Friday, December 30, 2016

Max Steel

Desde a aposta da Mattel, industria de brinquedos no cinema que foi fácil perceber que a estratégia passava pela adaptação de alguns dos seus brinquedos e desenhos animados ao cinema de live action. Uma das suas primeiras apostas foi com este max steel, heroi juvenil. Os resultados não poderiam ser piores para o filme criticamente foi um desastre colossal com algumas das piores criticas do ano e comercialmente, mesmo conseguindo uma boa distribuição teve resultados completamente desastrosos que tornam este projeto facilmente um dos maiores fracassos do ano.
Quando um heroi conhecido principalmente dos mais pequenos é adaptado ao cinema por uma produtora pequena e mais que isso sem uma figura conceituada do cinema actual, tudo parece caminhar para o abismo e o filme confirma isto, principalmente porque poucos são os aspectos em que consegue resultar. Desde logo porque existe historias que ate podem funcionar em desenhos animados mas que ficam pouco realistas ou pouco interessantes no grande ecra, e a de max steel é uma delas, e aqui isso fica claramente patente, não só a relaçao, mas a explicaçao para todo o mundo do filme em noventa minutos é claramente insuficiente e mais que isso pouco interessante.
Por outro lado os efetos especiais do filme, para tudo funcionar pelo menos no plano produtivo o filme necessitava em grande escala de efeitos de primeira linha que nunca consegue ter. Basicamente o que o filme nos dá é umas faiscas azuis a sair do corpo do protagonista e no minuto seguinte sem qualquer explicaçao logica ele surge com um fato de super heroi. Alias a falta de explicaçoes para o que vemos no filme é uma constante, algo que ate pode ser aceite pelos mais pequenos nos desenhos animados, mas que é impossivel resistir no rigor da setima arte.
Por tudo isto parece facil perceber, e com excepção de dois ou tres momentos humoristicos criados por Steel que o filme é claramente um tiro ao lado em todos os sentidos e em todas as suas vertentes, talvez com isso a Mattel podera perceber a diferença entre fazer bonecos, desenhos animados e filmes, já que num espaço cada vez mais sobrecarregados de superherois complexos, não existe tempo para este tipo de projectos.
O filme fala de um jovem orfão de pai, que muda constantemente de cidade com a mãe que começa a perceber ter poderes no seu corpo, começando a relacionar-se com um robot alieanisna que o vai ensinar a manobrar os mesmos, bem como explicar as razões de tais caracteristicas.
Em termos de argumento o filme falha, desde logo porque a historia de base de Max Steel, tem muito pouco cinematografica, pela forma pouco trabalhada que é, no sentido de dar um prazer instantaneo aos menores. No final mais de metade das respostas que procuramos no filme não são dadas e isso é das piores criticas que se podem fazer a um filme como este.
Na realização a aposta recaiu num total desconhecido com o seu primeiro filme com distribuição wide, talvez por falta de meios tecnicos mas não só o filme é um autentico floop tambem neste particular, resultado numa obra que parece nunca conseguir encontrar o seu registo.
Por fim no cast, encarnar um heroi de acção quando não se tem background e sempre perigoso, principalmente quando o filme não funciona. Nao posso dizer que Ben Winchell seja o maior dos problemas do filme, embora sofra com o facto do filme não funcionar e isso poderá marcar negativamente a sua carreira. Nos secundários uma Bello presente e um Andy Garcia pelas ruas da amargura, num vilão sem qualquer tipo de força.

O melhor – Algumas piadas ligeiras de Steel

O pior – A forma como se pensa que uns desenhos animados podem resultar num filme minimanente razoavel



Avaliação - D

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