das sequencias. Denota paixao, embora me pareça curto para altos voos.
Dai que me pareça que as maiores chances do filme em termos de nomeaçao possam ser as interpretaçoes, com destaque obvio para Johnatan Banks que nos da um dos melhores papeis secundarios do ano, num papel dificil de se gostar, mas cujo objetivo e cumprido em toda a linha. Nos mais novos Mitchel e Hedlund no final levam a interpretaçao para um nivel elevado mas pode ser infuficiente para a academia. SUblinha-se que em ambos os casos parece-me ser um upgrade nas carreiras de ambos.

O melhor - A ultima meia hora

O pior - Nem sempre o filme tem a intensidade que deveria ter

Avaliação - B-

Monday, November 27, 2017

The Meyerowitz Stories

QUando foi anunciado o quadro do festival de Cannes existiram dois filmes que lançaram a polemica, por um lado por serem de realizadores conhecidos e reconhecidos pela critica, mas acima de tudo porque se tratavam de produçoes Netflix pensadas para serem lançadas diretamente para televisao. As suas acabaram por mesmo com reconhecimento critico, serem envolvidas na polemica, o que acabou por lhes tirar aparentemente um peso no que diz respeito a sua presença na luta pelos premios na temporada que se avezinha.
Baumbach e um cineasta com caracteristicas muito proprias, principalmente na forma como tenta buscar o insolito de situaçoes em personagens excentricas, tratando sempre de assuntos comuns do dia a dia de pessoas e ainda mais de formas de vida. Neste filme e novamente no contexto cultural judeu temos mais um filme precisamente com as mesmas bases, ou seja, personagens em conflito em situaçoes limite. E nisso o filme funciona mais em termos parcelares do que no todo, o que acaba por no final nos fazer recordar de diversas sequencias mas temos dificuldade em achar o filme no final um bolo de primeira linha.
A forma como o protagonismo vai para dois comediantes em papeis menos obvios quando enquadrados na sua carreira, demonstra bem a toada que o realizador quer para os seus filmes, contudo penso que o filme se recente em alguma ligeireza nas interpretaçoes e que nao permite que o conflito latente em todos eles seja expresso de uma forma mais significativa. Mas aqui parece-me que Baumbach esta mais preocupado na sua assinatura de comedia disfarçada do que propriamente naquilo que o filme reserva para si.
Por tudo isto, apesar de ser um filme interessante enquadrado plenamente naquilo que e o cinema ate aos dias de hoje do seu realizador, nao nos parece suficiente para um vincado especial que o leve para um patamar mais elevado de unanimidade. Mesmo assim ressalva-se algumas sequencias de grande linhagem narrativa e dialogos de primeira linha, que contorna com outros claramente menos funcionais.
A historia fala de tres irmaos com historias de vida muito diferentes que regressam ao contacto com o seu excentrico progenitor, um escultor de pouco sucesso, e com o qual tem vivencias no minimo bastante complicadas.
A forma como Baumbach escreve as suas historias tem uma assinatura muito particular, no estilo quase comedia, mas de assuntos serios com que as suas obras se reveste. Neste caso nao sendo um filme de todo equilibrado, oferece-nos alguns dialogos de primeira linha.
COmo realizador e claramente menos visivel o seu trabalho, com uma toada mais independente. COntudo filme apos filme a sua obra esta mais consistente na criaçao de um estilo proprio e com o tempo a sua dimensao como realizador e cada vez maior.
No cast Sandler tem o papel menos previsivel, numa toada mais dramatica, mais proxima do que fez na sua colaboraçao com PT Andersson. Mesmo assim parece sempre pouco intenso quando o filme pede mais dramatismo, demonstrando debilidades. Os melhores destaques vai para a excelente prestação de Hoffman, que nao fosse o escandalo sexual seria certamente um dos candidatos a premios e mesmo Elizabeth Marvel.

O melhor - A cena do restaurante de Hoffman e Stiller

O pior - As partes sao mais que o todo

Avaliação - B-

Home Again

Hollywood é mais que tudo um jogo de conhecimentos. Dai que nao seja de todo estranho que por vezes generos passem de pais para filhos e que algumas familias tenham diversas pessoas ligadas a esta arte. Este ano e sob a produçao da mãe, foi a vez da filha de Nancy Meyers estrear-se na realização. Os resultados tiveram a todos os niveis longe daquilo que a mãe nos habituou. Comercialmente o filme foi um rotundo fiasco, principalmente se tivermos em conta que se trata de uma comedia de grande estudio e criticamente as avaliaçoes tendencialmente negativos nao foram a alvanca que o filme necessitava.
Sobre o filme eu acho sempre alguma graça quando hollywood entra dentro de si proprio, mesmo que seja ao de leve, e sem grande caracter descritivo como acaba por ser este caso. COntudo neste filme é apenas isto que resulta de interesse, e mesmo aqui temos os primeiros cinco minutos de descriçao da vida do progenitor do protagonsita de qualidade, já que no restante é uma comedia onde as cenas não tem sentido juntas, dando uma trapalhada, que nunca é engraçado e nunca tem intensidade para funcionar muito menos como comedia romantica.
O filme é um conjunto de opções narrativas estranhas e onde na realidade para alem de algum bom tempo entre as personagens nada de substancial acontece. Temos o insolito de tres jovens irem viver com uma mae solteira, mas tirando os diferentes interesses amorosos, o filme acaba por não ter nada de novo ou de funcional que o diferencie. Pior que tudo acaba por englobar personagens que nada oferecem ao filme, e cujas linhagens narrativas acabam por surgir no filme sem qualquer tipo de sentido.
Talvez por isso seja uma daquelas comedias romanticas que na essencia nada tras de novo, com uma falta gritante quer de humor quer de graça natural que acaba por ser para o espetador um despredicio de tempo assinalavel. NUma altura em que cada vez mais é dificil lançar filmes em wide ainda e surpreendente que filmes tao cheios de nada como este consigam este feito.
A historia fala de uma mae acabada de divorciar inserida no mundo de hollywood que alberga em casa tres aspirantes no mundo do cinema, que lhe vai fazer pensar sobre o atual sentido da sua vida.
Em termos de argumento parece obvio que o filme quer teorizar sobre a crise dos quarenta no feminino, mas primeiro é tudo demasiado ligeiro, e depois nunca consegue ter graça para a historia funcionar naquela toada e isso e um erro de palmatoria.
Na realizaçao temos a claridade e a simplicidade de processoe em comedias que Nancy Meyers parece ter dado à filha. COntudo parece ser obvio que falta um toque pessoal que individualize o que vimos.
No cast. Witherspoon funciona bem da forma espontanea neste tipo de comedias, e neste filme encaixa bem numa personagem que tem os seus tiques e que parece reduzida demais a isso. No naipe de secundarios nos mais novos nenhum com carisma para se sublinhar.

O melhor - Os primeiros cinco minutos sobre a vida de alguem no cinema´

O pior - O filme nunca conseguir ser emotivo ou engraçado

Avaliação - D+

Sunday, November 26, 2017

Tulip Fever

Quando um filme de epoca de estudio consegue ter nas suas fileiras um elencto tão actual e recheado como este é normal que as expetativas fiquem elevadas. Contudo quando o resultado esta longe de ser uma obra prima normalmente as criticas aguidizam-se num sentido negativo o que acabou por acontecer neste filme. Comercialmente os resultados foram decadentes muito tendo em conta que se tratou de um filme que nunca conseguiu uma expansao plena, o que tendo em conta o elenco e de estranhar.
Sobre o filme, eu confesso que gosto de filmes com mudanças continuas de intriga e no desenvolvimento da historia porque penso que por um lado da um ritmo interessante a um filme de epoca, e por outro lado vai-se aproximando do espetador. E nisso o filme mesmo com demasiada previsibilidade tem esse ritmo, mesmo que grande parte das vezes recorra a algum cliche na forma como monta as sequencias.
COntudo o filme acaba por ter um defeito grave num filme desta dimensao, é completamente desiquilibrado nas linhas narrativas, principalmente quando comparadas umas com as outras. E isso começa logo na vertente mais comercial do negocio das tulipas, este ponto que alegadamente é tão importante para o filme acaba por ser nada mais que um contexto que na realidade nada dá para a intriga em si, parecendo que por vezes o filme não consegue desenvolver alguns relacionamentos e alguns dos pontos do argumento já que tenta ir a diversos fogos na maioria dos casos sem sentido.
Por tudo isto, este filme acaba por ser um filme com relativa qualidade quando analisado como entertenimento simples, um filme que principalmente na relaçao central, acaba por ser intenso na panoplia de sentimentos, mas que a determinada altura parece entrar num enredo demasiado complicado para sair dele, acabando por no final atalhar quando tinha de ser bem mais congruente com tudo que nos deu anteriormente.
A historia fala de uma jovem casada com um homem rico mais velho, de quem espera ter um filho. Durante este periodo acaba por conhecer um jovem pintor por quem se apaixona e acaba por iniciar uma relaçao extra conjugal que pora em causa o futuro deles e de todos a sua volta.
Em termos de argumento posso dizer que sendo um argumento dificil, principalmente pelos diferentes nos narrativos, é bem melhor no seu desenvolvimento do que na sua conclusao. COntudo sublinhe-se o risco de tentar ser um filme complicado num emaranhado de relaçoes entre personagens.
Na realizaçao Chadwick, e um realizador de segundo nivel, muito relacionado com filmes que criam expetativa mas que ate ao momento ainda não concretizaram. Aqui tem bons momentos na forma como filma uma Amesterdao em decadencia, mas nem sempre retira a beleza que um contexto como aquele poderia ter. AInda aguardamos o seu trabalho de eleiçao.
No recheado cast, pouco ou nenhum acaba por emergir. VIkander mesmo em epoca ja nos deu bem melhor, DeHaan e Waltz encaixam nas personagens sem grande brilho. No restante parece mais nome do que qualidade.


O melhor - O risco de um argumento arriscado

O pior - A conclusao

Avaliação - C

Friday, November 24, 2017

Geostorm

Há cerca de uma decada tornou-se muito comum no cinema alguns filmes sobre catástrofes naturaliais que mais não eram do que montras para os efeitos especiais de ponta de Hollywood. Com a repetiçao do conceito o genero tornou-se em desuso dai que com alguma surpresa e da produtora de alguns dos maiores sucessos do genero surgiu este filme. De imediato as avalicações foram muito danosas para o filme com criticas muito negativas. Talvez por isso, ou pela desatualidade do tema tambem comercialmente este filme resultou num rotundo fiasco de bilheteira tendo em conta a produçao.
Sobre o filme podemos começar por dizer que quando pensamos ja ter visto tudo no genero com alguns filmes que tiveram lugar a uma decada, temos aqui um autentico cliche relativamente a todos esses filmes, mas com a agravante de ser narrativamente bem mais debil e sem sentido quando comparado com os outros filmes, que neste ponto tambem sempre estiveram longe de ser ricos.
MEsmo em termos tecnicos parece existir um exagero do digital, nem sempre com realismo o que é ainda mais gritanto tando nos aqui a falar de um filme de grande estudio com algum investimento. Mas se este e um problema menos esperado, narrativamente embora seja expectavel que estes filmes sejam algo simplistas, este é completamente sem sentido. A intriga central nunca causa qualquer impacto e o filme prefere durante a sua duração trabalhar mais a relaçao entre irmaos do que propriamente algo mais.
Por tudo isto Geostorm e um dos piores blockbusters que tenho memoria, quer porque nao convence do ponto de vista tecnico, quer porque narrativamente e mesmo estando recheado de cliches habituais em filmes do genero, consegue ainda os tornar com menos sentido, fruto de uma ausencia de criatividade gritante, algo que e percetivel em quase todas as cenas do filme.
A historia fala de um grupo de astrounautas e engenheiros que vao ter de reparar uma estaçao espacial que é capaz de responder de forma positiva as alteraçoes climaticas sofridas pelo planeta terra. Contudo vao perceber que por tras do mau funcionamento existe um plano humano.
EM termos de argumento o filme e um autentico desastre em toda a linha, desde logo em personagens completamente esteriotipadas no genero, dialogos quase surrealistas pela forma como mudam a toada, mas mais que isso uma intriga central sem intensidade, algo que pelo menos deveria estar presente num blockbuster de estudio.
Na realizaçao o trabalho de Dean Devlin ate agora mais conhecido como produtor de filmes catastrofe e um autentico desastre. O filme nunca consegue ter arte ou conceito, e mesmo no aproveitamente da tecniclogia dos efeitos especiais é em toda a linha muito sofrivel. Provavelmente o seu futuro devera ficar apenas circunscrito a produçao.
No cast um naipe de actores de uma segunda linha, comandados por um Butler em piloto automatico, nos seus papeis comuns. Ao seu lado um Struges, Cornish, Garcia, Harris e Lara em piloto automatico num filme que nada lhes pede em termos de capacidade de interpretaçao.


O melhor - Existe coragem para tentar retomar um genero completamente em desuso.

O pior - O resultado é pessimo

Avaliação - D

Wednesday, November 22, 2017

American Assassin

Os filmes de acção simples, de intriga militar ou mesmo envolvendo espiões são já uma tradição no mundo do cinema, tendo dado à luz alguns dos maiores sucessos de sempre do cinema. Este ano este filme tentou dar origem a um novo heroi, que por sede de vingança tenta por fim ao terrorismo. Os resultados criticos do filme estiveram longe de ser brilhantes com avaliações essencialmente medianas, com ligeira tendencia negativa. Comercialmente para um filme com algumas expetativas e com boa distribuição o resultado foi em tudo escasso o que faz com que ao contrario de muitos outros filmes este possivelmente não terá sequela.
Sobre o filme, devido ao facto de existirem diversos filmes do genero, com espionagem e agentes secretos, ja nada existe quase para inventar no genero, principalmente se adotarem uma abordagem tradicional como é este caso. Dai que este filme seja em toda a linha mais do mesmo, ficando dependente de pequenos promenores que neste caso acabam tambem por nao potenciar o filme para altos voos.
E esses promenores começa no carisma ou o bom desenvolvimento da figura central. Aqui parece-me que nao só a personagem é claramente mal trabalhada, ja que apenas sabemos o que o move, desconhecendo de onde veio e para onde vai, mas também a escolha do protagonista em si não permite que esta seja trabalhada para niveis mais elevados. Mas o problema nao fica so no protagonista central, mas tambem no antagonista. Aqui o filme desaproveita em toda a linha o que poderia ser o lado mais interessante do filme, num vilão pouco interessante e que inclusivamente desaparece do climax central.
Por tudo isto, e mesmo sublinhando que o cru de algumas situaçoes de violencia são interessantes e ficam bem naquilo que o filme nos dá, parece-nos que o filme tem muita dificuldade em nos trazer algo de inovador em qualquer linha. Para alem deste facto parece obviamente que o cast quer em termos de qualidade mas também em termos de carisma fica muito aquem do que um filme de açao deveria ter.
A historia fala de um jovem que ve a sua noiva ser morta num atentado em Ibiza, e acaba por treinar com o unico objetivo de se vingar do grupo que organizou o atentado. Aqui acaba por ser intercetado pelo CIA que pede para o mesmo trabalhar para eles como assassino profissional.
Em termos de argumento o filme tem muitas dificuldades desde logo na construçao das personagens mais centrais, muito pobres na sua caracterizaçao, mas tambem tem dificuldades em dar à intriga qualquer elemento diferenciador, ou suspense, e quando assim é, normalmente estes filmes tem alguma dificuldade em se fazer vincar.
Cuesta e um realizador que vem da televisao com algum sucesso e tenta aqui imperar no cinema. O seu filme anterior tinha conseguido algum reconhecimento critico, mas aqui tras-nos um trabalho simplista de mais um tarefeiro de hollwood carreira que nao me parece ser o objetivo do Nova Iorquino.
No que diz respeito ao cast, parece-me obvio que O'Brien esta mais talhado para heroi juvenil do que para heroi adulto. Aqui pedia-se mais fibra, mais carisma. E certo que o filme sofre pela personagem ser mal desenvolvida mas a prestação do actor tambem nao fez crescer a personagem. No restante alguns bons momentos isolados de um Keaton em claro bom momento de forma.

O melhor - A violencia grafica que por vezes o filme tem

O pior - A forma como o protagonista enquanto personagem e interprete nao faz crescer o filme

Avaliação - C-

Almost Friends

A adolescencia e o inicio da idade adulta é normalmente uma fase complicada para alguns actores que foram figuras de primeira linha enquanto pequenos. Este pequeno filme que marca o regresso da antiga produtora orion aos filmes, tras-nos um grupo de jovens que foram estrelas enquanto crianças, num filme sobre o inicio da vida adulta. Um filme que nao foi propriamente bem recebido criticamente e comercialmente com a pouca ou nenhuma expansao da orion o filme acabou por ser totalmente desconhecido do grande publico.
O filme começa por ser uma tipica comedia romantica de adolescentes onde o patinho feio com crises de auto estima rouba o coraçao da menina popular que namora com o maior do bairro. E surpreendentemente o filme funciona bem melhor quando e este cliche do que propriamente quando no final quer ir mais alem como um filme e inicio de de encontro para a vida adulta, algo que demasiado serio para o registo que o filme foi tendo em grande parte da sua duraçao.
O filme na parte romantica tem bons momentos, mais que uma grande quimica entre os protagonistas os dialogos sao interessantes entre as personagens. Pena e que essa inteligencia dos dialogos normalmente se circunscreve as cenas a dois, deixando o resto quase em piloto automatico com alguns cliches de personagens que eram escusadas principalmente se o filme tinha como objetivo ser uma obra seria sobre a definiçao inicial de vida.
Na parte final e quando o filme tenta ser moralista, ou mais serio o filme perde-se demasiado em avanços e retrocessos das personagens. Denota-se perfeitamente a falta de um climax que algumas das personagens mereciam, e o final como que em forma de ensinamento deixa na minha opinião algo a desejar a um filme que ate entao era demasiado previsível mas servia como forma de entretenimento.
A historia fala de um jovem com dificuldade de aceitar as suas competencias que se apaixona pela empregada do cafe onde se dirige todos os dias. Acaba posteriormente por iniciar uma relaçao com esta, contudo descobre que a mesma tem um namoro serio.
Em termos de argumento e principalmente na base da intriga parece-me que se trata de um filme demasiado esteriotipado entre os generos que tenta tocar. Neste ponto apenas os dialogos a dois entre o duo protagonista me parece ter alguma qualidade fomentando a força de uma relaçao que e o epicentro do filme.
Goldberg e um realizador de filmes pequenos normalmente de historias emotivas. Aqui temos uma realização simples de comedia simples, com um ritmo pausado mas de passos certos. Parece-me tratar-se de uma realizador certinho para um cinema de segunda linha.
No cast Highmore muito por culpa de Bates Motel foi construindo uma carreira sustentada embora me pareça que lhe falte alguma alma em personagens algo introspetivas. Rush por sua vez com uma carreira menor parece ter o carisma para ser uma personagem de prmeira linha, embora a sua carreira ainda nao o tenha demonstrado.

O melhor - Quando tenta ser uma simples comedia romantica

O pior - QUanto tenta ser algo mais

Avaliação - C

Tuesday, November 21, 2017

Sweet Virginia

As pequenas historias nos lugares mais escondidos dos EUA são normalmente um campo de trabalho muito aperciado por algum do cinema mais independente americano. Este pequeno filme passado numa pequena vila do Alaska e sobre isso, sobre a reação à violência e sobre o desejo de muito mais. Muitas vezes estes filmes menores tentam potenciar alguns actores em papeis diferentes, ficando muito dependentes do sucesso critico dos mesmos. Este filme acabou por ser bem avaliado, se bem que insuficiente para altos voos. Comercialmente um filme com poucas ambiçoes e cujos resultados refletem mesmo isso.
Sobre o filme é obvio que se trata de um filme negro, escuro de pequeno alcance, que tenta ser um thriller psicologico muito mais do que algo mais significativo. Sobre a forma como o filme funciona pensamos que o filme consegue alguns bons apontamentos principalmente pela boa definiçao e interpretaçao do elemento que vai desestabilizar toda a rotina da cidade, o que de alguma forma acaba por nos ser dado com todo o enigma e lado negro que acaba por dar ao filme alguma intensidade.
Porque no resto parece-nos um filme sem grande chama, quer nas relaçoes entre as personagens que pelo facto de acabarem todas por tar interligadas poderiam sem mais trabalhadas e terem mais atençao. Mas mais que isso mesmo nos momentos de conflito parece-me que existiria espaço para mais tensão e um climax melhor construido.
Por tudo isto acaba por ser um filme com alguns atributos que nos da um espaço fisico pouco explorado mas que nao cresce em termos dos elementos essenciais do argumento. Podemos sempre dizer que é um filme objtivo direto ao ponto, e de pouca ambição. Talvez por isso no final seja mais facil perceber que o filme atinge os seus objetivos do que filmes mais ambiciosos e automaticamente mais trabalhados
A historia fala de um gerente de um motel, ex campeao de rodeo, que vai ter de lidar na cidade com um estranho que acaba por distribuir violencia na cidade principalmente nas pessoas que sao proximas dele.
EM termos de argumento como ja anteriormente foi dito, o filme é objetivo e principalmente no que diz respeito a justificaçao da violencia o filme é eficaz. Parece que tinha muito mais espaço nas personagens e nas relaçoes para levar o filme para outro patamar, mas ai, principalmente o argumento nao teve qualidade para tal.
Na realizaçao Dagg e um perfeito desconhecido que nos tras a america profunda com um lado escuro tipico do alaska que da ao filme uma cor interessante que conjuga com o negro do argumento. Nao temos muita arte e risco mas para um filme independente tudo acaba por funcionar.
No cast Betrhal parece-me um actor em ascenção, de simples força bruta de açao parece-me estar a apostar em mais dimensão e interpretaçao e aqui temos alguns laivos disso. Melhor e como melhor elemento do filme a excelente prestação de Abbot, que em face da sua juventude ja merece mais atençao de um cinema de primeira linha.

O melhor - Abbot.

O pior - O filme nao potenciar as relaçoes entre as personagens

Avaliação - C+

Sunday, November 19, 2017

Woodshock

O cinema independente muitas vezes está na razão da criação de muitas pessoas nos diferentes papeis nos filmes que vão sendo lançados. Este pequeno filme realizado por uma dupla de designs de moda, e que tinha como objetivo imperar no cinema independente, acabou por criticamente resultar num tremendo floop critico, o que acabou por não lhe dar manobra para grandes resultados tambem criticos, ficando na historia como mais um filme de uma Kirsten Dunst mais introspetiva.
SObre o filme podemos os dividir em dois segmentos com resultados completamente diferentes, se do ponto de vista estetico, o filme é arriscado com sequencias longas de deambulação por parte da personagem central, com tecnicas de cor que demonstram pelo menos preocupação, mesmo que na maior parte do tempo o filme nem consiga sequer ser bonito. Pior mesmo a todos os niveis o seu resultado enquanto argumento, enquanto veiculo de transmissão de uma historia, aqui o filme é um vazio total, com um ausencia de argumento completo, é daqueles filmes que pensamos que tem uma ideia e se esquece da a potenciar ou mesmo de a desenvolver, e quando assim acontece nada pode resultar.
O filme assim como outros independentes de maior ou menos sucesso tem a base numa personagem e amais que isso naquilo que ela sente, contudo o filme ao exprimentar diferenças entre as realidades e tentar agrupar tudo num so torna-se uma plena confusão sem qualidade visual para fazer prevalecer estas tentativas, e o restante devido ao seu pouco desenvolvimento acaba também por se tornar muito pouco.
Mas isto e o cinema independente, a possibilidade de dar a diferentes protagonistas um contexto para tentar ir dentro das personagens acaba por dar filmes com maior ou menor sucesso. Existe filmes contudo que acaba por deixar crescer mais os conflitos e tornar os filmes automaticamente mais ritmados e com mais conteudo.
A historia fala de uma jovem que apos perder a mãe, acaba por entrar num ritmo de decadência que a leva a um desancadear de situações que vai acabar por tornar a sua vida uma espiral de acontecimentos negativos.
Em termos de argumento o filme é um vazio autentico, em termos de personagens e mais que isso em termos de acontecimentos. Em determinados momentos o filme deveria ter mais conteudo, mais dialogo, ser mais variado do que sequencias interminaveis de auto destruição.
Em termos de realizaçao a dupla de designs que tomou conta do filme acaba por arriscar em alguns jogos de luzes mas acaba por não potenciar qualquer sentido estetico ao filme. Para esta estreia penso que o filme est´longe de ter um grande sucesso.
No cast e indiscutivel que o papel de Kirsten Dunst e relevante numa actriz que tem crescido em termos de intensidade dramatica, contudo parece-me que neste caso o filme nao ajuda a potenciar um papel com algum valor.

O melhor - Alguns bons momentos de interpretação de Dunst

O pior - O vazio narrativo

Avaliação - D+

Thursday, November 16, 2017

I Do Until i Dont

Lake Bell é daquelas figuras do cinema que todos conseguimos reconhecer pese embora nem sempre seja facil nos recordarmos dos seus filmes, principalmente por se tratarem na maioria de comedias romanticas de uma linha secundaria de hollywood. Neste filme para além de protagonista a jovem actriz tem um papel maior sendo argumentista e realizadora. Contudo este filme muito centrado em Lake Bell esteve longe de ser um sucesso critico com avaliações medianas com uma tendência negativa. Comercialmente a pouca distribuição acabou por se tornar um produto quase desconhecido para a maioria dos espetadores.
Sobre o filme a comedia disfarçada e principalmente a romantica por si só nos ultimos tempos tem-se tornado em desuso, principalmente pela falta de graça natural, ou principalmente por normalmente serem filmes que não pensam muito no humor, e por outro lado e um filme que tem dificuldade em ter impacto emocional que acabe por dar um registo significativo as relações que o filme tem.
Por tudo isto temos um filme tediante, sem fulgor, confuso na sua dinamica de diversas relações, e com a personagem que os une, a encontrar-se totalmente descentrada de uma dinamica mais suave do filme. Parece neste caso tentar dar ao filme uma vertente de humor visual e fisico que o filme nao parece talhado para ter e que acaba por nunca funcionar.
Por tudo isto este pequeno filme e um filme sem chama, sem graça natural, e está longe de cumprir os seus objetivos. COntudo este tipo de filmes acaba por dar vida a uma serie de actores com dificuldade em se enquadrar noutros registos mas que assim vão conseguindo sobreviver mesmo que os mesmos acabem por nada trazer para qualquer carreira.
A historia fala sobre diversos casais que entram num estudo de um programa televisivo que tenta perceber a durabilidade do fenomeno casamento, enquanto todos eles passam por conflitos nas proprias relações.
Em termos de argumento parece-me claramente ser o ponto onde o filme mais falha, principalmente porque também e dele que se torna mais dependente. As personagens nunca acabam por ter quimica entre si, e mais que isso o filme sente-se muitas vezes perdido nas diferentes historias.
Em termos de realizaçao Bell tem aqui a estreia na realizaçao com um trabalho simples de comedia de estudio sem grande rasgo. Ou seja muito daquilo que normalmente interpreta sem grandes motivos para sublinhados.
No cast um conjunto de actores tipicos deste tipo de filmes como Bell e Helmes, cujas carreiras pouco mais é do que este tipo de papeis. Mesmo nos mais velhos Steenburgen e Reiser dão-nos tambem pequenos papeis tipicos nas suas carreiras.

O melhor - A ideia de detalhar a força do matrimonio ate pode ser acertada

O pior - A forma como o filme se torna tão difuso que é quase dificil de ver

Avaliação - D