Spike Jonze é daquelas figuras de hollywood que ninguem consegue entender, se como actor tem prestações quase inexistentes nos filmes em que entra, se como produtor acaba por ceder a sua imagem a um projecto tão arriscado como Jackass e como realizador parece ter quase toque de midas ou seja arriscar em argumentos alegadamente absurdos e fazer meio mundo ficar admirado com o seu talento de os tornar consistentes quer esteja na escrita ou não. Um outro projecto com o mesmo resultado foi este Her que cativou a critica norte americana que lhe valeu a nomeaçao para o oscar de melhor filme, sendo que comercialmente em momento algum Jonze foi um ambicioso neste particular.
Confesso que quando ouvi a sinopse do filme fiquei extremamente confiante naquilo que ia ver, ja que nos parece que nos nossos dias um filme como este poderia muito bem ser uma analise social exagerada, e que se humor de Jonze tivesse bem potenciado poderiamos ter um dos melhores filmes do ano. E o certo e que depois de ver o filme as expectativas foram totalmente cumpridas. Desde logo pelo inicio do filme, toda a intodução e de primeiro nivel, o caminho da personagem para aquilo que o filme nos da, o nascimento da relação, a evolução o desinteresse total pela pessoa que todos os dias está ao nosso lado, tudo isso e subtilmente abordado num filme que consegue conjugar um valor mais emocional e sentimental na relaçao da personagem central com o seu programa, com uma parte mais comica, mais absurda de tudo aquilo que acaba por transmitir, e nisso o filme tem uma simbiose perfeita entre dois mundos que a determinada altura so é um.
Ao ponto de termos um argumento de primeira linha, original, creativo com dialogos de primeira estampa, une um valor moral interessantissimo, e que nao podia estar mais actual na forma como nos da um exemplo de uma relaçao actual, onde na maior parte das vezes a pessoa não e mais do que um simples aparelho informatico seja ele de que indole for, aspecto que pese embora ja tenha sido abordade de forma mais romantica nunca tinha sido assim exposta a nu.
O unico lado negativo do filme acaba por ser o filme não aguentar o ritmo com o seu desenvolvimento torna-se mais emocional, menos forte na mensagem, e a sua conclusão apesar de simbolica não tem o peso que todo o restante filme tem, por isso mesmo sem nunca por em causa o valor da obra enquanto todo, parece-nos que esse ponto mais bem trabalhado, mais intenso poderia nao so fazer de Her o filme do ano, mas quem sabe um filme para os proximos anos.
A historia fala de um individuo com problemas de relacionamento apos o divorcio que acaba por comprar um programa de computador com inteligencia artificial que gere todos os seus contactos e agenda, aqui começa a estabelecer uma relaçao com esta ferramente que o deixa fora da outra, ou melhor da nossa realidade.
O argumento e de primeira linha do que ja foi feito em hollywood a ideia, actual, creativa bem traduzida, ao qual e enriquecida com uma personagem central forte, intensa, dimensional, que lhe presta dialogos de grande envolvencia, tudo so possivel num dos melhores argumentistas da actualidade pelo menos o unico capaz de tornar ideias absurdas num filme de primeiro nivel
A realizaçao esta tambem ela de priimeiro nivel, Jonze pensa o filme sem perder a dimensao estetica do mesmo, o gosto, a cor a sociedade ligada aos seus aparelhos tudo e filmado com inovação e mais que isso com preocupação, e uma das melhores realizações do ano, e tamos num ano bem forte nesta materia.
Em termos de cast Pheonix e um bad boy, mas e um dos melhores actores da actualidade, aqui tem um papel diferente da sua carreira, mais fisico, mais suave, e neste registo funciona perfeitamente, com uma naturalidade brilhante o filme é ele, num nivel de exigencia brutal que cumpre com distinção uma referencia para a presença da voz de Johansson, uma mais valia em todo o filme.
O melhor - A creatividade que transpira o filme
O pior - O final deveria ser epico
Avaliação - A-
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