Se existe desporto que
ao longo da história do cinema resultou em filmes iconicos foi sem
duvida o boxe. Dai que quase todas as referências deste desporto já
tenham tido o seu filme, com maior ou menor sucesso, contudo são
sempre filmes que potenciam, pelas alterações fisionomicas os seus
protagonistas. Este ano, e em plena epoca de premios surgiu este
biopic sobre Vinny Pazienza com o toque de executor produtivo de
Martin Scrocese. Os resultados principalmente criticos pese embora
positivos foram insuficientes para catapultar o filme para a luta
pelos premios. Já do ponto de vista comercial e tendo em conta a
expansao wide conseguida pedia-se melhores resultados.
Sobre o filme, eu
confesso que nos ultimos anos têm sido tantos os filmes ou sobre
boxe, ou biopic de boxeurs que na essencia os filme são demasiado
parecidos e quase nunca conseguem surpreender o espetador na
generalidade, pese embora tenham um ou outro elemento que valorizem o
filme. Aqui é obvio que o espirito de sacrificio do personagem
merece uma justa homenagem num dos maiores regressos da historia do
desporto. De resto tudo igual a muitos outros, a teimosia o volt face
dos combater e a relaçao treinador atleta.
Os poucos elementos que
o filme consegue se diferenciar pela positiva são promenores de
contexto, como o lado mais humoristico da relaçao da irmã e cunhado
do atleta, alguns apontamentos de dialogo solto entre o duo principal
e de resto tudo demasiado by the book, muito centrado em de uma forma
simples nos transmitir uma historia, que acaba por ser competente mas
nunca brilhante.
Ou seja um filme que
quando entramos sabemos o que vamos encontrar, que por vezes demontra
alguma dificuldade em manter em equilibrio os ritmos do filme, uma
primeira parte intensa, e uma segunda mais demorada, principalmente
na parte de recuperação, onde parece sempre ser demasiada
repetitiva e com detelhes que são ultrapassados nem sempre com
clareza, mesmo assim um filme mais eficaz do que brilhante.
A historia fala sobre a
ascenção e determinaçao de Vinny que o leva a ser campeao do mundo
em pesos diferentes e a sua recuperação depois de um terrivel
acidente que quase lhe tira a vida e que o conduz para um prognostico
muito reservado.
Do ponto de vista do
argumento penso que o filme é demasiado acente em regras comuns,
faltando-lhe aqui alguma identidade ou na abordagem ou mesmo na
concretização. Os unicos apontamentos ainda que esporadicos são
alguns dialogos soltos com um humor interessante mas que são fugazes
nas duas horas de filme.
Depois de muitos anos
de distância da realização Ben Younger regressa num registo
diferente do seu ultimo trabalho mais relacionado com a comedia.
Mesmo com o apadrinhamento de Scrocese parece ter medo de arriscar na
abordagem, sendo um filme demasiado convencional o que é incapaz de
o distanciar de outros do mesmo genero.
No cast, já é
conhecida a capacidade de sofrimento e entrega fisica de Teller aos
seus papeis, principalmente depois de Whiplas, aqui temos isso, sem
dúvida, mas ainda lhe falta a capacidade de tirar os elementos
presentes em si e em todos os papeis, para se tornar um actor de
primeira linha. Estes sao detalhes que tornam cada papel diferente e
Teller ainda não tem isto. Melhor Eckhar com um papel bastante
interessante em termos dramaticos, comicos e de disponibilidade
fisica, fica a ideia que com um filme mais reconhecido criticamente
poderia e merecia estar mais presente nas lutas por melhor actor
secundario do ano.
O melhor – Aaron
Eckhart
O pior – O filme não
se conseguir diferenciar de muitos outros do mesmo genero
Avaliação - C+
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