Sunday, December 31, 2006


The Fountain



Se existe um autor que ganhou espaço pela sua singularidade, esse não me parece que tenha sido Lynch, mas sim Aronofsky, um autor capaz de unir a uma linha narrativa completamente alternativa, com originalidade, aos quais de alia uma forma de realização extremamente unica e um acompanhamento sonoro extremamente marcante. è obvio que nunca sera reconhecido publicamente como as coisas verdadeiramente especiais, nao e facil de se gostar, sendo mais facil o odio simplista.

Em a fonte mais um exercicio de um realizador que caminha para o unico e original numa historia extremamente original, e um sentido de realização fabulosa. COntudo Aronofsky neste filme caiu na sua propria teia, criando uma narrativa tão complexa e metafisica que cai numa grande confusão, acabando apenas por restar uma grande ideia, posta em pratica de uma forma extremamente poetica, mas que no final soa a intimista em mão, existindo dificuldade dos espectadores entrarem dentro de uma narrativa. A ideia e fabulosa o facto de unir tres historias num objectivo comum, encontrar a fonte da vida eterna, mas e posta em pratica de uma forma complexa, confusa e dificil, resultado uma divisao critica extrema, e uma ausencia de ligação ao publico, o que nao seria muito mau, e tipico em Aronofsky se os meios produtivos e as ambiçoes dos estudios nao apontassem para voos extremamente mais altos.

Mas o que falha no filme, que por exemplo esta presente de uma forma muito sublinhada em requiem for a dream do realizador, a simplicidade narrativa, neste filme encontramos um argumento absolutamente complexo extremamente metaforico, narrativamente poetico mas deficitario no ponto de vista de coesão de ligação, um argumento de tal forma a arrojado e original que acaba por nao entrar de forma familiar no agrado das pessoas.

A realização de Aronofsky e brutal, mostrando os predicados anteriormente assumidos, num filme com meios produtivos superiores e que o realizador consegue utilizar de uma forma eficaz na realização dos seus objectivos.

Excelente esta a escolha de Jackman para o papel principal, e que de alguma forma vem contradizer a opiniao anteriormente veinculada neste blog, apresentando uma personagem excelentemente interpretadas, das melhores dos ultimos anos, num risco impressionante de carreira, juntando um papel fisicamente exigente com uma densidade emocional extremamente forte, dominando todo filme com espetacularidade. Weisz sai-se bem no pos oscar sendo notorio o fascinio do seu marido em realizar grandes planos com as suas feiçoes que abrilhantam o filme.

Assim o filme mais dual do ano, e que na minha opiniao e demasiado literario para ser um filme ainda mais de 90 minutos


O melhor - JAckman, expetacular interpretação


O pior - O filme e extremamente dificil e a mensagem na minha opinião e transmitida de uma forma extremamente complicada


Avaliação - B-

Saturday, December 30, 2006


All The Kings Man



O mundo do cinema pode se tornar o mais cruel de todos, um objecto a partida infalivel, senao vejamos, um remake de um filme de grande sucesso, um realizador que apesar de estreante estava ligado em função menores a grandes sucessos, uma aposta total de uma produtora, e talvez o elenco com mais qualidade dos ultimos anos. Unico senão do filme o atraso de um ano no lançamento de forma ao filme ser melhor preparado para a possivel conquista dos oscares. Foi este o enstusiamante meio produtivo de um filme que colocou desde cedo agua na boca de todos os cinefilos espalhados por todo mundo. Era o vencedor antecipado do ano...e que rapidamente se transformou num dos maiores floops da historia do cinema moderno, despresado pelo publico e acima de tudo odiado por uma critica que nao poupou criticas a uma arrogancia total de um filme que pensou que tinha tanto em tao pouco.

O grande ponto fraco do filme assenta numa tentativa de adaptar o filme a uma realidade cinamtografica actual, e que acab por tornar o filme confuso, sem interesse e extremamente monotono, para alem disso o baile de estrelas esta ao serviço de uma manta de retalhos que nao permite que ninguem consiga fazer nada do filme.

As expectativas das pessoas e principalmente da critica tambem justificam classifiações tao baixas para este titulo que apesar de mediano esta longe de ser um pessimo filme.

Outro dos erros do filme foi tentar fazer um filme sobre a politica com suspense sendo uma autentica salada de fruta que nao se assume como nada, fica de bom neste aspecto algum ritmo que o filme adquire na segunda parte e que combate a monotonia criada na primeira.

O argumento e um autentico disparate pegado, e o principal motivo deste falhanço geral, que demorara muito tempo ate repor danos.

Surpreendentemente acaba por ser o caloiro neste caso o realizador aquele que melhor se apresenta no titulo, apesar de provavelmente ser este que mais lesado sera com este floop, certo e que no capitulo da realização o filme esta muito bem conseguido, arriscando em planos fortes onde se salientam as magnificas imagens dos discursos politicos de penn, realizados com excelencia.

A nivel de actuações e era aqui que todas atençoes estavam colocadas com o maior cast dos ultimos anos, e apesar de nao serem eles a fonte negativa do filme o certo e que todos eles estao longe do seu melhor, com particular destaque para o cliche de Sean Penn nos seus discursos politicos teatralizados em excesso. Jude Law, ja demonstrou melhores momentos no cinema apesar de ser ele que preenche todo o filme retirando o protagonismo anunciado a Penn. Quanto aos outros secundarios de luxo como Ruffallo, Winslet, Hopkins, Clarkson e Gandolfini, seria exactamente igual se tivessemos a falar de simples desconhecidos ja que a sua participação mostra-se indiferente para o sucesso ou nao do filme.

Enfim um fenomeno inexplicavel onde tantos meios geram um objecto tao mediano como este


O melhor: Os promenores de realização de Zaillian, enfim com outro argumento poderia ser o inicio de uma carreira promissora.


O pior - A forma como o filme defrauda as expectativas, injustificavel


Avaliação - C+

Friday, December 29, 2006


Marie Antoinette - Maria Antonieta
Starring:
Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Asia Argento, Rip Torn, Molly Shannon
Directed by:
Sofia Coppola


Depois de Lost in Translation, o mundo cinematografico aspirou limites inultrapassaveis para a carreira futura de Sofia Copolla, ainda mais que esta apostava na mitica Rainha de França MAria ANtonieta para dar seguimento a sua pequena mas brilhante carreira. As luzes ficaram atentas ao que Copolla poderia fazer com mais meios produtivos, podia surgir um epico bélico de autor. Desde logo foi apontado como candidato aos oscares ainda nem argumento exestia. COntudo o belo começou a desmoronar quando veio os adiamentos de estreia, de final de 2005 foi adiado para outono de 2006, e sabemos que isto normalmente nao e um bom pronuncio e na realidade não o foi. Já que o filme por um lado ao estrear em Cannes teve uma divisão total de opiniões o que arrefeceu de forma brutal os animos relativos a um filme, que acabou por estrear sem grande alarido e sem grande atenção quer da critica quer do publico, sendo aqueles que apontavam a obra mestra da rainha coppolla a sua obra mais insignificante ate a data.

E a verdade é que o filme é extremamente insignificante, se por um lado a marca da autora e bem visivel, no caracter idilico que o filme adquire, a riqueza visual de imagens utilizando a premissa da prioridade das imagens pelo dialogo. COntudo muito fica aquem, o caracter bélico do filme, o factual, quando damos por nos ja o filme precorreu mais de metade e nada de concreto aconteceu, e o filme precorre este caminho pouco incerto desligado sem fio de condução vago, priorizando os promenores dos sapatos dos vestidos, parecendo a narrativa um mero acessorio em todo o filme. Este aspecto torna-o poro um lado extremamente aborrecido, e depois um total despredicio de meios, num filme quadro, extremamente desinteressante.

Assim o filme parece como aqueles livros muito descritivos mas que na realidade nada acontece, no final continuamos sem ter uma ideia de quem e ou foi Maria antonieta, nem em factos nem em ficção porque o filme nao nos dá nada. Saimos expertos em costumes da realeza, mas sera isso que os espectadores procuravam ou expectavam neste filme. Sinceramente nao me parece, sendo o filme deficitario em materia humana, sentimentos ou mesmo relações.

O argumento é totalmente inexistente, ou seja incompreensivel como uma vencedora de oscar nesta categoria pareça tirar ferias neste particular e limitar-se a demonstrar tiques de menina birrenta com a mania de surpreender.

Ja na realização Copolla parece melhor que nunca filmando com um primor artisitco impressionante, se bem que pareça sentir mais dificuldades em cenas de maior movimento.

O grande risco e que acaba por funcionar bem no filme e a Banda sonora modernista assumida por o filme, que se por um lado e claramente descontextualizado por outro dá o pouco movimento e acção ao filme extremamente parado.

De referir a qualidade do filme ao nivel tecnico onde se destacam, a direcção artisitica, vestuario e fotografia do melhor produzido este ano.

Ao nivel do cast, de referir que todo o filme esta ao encargo da capacidade de Dunst se exprimir facialmente, e se por um lado a actriz podera ser ainda bastante verde para tamanho encargo, parece-nos importante frisar que ela em momento algum compromete o filme, oferecendo uma das melhores interpretações da sua carreira, ja nos parece mais duvidoso a escolha do limitado Schwartzman para o papel do rei Luis 16, aqui a cunha familiar parece-nos ter sido factor chave na escolha.

ENfim uma das maiores desilusões do ano do ponto de vista geral, Copolla parece-nos ainda nao estar pronta para entrar no mundo das grandes produções, pois nao encaixa com o seu perfil como autora


O melhor - O nivel produtivo do filme, extremamente feliz em diversos niveis.


O pior - A forma como COpolla encara este historico filme de uma forma caseira imcompreensivel


Avaliação - C

Thursday, December 28, 2006


A good year - Um Bom Ano



Nos ultimos anos temos assistido a uma rejeição de Hollywood de obras mais intimistas e sentimentalistas, principalmente quando estas vêem de realizadores conceituados. E se com Crowe no seu ELizabethtown a obra acaba por se enquadrar perfeitamente na sua trajectoria cinematografica, este Good Year funciona como um choque termico na carreira movimentada do homem de acção chamado Ridley Scott. è certo que em Amigos do ALheio ja tentara dar uma dimensão mais pausada e menos fisica dos seus filmes, mas dai a entrar no terreno do sentimentalismo puro, e recordações de infancia e reencontro do eu vai uma grande distancia.

Pois bem, e isso que conta o filme, o regresso a um local onde a personagem arrogante interpretada por Crowe nao evoluiu, ou seja continua uma criança existindo uma busca da personagem do sua existencia mais pura, acedendo a sentimentos adormecidos. Tudo num filme emocionalmente interessantissimo, de deixar um sorriso no espectador sem despertar a gargalhada. Contudo nem critica nem espectadores estavam preparados para estes passos de Scott, a critica que continua preso a um grandioso mas passado Gladiador, e os espectadores mais adeptos dos filmes musculados do realizador, nao aderindo a uma vertente mais intimista do realizador. Scott nao se devera preocupar por realizar um dos floops gigantes do ano, ja que o mesmo sucedeu com o Papa dinheiro Verbenski quando arriscou no seu esquizoide Homem do tempo, devera ser objecto de estudo sim a negação critica a um filme claramente interessante.

A historia do filme é bonita, realizada e articulada para o ser, se bem que poderia ser mais, se não se prendesse a uma tentativa de humor a toda a linha forçada, mas que em nada compromete a força interior que o filme transmite.

E dos filmes que nos faz pensar, que provavelmente quem nos conheceu em miudo, tem uma ideia muito propria de nos, talvez diferente da que nos proprios temos, mas também verdadeira, na personagem de Max poderia estar qualquer um de nós.~

Para alem deste aspecto o choque cultural por vezes impercetiveis em culturas tao proximas como a britanica e francesa e inaltecida no filme, com a desadaptação do personagem ao seu novo meio, aqui por vezes caia num exagero ridiculo.

O argumento poetico acaba por ser interessantissimo, perdendo so em algumas situações de um lirismo desmedido, mas que esta construido de forma a gradualmente caminhar para a redenção da personagem ao seu passado, e uma nova contrução do futuro. ou seja o filme funciona em grande escala do ponto de vista dramatico claudicando nos aspectos mais humorisiticos.

A realização de Scott parece um estado de introspeção com planos fechados quase sem movimento, parecendo que o realizador, haituado a oferecer movimento conatagiante aos seus filmes, se limitou a observar o desenvolvimento de uma historia rica.

O cast, parece-me extremamente valioso para um filme tao intimista, ate os secundarios Finney e Highmore sao de primeira linha, e que nada trazem ao filme. Crowe parece-me desadaptado a comedia, nao e o seu genero,ou sera falta de habito dos espectadores em vê-lo neste tipo de papeis, mesmo assim soa a estranho. Brilhante foi a aposta em Collitard, desde Taxi que a espetacular actriz francesa merece mais oportunidades ja que me parece mais talentosa do que Tatou e com o charme e beleza de Belucci enfim a conbinação perfeita. E por fim a aparição daquela que muitos apontam para a estrela australiana do futuro a estonteante Cornish, que brevemente iremos ouvir falar com maior destaque.

Enfim um filme forte, denso mas que ninguem estava preparado para assistir proveniente de Scott


O melhor - O reencontro gradual da personagem com o seu passado


O pior - A tentativa de fazer do filme uma comedia, em vez de assumir o seu teor melodramatico


Avaliação - B

Wednesday, December 27, 2006


Happy Feet



Num ano estranhamente fraco para o grande estudio da Warner, poucos acreditariam depois de tantos floops sucessivos que outro destino podesse ocorrer a sua aposta de animação para o Natal, principalmente depois de o mesmo estudio ter-se espalhado ao comprido com o seu Ant Bully. Pois bem o cinema e imprevisivel e acabou por ser esta historia animada de pinguins a salvar um ano para esquecer deste estudio. por um lado porque se tornou imediatamente como o grande sucesso deste final de temporada, e por outro porque atraves de algum consenso critico, prefilou-se como um dos filmes favoritos a brilhar na categoria de melhor animaçãos nos diferentes prémios.

MAs o que esta por detras deste sucesso, desde logo a aposta forte no markting, numa premissa de maximo risco, e por outro lado a moda do tema dos pinguins imperadores, ja brilhantara o ano anterior como o mega documentario marcha dos pinguins, Por ultimo tambem o conjunto de mega estrelas a oferecerem vozes favoreceu a evolução comercial do filme.

COntudo estamos perante uma das obras mais oborrecidas que a animação criou este ano, com uma adaptação extremamente musical o filme desenrola-se a ritmo de cruzeiro, com poucos motivos de interesse, concentrando o valor numa serie de premissas morais fortes e que sustentam o filme tao mediatico.

A seu favor joga a imagem afectuosa dos pinguins que disfarça alguma frieza e linearidade das personagens do filme, onde apenas sobressai as personagens parentais.

A nivel de argumento esta longe do que de melhor se viu em animação, não se podendo considerar um filme infantil embora por vezes seja extremista nesta conotação, sendo ambiguo a definição do seu publico alvo.

A realização e metodos produtivos, demonstram uma aposta forma e inovadora, com imagens revolucionarias e que muitas vezes surpreendem o proprio espectador, ao qual nao sera desconectado a experiencia do realizador em conciliar animaçao e imagens reais.

O cast de voz e apesar das personagens serem algo irritantes as vozes encaixam na prefeiçao, nos tb irritantes Wood e Murphy, sendo as outras vozes apenas adereços no filme.

Enfim a versao animada para aqueles que adoraram o deocumentario Marcha do Imperador.


O melhor - O primor tecnico do filme, evolução e talvez revoluçao no genero.


O pior - O filme e extremamente lento e o argumento desinteressante


Avaliação - C+

Tuesday, December 26, 2006


Deja Vu



è indiscutivel a capacidade de Buckheimer rentabilizar em sucesso tudo aquilo que produz, quer seja Blockbusters quer seja filmes de acção. Dai que ao auxiliar-se a um realizador de sucesso como Tony Scott previa-se um grande sucesso a caminho, contudo os resultados tiveram longe do esperado, primeiro porque esta epoca e mais forte para titulos mais intensos dramaticamente, e por outro porque o filme incidia num argumento algo complexo.

Mesmo assim o filme acabou por se converter num filme acariciado ao de leve pela critica que sublinhou a coragem de um filme dificil sobre varios niveis.

Se estamos habituados a vertente action de Tony Scott certamente vamos ficar surpreendidos com este deja vu, primeiro porque adopta um ritmo mais lento, e depois porque incide num argumento mais forte, neste capitulo dos filmes de acção. A historia refere-se a um policia que com novos mecanismos consegue assistir em tempo real aos acontecimentos que tiveram lugar 4 dias antes de forma a precaver um atentado bombista, o filme que começa a um ritmo calmo adopta a determinado tempo uma acção mais forte com promenores algo irrealistas, alias a falta de realidade do filme acaba mesmo por ser o ponto mais debil do filme, parecendo em determinados momentos um filme de ficção cientifica.

Os pontos fortes do filme assentam na coesao de um argumento dificil, mas que acaba por funcionar como um todo completo, apesar de por vezes adaptar alguns atalhos algo remendados que apesar de discfuncionais nao retiram o caracter pratico que o filme adquire.

A realização marca o regresso de Scott ao terreno onde melhor se movimenta como a acção, depois de uma tentativa frustadissima de entrar pelo terreno de filmes mais factuais e dramaticos como o Horrivel Domino.

A nivel de interpretação o facto de terem recorrido ao sempre fortissimo Washignton como estrela maior minorizou a partida os poucos riscos que o filme tinha neste particular. Brilha ainda neste particular a presença femenina de Patton, e ainda um vilão de serviço Caviezel, tentando relaçar a sua carreira pos Paixao de cristo.

Enfim o action Movie de final do ano com explosões a moda de Scott e Buckheimer.


O melhor - A ideia inicial do filme prespicaz e forte para um titulo de acção


O pior - A falta de realismo de um titulo que é demasiado ivermosivel para o genero


Avaliação -B

Monday, December 25, 2006


Babel



Se existiu em filme que desde cedo se anunciou como candidato ao Oscares deste ano, esse titulo foi sem duvida Babel, a obra do mexicano Inarritu, desde a proclamada apresentação no Festival de Cannes, adiou a sua estreia nos EUA para a recta final do ano para poder almanejar lucros nas diferentes entegras de galardões.

E para ja podemos dizer que a estrategia esta a colher frutos, embora ate agora ainda nao ter ganho muitos premios, apenas alguns para Yakusho como melhor actriz secundaria, o certo e que a liderança nas nomeações para os conceituados Globos de Ouro sao um bom prenuncio para o que pode surgir nos Oscares.

Não se trata de um filme para um publico generalista, nem tão pouco um filme facil, o estilo Inarratu é como algo estranho que nem sempre as pessoas gostam. E isso observou se quer no publico em geral quer na critica que embora tenha aplaudido na sua maioria o filme, parece respeitar mais o filme de que adorar.

E a nossa opiniao vai nesse sentido a obra e indiscutivelmente de qualidade merece o nosso respeito, e interessante com conteudo, mas dificil de fazer amar, e aqui joga o facto de anteriores filmes que abordaram a mesma problematica terem sido mais marcantes mais explosivos.

Alias a falta de movimento e ligação do filme por momentos torna-se quase absurda, sendo a nossa opiniao de que Inarratu nao deveria ter medo de arriscar em historias sem paralelo como o fez em amor cão, do que fazer ligações insignificantes como neste Babel. Contudo este estilo e sempre algo que exige mestria para nao cair no disparate e neste aspecto o filme resulta muito bem.

Do ponto de vista politico tambem aqui Babel funciona na perfeicao salientando as virtudes e defeitos de diversas sociedades que o Argumentista Arriaga mostra conhecer muito bem, principalmente a mexicanda donde sao originarios, e onde saem os momentos mais brilhantes do filme.

O argumento do filme e de grande qualidade adulto, emocionalmente forte, denso e acima de tudo coeso nas parte, que deveriam ser assumidas como capitulos indiferenciados, mesmo assim o valor deste segmento do filme e sublinhado pela forma brilhante com que e contextualizdo os diferentes habitats do filme.

Inarratu apesar de ainda estar longe de Cuaron, no risco e na qualidade das imagens transmitidas, ao optar por um estilo mais indie acabo por apaixonar mais os criticos e colocar a camara a funcionar em prol do argumento e nao o contrario.

O cast acaba por ser o ponto forte do filme, dai o facto de ter 3 nomeaçoes de interpretação para as proximas ediçao dos globos de ouro. Neste aspecto acabam por ser as desconhecidas a brilhar num cast meticuloso mas que funcionou na prefeição. Mesmo os consagrados Pitt, Bernal e Blanchet demonstram estar em grande forma principalmente a superstar Pitt arredado de bons momentos a algum tempo.

Enfim um filme que ainda vai andar nas bocas do mundo na epoca de galardoes apesar de nos parecer um dos parentes que nao pode pedir muito mais que nomeações


O melhor - Babel no mexico, onde Inarratu e Arriaga movimentam-se na perfeição contextualização impressionante


O Pior - O ritmo do filme demasiado desacelarado para um filme que deveria ter tanto movimento.


Avaliação - B

Apocalypto



O sucesso critico e acima de tudo do publico tornaram Mel Gibson como um dos realizadores mais proeminentes e poderosos dos EUA, Radical nas posições que condicionam o facto de realizar os seus filmes em linguas mortas, nao tendo medo das reprecurssoes de mercado que este facto poderia ter nos espectadores.

COntudo a meio deste ano Gibson sofre um reves enorme, vitima de uma personalidade rude, declaraçoes anti semitas, fazem com que a super estrela caia fortemente na popularidade, facto que levou a que fosse severamente criticado, causando mesmo duvidas sobre a distribuiçao do filme.

De filme aguardado rapidamente apocalypto tornou-se uma manta de nevoeiro, que Hollywood assistia chegar com grande desconfiança.

E foi neste clima que o filme surgiu, depois das palavras de gibson, as opçoes para os OScares eram quase nulas, o sucesso comercial de um filme sem estrelas, falado em lingua morta como o MAia, e acima de tudo ao contratio de paixao de cristo a historia estava longe de ser intressante para um publico geral, parecia tambem condenado ao fracasso.

COntudo e apesar de estar longe de ser unanime o filme salvou-se mais no aspecto critico onde demonstra uma tecnica perfeita, numa historia simplista ao maximo. No aspecto comercial o filme passou por completo ao lado do publico, que depois de uma primeira semana razoavel, diluiu-se numa mare de novas estreias mais apelativas.

O filme apesar de a nivel de imagens ser inovador apelativo, arrojado, perde grande conteudo numa historia vazia, que se limita aos sacrificios de um grupo as maos de outro, optando por uma violencia fisica extrema que ja era visivel em paixao de cristo. Contudo o filme torna se quase vazio quer na complexidade das personagens, narrativas e dialogos.

EM determinado ponto o filme parece querer alterar para um registo mais denso emocional, mas rapidamente volta a uma narrativa extremamente fisica e com pouco cerbero.

A realização de Gibson, brilha por si so ao qual se une uma força e um risco grande, que neste particular ganha a esta medida, o filme pode ter demonstrado uma fraca evolução de um autor mas demonstra a autoridade com que Gibson se começa a assumir como realizador.

O argumento e o ponto que coloca este filme num patamar menor nesta fase de grandes filmes em Hollywood, ja que a sua presença e quase residual num filme que necessitava de maior complexidade de personagens para ser um marco no panorama cinematografico.

O maior risco do filme, ou seja optar por quase amadores para assumir um filme tao grandioso como este poderia albergar alguns riscos contudo parece-nos um aspecto que nao danifica o filme, talvez porque prespectivando defices a este nivel, Gibson optou por exigir uma maior interpretaçao fisica dos actores mais facil, do que uma intrepretaçao verbal e emocional mais exigente,

Um dos filmes mais aguardados do ano, e que por circunstancias de diversa ordem passou ao lado de um ano cinematografico intenso... Podera estar nos Golden GLobes como melhor filme estrangeiro apesar de nao ser previsivel


O melhor. O realismo da realização de Gibson, a cena do espetaculo de tortura entra na mente de cada cinefilo..


O pior - A historia do filme demasiado basica para um filme com ambições fortes


AValiação - C+

Sunday, December 10, 2006


Little Miss Sunshine



Todos uns anos, sai um filme independente que se torna rapidamente um sucesso brutal quer da critica quer dos espectadores, este ano esse filme foi sem duvida este Litle Miss SUnshine, estreado e aclamado no festival de sundance, o filme aos poucos foi conquistando uma critica fluente, e acima de tudo os espectadores, sendo um dos filmes mais rentaveis deste ano, tendo rendido perto de 100 milhoes de euros em todo o mundo.

O certo e que a aclamação do filme atingiu tal ponto que aparece nos primeiros lugares das apostas para os premios do ano, principalmente nas categorias de interpretação e argumento.

Sem duvida que estamos perante o esterioripo de filme independente com poucos recursos, com um argumento original e ao mesmo tempo revolucionario, sublinhando a relação entre as personagens, simplista ao maximo. COntudo nao podemos dizer que se trata de um filme sem objectivos, ja que o cast contem figuras de primeira linha do cinema actual, que de alguma forma asseguravam alguma visibilidade ao filme e que resultou na plenitude.

O filme fa-la nos sobre uma familia de fracassados que busca aos poucos o sucesso, numa viagem ate um concurso de beleza, as personagens tem todas elas conflitos internos fortes, que acabam por traduzir conflitos entre elas proprias, e neste ponto o filme resulta de uma forma brilhante, na moratoria que assume na lição que nos oferece, e na originalidade como transmite, sendo um dos titulos mais singulares do ano. Contudo parece-nos que o filme acaba por cedo encontrar a formula do sucesso acabando por pouco ou nada fazer mais do que a por em funcionamento ate ao final do filme. E dificil tambem obter um genero para este filme se por um lado assume-se como comedia, por outro lado mais parece a frio um drama familiar com uma intensidade emocional forte.

O agrumento do filme, e sem sombra de duvidas o ponto mais rico do filme, e um dos melhores argumentos concentrando audacia e originalidade, num ano algo monotono a este nivel.

A realização quase ou nada e avaliada, limitando-se a filmar de uma forma tradicional nos circuitos mais indies, onde imperam por vezes os aspectos sonoros do mesmo, utilizando por vezes em demasia os esteriotipos comuns do genero,.

Outro ponto forte do filme acaba por ser o cast e se os elementos de primeira linha acabam por nao ser brilhantes como Collette e Carrel, e acima de tudo o sempre igual Kennera, os pontos altos do filme vão para os actores mais jovens, principalmente para o adolescente problematico Paul Dano, apesar dos louvores tarem a se concentrdos na jovenzitoa Breslin.

Enfim um dos filmes, mais aperciados do ano, que apesar de ser um bom filme, aproveitou o facto de ser um ano fraco do ponto de vista cinematografico para brilhar a longo prazo


O melhor - O argumento algo refrescante nesta altura do ano


O pior - Ser um filme demasiado introspectivo, por vezes a qualidade nao salta tão a vista.


Avaliação - B

Thursday, December 07, 2006


Flushed Away - Pela Agua Abaixo

Starring:
Hugh Jackman, Kate Winslet, Andy Serkis, Shane Richie, Bill Nighy
Directed by:
Sam Fell, David Bowers (III)

Sem sombra de duvida que o ano de 2007, ficara para sempre associado à animação, as tentativas de rentabilizar produtos do genero atingiu niveis impressionantes, com os diferentes estudios a apostarem, nos seus produtos com maior e menor sucesso. Entre estes produtos, dois dos produtos de maior reconhecimento critico guaradara-se para o final do ano, a aposta britanica da Dreamworks, apesar de longe do sucesso estrondoso, de outros titulos da produtora, Flushed Away acabou por obter bons resultados principalmente criticos.
O enredo e interessante leva-nos para o submundo dos esgotos, onde reside uma autentica metropole habitada por ratos que se sentem ameaçados por um sapo vilão... ate aqui nada de novo, contudo a forma como a interção entre as personagens decorre acaba por demonstrar um humor inteligentissimo, por vezes algo adulto para um filme de genero, atingindo a falta de sentida tão apreciada actualmente como forma de humor.
A nivel tecnico o filme esta longe de ser revolucionario optando por apostar nas mesmas ferramentas ja utilizadas em outros titulos, e de uma banda sonora muito bem conseguida, onde se sublinha o excelente momento ao som de Dandy wahrols.
O argumento do filme acaba por parecer o aspecto mais debil do filme, é que pouco ou nada tras de novo, a nao ser uma boa adaptação da sociedade ao submundo dos ratos, mas por sua vez parece-nos que o encadeamento narrativo, acaba por ser o tipico sem grande originalidade e surpresa.
O cast de voz, acaba por resultar numa forma impressionante, principalmente a força da voz de JAckman, que acaba por caracterizar muito bem a personagem central, tb Winslet, Reno, Mckellen e Serkis brilham a grande nivel, no emprestimo de voz a personagens onde o humor e base construtiva
O filme acaba por ser dos titulos mais refrescantes de animação do ano, onde apesar de me parecer pouco corajoso, acaba por acertar nos pontos bases

O melhor - O cast de vozes, desde de Schrek que nao viamos nada deste nivel

O pior - A falta de ambição de um estudio com receio pelos recentes resultados dos filmes de animação

Avaliação - B

Monday, December 04, 2006


Borat : Cultural Learnings of America for make Glorious Nation of Kasakistan

Starring:
Sacha Baron Cohen, Kenneth Davitian, Luenell , Pamela Anderson, Pat Haggerty
Directed by:
Larry Charles

Pois bem se existe um fenomeno que certamente ira entrar para a historia deste ano cinematografico, esse fenomeno chama-se Borat, o peculiar jornalista Kasak que viaja ate aos Estados Unidos onde nos oferece um dos filmes mais aclamados do ano quer pelo o publico e surpreendentemente por uma critica que se rende a um humor politicamente incorrecto, sexista, xenofobo e racista.
Sacha que ja tentara a sua sorte com Ali G, sem sucesso, desistiu desta personagem em deterimento deste Borat, muito mais actual no humor com capacidade de conseguir chocar e fazer rir as pessoas numa mistura sob o ponto de vista de documentario na primeira pessoa que por ser tão arriscado tende a cair rapidamente numa obra de culto.
O filme é extremamente engraçado com um humor cru, poucas vezes inteligente, caindo na piada facil, e inconsciente que muitas vezes se fazem mas poucas vezes se tornam publicas e este e o grande segredo do filme, fazer humor com aquilo que todos fazemos mas nao temos coragem de assumir, e e neste ponto que Sacha brilha neste filme pela coragem.
O filme esta longe de ter um bom argumento limitando-se a gags de situações sem ligação entre si. O humor apesar de presente e muito bem conseguido, torna-se por vezes demasiado previsivel, e mesmo disparatado, sendo poucas vezes inteligente. Joga a favor do filme uma critica social mascarada, a um pensamento que por vezes existe nos americanos relativos ao que nao conhecem, parecendo que Sacha quer satirizar essa mesma visao recorrendo ao exagero profundo.
Podemos dizer que o filme acerta nos objectivos principais a que se propoe, parecendo apenas falhar em alguma falta de inteligencia do humor e a previsibilidade tipica deste filme.
O argumento se é que existe centra-se acima de tudo nos momentos de humor, nao tendo preocupações com a coerencia e ritmo, ja que este esta assegurado pelas gargalhadas. E dificil deste ponto de vista considerar esta obra com o filme, ja que me parece muito mais um show de humor liderado pela peculiar personagem
A realização sob o ponto de vista documentario, da um realismo interessante ao filme, levando as pessoas a pensar que o filme poderia ser uma especie de apanhados por parte do borat aos outros intrevenientes do filme.
O cast roda totalmente a volta de Borat, sendo tudo o resto acessorio e é logicamente na personagem que reside todo o interesse do filme, Sacha como criador da personagem assenta como uma luva, movendo-se como quer no papel. Sera exagerado pensar em premios para o actor, mas a euforia em volta do filme pode surpreender positivamente neste aspecto.
Enfim o filme boom do ano, que torna visivel o lado lunar humoristico de todos nos

O melhor - A coragem humoristica do filme, atraves de uma personagem para a eternidade

O pior - As piadas entrarem em ciclo, o que torna que estas se tornem menos eficazes com o prolongar do filme, nao fazendo o refresh necessario com o prolongar do timming do filme

Avaliação - B

Friday, December 01, 2006


The Queen

Starring:
Helen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell, Sylvia Syms, Helen McCrory
Directed by:
Stephen Frears

Assim como aconteceu com o episódio do 11 de Setembro, também os ingleses quiseram destacar o seu momento mais marcante dos ultimos anos para lançar um filme, neste caso a morte da princesa Diana, capaz de revolucionar os sentimentos de um pais inteiro, e obrigar a uma reflexão politica nesse mesmo pais. Sendo que The Queen retrata esse facto, ou seja os episodios sentimentais e politicos da familia real na reacção a morte da princesa Diana. Para isso nada melhor do que um dos autores mais conceituados do Reino Unido Frears, e uma caracterização fisica impressionante de Hellen Mirren resultando numa clonagem quase perfeita da Rainha de Inglaterra.
O filme tem sido glorificado pela critica por todo mundo, sendo mesmo considerado por grande parte dos especialistas como um candidato serios aos diferentes galardões a ser atribuido no final deste ano. Para este aspecto tem contribuido a junção de uma parte de ficção, com um conjunto d noticias documentais retiradas dos arquivos de diferentes agencias noticiosas.
Outro ponto positivo do filme e forma com que o filme se torna imparcial, não tomando posição, tendo a maturidade de dar pontos positivos e negativos, dos diferentes lado, permitindo uma reflexão racional e comedida ao maximo.
COntudo parece-nos um filme pouco objectivo, quase documental, que de alguma forma poderia ser o objectivo do realizador que mas que retira algum interesse e emoção de um filme que facilmente apela a mais coração.
O argumento apesar de estar a ser extremamente aplaudido nos diversos festivais parece-me algo simplista sem grandes controversias, optando por se refugiar no mais factual possivel, observando-se a notoria preocupação em fugir a polemicas gratuiras.
A realização é bem conseguida, apesar de arriscar pouco em mecanismos produtivos, podendo o filme ser bastante mais grandioso do que realmente acaba por ser utilizando imagens reais de forma a contornar possiveis exigencias de produção.
O cast, parece-nos escolhido de uma forma correcta, valorizando a forte imagem fisica de personalidades tão celebres, sendo assustadora a presença fisica de Mirren, muito proxima da Rainha Elisabete. A nivel intrepretativo e salvaguardando que Mirren enche por completo o ecrã, nao me parece o papel tao exigente como o mencionado pela imprensa. De referir que a nivel se secundarios as semelhanças fisicas tb elas estao bastante presentes.
Enfim um filme que apela para a reflexão critica de uma politica interna que de alguma forma pode nem ser sempre tão interessante as outras pessoas

O melhor - A capacidade sempre dificil do filme nao tomar posição num tema tão emotivo

O pior - A baixa ambição do filme, feito de uma forma muito simplista, talvez se soubessem o sucesso que o filme se iria tornar teriamos imagens mais fortes

Avaliação - B-

Wednesday, November 29, 2006


The Perfume - The Story of a Murderer

Starring:
Ben Whishaw, Dustin Hoffman, Alan Rickman, Rachel Hurd-Wood, Corinna Harfouch
Directed by:
Tom Tykwer

Se existe uma obra que marcou o panorama literario dos ultimos anos, essa obra foi sem duvida, "Perfume" de Suskind, uma obra que dividiu critica e leitores, entre aqueles que se surpreenderam pela crueldade relatado por Suskind, e aqueles mais academicos que o mencionam como uma obra porno, de violencia facil e sem conteudo. Eu na minha opiniao concordo mais com a primeira sendo fã incondicional do livro. Dai que estava com alguma receptividade relativa ao filme, ja que me parecia uma tarefa extremamente dificil a transposição de obra tão singular para imagens.
Ninguem em Hollywood teve coragem para assumir tão grande risco, contudo, foi no cinema europeu que se encontrou coragem, uma conjugação de esforços de diferentes produtoras, e um realizador bem conceituado na europa, decidiram levar para a frente um projecto perigoso a partida.
E se o livro dividiu a critica e espectadores, esta divisao ainda e mais notoria no filme, ja que os amantes do livro ficam notoriamente desiludidos pelas limitações apresentadas do filme. Os que odiavam o livro por associação directa odiaram o filme, sendo o filme uma agradavel surpresa para aqueles que ainda nao tinham contacto com a obra de Suskind, ficando surpreendidos pela riqueza moral, e de conteudo da historia.
O filme tem atingido um sucesso bastante importante nos paises europeus, contudo a nivel critico, nao existe nenhum tipo de consenso, isto porque o filme ao tentar ser fiel a um livro que aponta para outras sensações que nao a imagem, torna dificil ser bem conseguido em termos de ritmo, movimento e encadeamento narrativo, aspectos algo deficitarios no filme, mesmo assim no meu entender a riqueza narrativa esta presente, e em determinados momentos o apelo ao alfacto e conseguido, tornando, mesmo que inferior em grande escala ao livro, o filme acabe por ser interessante.
O argumento, parece-me o possivel, mesmo assim acho que é extremamento longo, perdendo-se por alguns aspectos a partida mais irrelevantes, o que carece o filme de ação directa e movimento, mesmo assim parecia dificil fazer uma adaptação melhor da obra de Suskind.
A realização parece-me razoavel, se bem que me parece que um realizador mais ambientado com filmes de epoca poderia tirar mais dividendos das imagens que o filme nos oferece, ja que por vezes os planos nem sempre sao os ideais, apesar de bem construidos, talvez fruto de alguma imaturidade do realizador em grandes produções.
O ponto que gerou mais discussão na pre produção do filme residia na escolha para interpretar um papel tão intenso e marcante como o de Jean Baptiste, a partida sabia-se que dificilmente um actor conceituado arriscaria num papel extremamente perigoso e arriscado, daqueles que pode gerar sucesso ou destrui-lo por completo. Muito a semelhança do que se tinha passado com a escolha de Patrick Bateman em American Psyco, onde Pitt e Di Caprio foram falados, e estudados para o papel, mas acabaria por ser o na altura quase desconhecido Bale a ser selecionado para bem e sucesso do filme... Neste caso parece-me que a aposta tb se revelou conseguida, ja que Winshaw, nos parece caracterizar, princiapalmente a nivel fisico muito bem a personagem, dando o ar freak necessario a personagem. O filme e tb constituido por secundarios de luxo como RIckman e Hoffman, contudo as suas personagens sao obviamente ofuscadas por uma personagem tao forte como Jean Batiste.
Enfim um dos filmes mais aguardados do ano, e que apesar de se tratar de um filme razoavel deixa sempre a sensação de desilusão perante tão mosntruoso livro.

O melhor - A caracterização espacial do filme, a demonstração que as grandes produções europeias podem ir cada vez mais longe.

O pior - Adaptar um filme que era impossivel de ser adaptado para o cinema

Avaliação - B-

Tuesday, November 28, 2006


Saw 3 - Jogos Mortais 3

Starring:
Tobin Bell, Shawnee Smith, Bahar Soomekh, Angus MacFadyen, Dina Meyer
Directed by:
Darren Lynn Bousman

Se existe saga que de alguma forma tem revolucionado nos ultimos anos o cinema de terror, essa saga chama-se Saw, um conjunto de filmes sempre lançados na semana so Halloween, e que aos poucos entraram para o culto do cinema de terror pelo sadismo e acima de tudo pela surpresa de argumentos privisiveis. Foi assim nos primeiros dois titulos, extremamente simplistas sem grandes complexidades baseando-se apenas nos jogos sadicos de "Jigsaw".
Dai que se aguardava com alguma expectativa, o 3 filme da saga, principalmente porque o segundo filme acabou por conseguir manter o nivel do primeiro coisa que se afigurava quase impossivel. COntudo no melhor pano cai a nodoa. Quando pensavasse que a formula estava encontrada eis que a ambiçao dos produtores conduz a um filme mais elaborado, mais moralista e acaba por se alhear do que realmente era o trunfo do filme a sua simplicidade. Assim a historia fica mais desinteressante, passando a ser mais um filme de personagens, os jogos tornam.se demasiado crus e sem a dimensao psiquica que tão bem acompanhavam. e o filme mascara-se num moralismo algo deficitario. O resultado a nivel de bilheteira foi agradavel, contudo a critica pela primeira vez reprovou o filme. E isto porque o filme corta com o protocolo que bons resultados tinha dado, na ambiçao de fornecer mais conteudo, mais interação as personagens, contudo nao era isto que o filme necessitava, sendo esta contextualização efectuada de uma forma muito pobre.
O argumento e claramente muito pobre, tenta ganhar intensidade com a reviravolta final, contudo ela parece encaixada em forma de retalho, apenas com o objectivo de colocar um final surpreendente. Tambem a nivel de desenvolvimento da trama o filme parece algo disconexo e sem sentido.
A realização também nao é das melhores, optando por planos maioritariamente muito escuuros, que de alguma forma retira a dimensao sentimental ao filme.
A nivel de cast, nenhum dos Saws ficou marcado por grandes interpretações, observando-se mais uma vez um cast recheado de desconhecidos, e com talento muito diminuto.
Emfim o pior da saga, com distancia, e provavelmente dificilmente teremos um outro Saw de sucesso

O melhor - Mesmo assim e do melhor que se faz de terror em Hollywood.

O pior - Ter chegado ao inevitavel, ou seja nao conseguir ter o nivel dos primeiros, sendo pior com diferença

Avaliação - C

Sunday, November 26, 2006


Winter Passing

Starring:
Zooey Deschanel, Ed Harris, Will Ferrell, Amelia Warner, Amy Madigan
Directed by:
Adam Rapp (II)

A Australia ultimamente tem vindo a ser um local onde actores de renome, tentam descansar da intensidade das produções norte americanas, aproveitando para fazer filmes mais suaves que apenas se baseam em argumentos intensos, deixando para segundo plano a força das imagens.
Contudo, observa-se que mais uma vez o argumento acaba por ser demasiado sentimentalista, acabando por mais uma vez ser um filme lento, chegando por vezes a ser mesmo penoso para o espectador, já que pouco ou nada se passa nos morosos 90 minutos de filme.
O filme acabou por se tornar pouco ou nada conhecido, sendo que nem os criticos se mostraram interessados num objecto demasiado intimista que acaba por se tornar estranho ao espectador, caracteristica que começa a se tornar comum nos filmes australianos, pois pensamos que quer Proposition, quer Litle Fish caem no mesmo erro.
O filme conta a história de uma jovem que apos a morte da sua mãe volta á sua terra natal de forma a recuperar as cartas desta. A relação da jovem com o pai e controbada, dai que posteriormente assistimos a um drama familiar tipico, entre a jovem e o seu pai, mediado por dois desadaptados que residem na casa, e depois o costume, o conflito inicial ate a redenção final, tudo a um ritmo penoso.
O argumento por um lado e demasiado intimista, por outro nao abarca uma historia original nem tão pouco interessante, não aproveita os conflitos interiores das personagens para enriquecer as interações, muito pelo contrario, ja que estas são limitadas ao necessario.
A realização, tipico da Australia, da todo o relevo as vivencias solitarias das personagens, esquecendo os planos móveis privelegiando o movimento singular, o que permite um aspecto visual interessante mas que paralisa um filme ja de si lento.
O cast acaba por ser rico, num filme tão pequeno como este, onde se ressalva Ferrel num registo dramatico, bem diferente do que estamos habituados, dai que seja estranho esta intrepretação, sendo obvio a melhor adequação do actor a comedia. Ed Harris e Deschanel acabam por ter o peso do filme todo nas suas intrepretações e se Harris tem qualidade para isto e muito mais, ja Deschanel parece-me que esta longe da qualidade necessaria para assumir um filme desta dimensão.
Um filme pequeno em todas as vertentes, e que lança o alarme de necessidade de movimento urgente para os filmes oriundos da Australia

O melhor . A critica à por vezes subvalorização do que realimente e importante nos intelectuais

O pior - O ritmo do filme...capaz de adormecer um hiperactivo.

Avaliação - C-

Saturday, November 25, 2006


007 Casino Royale

Starring:
Daniel Craig, Judi Dench, Mads Mikkelsen, Eva Green, Jeffrey Wright
Directed by:
Martin Campbell

Desde logo convem salientar que estou muito longe de ser fã da saga considerando a maioria dos titulos sem sabor, muito semelhantes entre si, e uma personagem quase mumificado, com tiques arrogantes.
Contudo James Bond ja tem mais de 20 sucessos, sendo uma obra singular no panorama cinematografico, contudo e depois de um periodo retratado por Brosman onde a saga em nada evoluiu, trazendo apenas filmes baseados em efeitos especiais e argumentos muito fracos. Sentiu-se a necessidade de revolucionar a saga, ja que os fãs passaram a simples seguidores. Para isso a aposta foi extremamente revolucionaria, desde logo deixaram riscos de lado e apostaram na final edição do primeiro livro do agente para o filme, por outro contrataram talvez o argumentista mais conceituado de hollywood, vencedor de dois oscares consecutivos, sendo que o seu ultimo filme como realizados Crash acabaria mesmo por ganhar um oscar. Um realizador que tinha sido responsavel pelo ultimo filme valorizado da serie "goldeneye". Todo os riscos se concentraram na decisao polemica de Daniel Craig para encarar o agente secreto mais conhecido do mundo. Houve discussão, manifestações boicotes, de tudo um pouco contra esta escolha, o actor humildemente pediu para os fãs aguardarem.
E desde logo podemos dizer que a resposta foi impressionante, primeiro porque este filme marca um recomeçar de uma serie que parecia caminhar para a morte, depois porque perde todo o cinzento que estava presente nos filmes anteriores e acima de tudo Daniel Craig acrescenta um ponto importantissimo e uma margem de manobra imensa a saga... ja que ao contrario dos outros Bons, concilia o charme com uma capacidade de actuação impressionantes.
Os resultados estao a vista o filme tornou-se num sucesso incrivel de critica, sendo que a nivel de bilheteira nao conseguiu sair do resisto habitual.
Em termos de historia vamos conhecer os primeiros passos de Bond como agente num filme que aposta em nos dar a conhecer a personagem, mais que a missão, num filme riquissimo quer do ponto de vista de acção, quer nos dialogos encetados pelas personagens.
O filme adopta um ritmo impressionante, com uma disponibilidade fisica total dos actores e como momentos de humor pouco comuns na serie.
Um dos pontos positivos do filme e a riqueza do argumento, articulado e interessante Harris mostra o porque de ser o autor mais conceituado do momento, oferencendo um filme ao mesmo tempo intenso e cativante, onde as personagens sao interessantes e os seus motivos tb.
A realização, Campbel apesar de nao ser um mestre, movimenta-se nos blocbusters de acção com muita segurança tendo em conta a sua experiencia em filmes da saga e na saga de Zorro.
Contudo o aspecto mais forte do filme acaba por estar concentrado na escolha muito feliz de Craig, carismatico, capaz de oferecer momentos de boa actuação a Bond, e acima de tudo com um humor quase currosivo que torna a personagem bem mais interessante, nao tenho duvidas a afirmar que a escolha abre portas de qualidade à saga. Por sua vez a escolha de Green, penso que sera mais discutivel, nao pela falta de qualidade de intrepretação, mas porque normalmente bondgirl significa beleza, e penso que esta caracteristica e extremamente discutivel na actriz francesa.
Enfim um filme que fãs pessoas que gostam pouco de Bond tornarem-se mais interessados na personagem, um filme que acorda o passado mas acima de tudo prepara o futuro.

O melhor - Daniel Craig...a produtora foi abençoada na escolha

O pior - As linhas narrativas de Bond, criam barreiras que nao podem ser ultrapassaveis, provocando alguma previsibilidade em alguns momentos

Avaliação - B+

Friday, November 24, 2006


The Prestige

Starring:
Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine, David Bowie, Scarlett Johansson
Directed by:
Christopher Nolan

Para os mais atentos aos ultimos anos cinematograficos, aqui estava talvez o filme mais esperado do ano. Por um lado porque Nolan tem sido talvez o autor em maior destaque nos ultimos 6 anos, e depois porque a obra de Priest se enquadrava plenamente o genero preferido de Nolan, dando espaço para brilhar no que de melhor ele faz...articular histórias.
O filma acabou por ter algum sucesso nas bilheteiras, mesmo que longe de grandes explosões, quanto a critica, apesar de positivas na sua maioria, ficaram como que surpreendidas com o filme, ainda tentadas a assimilar o que acabavam de ver. (tipico em Nolan ja que memento tb inicialmente teve longe da unanimidade critica que hoje recebe). Por sua vez o publico entregou-se ao filme, com as melhores pontuaçoes do ano em sites de opiniao publica geral.
Desde ja á que dizer que prestige, é talvez dos filmes mais completos dos ultimos anos, conjugando uma realização, argumento e caracterizaçao de personagens de um primeiro plano de Hollywood, dando um produto final brilhante. A historia conta-nos a luta entre dois magos, pela supremacia, com truques e mais truques Nolan surpreende o espectador segundo a segundo. Os truques são brilhantes e prendem o espectador a cadeira. O filme supera em toda a linha as expectativas ja de si altissimas, princiapalmente na riqueza de um argumento so possivel com criadosres unicos como Nolan. Desde ja a tristeza por este filme provavelmente ser esquecido nos premios, mas o facto de estar a um nivel superior nao permite que seja consumivel para todos.
O argumento e brilhante original, articulado surpreendente, constituido por dialogos grandiosos, e por um seguimento narrativo forte, Nolan traz-nos ao mesmo tempo um dos argumentos mais brilhantes e surpreendentes dos ultimos anos.
QUanto a realização, desde logo e reconhecido que Nolan e melhor autor do que realizados contudo parece-nos que a experiencia adquirida no blockbuster batman begins permitiu-lhe arriscar num filme que necessitava desse risco, e que acaba por ser bem sucedido no produto final.
Por fim de mencionar o excelente casting do filme, principalmente nos papeis principais. E se Bale encontra-se ao seu melhor nivel, que é de si o topo de Hollywood, levando para si os melhor momentos intrepretativos do filme. Acaba por ser Jackman quem mais surpreende, ja que nos pareceu uma aposta de maior risco e com menor provas dadas no cinema, oferecendo-nos uma intrepretação muito bem conseguida, e talvez o seu melhor papel desde que chegou a Hollywood, o resto do cast pouco ou nada e posto a prova, contudo a riqueza dos secundarios valoriza ainda mais este titulo. Um daqueles filmes, que facilmente ira figurar na historia como um filme de culto aperciado pelos grandes aperciadores de cinema.

O melhor - O passo dois ser evidente neste filme o transformar algo interessante em algo extraordinario.

O pior - Que a unanimidade critica so seja possivel em filmes academicamente correctos e sem qualquer tipo de risco. e se esqueça de premiar filmes como Seven, Memento e mesmo este Prestige...

Avaliação - A

Alex Rider - Operation StormBreaker.

Starring:
Alex Pettyfer, Ewan McGregor, Robbie Coltrane, Mickey Rourke, Bill Nighy
Directed by:
Geoffrey Sax

Desde algum tempo diversos estudios têm tentado criar um espiao adolescente que permita durante muitos anos fazer um franchising que enriqueça os bolsos de algum estudio. Inicialmente foi Rodiguez com os seus Spy Kids, o sucesso acabou por ser grande principalmente no primeiro filme. Depois veio o Agente Doody Branks com resultados bem mais mediocres. E agora a resposta inglesa, com Alex Rider, uma especie de James Bond jovem, originario da terra de sua magestade. Os resultados do filme foram catastroficos, principalmente a nivel de bilheteira, onde quase passou despercebida a tudo e todos.
O filme tem um defice de originalidade gritante, quase nos parece que tudo tem origem em filmes anteriores. A historia e completamente ridicula, a aposta exagerada, surgindo um filme ao mesmo tempo minimalista e extremamente decepcionante.
Desde logo a historia de um jovem que passado a morte do seu tio, percebe que foi treinado para ser um agente especial... Ao ser indicado para uma missão na casa de um milionario excentrico, a acção começa, sempre sem ter qualquer nocção de sentido.
O argumento do filme e totalmente inexistente, apenas adoptando um conjunto de tiques habituais neste filme, e acabam sempre por ser mal explorados no filme.
A nivel produtivo o filme, apesar de por vezes parecer ambicioso, nunca consegue impressionar neste sentido... demasiado pobre para um blockbuster.
A realização, apesar de bem conseguida, esta longe de ser brilhante, e que abre a discussao sobre a adequação de um realizados tao modesto para um filme com ambiçoes tao grandes.
O cast extremamente rico em nomes, acaba por ser um total despredicio de talento, com actores no seu pior registo, como Mcregor e Nighty...sendo tb a este nivel o filme uma frustração total
Enfim um blockbuster sem conteudo, e que felizmente o seu insucesso impedira de seguimentos ao mesmo nivel

O Melhor - A simplicidade do filme, se por um lado a debilidade e visivel, por outro em nenhuma altura tenta complicar um filme que tinha muito por onde complicar.

O pior - O despredicio de talento de dinheiro de efeitos num filme tao fraco e debil

Avaliação - D+

Wednesday, November 22, 2006


Flags of Our Fathers

Starring:
Ryan Phillippe, Adam Beach, Jesse Bradford, Jamie Bell, Ben Walker
Directed by:
Clint Eastwood

É engraçado, o mito do anti-heroi assumido neste filme, a tentativa de demonstrar que os herois não o são, quando o filme é realizado por aquele que actualmente mais se encontra de ser isso... ou seja o heroi maximo do cinema actual...
Flags of fathers demonstra que ClinT Eastwood atingiu o topo de uma carreira, ou seja combinar num filme um sentimentalismo intenso, uma acção fortissima,e uma moral extraordinaria... e pedir o maximo que alguem nos pode dar... E Eastwood dá-nos quase tudo nesta obra...
Apesar de ser respeitada pela critica, alguns sectores resistiram á critica, talvez porque não tenham palavras para descrever o estado de forma de eastwood como realizador e de haggis como argumentista, a unica salvação foi ignorar um filme impossivel de ignorar. O publico tambem se alheou do filme, talvez pela falta de actores de primeira linha.
O filme trata-nos sobrea a historia por de tras da foto mais conhecida do mundo, atraves de várias narrativas observamos o que se passou na ilha, a forma de lidar com o sucesso dos pretensos herois, e de forma mais retalhada a busca da historia por parte do filho de um dos herois... Depois impressionantes cenas de guerra, uma moratoria extremamente forte, e um ligação imocional intensa marca cada uma das narrativas, num filme completissimo nos mais variados niveis.
O filme apenas parece falhar num aspecto, na indefenição das personagens, que apesar de cativarem pela sua presença, pouco ou nada conhecemos sobre elas, sobre as suas motivaçoes, sobre as suas relações, e neste ponto parece-nos que haggis poderia ir mais longe, se bem que isto nao é um filme de personagens, mas de situações e motivos... explanados de forma brilhante no argumento.
A nivel tecnico o filme assume um primor impressionante, com as sequencias de acção a serem muito bem produzidas ao qual se associa uma brilhante fotografia.
Eastwood, surpreende, se a sua vertente dramatica e de realização emocional, estava mais que provado pelos seus mais recentes titulos, a genica e a juventude demonstrada neste filme, torna-o num dos mais brilhantes e polivalentes realizadores da historia.
O casting por muitos criticado, parece-me muito bem selecionado, primeiro porque o filme nao e de personagens, depois porque penso que com a excepção de Bradford, todos aparecem extremamente reais na forma como caracterizam e dao dimensao fisica às personagens.
Enfim talvez este nao seja filme para grandes aventuras nos oscares, principalmente porque se este filme vencesse, seria tres vitorias seguidas para haggis... e nos sabemos que a academia nunca daria assim tanto poder a uma pessoa... mesmo assim penso que a nomeação deveria estar segura.

O melhor - A forma como Eastwood nos tras um filme completo a todos os niveis

O pior - A falta de complexidade das personagens, exigia-se um bocadinho mais neste segmento

Avaliação - A-

Wednesday, November 15, 2006


Flyboys

Starring:
James Franco, Jean Reno, David Ellison, Martin Henderson, Jennifer Decker
Directed by:
Tony Bill

Exitem filmes que são extremos paradoxos no panorama cinematografico. E este Flyboys acaba por ser dos maiores encontrados. Num meio termo entre top Gun e Pearl Harbor, surge um filme que nos parece do ponto de vista técnico produtivo e ambicioso, mas ao mesmo tempo limitado sob o ponto de vista de argumento e cast.
Dai que o resultado também seja ele dificil de definir, seria este um filme menor? ou seria uma mega produção? Os maus resultados são claros, do ponto de vista de bilheteira o filme foi um fiasco brutal, e do ponto de vista critico a indiferença foi a reaçao mais visivel relativamente a este filme.
O filme conta a historia de um batalhao de aviadores e das suas aventuras durante a segunda guerra mundial, desde os conflitos no grupo, paixoes e uniao á de tudo um pouco, com os esteriotipos tipicos deste tipo de filmes. Grande parte dos extensos 140 minutos sao passados em sequencias de ação no ceu, muito bem realizadas, com algumas aproximaçoes aos comics. O filme com o seu passar vai se tornando muito previsivel acabando com o final tipico.
O argumento do filme e muito deficitario, extremamente simplista para uma grande produção, e com uma sequencia narrativa algo desinteressante, faltando-lhe coraçao para ser um filme marcante.
Do ponto de vista de realização estamos perante uma das revelacoes do ano, ja que o estreante Bill nos parece que arriscou bastante e venceu um desafio dificil, sendo o filme extremamente rico do ponto de vista visual. com as sequencias de ação a depertarem ate o mais simples corpo morto.
COntudo as duvidas relativas a ambiçao do filme centra-se acima de tudo no cast escolhido, ja que novamente parece-nos que Franco esta longe do carisma necessario para assumir protagonismo em filmes de primeira linha, embora ja nao seja a primeira vez que o faça. Sendo importante referir que sempre que isto acontece os filmes se tornam em claros desastres de bilheteira. Terá ligação?
Tambem Hendersson nos parece um pouco mediocre, conduzindo a um cast de segunda que embora nao prejudique o filme, não permite dar a essencia necessaria as personagens ja de si limitadas.
Enfim a aposta mais "rica" na tentativa de fazer de Franco uma estrela maior, num filme a partida maior, mas que nao consegue sair da mediania.

O melhor - As sequencias de acção em ceu aberto... muito bem realizadas

O pior - Continuarem a insistir em Franco na liderança de filmes de acção... ate quando?

Avaliação - C+

Sunday, November 12, 2006


The Departed - Entre Inimigos

Starring:
Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson, Mark Wahlberg,
Directed by:
Martin Scorsese

O mito Scorsese tornou-se das maiores figuras vivas do cinema actual, na sua carreira encontramos uma duzia de obras primas capazes de constar nos manuais de todos os amantes de cinema, contudo o reconhecimento por parte dos premios incrivelmente nunca aconteceu. Como se podera explicar que um dos maior autores da historia nunca tenha ganho um simples oscar... E facil não se explica.
COntudo neste filme parece claro que Marty esta longe de se preocupar com isso, esquecendo todo o academismo que demonstrou em Aviador, e fazendo um filme muito na linha dos que lhe deram sucesso, envolvendo mafiosos, assassinos e acima de tudo uma brutalidade espetacular.
Contudo o mais engraçado e que neste filme finalmente o autor volta a ter um reconhecimento generalizado, sendo ate a data um dos mais fortes candidatos aos premios, e um sucesso de bilheteira. Parece que Marty encontrou-se de novo com o sucesso.
Mas este sucesso é explicado e justo pela forma como o filme e construido, com base numa historia muito interessante, com personagens de fazer historia no cinema, o jogo do gato e do rato, tem um dos capitulos mais interessantes da sua prestação no cinema, num filme complexo, forte emocionalmente, bem escrito principalmente em materia de dialogos e muito bem intrepertado.
A historia centra-se na tentativa de dois infiltrados um na policia outro numa familia mafiosa, encontrar o outro "rato", a busca faz-se a um ritmo brutal, num encadeamento de acontecimentos muito bem ligados e dispostos de uma forma muito bem conseguida. Para terminar num final magistral, bruto e seco, muito ao estilo que Scrosese gosta... quem nao se lembra do epico final de taxi driver ou mesmo recentemente de Gangs of new york.
O argumento, mais que original. acenta em ideias simples, demosntrando que sem ter de inventar muito se pode fazer um filme empolgante interessante e muito bem encadeado, capaz de provocar um interesse constante durante os rapidos 151 minutos de filme.
A realização esta ao nivel que Scrosese nos habituou, brilhando em grande escala os planos de Nicholson. Um dos pontos mais fortes do filme.
A intrepretação do filme esta a um nivel enorme, que nao surpreende tendo em conta o nivel de actores requesitados para o filme. Enquanto que Di Caprio e Dammon, se assumem a cada dia que passa como duas das maiores estrelas da da sua geração conjugando carisma com um grande nivel de interpretação, produzido ao melhor nivel de ambos para este filme. Por sua vez Nicholson demonstra mais uma vez a razão de ser o actor mais premiado de Hollywood, nao surpreendendo ninguem se juntar aos seus palmares mais uns titulos nesta temporada. De referir a excelente prestação de Walhberg, a querer retirar a sua faceta de heroi basico de acção, e que nos oferece a personagem com dialogos mais interessantes do filme, e talves a prestação que nos fica mais na retina, se exceptuarmos o sempre brilhante Nicholson.
ENfim um dos melhores filmes do ano, e que de certeza que iremos ouvir falar muito dele, entre dezembro e Março na epoca dos premios.

O melhor - A forma como todo o filme e construido, e a mestria de um autor em toda a sua plenitude.

O Pior - Que sea realizado por autor que tem na sua carreira filmes tão bons como Taxi Driver, e que juntam a todas as qualidades deste a originalidade.

Avaliação - A-

The Grudge 2 - O Grito 2

Starring:
Sarah Michelle Gellar, Amber Tamblyn, Arielle Kebbel, Teresa Palmer, Jennifer Beals
Directed by:
Takashi Shimizu

Nunca o dinheiro fácili foi uma motivação tão obvia para um filme como esta sequela disparatada de The Grudge. Depois do primeiro titulo desta saga ter surpreendido no box office americano á dois anos, conseguindo mais de 100 milhoes de euros, era obvio (tendo em conta que se tratava de um filme de terror) que pouco tempo depois se seguiria a continuação. E se ja o primeiro titulo estava longe de ser um grande filme, sendo apenas mais do mesmo, ou seja um grupo de pessoas completamente presseguidas por espiritos, o certo e que o publico rendeu-se ao conceito tornando o primeiro filme, como um dos maiores sucessos actuais do cinema moderno de terror. Contudo, e para bem do cinema este filme teve longe desse sucesso, mesmo que a estreia tenha conseguido bons resultados, o certo e que rapidamente o filme saiu do boxoffice, ficando muito aquem do esperado e do primeiro titulo. E este facto esta muito relacionado com o falhanço critico do filme, quase unanimemente considerado um dos piores filmes do ano, o titulo foi arrasado por todos que se dignaram a emitir opinião.
E o certo é que o filme e um desastre total, primeiro porque não tras ingredientes novos a saga, limitando-se a replicar de uma forma confusa os acontecimentos do primeiro filme. Depois porque o misterio esta a partida resolvido, tendo o espectador resposta para todas as perguntas que se coloca desde o inicio. Terceiro porque em momento algum chega a impressionar o espectador falhando totalmente neste parametro. E por ultimo tras nos algumas das personagens mais desinteressantes dos ultimos anos. O filme chega mesmo a provocar a gargalhada de tão fraco que se apresenta. E por ultimo como nao consegue dar nenhum seguimento a um argumento tão fraco so deixa ao filme uma saida... matar os personagens todos, num espectaculo cinematografico decadente,e quase certo nos nossos cinemas, para meu completo desepero.
O argumento se é que ele existe é do pior que observei nos ultimos anos, colado ao primeiro sem nada de novo, e com personagens completamente básicas, parecendo desenhos com movimentos.
A realização acaba por ainda ser a coisa que se safa do filme, já que Shimizu, vindo da tradição asiatica move-se dentro do filme de uma forma tipica e com planos bem conseguidos e comuns neste tipo de filmes para os lados do sol nascente, alias esta orientação esta presente em todo o filme.
O cast é constituido por uma serie de desconhecidos em idade pre adulto com dificuldades de interpretação, onde se salienta pela negativa o protagonismo oferecido a uma actriz tão desinteressante como Tamblyn, também Gellar como nome maior do filme merecia mais respeito por parte do guião... apesar das suas limitações tb elas serem evidentes.
Enfim um filme horrivel, que vem demonstrar a falta de ideias no terror não esta apenas presente no cinema norte americano, mas que também ja infectou os ate aqui protegidos e aclamados asiaticos. Que demonstram que com os meios dos americanos ainda conseguem fazer pior de estes, ja tinha acontecido na sequela de The Ring, e agora com a saga Grudge.

O melhor - A falta de sucesso do filme deve interromper aqui a saga.

O Pior - Esta "doença" de filmes de terror sem conteudo tarda em encontrar a sua vacina...

AValiação - D-

Saturday, November 11, 2006


Children Of Men - OS filhos do homem

Starring:
Julianne Moore, Clive Owen, Michael Caine, Chiwetel Ejiofor, Charlie Hunnam
Directed by:
Alfonso Cuaron

Muita expectativa existia em volta deste titulo, primeiro porque a magnifica campanha publicitaria do filme conduziu a um burburinho interessante a volta do filme. Depois o argumento, pessimista transmitido sob a forma de alarme, e por ultimo o autor. Cuaron tinha aqui a sua primeira produção neste seu regresso a Hollywood, sem ser o frinchising Harry Potter, as expectativas estavam elevadas. E desde ja posso garantir que saimos satisfeitos com o filme.
O filme aparece claramente sob a forma de alarme, realista, duro, frio Brutal, sao adjectivos que encaixam perfeitamente neste filme, ainda inedito nos EUA, mas que esta a ser bem recebido no circuito europeu, tendo inclusive sido premiado no Festival de Veneza com dois premios menores..
A premissa do filme e brilhante, o mundo esta o caos, ninguem nasce a 18 anos e a humanidade aproxima-se do fim, a guerra instalou-se em todo o lado menos no Reino Unido, onde uma especie de ditadura tenta controlar um pais, onde grupos de revoltosos e terroristas querem dar de novo a esperança. De repente cheganis até Kee uma jovem negra que contra todas as leis das expectativas esta gravida... e o filme entra na tentativa de colocar Kee num barco que apode transportar para uma ilha que aparentemente tudo se desenvolve normalmente. (algures nos açores :))
COntudo o filme que inicialmente apresenta-se algo lento e moroso, na apresentação da situação, transforma-se rapidamente num dos filmes mais brutais e violentos dos ultimos tempos, dando uma visão catastrofica e completamente apocalitica da humanidade futura, preocupando e alertando todos os que visulizarem um filme negro e duro.
O filme é uma das obras mais singulares e de maior qualidade deste ano, podera mesmo estar em boa forma nos premios, contudo penso que o excesso brutal de Cuaron (quase mesmo doentio) coloca dificuldades a este nível.
O argumento e muito perto do brilhante, combinando uma boa premissa, com boas personagens e com uma boa linhagem de acontecimentos nao esquecendo algumas deixas de humor muito bem enquadradas.
A realização e muito bem conseguida, apesar de por vezes o excesso de movimentos da camara oferecerem dores de cabeça ao espectados, dá muito realismo ao filme, uma das caracteristicas mais vincadas do filme. O que e certo e que Cuaron demonstra estar ja no top de nivel de hollywood.
A banda sonora e um ingrediente chave no filme e que esta presente de uma forma bem complementar ao longo de todo o filme.
O cast consta com secundarios de luxo, como Moore, com uma prestaçao quase inexistente no filme e Caine, numa versão descontraida e dando alguma luz a um filme negro. Mas acaba por ser Owen a brilhar em grande escala no filme oferecendo-nos uma das primeiras grandes interpretações do ano, e que devera merecer a atenção dos diferentes juris, comprovando a excelente forma em que o actor se encontra depois de ja ter brilhado este ano na sua caracterização em Inside Man de Spike Lee.
Enfim um filme obsessivamente bem contruido e um dos produtos assumidamente de autor mais conseguidos da temporada.

O melhor. O realismo e a caractarização espacial do filme do melhor que vi em cinema.

O pior - O filme depois de um bom arranque parece que demora a aquecer para o mitico final

Avaliação - A-

Everyone's Hero

Starring:
Whoopi Goldberg, Rob Reiner, Jake T. Austin, William H. Macy, Brian Dennehy
Directed by:
Colin Brady, Daniel St. Pierre, Christopher Reeve

De todos os titulos de animação deste ano, este é talvez aquele que se destina por um lado mais a consumo interno (EUA), e que se destina a um publico mais infantil, com ingredientes de magia e um argumento positivista com um humor suave e fisico e com ingredientes muito relacionados com o sonho. Dai que os resultados criticos e de bilheteira tenham acabado por ser demasiado fraquinhos para o tipico neste genero de filme.
O ponto que conduziu maior interesse do filme residia desta obra ter sido realizada numa fase inicial pelo malogrado actor Christopher Reeve, que devido ao facto de ter falecido, acabou por nao concluir o projecto que surge assim sob a forma de homenagem quer a si quer a sua esposa.
O filme relata a historia de um menor, fã dos NY Yankees que observa o pai a ser despedido pelo roubo do taco de um dos melhores jogadores desta equipa, depois surge a viagem do menor de forma a tentar devolver o talisma taco a estrela, sendo que tem como companhia nesta viagem um taco femenino com voz de goldber e uma bola "chata qb", enquanto isto e preceguido por um jogador de outra equipa.
O filme peca por ser extremamente infantil e por não ter uma gama de ingredientes de interesse vasta, sendo por vezes tão sonhador que acaba por exagerar e aborrecer, chegando no seu final a tornar-se mesmo ridiculo.
SOb o ponto de vista tecnico o filme esta muito bem produzido, apesar de nunca arriscar em grandes inovações o filme acaba por dentro das suas limitações especialmente de guiao, estar bem produzido.
O argumento e dos pontos mais debeis do filme principalmente se tivermos em conta outros titulos de animação, sendo demasiado simplista e pouco original.
O cast de vozes esta tambem ele longe de grandes brilhantismos, acabando por ser um aspecto demasiado indiferente ao longo de todo filme, com a excepção de Macy, que caracteriza de uma forma bastante agradavel um dos viloes da historia.
ENfim um dos filmes de animação do ano, que mais probabilidade tera de ser dotado ao esquecimento, se nao o for isso deve-se a todo o sentimento que possa estar sob a memoria de Reeve.

O melhor - A qualidade produtiva do filme, demasiado conseguida para um argumento tao limitado

O pior - Ser de uma forma obvia um parente pobre do genero...

AValiação - C+

Thursday, November 09, 2006


The Black Dahlia

Starring:
Josh Hartnett, Scarlett Johansson, Hilary Swank, Aaron Eckhart, Mia Kirshner
Directed by:
Brian De Palma

Se existe autor que caiu numa desgraça quase total nos EUA, ele chama-se Brian de Palma, depois de um incio de carreira completamente de sonho, rapido entrou na chamada depressão, parecendo não conseguir sair dela a cada filme que lança.
Agora tudo parecia apontar para o sucesso, o livro era bom, com grande história, o elenco tinha duas das actrizes mais conceituadas e respeitadas da actualidade, e o focto de abrir o festival de Veneza deixavam antever o regresso de Palma a aclamação critica. Puro engano! O filme apenas agradou a uma parcela muito reduzida de criticos, tendo sido apupada pelo resto, a performance na bilheteira foi uma catastrofe, capaz de destruir quase tudo que rodeou o filme.
Se bem que a negativa dada pela critica seja na minha opinião excessiva, é certo que um filme com tão bons ingredientes não podia ser tão mediano como este filme, e a forma confusa como o filme vai se desenrolado e o principal culpado do fracasso, ou seja, parece que de Palma nunca percebeu e se sentiu confortavel com o filme, sendo o resultado final confuso, e extremamente parado, com muito pouco misterio. O climax final com as constantes revelações apesar de interessante nunca chega a demonstrar todo o potencial que nos parece ter, assim como todo o filme, se bem que nesta fase nos parece mais visivel.
O filme parece-nos completamente uma carta fora do baralho para os oscars da academia, podendo mesmo aparecer em algumas categorias entre os piores do ano. Se bem que neste caso será sempre o exagero.
O argumento do filme parece a priori interessante mas parece-me que perde o seus trunfos na adaptação para cinema, ja que apesar do interesse continuar presente, nada de excepcional e mostrado.
De palma no que na realização diz respeito parece em boa forma, com planos bem conseguidos, apesar de alguma indefinição cultural, entre os planos interiores demasiado modernistas e os exteriores tipicamente mais antigos.
O cast recheado de estrelas parece-me estar em claro sub rendimento, e com tantas estrelas acaba por ser a mais pequena Kirshner a brilhar mais, e a dar um passo para o estrelato, já que rouba toda atençao do filme para as cenas em que entra. No sentido oposto parecem estar quer Swank quer Johansson em clara baixo de forma. Quanto a Harnett esta longe de provar o potencial que algumas fações lhe atribuem ao contrario de Eckhart que ne parece satisfatorio num papel mais exigente, e que vem demonstrar a boa forma do actor que ja surpreendera em Thank You For Smocking
Um filme que cria expectativas demasiado altas e que acaba por rapidamente não conseguir ultrapassar uma mediania revoltante tendo em conta os ingredientes utilizados

O melhor - Mia Kirshner daquelas actrizes que com a sua imagem preenche um filme cheio de estrelas

O pior - A confusão com que o argumento se vai tornando a cada minuto que passa. O remedio ajuda mas nao salva.

Avaliação - C+