Friday, December 23, 2016

The Light Between the Oceans

Realizado em 2014, este filme apenas foi lançado em 2016, aproveitando a ascensão dos seus protagonistas e mais que isso o romance entre ambos. Depois de uma estreia no festival de Veneza com uma recepção mediana, o filme acabou por conseguir uma longa expansão para o mercado americano que contudo não se traduziu em grandes resultados o que em termos de estrategia comercial penso que pode ter resultado em opções erradas.
Sobre o filme, é normal que um filme australiano, ou de essência australiana tenha contornos algo diferentes dos parametros mais hollywoodescos no que diz respeito a historias de amor ou mesmo na forma como se relatam apontamentos de vida. Este é uma abordagem mais slow, mais estática de uma historia romantica igual a tantas outras que poderia ser tirada de um livro de Nicholas Spark talvez com mais elementos maior explicação do processo, mas na essência temos isso um filme emotivo, de relação entre as pessoas e conflitos internos, que atinge de forma simples os seus objetivos que é provocar emoção no espetador, o que o faz com alguma facilidade.
Contudo é também um filme com alguns defeitos assinalados, desde logo o ritmo, demasiado pausado, penso excessiva a duração da fase introdutoria do filme, quase uma hora de forma a estabelecer a relação central entre o casal, sem que essa seja verdadeiramente produtiva na quimica que passa para o espetador, pare depois ser muito mais atalhado no conflito em si e esquecer uma outra parte que poderia ser interessante que é o ajustamento à perda. Ou seja parece-me um filme com alguma falta de ritmo, e um mau balanço na atençao que da a determinados momentos do filme.
Mas um filme com uma historia emotiva, realizado num espaço diferente e bonito, com bons interpretes, mesmo que com defeitos é sempre um filme com caminho aberto para a avaliação positiva, mesmo não sendo um filme de primeira linha, mesmo não sendo um filme que marca, mesmo sendo um filme demasiado dependente da emoçao mais que razão.
A historia fala de um casal que guarda um farol vivendo sozinho no mundo, que não consegue ter filhos até ao momento que uma criança aparece num barco no local onde se encontram, e os quais escolher criar da mesma como se fosse fruto da relação.
O argumento na sua base tem questoes eticas e morais interessantes que consegue colocar ao espetador, pena e que as mesmas so surjam na segunda metade do filme, depois de uma primeira hora sem chama, demasiado pausada numa descrição de amor que nem sempre se aproxima do espetador.
No que diz respeito a realizaçao Cianfrance é um realizador que pese embora já tenha alguns filmes bem conceituados, ainda lhe falta o filme explosao, aquele que lhe sublinhara o seu nome, e aqui parece não ter conseguido isso, pese embora a excelente escolha de contexto e paisagens, bons momentos a dois, mas perde na minha opinião pela falta de ritmo que o filme acaba por padecer.
No cast a escolha de Fessbender, Vikander e Weisz e sinonimio de qualidade e intensidade dramatica que o filme tem, pena que o casal, que pelos vistos e verdadeiro nem sempre transmita uma grande quimica no ecra o que acaba por ser interessante. Contudo nos momentos individuais e de sofrimento tudo resulta ou não fossem tres dos melhores executantes da arte de interpretar


O melhor – O cast e a paisagem

O pior – A primeira hora em que o filme não encontra rumo do que vai focalizar


Avaliação - C+

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