O cinema exclusivamente
afro americano tem nos ultimos anos ganho uma dimensão própria, com
um estilo de filmes ligeiros de diversa ordem mas que ao mesmo tempo
tem conduzido a cada vez um maior numero de filmes com expansão wide
e que alimenta um elevado numero de actores e produtores. Em Setembro
deste ano surgiu uma das maiores apostas desta industria que
evidencia muitas dificuldades criticas com avaliações
essencialmente muito negativas, mas que comercialmente consegue
alguma consistência em face da sua falta de protagonistas de
primeira linha.
De todos os filmes
deste universo cada vez mais presente, penso que em termos de comedia
vamos tendo alguns filmes razoaveis, mas quando entre no drama e no
thriller, mais exigente para os seus intepretes e com outra exigência
de coesão as coisas simplesmente não funcionam, como acontece neste
filme. E porque é que não funcionam, desde logo porque o nivel de
recursos dramaticos dos protagonistas aumenta em grande escala e tudo
soa a demasiado artificial. Por outro lado porque na dificuldade de
ter uma coerencia, tudo acaba por ser um conjunto de cliches
retirados de filmes mais comerciais nunca dando algo de novo.
Aqui o unico aspecto
que realmente não é usualmente abordado em termos de cinema e a
questão da barriga de aluguer, depois temos uma repetição de
filmes sobre obsessão, sem chama, sem intensidade, sem climax e sem
surpresa, tudo decorre a um ritmo de cruzeiro com muitos pontos sem
qualquer tipo de realismo, principalmente no que diz respeito às
deduções para o climax ou mais que isso a algumas opções das
personagens.
Por tudo isto
questinamos quantos filmes semelhantes teremos de observar anualmente
que retratam passagens ou algo já por diversas vezes feito, com o
objetivo unico de apenas alterar a cor das personagens, numa clara
diferenciação de raças que penso que não é saudavel, ou seja
criar uma industria de cinema onde a unica necessidade é o tom de
pele.
Este filme fala de um
casal, que na impossibilidade de conseguir ter um filho contrata uma
barriga de aluguer, que apos ser agredida pelo companheiro, passa a
residir na habitação do casal, até que a mesma cria a obsessão
pelo elemento masculino da diade, sendo o seu objetivo ficar apenas
com este.
No que diz respeito ao
argumento temos uma serie de lugares comuns em todos os elementos,
desde logo na construção basica de personagens superficiais, na
mudança radical na vilã e nunca o filme para um thriller consegue
dar algo de novo, sendo previsivel, e mesmo no básico pouco coerente
Esta industria tem como
tarefeiros os seus criadores, e realizadores com dificuldades numa
industria mais abrangente como é o caso de Jon Cassar, o trabalho
aqui não merece qualquer referência, porque é tão basico e
minimalista que é daqueles filmes cujo nome do realizador
simplesmente não importa.
Mas é no cast que os
problemas ainda se agudizam mais, uma historia comum com bons actores
pode ser observarem, com actores de pessimo nivel, tudo fica mais
dificil. Do trio de interpretes apenas King consegue ser minimante
consistente, com Jaz Sinclair dar-nos uma das construções mais mal
construidas e sem carisma no papel mais vincado do filme.
O melhor – O tema da
barriga de aluguer nem sempre ser comum no cinema
O pior – A falta de
qualidade do filme na maior parte dos seus elementos, numa industria
que não consegue lançar um filme razoavel.
Avaliação - D
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