Saturday, September 30, 2017

The Little Hours

Existem alguns actores que normalmente pertencem a um grupo alargado que vai partilhando filmes normalmente de comedias mais independentes. Este pequeno filme juntou alguns desses actores concretamente Franco, Plaza e Brie, com um convento e regras restritas a mistura. Num filme que teve lançamento em alguns festivais de menor dimensao os resultados ate acabaram por ser positivos. Comercialmente num filme pouco difundido os resultados foram obviamente curtos.
Sobre o filme a adaptação de peças de teatro ao cinema sao sempre projetos complicados ja que a forma de comunicar com o espetador e mesmo o tipo de registo são completamente diferentes. Neste caso temos obviamente uma historia totalmente pensada para um teatro satirico algo fisico do que propriamente como um filme que nunca consegue tirar grande partido ja que o improviso o humor circunstancial e normalmente menos funcional na setima arte do que no palco.
ALias mesmo em termos moratorios pouco mais temos do que uma comedia tradicional adulta, não temos uma mensagem particularmente relevante, não temos um sentido de humor pelo menos atualizado e mais que isso não temos uma abordagem em momento algum diferenciador que de ao filme qualquer tipo de roupagem signitifativa, tornando-o um filme com muito esforço mas pouca eficacia em cada um dos seus momentos.
Assim temos aqui uma comedia independente que acaba apenas por servir para rechear a servir de demonstraçao para os seus principais interpretes normalmente mais relacionados com projetos mais fortes de todos eles. Sente-se perfeitamente que seria uma obra com muito melhor funcionamento se fosse vista em teatro já que é obvio que foi pensada para assim ser comunicada.
A historia fala de um grupo de freiras que desejam perceber se estão ou não dentro da sua vocação, que se torna um autentico alvoroço quando um jovem em fuga com muita vida sexual entra dentro daquele convento pondo em causa as convições de todos.
Em termos de argumento e claramente uma historia com dialogos totalmente pensadas para teatro, quer no estilo dos dialogos, quer na expressao fisica do humor. Em termos cinematograficos parece existir pouco trabalho para adaptar a historia a este veiculo.
Na realizaçao Jeff Baena ja se tinha demonstrado num registo satirico noutros filmes, tem aqui um projeto simplista, totalmente independente. Numa historia completamente pensada para teatro deveria ter um toque mais diferenciador. Assim e um filme que vai acabar por ser facilmente esquecido.
Em termos de cast pouco ou nenhum risco no encaixe das personagens nos interpretes. Temos o tipico de Brie, Plaza e Franco, em personagens simplistas com um humor fisico tradicional

O melhor - Sabermos que a peça de teatro deveria funcionar

O pior - Não ter graça assim transmitido

Avaliação - C-

It

Desde o momento em que esta produção foi apresentada que de imediato se tornou por razões algo desconhecidas um dos filmes mais aguardados do ano talvez pela forma como conseguia juntar a aventura juvenil e o terror. E se a expetativa ja era elevada depois das boas avaliações que acabaram por resultar numa aceitação critica interessante comercialmente It tornou-se o Boom do fim de estação com resultados impressionantes que fazem dele um dos maiores sucessos da historia em termos de terror.
E obvio que um filme sobre um palhaço assassino por si so para alem de fazer pouco sentido parece algo de serie B. Entao como e que se consegue transformar uma historia sem sentido e pouco possivel de ter logica num dos melhores blockbusters do ano. A resposta e facil, o filme percebe perfeitamente o que acerta no sucesso de stranger Things e potencia-o ao maximo numa experiencia ainda melhor do que a serie da netflix pese embora os paralelismos sejam evidentes.
O que funciona desde logo as personagens o estilo das personagens e a forma como elas se encaixam como um todo, o caracter ligeiro que balança com um terror de primeira linha, a caracterizaçao de pennywise, mas mais que tudo o estilo dos anos 80, combinam numa especia de Strange Things no cinema e com mais graça natural e com um vilao muito mais mitico.
E é no timing que o filme acerta em cheio proporcionando duas horas de entertenimento puro, que consegue conciliar uma curiosidade humoristica, personagens irreventes e um terror qb, quase sempre montado pelo lado estetico do palhaço e pela forma como este conseque em todos os momentos ser aterrador. Parece.nos que a escolha por um filme de acção juvenil e bem mais interessante do que o terror por si so, e nisso o filme ganha com ser acima de tudo, um filme de personagens.
Em termos de argumentos um conjunto de jovens mal integrados no contexto escolar, vitima de bullyng por parte dos mais velhos acaba por se unir de forma a tentar derrotar algo que esta a fazer alguns menores da cidade desaparecer e com uma força inatacavel.
No argumento a dupla de escritores tem o merito de dotar o filme de uma serie de atributos como dialogos e personagens que nao o fazem depender da coerencia do lado de terror e da explicação  para o que assistimos e esse acaba por ser o truque que diferencia o filme em toda a linha.
Na realizaçao Musichetti ja era um exprimentado no terror, que sabe como impressionar o espetador, aqui parece-me que acima de tudo o lado estetico de Pennywise funciona em toda a linha acabando por tornar tudo bastante assustador sem necessitar de grandes truques de camara. Um objetivo realizador de terror.
Num cast recheado de jovens todos funcionam principalmente em simbiose, sendo que o maior destaque acaba por ir para Finn WOfhard, talvez mais conforntavel com o genero pelo facto de ja ter participado em Stranger Things. Depois o destaque natural para a composiçao de Skarsgard, apoiado por uma caracterizaçao de primeira linha, consegue o seu grande proposito ser assustador.

O melhor - Nao se ficar pelo terror que quer impressionar.

O pior - Não deixa de ser um palhaço assassino com poderes interminaveis e sem grande razão

Avaliação - B

The Beguiled

Sofia Coppola foi durante o inicio da sua carreira uma das mais apaixonantes realizadoras e alguem que os especialistas sempre vaticinaram um futuro na primeira linha do cinema. COntudo depois do supra sucesso de Lost in Translation a sua carreira foi perdendo fulgor, apenas com fugazes aparições em festivais de primeira linha, com maioritariamente boas avaliações mas sem a uninimidade que conseguiu no seu filme mais conhecido. Este ano optou por este remake com resultados criticos outra  vez interessantes e que lhe deu o premio de melhor realização em Canne sendo que comercialmente os resultados foram bem mais modestos a todos os niveis.
Eu confesso não perceber quando realizadores e autores de um primeiro nivel optam por fazer um remake. Mesmo que a abordagem e tudo seja levado ao maximo da produçao é sempre um filme sem impacto de surpreender o espetador porque ja sabemos como tudo acaba. Aqui temos isso,pese embora Copolla tenha bons momentos muito por culpa de um cast bem escolhido e de uma realização detalhada parece sempre que o filme é demasiado mecanico demasiado previsivel e isso não nos parece ser funcional para marcar o espetador.
Mas o filme tem claramente alguns pontos bem trabalhados. A intriga entre as diferentes personagens femininas algo que Copolla ja demonstrou saber fazer como muitas, o lado astuto das personagens é bem filmado, numa realizadora que consegue sempre ser complexa na forma não so de filmas as mulheres mas acima de tudo de as acaracterizar.
Assim pese embora esteja longe de um filme um grande filme este remake e um filme funcinal, mas destacado esteticamente pela sua abordagem do que em si proprio, e daqueles filmes que nunca vai vincar numa carreira de primeira linha pese embora acabe por ser um bom contexto para a mesma.
A historia fala de um soldado ferido que acaba por ser assistido numa casa de jovens, aqui todas acabam por descobrir o encanto deste individuo o que começa a causar intriga e ciume entre elas conduzindo ao perigo da sobrevivencia delas proprias.
Em termos de argumento parece-me ser um filme muito mais funcional na generalidade do que no particular. Aqui e claro que se trata de um filme onde consegue alguma densidade psicologica nos diferentes jogos das personagens femininas, mas perde bastante na pouca caracterização das mesmas.
Copolla e uma realizadora com potencial principalmente a filmas mulheres. Aqui tem esse facto e consegue ser sempre esteticamente irrepreensivel na forma como retira o melhor dos contextos. nunca adopta uma abordagem totalmente diferenciadora mas isso acaba por valer em termos dramaticos.
No cast este e talvez o melhor cast dos filmes de COpolla, boas interpretações, principalmente de Dunst e Fanning, que balançam bem com um Farrel em boa forma. Perdem todos pelas personagens serem demasiado lineares para os objetivos simplistas do filme.

O melhor - A forma como Copolla realiza o lado feminino das suas personagens.

O +pior - Um remake perde sempre o valor de surpreender

Avaliação - C+

Friday, September 29, 2017

A Ghost Story

Existe uma formula no futebol que muitos defender, que é equipa que ganha não se mexe.  Depois do sucesso de Ain't them Bodies Saints, o seu criador e realizador, David Lowery reuniu-se novamente com Casey Affleck e Rooney Mara para mais um filme intimista muito na onde do que tinha feito no projeto anterior com os mesmos intervenientes. Novamente conseguiu bons resultados principalmente criticos tendo sido um dos filmes melhores avaliados de Sundance no inicio do presente ano. Em termos comerciais parece-me obvio que este filmes não particularmente apelativos para o grande publico dai que os resultados sejam reduzidos.
Sobre o filme Lowery tem uma forma no minimo particular de nos dar os seus filmes, normalmente com sequencias longas, sem grande dialogo mas com um lado emocional muito intenso. Se por um lado isso faz algumas das suas sequencias serem insolitas e recordadas por outro lado tira algum ritmo que nos parece nunca ter interesse que os seus filmes tenham. Dai que mesmo sendo um filme rico do ponto de vista emocional pela forma como nos tenta dar uma visao do afterlife, parece-nos um filme demasiado intimista, e isso torna-o nos momentos iniciais repetitivo e aborrecido.
Na segunda fase e principalmente quando o filme abdica da rigidez temporal como marcação do filme, este ganha um conceito diferente, o seu carater circular é obviamente um ponto de charme de uma obra singular, original, filmada com cuidado e que como os melhores filmes vai do mais ao menos. E obvio que se trata tambem de um filme com defeitos assinalados, o maior deles a falta de ritmo ou de dialogos, e o seu estilo demasiado independente para se fazer vincar.
Assim, sendo um filme que segue com o mesmo registo o filme anterior do realizador, que entretanto se dedicou a um filme mais adolescente, e que tem um valor criativo e  mais que isso original muito assimilado. Nunca sera um filme para todos mas é obvio que no final a mensagem parece ser passada e com um simbolismo extremamente vincado.
A historia fala de um casal, e da forma como o fantasma do marido permanece na residência onde viveram apos a morte do mesmo, percebendo não só a forma como a sua ex-mulher continua a vida depois da sua morte, mas o que acontece à casa e aos seus habitantes seguintes.
Em termos de argumento temos dialogos e personagens reduzidas ao minimo, num filme que consegue sim transmitir a sua mensagem e o seu valor emocional recorrendo quase sempre ao silencio e a situações individuais da personagem, já que a central como fantasma apenas deambula pelo espaço. Não sera nunca um argumento de referência pese embora a ideia original.
Lowery nunca sera um realizador de grande publico se mantiver este registo, parece centrar tudo numa forma de realizar que facilmente a critica gosta, já que é de autor e marca uma originalidade assinalavel, mas não me parece nunca fazer filmes para todos e isso pode-lhe tirar alguma unanimidade.
Não é um filme para grandes interpretações Affleck na ressaca do oscar limita-se a deambular com um pano branco sobre si. Mara tem melhores momentos de um actriz com alta intensidade e capacidade dramatica e que mais uma vez mostra esses atributos, num filme que sobressai essencialmente pela sua forma

O melhor - O final circular

O pior - Muitas vezes torna-se demasiado aborrecido

Avaliação - B

Wednesday, September 27, 2017

The Book of Henry

Depois de um grande sucesso que conduza uma criança protagonista é sempre muito complicado o cinema respondeu a um nivel elevado, acabando sempre por surgir em diversos projetos de valor diferente. Este filme reune dois desses jovens mais visiveis mas o filme acabou por se tornar num autentico desastre critico o que acabou por condicionar em muito os resultados comerciais de um filme que em face do tema e dos seus protagonistas tinha de ter tido muito mais valor comercial.
Sobre o filme podemos dizer que temos dois filmes dentro de um. Uma primeira num filme familiar, o tipico filme do miudo prodigio que tem a seu cargo toda a familia, sendo um filme sobre as suas caracteristicas e as diferentes relaçoes familiares do mesmo. Aqui o filme ate funciona bem, acima de tudo sustentado no valor como actores e da empatia televisiva dos protagonistas menores.
O problema do filme vem na segunda parte, apos o epicentro da intriga o filme altera por completo o registo, a forma e torna-se num pessimo policial de segunda linha, com pouco suspense com pouca complexidade principalmente porque o filme entra com um estilo, e depois altera por completo a sua forma, o seu conteudo e mais que isso os seus principios, tornando-se claramente inferior, pouco ritmado e mais que isso torna a conclusão algo completamente irrealista e com uma moral pouco assumida, o que denota que o filme nao tinha um plano de inicio bem montado ou seja que o mesmo nao foi pensado como um todo.
Ou seja por tudo isto, um filme que na primeira parte ate nos parece num interessante filme familiar, não consegue nunca ser mais que isso. Quando tenta ser adulto torna-se em algo sem grande graça, sem personagens, sem razão de seguir umas opçoes de guiao no minimo discutiveis, o que o tornou mais que tudo um filme completamente indiferente a maioria das pessoas
A historia fala de uma mae solteira de dois jovens, que é totalmente orientada pela inteligencia do seu filho mais velho. COntudo a sua inteligencia vai ser posta a prova no momento em que este falece, e a mae vai ter de seguir os seus raciocinios.
Em termos de argumento a primeira parte do filme funciona melhor no encaixe entre as personagens mesmo arriscando demasiado e exagerando na capacidade da personagem. Na fase final e quando engloba uma intriga policial, o filme nao tem intensidade nem base para fazer resultar um filme assim
Collin Trevorrow tinha aqui o seu primeiro filme de autor depois de ter encabeçado o projeto do regresso do franchising de Mundo Jurassico onde denotou capacidade para tarefeiro de grandes projetos. Neste filme podemos dizer que consegue ter coração mas falta arte na conjugação de um filme demasiado modesto para fazer sublinhar a sua realização.
Em termos de cast podemos dizer que se trata de um filme totalmente dominado por dois dos melhores actores infantis do momento. Numa primeira linha Liebeherer acaba por ter maior destaque a todos os niveis, com carisma e mais que isso com mais interpretação. O lado emocional fica a cargo do pequeno Tremblay.

O melhor  - Os atores mais pequenos

O pior - A desconformidade entre as duas partes do filme

Avaliação - C-

Sunday, September 24, 2017

Friend Request

Seria uma questao de tempo até que as redes sociais e devoção dos adolescentes se unissem ao cinema de de terror adolescente e surgir o tipico filme de serie B, sobre espiritos malignos e essas coisas. O mais surpreendente deste filme é o facto de ter estreado durante 2016 na europa e Agora em expansao Wide nos EUA. Mas como a maioria dos filmes com este percurso as coisas correram mal comercialmente nos Estados Unidos muito por culpa de uma recepção critica semelhante a maior parte dos filmes juvenis de terror ou seja, desastrosa.
Sobre o filme eu penso que o terror terra a terra tem bastante capacidade para singrar no cinema de terror principalmente porque o desconhecido tem sempre um misterio implicito. COntudo parece que o filme desaproveita por completo o lado obscuro da internet para nos fazer um filme disparatado sobre espiritos malignos, que transformam fisicamente as pessoas levando-as ao desespero e ao suicidio, deixando rapidamente de ser um filme sobre os perigos e a força das redes sociais para ser mais um filme de espiritos maus que so terminam quando matarem quase todas as personagens.
Em face deste desaproveitamente da base do filme, restava o mesmo funcionar em termos esteticos ou na capacidade de surpreender o espetador. COntudo tambem aqui o filme e fraquissimo, em termos de estetica e abordagem o filme e completamente de segunda linha, pouca criatividade pouca asinatura. Mas e mesmo na incapacidade de surpreender o espetador em potenciar um clima de terror que faz deste filme um pessimo filme de terror juvenil, um genero que já de si está longe de ser extremamente funcional.
Mas penso que existira muitos outros filmes com esta abordagem já que nos parece que as redes sociais são claramente um tema que pode potenciar e muito com o seu lado obscuro filmes de terror, contudo os mesmos devem ser bastante mais pensados, mais racionionais e centrados nos perigos das redes sociais de uma forma real em si.
A historia fala de uma jovem que apos aceitar um pedido de amizade de um anti social da escola, tornando-se a sua unica amiga, começa a ser sufocada pela sua ligação a esta colega, que torna tudo ainda pior após o suicidio da mesma, que leva a que alguns espiritos comecem a seguir todas as suas ligações.
Em termos de argumento parece obviamente que grande parte dos pontos centrais do filme não se conseguem unir. o Argumento central é desinteressante pouco coeso, pouco funcional, não consegue criar suspense nem terror, num filme que nunca ter personagens.
O jovem realizador do filme, tem um trabalho completamente falhado em termos de fazer funcionar o terror, e isso parece o mais simples tendo em conta o numero de filmes que anualmente saem com argumentos parecidos. Parece obviamente mais confiante na forma como transmite as redes sociais para o ecra do que propriamente o terror.
Por fim em termos de cast, um conjunto de actores desconhecidos que ja tiveram maior dimensão, ainda que relativa noutras fases da carreira, que tem a tipica interpretaçao desinteressante em filmes de terror juvenis.

O melhor - As redes sociais podem ser um bom tema para filmes de terror

O pior - Desaproveita-o tornando-se num mau filme de terror espiritual

Avaliação - D-

Kingsman: The Golden Circle

Três anos depois de M;atthew Vaught ter surpreendido os filmes de espionagem e de acção com o seu irreverente e original The Kingsman, que se tornou num sucesso internacional, eis que surge a sua natural sequela, que gerou expetativa principalmente porque o primeiro filme resultou muito bem junto dos espetadores. Este segundo capitulo com novas incorporações reuniu um dos melhores cast dos ultimos tempos. Criticamente o filme desceu depois de um primeiro filme que tambem não tinha sido propriamente o maior destaque da critica. Comercialmente os primeiros resultados indicar boas prespetivas para um filme que tem aqui tambem um notorio maior investimento.
Desde logo convem sublinhar que para mim Kingsman junto com Deadpool foram as apostas mais irreverentes criativas e interessantes que o cinema de acçao de grande estudio nos deu nos ultimos anos. Todos sabemos que existe um ponto em que as sequelas partem em desvantagem que é na capacidade de surpreender, pelo menos nas personagens que se juntam, e mais que isso jogar com a expetativa. E nisso e facilmente observavel que este segundo episodio de Kingsman pese embora seja um bom, original, engraçado filme de entertenimento e claramente menos funcional do que o primeiro filme.
Não se pode dizer que o filme não é fiel ao estilo do primeiro, talvez caia em algum exagero nos gadgets mas o que é certo e que os cenarios o aprumo vistual do primeiro filme continua bem presente, acompanhado por excelentes composições de ação e luta algo que foi pioneiro e que agora vimos muitas copias principalmente na forma como conjuga com estilo musica e acção. Aqui temos novamente muito humor, e mais que isso sequencias espetaculares de ação, realizadas com toda a mestria que Vaugh tinha potenciado e bem no primieor filme.
O ponto claramente mais fraco e a historia em si, aqui parece-nos todos os procedimentos demasiado simples, sendo a historia apenas um acrescento de personagens sem grande complexidade que funcionam muito mais pela curiosidade do que propriamente por aquilo que trazem de novo ao filme. Mesmo assim muitas dessas novas peprsonagens trazem-nos aquilo que diferencia Kingsman que é o insolito e irreverencia.
O filme continua a seguir Egsy agora como agente secreto, mas que apos a destruição de todos os edificios de Kingsman, vai ter de se unir aos seus amigos americanos, os Statesman de forma a tentar impedir um plano de destruição de uma estranha lider de um cartel de droga.
Em termos de argumento o filme funciona muito mais no acessorio, nas especificidades que marcam o estilo do que propriamente na intriga. Aqui parece sempre um filme demasiado simples, e directo, previsivel mesmo nos twists e isso diferencia-o em algum ponto de um primeiro filme que para alem da surpresa de ser o primeiro nos parece também neste ponto mais trabalhado.
Vaugh e talvez o realizador mais original do cinema de açao puro da atualidade, a forma como conseguiu potenciar filmes estranhos e irreverentes como Kick Ass, Kingsman, e mesmo Stardust, demonstra bem a capacidade que tem de ser ironico, engraçado e criativo. Aqui temos o mesmo estilo de realizaçao, uma assinatura pessoal que tem trazido muitos seguidores, e que nos fazem esperar pelo seu novo projeto de origem.
Em termos de cast, Firth e Egerton encaixam em personagens desenhadas para si, no caso do segundo a grande revelação do primeiro filme, penso que em termos de carisma as coisas não são tão competentes, existindo menos momentos interessantes da personagem. Em termos de novas aquisições, o maior destaque vai para uma Julliane Moore de primeira linha como vila do filme. Aqui penso que a sua Poppy é mais surpreendente do que o vilao anterior.

O melhor - Os cenarios e a originalidade dos mesmos.

O pior - Ser uma sequela de um primeiro filme que surpreende em toda a escala.

Avaliação - B-

Friday, September 22, 2017

The Big Sick

Todos os anos existe uma comedia de meia estação que consegue obter um destaque claro da critica e do publico. Este ano o filme que conseguiu isto acabou por ser a biografia da relação amorosa do comediante paquistanes Kumail Najiani e a sua mulher, sob a produçao de Judd Apttow. The Big Sick e um dos filmes melhor avaliados do ano, e para um filme sem primeiras linhas da comedia o resultado foi muito positivo, conseguindo expandir uma historia que alguns apontam como o primeiro candidato aos oscares em algumas categorias.
Sobre o filme, por vezes existe dificuldade em que historias pura de amor sejam um sucesso critico e comercial em simultaneo. Pois bem, mais que tudo esta e uma historia de amor, simples, da descoberta, das pequenas coisas que o definem, e acaba por ser na forma simples e circunstancial como toda a relação é potenciada e os seus contextos, que fazem deste filme, muito mais que uma comedia de autor, uma comedia romantica, lamechas, sentimental mas com muitos outros pontos que o diferenciam de outras historias-
E é nos adereços que o filme torna-se muito mais filme desde logo nos dialogos, na interessante complexidade das personagens que acabam por potenciar diversos momentos que acabam por conseguir ao mesmo tempo ser emocionalmente intenso, lamechas e com um humor inteligente que em algumas personagens funcionam ao longo de toda a duração do filme. Este e daqueles filmes que vale pela simplicidade do que quer transmitir e pela complexidade da forma que usa para la chegar.
Por tudo isto é facil perceber que se trata de um dos melhores filmes e a melhor comedia do ano até ao momento. Pelo significado, por ser um filme romantico que consegue ao mesmo tempo ser uma comedia inteligente, ritmada, com dialogos de primeira linha, e mais que isso porque tem um actor que se retrata a si proprio. Claro que muitos podem dizer que o filme possa ter sido embelezado para funcionar, mas se o foi, todos tiveram a competencia para fazer uma comedia completa como poucas.
A historia fala da forma como um jovem comediante paquistanes tem de combater as diferenças culturais de forma a assumir a paixao por uma mulher caucasiana. Tudo se torna ainda mais intenso quando a sua paixao entra em coma e tem de interagir com os pais da mesma.
E no argumento que temos toda a força do filme, e aqui temos obviamente um dos melhores argumentos do ano, gere em grande equilibrio a intensidade emocional com a inteligencia de dialogos com potencial humoristicos. Acima de tudo funciona porque as personagens são de primeira linha.
Na realizaçao Showalter tem o trabalho menos visivel do filme, numa realizaçao simplista de sitcom americana este realizador que o ano passado ja nos tinha trazido um interessante Hello My Name is Doris, aqui tem novamente um bom argumento cuja realizaçao facilmente faz  funcionar.
No cast obviamente que o papel de Kumail é o mais facil porque tem apenas de ser ele proprio e a imagem que as pessoas tem dele. Dai que as despesas interpretativas estejam em Kazan, que nos da uma interpretaçao muito interessante, intensa com valor dramatico mesmo num filme comico, potenciado acima de tudo pelo lado mais dissimulado do seu companheiro de cast. Devemos sublinhar tambem o papel de Holly Hunter e principalmente de Ray Romano, que são dois secundarios com papeis para estarmos atentos.

O melhor - A capacidade de fazer uma comedia romantica com graça

O pior - Não explora em termos de realizaçao uma abordagem diferenciadora

Avaliação - B+

The Wilde Wedding

Normalmente o cinema e prodigo em juntar muitos anos depois algumas duplas que ficaram conhecidos em filmes juntos. Podemos dizer que Glen Close e John Malkovich são uma dessas duplas pela forma como nos deram as suas estranhas ligações. Este ano e num registo mais suave de comedia romantica surgiu este filme, onde se une a eles um Patrick Stewart com cabelo. O resultado foi desastroso desde logo do ponto de vista critico onde os resultados foram muito negativos mas também comercialmente onde o filme estreou em pouco registos sem qualquer tipo de visibilidade.
Eu considero que a terceira idade e normalmente e epoca que o cinema menos aproveita para nos trazer bons filmes ou debates sobre o tema. Este filme pese embora tenha os seus protagonistas nesta fase etaria parece nunca aproveitar este facto, já que apenas temos uma historia de amor, num tipico filme de junçao festiva, mas que na verdade nunca consegue encontrar quer os seus objetivos quer o seu genero, surgindo no final uma obra mal formada, de serie B, e pior que isso nunca com graça
Um dos grandes problemas do filme acaba por ser a dificuldade de encontrar um genero, tem demasiadas personagens para ser uma comedia romantica simples, plano que assume com o seu final. POr outro lado não tem a complexidade ou o significado para ser uma comedia indie, e nao tem a graça para ser uma comedia em si.
POr tudo isto é um daqueles filmes que ao longo da sua duraçao vamos sentido que as coisas não estao a funcionar e que tenta apenas encontrar alguns pontos de destaque como a irreverencia sempre constante de Malkovich e mais que isso um ou outro momento de um romantismo simples, sao muito pouco para fazer funcionar um filme que rapidamente se percebe que nao funciona como um todo.
A historia fala de um ex estrela de cinema que junta a familia para festejar um novo casamento com um escritor ingles. ALi chegados começam a surgir os fantasmas do passado que une as diferentes personagens que seguem juntos numa vida.
Em termos de argumento a formulação de uma historia com muitas personagens e mais que isso na tentativa de dar diferentes relacionamentos em diferentes vertentes acaba por não funcionar porque o filme nunca consegue ser equilibrado quer no genero, quer no humor, e mais que isso porque o filme não tem grande tematica.
Damian Harris e um realizador experiente que nunca teve muito sucesso, aqui conseguiu chamar alguns dos actores dos seus momentos mais aureos mas nunca consegue tirar partido desse facto, acabando sempre por ser em termos de realizaçao um filme basido em piloto automatico.
Em termos de cast, há cerca de vinte anos um filme com este trio de protagonistas seria de primeira linha, contudo aqui já nos parecem numa fase de menor fulgor a todos os niveis, apenas Malkovich consegue dar alguma assinatura ao seu papel, que acaba tambem por ser o melhor.

O melhor - A reunião de uma dupla que funciona junta como CLose e Malkovich

O pior - A falta de definiçao de um tipo de comedia

Avaliação - D+

Wednesday, September 20, 2017

Neruda

Pablo Larrin inventou uma nova forma de fazer biopics, e isso foi totalmente percetivel no sucesso que durante o curso do ano de 2016 os seus dois filmes sobre personagens tão distintas como Jaqueline kennedy e Pablo Neruda obtiveram principalmente junto da critica. Com produções mas com estilos proximos ambos os filmes conseguiram consenso critico embora nenhum tenha conseguido imperar em termos de premios. Comercialmente este Neruda ao ser falado maioritariamente em castelhano teve resultados bem mais modestos, mas mesmo assim para um filme declaradamente estrangeiro.
O primeiro ponto em que penso que Larrin e esperto na forma de executar os seus filmes, é não se preocupar muito com os feitos ou os momentos historicos da personagem, muito pelo contrario, aqui como em Jackie tenta situar a personagem numa situação concreta, com narrador, e tenta caracteriza-la na forma de reagir mais do que propriamente detalhar todos os seus momentos do conhecimento da historia. E nisso e claramente diferente, poderá tornar os seus filmes mais pequenos em abrangência mas torna-os certamente mais artistico.
Aqui neste caso Larrin vai mais além, a personagem é Neruda mas mais que isso ele tenta englobar a faltasia e as palavras escritas pelo autor juntando-a a sua realidade. Isto que tem tanto de dificil como de original confesso que nem sempre funciona no filme, tornando-o por vezes algo dificil, algo pequeno no seu significado, mesmo que a ideia em si seja original e criativa nem sempre me parece totalmente oelado para funcionar em pleno.
Mesmo assim um filme arriscado que utiliza melhor que muitos as palavras, mas que por vezes parece entrar numa dimensão demasiado paralela entre ficção e realidade o que acaba por tornar tudo demasiado impercetivel em termos de sentido. mesmo assim numa altura em que determinados generos parecem ter entrado em piloto automatico, este é claramente algo diferente.
A historia fala-nos da fuga de Pablo Neruda no momento em que começa a ser perseguido pelas autoridades Chilenas em face do seu papel activo na defesa do partido comunista daquele pais e na forma como é perseguido por um ambicioso inspetor da policia daquele pais.
Em termos de argumento é um filme que utiliza as palavras do autor, sempre bastante pensadas a cada momento da sua intriga. Não podemos dizer que se trata de um argumento que funcione na sua plenitude porque não o faz, principalmente porque na fase final se torna demasiado confuso. Sublinha-se contudo a forma criativa com que o filme é criado.
Pablo Larrin é um realizador com alguns momentos artisticos interessantes, parece-me obvio que os seus filmes tem uma assinatura, quer no papel interessante e manipulador do narrador, quer na forma como filme. Não me impressionou ainda em nenhum dos filmes pese embora tenha arrebatado a critica e se tornado num criador de biopics por excelencia.
No cast boas interpretaçoes, principalmente de Gnecco na criação dos diferentes momentos e na excentricidade de Pablo Neruda. Tem intensidade, uma boa interpretação fisica. Bernal parece-me ter um papel mais simples, menos intenso mas que encaixa naquilo que o filme exige deste balanço

O melhor - A originalidade de uma forma diferente de abordar biopics

O pior - Um final demasiado confuso

Avaliação - C+

Sunday, September 17, 2017

The Housre

Os comediantes e cinema são normalmente coisas muitos fugazes no que diz respeito ao sucesso. Normalmente estes actores depois de um primeiro filme de sucesso acabam por colecionar fiascos muito por culpa de serem demasiado repetitivos no estilo. Talvez ai se consiga perceber como a conjugação de dois humoristas retirados do conceituado Saturday Night Live acabem assim a fazer um filme que acabou por ser trucidado pela critica e comercialmente o filme ter acabado tambem por resultados demasiado frágeis para uma comedia de estudio.
Sobre o filme, eu confesso que gosto da forma de Will Ferrel atual, mesmo que ela não faça sentido a sua expressão fisica de comedia é algo que pessoalmente me agrada mesmo quando os filmes como é este caso, sejam fracos, sem sentido, sem moral e totalmente desengraçados em termos de argumento. POr outro lado não acho graça a Amy Pohler, principalmente no que ela faz no cinema, onde acho sempre que utiliza um humor forçado, sem capacidade para humor fisico, e que torna tudo absurdo, e é pena que neste filme temos mais o estilo Pohler do que Ferrel.
Mas para alem deste problema o filme tem outros, um deles o facto de em termos de argumento nunca ter graça, ou seja os dialogos, personagens e mais que isso as situações dificilmente conseguem ser engraçadas, explorando em demasia um humor fisico que não funciona, o filme é esforçado mas nunca tem arte para conseguir provocar gargalhadas no espetador, e isso e o maior defeito que uma comedia por si so pode ter.
Ou seja num momento em que nenhum dos protagonistas tem passado por bons momentos no que ao cinema diz respeito, este é claramente um dos filmes menos funcionais de ambos, sendo que mesmo em conjugaçao a dupla nem sempre funciona. A tudo isto um filme sem qualquer tipo de moratória, que normalmente pauta a maior parte dos filmes, mesmo aqueles com um humor mais arriscado.
A historia fala de uma casal tipico norte americano, que depois de ver a bolsa universitaria cancelada pela camara municipal, arranja um plano para conseguir as verbas necessarias que passa pela criaçao de um casino de apostas ilegais com a ajuda de um amigo de familia.~
E no argumento que residem quase todos os problemas do filme, desde logo porque as personagens e as situaçoes, ao explorarem em demasia o humor fisico, desatualizado, acabam por nunca funcionar. Sendo um filme sem grandes valores morais, ou com uma intriga muito elaborada, tudo acaba por não funcionar no que diz respeito a forma como a historia funciona na sua globalidade.
Na realizaçao Jay Cohen um argumentista de filmes comicos de algum sucesso, sabe fazer uma realizaçao simples com a camara ao serviço da graça, pena é que o argumento não consiga obter os lucros de algumas jogadas tipicas de camera que o filme utiliza. Talvez fique para a proxima uma aventura mais certeira de Cohen na realizaçao.
No cast Pohler e Ferrel são dois habitues do cinema de comedia, com estilos algo diferentes, o filme tenta encaixar em ambos os registos não potenciando nenhum dos dois. Eu particularmente gosto mais de Ferrel, que acaba por ter os melhores momentos comicos do filme, ainda que forma isolada. No restante parece-me obvio que nao se percebe o Jenner faz no filme.

O melhor - Alguns momentos isolados do  humor Ferrel.

O pior - O humor na globalidade do filme nunca funcionar.

Avaliação - D+

Saturday, September 16, 2017

Detroit

Mark Boal e Katherine Bigolow é uma dupla de sucesso, com dois filmes e duas lutas pelos oscares, este terceiro filme surpreendeu principalmente pela data do seu lançamento, em pleno Agosto, e com pouca envolvência. Os resultados do filme acabaram por ser positivos, se criticamente o filme foi ligeiramente menos expansivo em termos de consenso critico, em termos comerciais os resultados acabaram por ser consistentes, para um filme sem grandes estrelas.
Sobre o filme, se existe uma caracteristica que os filmes desta dupla sempre tem, é uma capacidade de tocar em diversos pontos  de uma problemática real, com analise realista, e com diferentes pontos de vista, torna os filmes da dupla, obras consistentes e mais que isso filmes de primeira linha que acabam por explorar com qualidade os temas que assumem. Este filme e mais um filme que encaixa bem na trajetoria da dupla. Se por um lado me parece que em termos de originalidade do guião Hurt Locker seja o mais diferenciado, novamente temos um filme adulto, forte do ponto de vista emocional, e mais que isso que detalha um problema que nos utlimos tempos voltou a surgir nos EUA.
A forma como Bigelow nunca necessita de grandes truques de camera, não necessita de uma abordagem diferenciadora para fazer os seus filmes resultares, fazem com que os seus filmes sejam quase sempre aperciados pela generalidade das pessoas, mesmo que neste filme ao contrario dos anteriores a guerra seja urbana e de raças.
Por tudo isto Detroit parece-me um daqueles filmes que todos vamos gostar, mesmo sem ser uma obra prima, tem a capacidade de tocar num tema, debruçar ao maximo, mas mais que isso não cair no facilitismo de extremar as personagens, tem a preocupação de dar os diferentes lados, de mesmo tendo uma posição assumida, não se tornar fundamentalista, e isso separa os bons filmes dos outros.
A historia conta a intervençao policial num motel, em pleno conflito racial nos EUA na altura da guerra do vietnam. O que parecia uma brincadeira acaba por perder o controlo e tornar-se numa das situaçoes mais tragicas da atuaçao policial nos EUA.
O argumento de Boal e muito coerente na forma como torna as personagens reais, com as suas indecisões, com as suas posições, nao caindo no extremismo ideologico que muitos filmes deste genero acabam por cair. E nisso o filme ganha pois torna-se intenso e emocionalmente forte, e isso deve-se a um excelente argumento.
No que diz respeito a realizaçao Bigelow mesmo sendo uma realizadora interventiva, de campo, não e propriamente uma realizadora normalmente muito vistosa, com muitos truques de camara. Aqui parece-me que o filme segue o estilo da realizadora ao entrar em pleno palco de guerra e na boa conjugação das imagens reais com o filme. Bigelow sabe fazer um bom filme.
No cast, um filme sem grandes figuras de primeira linha, acaba por ter em Poulter uma das interpretaçoes mais intensas do ano, de um jovem actor com muita qualidade que ja comprovou funcionar em diversos generos o que faz o actor ser uma pessoa a seguir nos proximos momentos. Podera ser uma interpretaçao de destaque na temporada de premios. No resto um cast consistente mas sem grande sublinhado.

O melhor - A capacidade do filme refletir sobre o que conta

O pior - Ao contar uma historia real, tem alguma dificuldade de ir para alem do esperado

Avaliação - B

Vengeance: A Love Story

Desde que foram conhecidos os seus problemas financeiros que Nicholas Cage acabou por se dedicar quase em exclusivo a filmes serie B, diretamente para canais por cabo americano, com pouco orçamento onde surgem alguns penteados e caracterizaçoes ridiculas nos diversos filmes. Em termos de resultados tudo e sempre demasiado igual, completamente agredido pela critica e sem qualquer tipo de dimensao comercial, ja que os filmes vao diretamente para televisao.
Sobre o filme podemos dizer que mesmo no pior dos pesadelos, mesmo tendo em conta que se trata de um filme serie B de baixo orçamento, este filme acaba por ser um autentico desastre e muito pior do que todas as expetativas por muito que estas sejam totalmente pessimistas. O filme nao tem historia, não tem sentido, tem momentos em que o argumento parece cortado, ou seja da saltos sem percebermos muito bem o que se passou. Mas mais que isso o filme acaba por nunca ter qualquer sentido, qualquer fundamento, não tem uma unica situação em que o filme consegue ter um dialogo com algum tipo de fundamente e com consequencia seguinte.
Mas o grande desastre acaba mesmo por ser a personagem central, não conseguimos em momento algum perceber de onde vem, para onde vai, ou qualquer tipo de reação daquela personagem, parece sempre que Nicholas Cage apenas sabe colocar uma unica cara, não existindo qualquer expressão, e qualquer sentido para uma personagem que acaba por ser central em todo o filme.
Por tudo isto parece-me que se trata dos piores filmes que alguma vez foi lançado, mesmo para o parametro Cage. Chego a pensar que em termos de filmes se todos os erros do filme são propositados, mas cada vez mais os filmes de Cage acabam por nunca funcionar em momento algum.
Sobre o filme temos a historia de um policia viuvo que acaba por tentar vingar uma violação que uma mãe acaba por sofrer em frente da propria filha.
Em termos de argumento o filme e totalmente um desastre, não tem personagens, não tem sentido, não tem congruencias, tem lapsos na historia, e mais que isso acaba por ter alguns pontos que tornam todo o filme um autentico desastre a todos os niveis.
Em termos de realizaçao, Martin acaba por ter um autentico desastre em todas as situações, claro que nao tem sorte com os protagonistas, mas mais que isso tirando o facto de escolher o paraiso das Niagara Falls tudo e um autentico desastre.
Em termos de cast, Cage esta no pior momento da sua carreira, e isso e para um nivel nunca visto num actor que ja ganhou um oscar, não tem uma expressão, não tem um momento de interpretação e por isso o filme perde bastante com isso. Don Johnsson vem ainda ajudar no festival de mas interpretações.

O melhor - NIagara Falls

O pior - A forma como o filme chega a ser triste pela falta de qualquer tipo de sentido ou coerencia

Avaliação - F

Friday, September 15, 2017

Filmes da Decada

Através de um estudo por diversos sites da especialidade com votos de criticos e users, reusltou a lista com os cem melhor filmes entre 2006 e 2016, a primeira decada deste blog. Sublinho que esta não é a minha opinião (que mais tarde aqui colocarei) mas sim, de uma analise dos sites da especialidade. Surgem mais que cem filmes já que os ultimos empataram. O sistema de pontuaçao é de um a duzentos.

1 – Pan’s Labyrinth – 180
2 – Boyhood – 179
3 – Wall-E – 178
4 – 12 Years Slave – 177
5 – Ratatouille – 176
5 – Toy Story 3 – 176
5 – Inside Out – 176
8 – Mancheste By the Sea – 175
8 – La la Land – 175
10 – Live of Other – 174
10 – Gravity – 174
10 – Spotlight – 174
10 – Moonlight – 174
14 – There Will Be Blood – 173
14 – Social Network – 173
14 – Amour – 173
14 – Before Midnight – 173
18 – No Country for Old Men – 172
18 – The Divine Bell and Butterfly – 172
18 – Dark Knight – 172
18 – Whiplash – 172
22 – The Departed – 171
22 – Up  - 171
22 – Mad Max Fury Road – 171
24 – Hurt Locker – 170
24 – Her – 170
26 – Artisti – 169
26 – Zero Dark Thirty – 169
26 – Grand Budapest Hotel – 169
29 – Letter From Iwo Jima – 168
29 – Harry Potter Half Blood Prince Part 2 – 168
29 – Room – 168
29 – Toni Erdman – 168
33 – Inside Llewyn Davies – 167
33 – Once – 167
33 – King’s Speech – 167
36 – United 93 – 166
36 – Bourne Ultimatum – 166
36 – Slumdog Millionaire – 166
39 – The Queen -  165
39 – 45 Years – 165
39 – The Handmaiden – 165
42 – Dallas Buyer Club – 164
42 – Selma – 164
42 – Brokeback Mountain – 164
42 – Hell or High Water – 164
42 – Salesman – 164
42 – Paterson – 164
48 – Moneyball  - 163
48 – Dark Knight Rises – 163
48 – American Hustle – 163
48 – Nebraska – 163
48 – Two Days One Night – 163
48 – Children of Men – 163
48 – Atonement – 163
48 – Star Trek – 163
56 – Moonrise Kingdom – 162
56 – Short Term 12 – 162
56 – Brooklyn – 162
56 – Capote – 162
56 – Borat – 162
56 – Avatar – 162
56 – Inception – 162
56 – Winter’s Bone – 162
56 – Star Wars Force Awakens  - 162
65 – Captain Phillips – 161
65 – Lego Movie – 161
65 – District 9 – 161
65 – Fantastic Mr Fox – 161
65 – Kubo and Two Strings – 161
65 – Elle – 161
65 – Arrival – 161
72 – Lincoln – 160
72 – Django Unchained – 160
72 – Fruitvale Station  - 160
72 – Blue is Warmest Color – 160
72 – Gone Girl – 160
72 – Interstellar – 160
72 – Birdman – 160
72 – Mr Turner – 160
72 – The Martian – 160
72 – Pride and Prejudice – 160
72 – Volver – 160
72 – Casino Royale – 160
72 – Hot Fuzz – 160
72 – Milk – 160
72 – The Wrestler – 160
72 – The White Ribbon – 160
72 – Anomalisa – 160
89 – The Big Short – 159
89 – Black Swan – 159
89 – Take Shelter – 159
89 – Hugo – 159
89 – Looper – 159
89 – Skyfall – 159
89 – Beasts of Southern Wild – 159
89 – Life of Pi – 159
89 – Little Miss Sunshine – 159
89 – Eastern Promises – 159
89 – Sing Street – 159
100 – Sicario – 158
100 – Creed – 158
100 – Zootopia – 158
100 – The Fighter – 158
100 – 127 Hours – 158
100 – Midnight in Paris – 158
100 – Iron Man – 158
100 – An Education – 158
100 – Up in the Air – 158
100 – Secret of Kells – 158
100 – Oldboy – 158

100 – Half Nelson – 158

Thursday, September 14, 2017

47 Meters Down

Pode um filme de baixo orçamento pensado para lançamento em DVD e aluguer de repente surgir numa estreia Wide, e como uma posta de uma distribuidora de uma linha intermedia. E resposta é positiva já que este foi o caso completo deste pequeno filme, que quem sabe aproveitando o facto da Mandy Moore ter ganho protagonismo com This is Us, acabou dar alguma força comercial a este pequeno filme. Os resultados criticos do filme foram medianos, e comercialmente tendo em conta que se trata de um projeto inicialmente pensado para aluguer, os resultados foram bem consistentes.
Sobre o filme, normalmente estes filmes pequenos, tem como principal objetivo nos dar a sensação de claustrofobia, numa unica situação, ou seja não são filmes preocupados em ter qualquer tipo de coerencia em termos de argumento ou muita preocupação em caracterizar a balizar personagens. Este filme desiste facilmente de tudo isso, para rapidamente nos colocar as personagens no fundo do oceano, e numa tentativa de luta desesperada pela sobrevivencia. E isso acaba por ser uma boa opção do filme.
O problema do filme é que recentemente e com contornos algo diferentes mas de uma forma mais artistica existiram filmes algo parecidos, como por exemplo Shallows o ano passado. Aqui temos um filme abordado de uma forma mais minimalista, claramente pensado para televisao, tendo em vista a forma simples com que o filme acaba por nunca arriscar em planos ou em grandes abordagens criativas do filme, que limita quase sempre a uma abordagem direta do seu objetivo central.
O que nos parece faltar no filme é alguma dimensão cenica, no fundo do mal, o filme adopta uma abordagem algo minimalista dos perigos e daquilo que confronta as personagens e nisso é obvio que se trata de um filme de baixo orçamento que acaba por a determinada altura perceber que vai ter uma dimensão bem superior ao esperado.
A historia fala de duas irmãs em ferias, uma delas com a vida particularmente conturbada, que decidem apos conhecer uns individuos praticar um mergulho em jaula. COntudo tudo acaba por correr pelo pior e acabam por ficar no fundo do mar, à procura de ajuda.
Em termos de argumento na maior parte do tempo o filme acaba por ser basico, o essencial, sem grande preocupação em caracterizar ou trabalhar as personagens bem como a potenciar dialogos. Rapidamente temos as personagens numa luta contra o mar. O filme no final é original, embora nos pareça que poderia concluir-se da melhor maneira.
Na realização Roberts era um autentico desconhecido em filmes semelhantes, ou seja Thrillers de horror, e que estranhamento integra o proprio nome do filme, como se de uma figura de proa se tratasse. Com os meios que o filme tem consegue criar algum impacto sensorial, mas pouco quando comparado com outros filmes de genero.
Em termos de cast, o filme é totalmente desempenhado pelas suas duas protagonistas, por um lado Mandy Moore, num bom momento de forma depois do sucesso de This is Us, e Claire Holt, mais relacionada com a televisão, que aqui acaba por ter também um papel simples, dando mais destaque à sua companheira de cast.

O melhor - O pseudo twist final

O pior - Em termos de dimensão estetica o filme é algo curto

Avaliação - C+

Wednesday, September 13, 2017

Rememory

Os thrillers psicologicos, que de alguma forma unem a inovação tecnologica ao desenvolvimento da mente humana, resultam sempre em filmes comples, mas muitos dos quais em filmes intensos e inteligentes, que necessitam contudo de uma mestria na forma de juntar peças. Este filme de pequena dimensão tinha obviamente essa ambiçao, mas em termos criticos as coisas não correram da melhor maneira, com avaliações algo medianas. Comercialmente ao tratar-se de um filme sem figuras de primeira linha teve algumas dificuldades de distribuição, pese embora a estreia em Sundance, pelo que os resultados comerciais do filme acabaram por ser curtos.
Sobre o filme, eu penso que a forma como o filme tenta ser policial, recriando as vivencias da memoria, acaba por ser uma ideia simples, mas que poderia funcionarm em termos de intensidade e como forma de um filme de suspense. E nisso o filme consegue, na forma como tenta guardar a revelação para o final. COntudo o filme tem algumas dificuldades principalmente na forma como arquiteta a intriga. Aqui parece que o excesso de personagens e principalmente no tempo demasiado curto que demora com cada uma delas, aqui o filme pese embora até consiga ter alguma intensidade parece nem sempre conseguir construir da mesma forma cada ramo da sua duração.
Ou seja mesmo trantando-se de um filme que nos parece ter boas ideias, não me parece que o filme consiga potenciar ao maximo aquilo que realmente o filme poderia ter. Principalmente na motangem, onde penso que o filme exagera e muitas vezes sem grande motivaçao nos flashbacks, mas tambem na forma como o filme acaba por ser algo previsivel de acordo como insiste no recuo ao inicio do filme.
Mas não se pode colocar de lado a forma como o filme aborda a questão cientifica de recordar memorias, na importancia da mesma, e principalmente na riqueza moral de um final bem pensado e com um significado meritório a todos os niveis. Pena e que como alguns dos pequenos filmes que vao surgindo em termos de ritmo o filme acabe por se deixar adormecer.
A historia fala de um individuo que acaba por visualizar um cientista a ser morto, tentando perceber a razão da sua morte, interagindo com as diferentes personagens que interagiram com o mesmo, enquanto tenta aceder as memorias de todos eles.
Em termos de argumento, e uma historia ambiciosa, e complicada. Mesmo que seja claro que o filme tem na sua base ideias interessantes, nem sempre principalmente no equilibrio entre historias paralelas, e no dominio do ritmo o filme consegue manter um bom nivel, e isso acaba por se refletir no resultado final
Na realizaçao do filme Mark Palanski parece-me um realizador com alguma experiencia mas a quem ainda falta um grande filme, sendo que a sua maior parte da carreira foi como auxiliar em filmes de produçoes maiores. Nota-se cuidado na produçao estetica mas parece que o filme acaba por arriscar pouco principalmente na formula principal.
No cast, Dinklage ganhou reconhecimento na televisao de um actor muito consistente em termos de cinema, mesmo que por vezes seja usado devido a sua fisionomia em comedias de pouca qualidade. Aqui não sendo brilhante é seguro e domina o filme de uma forma natural.

O melhor - A ambiçao de colocar no cinema uma ideia pouco simples

O pior - Nem sempre o filme consegue ser equilibrado em termos de ritmo

Avaliação - C

Monday, September 11, 2017

Maudie

Os biopics de músicos, actores e outros artistas é sempre um territorio abrangente no cinema, sendo utilizado por diferentes produtoras de diversas dimensões. Em 2016 surgiu um pequeno filme sobre uma estranha e particular pintora Maud Lewis, que fruto da sua condição fisica aliada a simplicidade dos seus desenhos acabou por se tornar numa famosa e simples pintora. Este filme de traços claramente independentes foi apresentado em alguns festivais com boas avaliações, acabando por amealhar alguns premios principalmente em premios no Canada, quer em 2016, bem como já no presente ano. Comercialmente para um filme de pequena dimensão conseguiu  resultados interessantes tendo em conta que se trata de um filme com pouca expansão em termos de número de cinemas em que estreou.
Sobre o filme existe historias que pela sua complexidade se tornam extraordinarias, e está é uma das que merece ser contada. Principalmente porque o sucesso neste caso surgiu de uma pessoa simples, com problemas fisicos e cognitivos cuja sua capacidade conseguiu suplantar de forma que mesmo depois da sua morte surja um filme sobre não só os seus feitos mas sobre a simplicidade da sua vida, e mais que isso da sua peculiar relação de amor.
E parece-me ser aqui que reside o grande coraçao do filme, não demonstrando uma relação de frases feitas, mas uma relação construida nas limitações, nos silencios e nas necessidades de ambos. Muitos podem dizer que é uma relação brusca e de inferioridade de espirito, mas é obvio que ao longo do filme temos um filme que trabalha nas necessidades e na forma como essas são ultrapassadas com a presença e a companhia, numa relação que como todo o filme vai evoluindo com toda a sua duraçao.
Assim surge um filme que por vezes adopta um ritmo lento, mas com uma preocupação em detalhes, quer na forma como as pinturas vão crescendo na casa, na forma como dedica cada pequena parte às diferentes relações de Maud, a forma como nos vai dando a sua debilidade com simplicidade num filme que tenta ser o mais simples possivel, e resulta porque acima de tudo esta é uma das vidas que merecia ser contada.
A historia fala-nos sobre Maud Lewis, uma mulher com problems fisicos e de socialização cuja unica paixão é pintar algumas das suas memórias de uma forma rudimentar. Sendo que apos apostar na relação com um particular individuo acaba por com a ajuda de uma mulher construir uma carreira de reconhecimento no mundo da pintura.
Em termos de argumento é daqueles filmes que com a simplicidade de processos consegue transmitir emoção, e relatar as diferentes vivencias das personagens. Nem sempre com um ritmo elevado, muito por culpa do insistir em silencios com significado, mas um filme sempre competente.
Na realização o trabalho está a cargo de Aisling Walsh uma realizadora irlandesa sem filmes de primeira linha, que aqui acaba por optar pela simplicidade das personagens em contextos. Num filme como este penso que poderia existir mais risco numa ligação mais acentuada entre a arte da personagem e a estetica do filme.
No que diz respeito ao cast, Maudie tem duas das melhores pretações do ano, a composição de Sally Hawkings é absolutamente brilhante a todos os niveis, fisicos e interpretaticos, e mesmo Hawke como o tipico individuo rude, tem uma composição de primeira linha, principalmente num actor que habitualmente nos transmite outros tipos de composiçoes.

O melhor  - O cast

O pior - O filme poderia ser mais arriscado em termos esteticos

Avaliação - B

Sunday, September 10, 2017

Transformers The Last Knight

Depois de quatro filmes que não só marcaram o aumento das capacidades tecnicas dos blockbusters de hollywood mas acima de tudo foram colecionado milhoes em bilheteira, surgiu aqui o quinto capitulo do megalomano Transformers. COm o mesmo realizador ao longo dos cinco filme e em claro declinio critico, este foi sem sombra de duvidas o mais mal recebido com criticas muito duras para um filme tão caro, e para uma produçao tao gigantes. Talvez por isso e acima de tudo pelos anteriores estarem longe de ser grandes filmes os resultados deste filme abrandaram, o que podera colocar em causa o seguimento do franchising pelo menos a este ritmo.
Sobre o franchising em confesso que gostei do estilo descontraido e introdutorio do primeiro filme, sendo que o restante e um festival interminavel e usualmente longo de efeitos especiais sem argumento ou historia que sirva de cola à intriga que estamos a ver. Na essencia o filme tras sempre o mesmo, um grupo de transformers com uma ambição maligna e a ajuda que os humanos recebem dos já conhecidos transformers positivos, os verdadeiros herois do filme, com o exercito a meio termo. Isto foi a base de todos os filmes apenas alterando onde iamos na historia, aqui vamos até ao tempo do Rei Artur.
Em termos de argumento este segundo filme é um vazio total, a introduçao de novas personagens não acrescenta nada ao filme, sendo previsivel tudo e os objetivos da sua inclusão desde o momento em que o filme se inicia. Mas não se fica por aqui, para mais de duas horas de filme exige-se uma narrativa no minimo complexa, não o limite minimo de qualquer filme de ação, algo que ja predura à quatro filmes.
Mas o problema deste conjunto de filmes de pessima qualidade que Transformers deu a luz, mais que a produtora foi do publico que com a excepção deste filme sempre aceitaram os efeitos e o vazio dos mesmos, acabando por o filme ser um bom espetaculo visual, mas aborrecido pela forma como o mesmo era transmitido de forma isolada. E este não e pior que os restantes, mantem o mesmo nivel, mas a paciencia para o mesmo chegou ao fim na maior parte das pessoas.
A historia vai à base e à ligação da estadia ou interesse dos Transformers no nosso planeta, concretamente à altura do Rei Artur, sendo que os defensores deste contacto terão de ajudar os amigos de forma a que a terra consiga viver em harmonia com as duas especies.
E dificil analisar um guião tão pobre para uma duraçao tão longa. EU não consigo diferenciar o que aqui assisti com aquilo que já foi exibido em filmes anteriores da saga. As personagens que entram de novo são completamente vagas e apenas servem para um lado mais emotivo no caso da mais pequena e um interesse amoroso. Tudo e completamente previsivel e mais que isso vazio.
Michael Bay ficara na historia com um dos realizadores que mais meios teve ao seu serviço e que narrativamente nunca conseguiu fazer um filme diferenciador, ou aceite pela critica. Aqui mais do mesmo, os slow motions, o exagero, tudo que rapidamente deixamos de gostar num filme quando não vem acompanhado por mais nada.
Ao longo da saga o filme foi perdendo alguma das suas figuras, substituindo outras. Mark Whalberg um actor de maior dimensao do que Shia Labeuf acabou por entrar na pior fase do franchising muito por culpa de uma personagem que é um autentico cliche. Aqui o pouco interesse da mesma continua, e a inserção de Hopkins tras o que normalmente os actores maiores dao em filmes de açao, experiencia e pouco mais.

O melhor - Os efeitos continuam a ser de ponta.

O Pior - Narrativamente este franchising deve ser o maior desaproveitamente de tempo que hollywood ja assistiu

Avaliação - D+

Pirates of Caribbean: Dead Men Tell no Tales

Depois de uma primeira triologia de grande sucesso, e depois de em 2011 ter regressado com uma especie de reboot, eis que seis anos depois Johnny Depp regressou ao seu Jack Sparrow, numa tentativa de revitalizar o franchising agora com a descendencia dos papeis originais. Este novo resgate de uma das sagas mais rentaveis dos ultimos tempos, recebeu algumas das piores criticas da saga, mas isso nao impediu de principalmente em todo o mundo os resultados comerciais do filme voltarem a ser brilhantes promentendo assim um regresso.
Sobre o filme eu confesso que acho o primeiro capitulo um dos melhores blockbusters dos ultimos tempos, pelo ritmo, pelo sentido de humor e principalmente pela construçao de Depp. Depois foi sempre caindo por ter um estilo repetitivo e nunca conseguir ir para alem da continua repetiçao de ideias. E aqui temos mais do mesmo, ou seja mesmo com as novas personagens temos tudo igual, ou seja a personagem Sparrow torna-se ao quinto filme repetitiva, em termos de novas personagens estas apenas sao imitaçoes daquilo que ja vimos nos filmes anteriores com actores diferentes e pouco de diferente temos.
Certo é que em termos de animaçao no balanço descontraido entre sequencias de açao e mais que isso comedia o filme no seu tom ligeiro ate pode funcionar como filme juvenil, ainda a mais que em termos de produçao e de efeitos especiais torna-se um filme arrojado e de bom nivel, o que acaba por tornar este produto obvio, de consumo rapido, mas o facto de não tentar ir muito alem tambem acaba por não o tornar um desastre mas sim um filme de satisfação imediata.
O grande senao do filme reside no facto de ter iniciado com um brilhante filme e nunca ter conseguido se aproximar do primeiro filme, o balanço entre os lados das personagens torna tudo demasiado confuso, principalmente porque todas as mudanças sao repentinas. Parece-me obvio tambem que neste caso e devido ao facto de incluir novas personagens poderia correr mais risco e apresentar algo marcante ou com mais dimensao.
O filme segue as aventuras de Jack Sparrou agora na companhia do filho de Will Turner, e de uma jovem bruxa, que vao tentar contrapor os planos de um pirata fantasma e a sua equipa que vao tentar extreminar todos os piratas ainda no ativo.
Em termos de argumento temos algo muito parecido do que vimos nos filmes anteriores, pouco risco, pouca novidade, onde as novas personagens seguem ou colam-se demasiado ao seus antecessores. Mesmo assim um bom balanço entre humor e açao que sao a marca de agua desta sagam
Na realizaçao depois da primeira triologia estar a cargo de Verbeski na sua fase mais comercial e o quarto do tarefeiro Rob Marshall, neste filme temos ao leme a dupla nordica  Sandberg e  Ronning realizadores ainda novatos no cinema de grande produçao, que aqui de uma forma simples dao o protagonismo aos valores dos efeitos especiais sem qualquer risco ou componente artistica. Pelo menos como tarefeiros as coisas nao correram mal.
No cast, se na maioria das pessoas que englobam o filme temos apenas a replicaçao de trabalhos ja feitos, na inovaçao parece obvio que Twhaites e Scodelario tentam dar uma roupagem mais moderna aquilo que Bloom e Kneigtley tinham feito no primeiro filme, mas no caso dele com um resultado menos interessante. Para vilao Bardem garante sempre competencia, principalmente porque é na sua personagem que reside os grandes efeitos especiais.

O melhor - Os efeitos especiais


O pior - A incapacidade de filme para filme nao existir algo de subinhar para a saga

Avaliação - C+

Saturday, September 09, 2017

Logan Lucky

ALguns anuncios de hollywood mais não são do que simples manobras de markting, como e exemplo o anuncio de reforma de Sodenbergh, que demorou quatro anos a desaparecer, pelo menos na 7 arte apos ter aceite o repto de alguns dos seus colaboradores, para voltar ainda para mais ao mundo dos roubos. O resultado deste Logan Lucky foi extremamente positivo em termos criticos, algo que é comum principalmente como forma de carinho para um realizador que regressa. COmercialmente Sodenbergh salvo raras exceçoes nunca foi uma primeira linha e aqui os resultados foram modestos tendo em conta o cast reunido.
Sobre o filme eu confesso que nunca fui um adepto de primeira linha de Ocean's Eleven porque penso que tudo corre sempre demasiado bem. E aqui em dois terços do filme temos o mesmo problema, mesmo que desde logo percebemos que o filme tem um estilo independente, rebelde que tinha contexto para um humor mais trabalhado, mas que nunca tem esse objetivo, pese embora um ou outro momento de curiosidade delicioso como a negociação na prisão pela libertação de refens.
COntudo no final o filme vai mais alem do que um plano mais simplista, a forma como o filme cresce nos minutos finais de forma a surpreender o espetador e algo que Soderbergh ja tinha feito em Side Efects, e que aqui volta a fazer, e percebemos perfeitamente que o filme numa segunda parte ganha mais intensidade e cresce até a um final no melhor. Por isso mesmo sendo um filme que poderia arriscar ainda mais na irreverencia de algumas personagens ou na intervençao das mesmas acaba por ser diferente, interessante, com originalidade, mesmo que durante uma grande parte seja algo descritivo.
Ou seja quando vamos ver este filme temos de ir preparados para ver um Oceans Eleven saloio, mas ao mesmo tempo um filme que no final vai ligeiramente mais longe. Aqui penso que o plano final poderia e deveria ser mais trabalhado para levar o filme para um nivel ainda maior, mas confesso que me parece que isto nao seria facil de fazer.
A historia fala de um grupo de irmãos marcado pelo infortunio que planeia assaltar o cofre de uma cidade de corridas, tento para isso a ajuda de outra familia, tentando planear o golpe perfeito.
Em termos de argumento na primeira hora, temos um plano exagera, com muitas nuances que vai sendo descrito com pouco realismo, mas com momentos paralelos curiosos. No final e apos a descriçao o filme cresce, torna-se surpreendente para o interessante final. mesmo assim fica a ideia que poderia ainda ir mais longe.
Soderbergh e um realizador com uma carreira de altos e baixos, aqui tem um trabalho simples, sem grande risco ou preocupaçao criativa, tentando sim dar um bom ritmo ao filme, e com os paralelismos que tanto marcam o seu estilo. nao sei se o filme e suficientemente grande para marcar o seu regresso.
Em termos de cast nao e um filme de grandes exigencias para a maioria dos protagonistas. O maior destaque vai para Craig, não pela dificuldade do seu trabalho, ja que o mesmo e de todo potenciado pela caracterizaçao, mas pelo facto de se distanciar da maior parte das coisas que fez até aqui. De todos parece-me obvio que o que acaba por ter o papel mais interessante e Adam Driver, demonstrando o bom momento pelo que passa.

O melhor - A ultima meia hora

O pior - No plano do roubo tudo correr como planeado


Avaliação - B

Captain Underpants

O cinema de animação nos ultimos tempos parece estar a perder alguma qualidade em termos de argumento, em termos daquilo que transmite, sendo usualmente mais feliz em franchisings consecutivos do que propriamente na criaçao de novos conceitos. A Dreamworks arriscou este ano com este rebelde projeto que conseguiu trinufar na critica, algo que nem sempre e comum com os filmes da produtora, mesmo que comercialmente tenha-se tornado num filme com resultados algo pobres para os objetivos de um estudio como este.
SObre o filme eu confesso que nos ultimos tempos, talvez desde Zootopia não tenho encontrado novos projetos de animaçao com algo de novo. Este filme tem pelo menos na sua rebeldia, e num estilo de humor diferente e mais adulto uma roupagem diferente daquilo que estamos habituados e nisso temos de sublinhar o estilo do filme, que para alem deste aspeto valoriza dois pontos positivos em termos de argumento o valorizar a criatividade dos menores e a amizade
Mas embora sejam notorios estes valores, o filme tem um grande problema e tão movimentado e as personagen sao tao eletricas que acabam por rapidamente esgotar o humor e serem acima de tudo irritantes, principalmente no que diz respeito ao protagonista que da o nome ao filme. Nisso parece que o filme tem muita dificuldade em equilibrar ritmos e nao ser repetitivo o que acaba por facilmente cansar o espetador.
Ou seja mais um filme que nos parece que nao ficara na historia da animaçao, num ano dificil para o genero. Mesmo em termos do argumento em si embora toque em temas relevantes e positivos o filme nunca se leva a serio nem nestes elementos preferindo um ou outro ponto mais comico.
A historia fala de dois amigos mal comportamentos que se juntam para criar personagens que descobrem uma forma de controlar o diretor da escola que os quer separar e tentar fazer com que este encarnando a personagem do capitao cuecas tente contrariar os planos de um vilao com interesses muito proprios.
EM termos de argumento o filme vale muito mais nos seus principios do que propriamente na forma como os trabalha. E indiscutivel que um filme que valorize a criatividade e amizade acima de tudo, tem bons principios mesmo que na pratica seja um filme demasiado barulhento e repetitivo.
Em termos de produçao mesmo na abordagem temos alguma criatividade e alguma diferença em alguns momentos, e nisso o filme diferencia-se de alguns filmes mais automaticos, mas nem sempre isso funciona principalmente no design dos bonecos e no risco de momentos marcantes.
No cast de vozes um grande trunfo Heart encaixa perfeitamente na sua personagem, embora seja mais velho e pauta muito do estilo de humor do filme. Contudo com uma escolha tao forte acaba por centrar demais a atençao em si, nao deixando muito espaço para os outros.

O melhor - A forma como valoriza a criatividade de menores.

O pior - O excesso de movimento que torna tudo demasiado irritante e repetitivo

Avaliação - C+

Friday, September 08, 2017

Viceroy's House

Com um cinema de Bollywood cada vez com mais força é comum que outros produtos de cinema de origem diversa acabe por tentar tocar um pouco não so na cultura indiana mas mais que isso na sua historia. Este filme acaba por ser isso, tentando-se focar nos ultimos tempos de dominio ingles, e mais que isso na forma como tudo acabou. Este ambicioso filme acabou contudo por ter criticas demasiado diferentes o que acabou por não lhe dar grande força critica. Comercialmente sendo uma produçao inglesa e indiana, sem figuras de uma primeira linha de hollywood acabou também por ter resultados quase irrelevantes.
Sobre o filme devemos acima de tudo dividir o mesmo em dois pontos, do lado romantico do filme, parece-nos um filme simples, sem grande complexidade, uma historia que facilmente poderia sair de um filme de classe baixa de bollywood. Contudo no epicentro quer da relação quer do filme surge um conflito historico que dota o filme de uma dimensao que inicialmente parece não ter, que é a formação da India e do Paquistão pela divisão religiosa e pelo conflito e negociação ocorrida nos ultimos tempos de dominio ingles. Aqui o filme consegue para além de objetividade na analise historica consegue encaixar bem este ponto num drama romantico mais simples de personagens de um filme de domingo a tarde.
Assim o filme acaba por com uma simplicidade que nem sempre é facil num filme historico tratar o assunto com a seriedade e profundeza qb que ele merece, sem nunca perder a vertente entertenimento que acaba por prender o espetador. mesmo que durante alguns periodos, principalmente na fase inicial o filme tenha alguns problemas na gestão de ritmo, acaba por no final ter um resultado competente.
Em termos produtivos o filme não sendo uma produçao cara, consegue aproveitar espaços e construçoes, para ser interessante do ponto de vista estetico. Em determinados momentos é facil perceber que não é um filme de interpretes de primeira linha mas isso de uma forma geral nunca condiciona o resultado final do filme.
A historia fala de um casal indiano de religiões diferentes que serve o ultimo vice governador da india ao serviço da coroa britanica, que acaba por sofres as fraturas provocadas pela independencia e fraçao daquele pais, por decisoes mais que politicas.
Em termos de argumento parece-nos sempre um filme mais responsável e competente do que brilhante e original. Bem equilibrado na forma como concilia vertentes diferentes da historia, ou seja o lado ficional da relação amorosa com os dados historicos que a contextualizam. Por vezes parece exagerar no lado positivo das personagens que escolhe.
No que diz respeito a realização Gurinder Chadha ganha mais relevância neste filme por ser neta de uma das pessoas marcadas pelo aspeto historico detalhado pelo filme. Em termos de carreira sabe perfeitamente utilizar a cultura indiana no filme em todas as virtudes que a mesma pode dar esteticamente para um filme, que se percebe não ser de grande produção.
No cast se em termos do cast ingles o filme optou por figuras conceituadas e marcadamente competentes, mesmo que o filme nunca exija destes grandes trabalhos. No que diz respeito ao cast indiado parece-nos ter existido uma maior preocupação que o casal funcionasse em termos esteticos do que em termos interpretativos, algo que é comum ao cinema daquele pais.

O melhor  - A conjugação de uma historia romantica simples num momento historico complexo

O pior - A forma como nem sempre o cast indiano consegue responder a algumas exigencias  no que diz respeito à interpretação dramatica

Avaliação - B-

Paris Can Wait

Numa familia sempre ligada ao cinema é sempre um evento quando aos oitenta anos, a esposa de Francis Ford Copolla decide também ela realizar um filme, ultrapassando o peso da sua veterania e mais que isso a de ser companheira de longa data de um dos melhores realizadores de todos os tempos. Pois bem nesta sua estreia e quem sabe unico filme os resultados foram criticamente moderados com avaliações medias, contudo comercialmente e para um filme passado em França e com uma distribuição moderada os resultados acabaram por ser positivos.
Sobre o filme, eu confesso que normalmente gosto de filmes casuisticos sobre viagens que servem ao mesmo tempo para conhecermos um pouco das personagens, o contexto cultural onde se movimentam e dialogos circunstanciais e mais que isso paisagens de primeira linha. Todo este estilo tem no primeiro Before Sunrise o seu ponto alto, e aqui temos claras influencias desse filme, quer pela forma como tenta um dar romantico, quer no estilo de filmar, contudo em muitos outros pontos o filme é em tudo inferior. Desde logo nos dialogos sempre muito objetivos e sem aquela subtileza de conhecermos as personagens pela sua forma de exprimir opiniões. Em segundo lugar parece-me obvio que se trata de um filme que lança algumas pontas soltas que depois não as conclui ou fá-lo de uma forma tão rapida que acaba por nao ser claro.
Mas mesmo assim temos um filme interessante de fácil visualização que vale sempre mais pela forma como as personagens acabam por ter prazer nos seus degustes alimentares, que acabam por ser um belo cartão de visita à gastronomia francesa. Outros dos aspetos que funciona no filme são os paralelismos culturais no filme, mesmo que introduzidos sem grande preparação dão ao filme uma linhagem interessante e original de uma road trip que acaba por retirar o melhor das paisagens onde passa.
O grande problema do filme acaba por ser na relação central em si, o filme quer demasiado da mesma criando uma intriga com suspense, com pontas desconhecidas e isso acaba por fazer com que a relação nunca seja por um lado forte, e por outro lado não cresça com o filme, porque parece que a determinada altura o filme parece tentar esconder os intuitos de cada um mais do que deixar o filme rolar com facilidade, e ai o filme acaba por perder algum do seu valor principalmente porque muitas das pontas acabam por ficar algo soltas
A historia fala de uma mulher de um famoso produtor musical, que apos ter problemas nos ouvidos aceita fazer o caminho entre Cannes e Paris à boleia de um socio do seu marido, e que acaba por se tonrar uma road trip por tudo que de melhor tem a França.
Em termos de argumento o filme funciona muito melhor nas curiosidades do que propriamente na intriga central, principalmente no que diz respeito a historia de amor central. Todos os apontamentos de locais, debates gastronomicos são deliciosos. Já o relacionamento central e os seus paralelismos parecem-me demasiado complicados para um filme que se queria simples.
A realizaçao deve ser sublinhada mais do que pelo aspeto artistico pela bom gosto dos locais, espaços e forma de nos dar os deguste dos personagens. Um filme que poderia ser um bom cartaz turistico da região sem grande fogo de artificio. Coppola viveu sempre com os melhores e com simplicidade consegue ter aqui um trabalho meritorio.
Poucas actrizes encaixam tao bem num adulta experiente em busca do amor como Diane Lane, mais uma vez um papel muito semelhante a outros que ja efetuou, da eterna enamorada, que aqui novamente cumpre facilmente. Ao seu lado um Arnauld Viard, um frances quase desconhecido do grande publico que funciona muito bem numa personagem que gosta de se fazer notar mais pelo que faz do que pelo que diz. Nao sendo um filme dificil para os espetadores, ambos funcionam bem principalmente na vertente de cumplicidade do filme

O melhor  - Os momentos à mesa

O pior - A forma como o filme quer dar uma intriga amorosa demasiado complexa.

Avaliação - B-