Desde a aposta da
Mattel, industria de brinquedos no cinema que foi fácil perceber que
a estratégia passava pela adaptação de alguns dos seus brinquedos
e desenhos animados ao cinema de live action. Uma das suas primeiras
apostas foi com este max steel, heroi juvenil. Os resultados não
poderiam ser piores para o filme criticamente foi um desastre
colossal com algumas das piores criticas do ano e comercialmente,
mesmo conseguindo uma boa distribuição teve resultados
completamente desastrosos que tornam este projeto facilmente um dos
maiores fracassos do ano.
Quando um heroi
conhecido principalmente dos mais pequenos é adaptado ao cinema por
uma produtora pequena e mais que isso sem uma figura conceituada do
cinema actual, tudo parece caminhar para o abismo e o filme confirma
isto, principalmente porque poucos são os aspectos em que consegue
resultar. Desde logo porque existe historias que ate podem funcionar
em desenhos animados mas que ficam pouco realistas ou pouco
interessantes no grande ecra, e a de max steel é uma delas, e aqui
isso fica claramente patente, não só a relaçao, mas a explicaçao
para todo o mundo do filme em noventa minutos é claramente
insuficiente e mais que isso pouco interessante.
Por outro lado os
efetos especiais do filme, para tudo funcionar pelo menos no plano
produtivo o filme necessitava em grande escala de efeitos de primeira
linha que nunca consegue ter. Basicamente o que o filme nos dá é
umas faiscas azuis a sair do corpo do protagonista e no minuto
seguinte sem qualquer explicaçao logica ele surge com um fato de
super heroi. Alias a falta de explicaçoes para o que vemos no filme
é uma constante, algo que ate pode ser aceite pelos mais pequenos
nos desenhos animados, mas que é impossivel resistir no rigor da
setima arte.
Por tudo isto parece
facil perceber, e com excepção de dois ou tres momentos
humoristicos criados por Steel que o filme é claramente um tiro ao
lado em todos os sentidos e em todas as suas vertentes, talvez com
isso a Mattel podera perceber a diferença entre fazer bonecos,
desenhos animados e filmes, já que num espaço cada vez mais
sobrecarregados de superherois complexos, não existe tempo para este
tipo de projectos.
O filme fala de um
jovem orfão de pai, que muda constantemente de cidade com a mãe que
começa a perceber ter poderes no seu corpo, começando a
relacionar-se com um robot alieanisna que o vai ensinar a manobrar os
mesmos, bem como explicar as razões de tais caracteristicas.
Em termos de argumento
o filme falha, desde logo porque a historia de base de Max Steel, tem
muito pouco cinematografica, pela forma pouco trabalhada que é, no
sentido de dar um prazer instantaneo aos menores. No final mais de
metade das respostas que procuramos no filme não são dadas e isso é
das piores criticas que se podem fazer a um filme como este.
Na realização a
aposta recaiu num total desconhecido com o seu primeiro filme com
distribuição wide, talvez por falta de meios tecnicos mas não só
o filme é um autentico floop tambem neste particular, resultado numa
obra que parece nunca conseguir encontrar o seu registo.
Por fim no cast,
encarnar um heroi de acção quando não se tem background e sempre
perigoso, principalmente quando o filme não funciona. Nao posso
dizer que Ben Winchell seja o maior dos problemas do filme, embora
sofra com o facto do filme não funcionar e isso poderá marcar
negativamente a sua carreira. Nos secundários uma Bello presente e
um Andy Garcia pelas ruas da amargura, num vilão sem qualquer tipo
de força.
O melhor – Algumas
piadas ligeiras de Steel
O pior – A forma como
se pensa que uns desenhos animados podem resultar num filme
minimanente razoavel
Avaliação - D
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