Todos os anos principalmente no inicio de cada ano, surgem em pequenos cinemas alguns filmes que preencheram alguns festivais, tendo passado ao lado dos mesmos sem o sucesso dos vencedores. Assim vamos um bocadinho às "borras" (sic) salve a expressão do que se passou nos festivais que ao longo do ano preencheram as expectativas dos amantes do cinema. Um desses filmes foi esta Verdade sobre Emanuel, que pouco conquistou em termos criticos com avaliações essencialmente negativas e pouca força nos festivais que entrou e que por isso claudicou por completo qualquer ambição comercial que podesse ter tido.
Sobre o filme podemos dizer que é dificil um filme sobre a tematica da morte resultar, principalmente quando em termos de argumento e realização temos alguem ainda inexperiente por estas andanças da 7ª arte, dai que essa inexperiencia seja de imediato observada na dificuldade de completar a realidade do filme com a profundidade sentimental e imaginaria da protagonista, neste ponto parece que este balanço e equilibrio nunca é realmente conseguido, passando um pouco ao lado daquilo que o espectador segue no filme.
Mas se este ponto faz com que o filme na sua essencia perca alguns pontos vitais, existem outros em que o filme funciona, desde logo na facilidade com que cria a diferença e o caracter da personagem central, a força central do filme, bem interpretada e caracterizada, sendo que quando tudo roda em seu torno o filme funciona. Pena é que esta força da personagem conduza muitas vezes a cruzamentos excessivos que faz com que o filme principalmente na sua conclusão não consiga ser eficaz, ficando sempre a ideia de que lhe falta a capacidade de ser abrangente e acima de tudo um filme para todos.
Assim estamos perante um filme ambiguo com bons momentos, principalmente no dialogos entre casais e na facilidade/estranheza do mesmo, mas noutros pontos o filme parece criar demasiados conflitos e pontos de cruzamento que acabam por nada resultar e quando assim é o filme precisa obviamente não so de mais tempo mas como de mais arte.
O filme segue uma jovem traumatizada pelo facto do seu nascimento ter resultado na morte da sua mãe, que vive uma vida de pensamento isolado, até que é contratada para babysitter de uma vizinha do lado, que acaba por descobrir não ser mais do que uma boneca, aqui acaba por criar uma relação de proximidade com base na perda com a suposta progenitora da dita criança.
O argumento e arrojado, consegue com alguma creatividade ter bons momentos, principalmente boas ideias, que nem sempre se mostram eficazes ou resultam na sua concretização com excepção da boa criaçao da personagem central.
EM termos de realização temos muito pouco não e um filme de risco, não e um filme ambicioso neste particular e isso resulta numa realização cinzenta pouco apelativa que nada enriquece o filme.
Em termos de cast Scadelário tem um bom papel, e tem o filme completamente preso à sua personagem uma actriz que ate ao momento teve pouco destaque mas que neste filme demonstra ter capacidade para mais, bem suportado por um sempre coerente Molina e por uma menos intensa mas funcional Biel
O melhor - A personagem e a interpretação de Emanuel/Scadelario
O pior - Nem sempre as melhores ideias serem traduzidas num bom filme.
AValiação - C
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