Thursday, December 15, 2016

The Magnificent Seven

Estamos numa época em que os grandes estúdios estão apostados em reviver os grandes clássicos do passado, quer em adaptações quer em repetições com mais tecnologia. Um desses remakes que marcou o presente ano, foi este western, que conseguiu agregar um realizador com algum nome, e um cast de primeira linha. Os resultados do filme foram interessantes, pese embora criticamente não tenha passado de uma mediania estagnante em termos comerciais, o filme obteve bons resultados muito por culpa de um trailer bastante promissor.
Sobre o filme, eu confesso quando observei o trailer, pensei que Fuqua iria efectuar
um filme para massas num bom balanço entre o lado de acção intenso com um lado mais cómico, o que acabou por não se concretizar, o filme é um objecto massudo repetitivo e raramente tem graça, sendo que as personagens são demasiado presas a uma ou duas características e as sequências de acção mesmo sendo longas não têm a chama que outros filmes de primeira linha conseguem, pelo que se trata de um filme algo cinzento.
Outro dos problemas do filme e o facto de mesmo com um cast rico e versátil não utiliza essas características para potenciar essa diversidade no filme que se torna repetitivo, apenas funcionando a espaços e essencialmente na fase de captação das personagens, onde muitas delas acabam por não ter antes, nem depois.
Por este mesmo facto e tendo em conta que se trata de um filme com mais de duas horas, parece-me que embora seja uma produção de grandes dimensões nem sempre as coisas são feitas com mestria, salva-se um bom vilão, alguns exercícios de estilo visual, principalmente na forma como os sete são captados em conjunto e uma ou outra graça isolada, que é pouco para um filme com esta expetativa.
A historia fala de sete indivíduos e assassinos contratados por uma pequena aldeia no sentido de ajudarem o povo da mesma a libertar-se da força e violência a que são submetidos por parte de um temível industrial que domina toda a cidade.
Em termos de argumento pensamos que tudo é demasiado repetitivo, as sequências de acção demasiado longas, e as personagens centrais são pouco introduzidas, chegamos ao fim e desconhecemos por completo o passado e o que realmente são, e nisso o filme falha na ligação entre espectador e personagens.
Fuqua teve um inicio brilhante no seu Dia de Treino, com o passar do tempo foi acumulando filmes menos conseguidos e algum do brilho inicial acabou por desaparecer, tornando-se mais num tarefeiro do que num autor. Aqui temos mesmo isso, com meios, falta chama ao filme, falta mesmo a capacidade de fazer um filme simples de massa, caindo no habitual dos seus filmes que é serem decepções.
No cast, o filme parecia reunir todos os elementos para funcionar Washington no carisma, Pratt no lado cómico, Bennet a actriz heroína e um bom vilão como Saarsgard. No meio de tudo isto só Saarsgard desempenha o seu papel, com uma personagem interessante, e bem desempenhada. Washington limita o seu papel a um ou dois tiques, sofrendo da pouca desenvoltura do personagem. Pratt tem os melhores momentos, mas dá pouco em termos de humor e o filme necessitava. Bennett tem um papel demasiado simples para qualquer ilação.

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