
Sobre o filme começo por dizer que tinha curiosidade de ver uma historia com um sentimento convencional realizada por um realizador cru, de personagens dificeis e depois de ver o filme posso dizer que a simbioso ocorre com toque de mestria e esta junção torna o filme mais que um belo filme uma obra de arte na maior parte dos momentos. E se a emoçao do filme esta la, sempre nos olhos da sua personagem central a unica que preocorre todo o filme, a crueldade das imagens e o risco também está, no humor muito negro utilizado, no contexto historico e na exploração dos limites do ser humano. Por isso é discutivel se estamos perante o melhor ou o mais brilhante filme de ano mas provavelmente estamos perante o mais global e indiscutivel filme do ano.
E o interesse e qualidade do filme é transversal a todos os seus pontos, desde logo em termos de argumento riqueza das personagens, elenco, força visual, pensamento das sequencias para estas terem mais peso, todo o trabalho e feito com perfeição e com o sentido de tornar todos os sentimentos que o filme quer dar ao espectador algo ainda mais grandioso e sublinhado, e muitas vezes e esta ambição que torna os filmes bons em obras primas e aqui estamos perante uma delas.
O unico senão do filme, torna-se na forma com que pouco contextualiza a relação chave do filme, ou seja dá pouco enfase à forma como e conseguida a relação que vai ser fulcral para a conclusão da historia, talvez o filme necessitasse e precisasse de mais meia hora e isso poderia tornar o filme mais lento e aborrecido mas com a mestria do restante certamente o filme conseguiria resistir a mais meia hora de bom cinema.
A historia fala de um musico negro livre que acaba por ser enganado e tornar-se escravo sendo privado da liberdado e negociado por diferentes patroes com tratamentos bem distintos que o vai conduzir ao limite minimo da condição humana enquanto ainda sonha pela liberdade que possuia.
O argumento nem sempre e prodigo em creatividade ou seja muitas vezes não é preciso um argumento de primeira linha de originalidade para dar-nos uma obra prima, muitas vezes a competencia em termos de personagens e historia nao exige grandes dialogos e tudo funciona como e o caso.
Steve Mcqueen e um realizador de sentido proprio, que gosta de filmar perto dos actores, e aqui opta novamente por esse registo, apesar de não aperciar este estilo, penso que em tudo o resto e quando sai, o filme tem tudo que uma boa realização deve ter, ou seja um sentido estetico originalidade e jogar com os sentimentos.
Mas o prato forte do filme é o cast desde logo liderado pelo lado mais sobrio de Eijifor que apenas brilha quando a personagem e obrigada a sofrer penso que nem sempre o filme lhe da todo o brilho pois permite brilhos de secundarios, principalmente de Fassebender a grande interpretação do filme, quando entra comanda o filme, tem força e nessa altura obriga Eijifor ao melhor de si para uma batalha de grandes interpretações, de resto apenas algum sublinhado para o sempre interessante Dano.
O melhor - A competencia de um grande filme.
O pior - No fim poderia ser ligeiramente mais denso
Avaliação - A-
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