A vida e obra de
Charles Dickens já deu origem a diversos filmes principalmente
adaptações dos seus contos literarios, contudo a sua vida
sentimental foi sempre pouco abordada, dai a novidade deste filme de
epoca com chancela BBC, que surgiu no final do ano passado ainda a
tempo de competir para os Oscares contudo sem sucesso suficiente para
entrar nesta competiçao pese embora as avaliações essencialmente
positivas. Comercialmente a produção europeia e tradicionalista não
costuma chamar à atenção e neste caso a historia repetiu-se
Sobre o filme podemos
começar por dizer que estamos perante um tipico filme BBC nos
costumes, no ritmo pausado da trama e das suas personagens com uma
realização paralisadamente obsessiva que acaba por ter um inicio
demasiado pausado cortanto o ritmo a uma historia que já de si teria
dificuldades em o seu, ou seja o ecludir de uma relação emocional
de uma pessoa que acabava por ser maior do que a sua vida.
Pese embora este inicio
demasiado lento e condiciona todo o desenvolvimento do filme este vai
ganhando ritmo nos momentos em que os dois personagens centrais do
filme se vão aproximando não so emocionalmente mas fisicamente, sob
a forma de regresso ao passado. E se nestes regressos o filme tem um
fio condutor interessante no momento presente do filme achamos que
este poderia ser bem melhor trabalhado mais metaforico, mais forte,
do que propriamente sequencias da personagem central a andar e pouco
mais que torna este segmento do filme redutor e tutalmente
desnecessário para o filme.
Assim e pese embora o
filme tenha alguns detalhes de excelencia como a forma com que a
relação aos poucos vai sendo do conhecimento publico e a luta
interna das personagens pela forma menos aceitavel da relação o
certo é que por outro lado a conclusão do filme não tem chama
apanha o espectador de surpresa que espera uma maior definição de
como tudo poderia acontecer, e que não acaba por fazer.
A historia fala de uma
actriz que apos entrar numa peça de Charles Dickens começa uma
aproximaçao emocional a este autor, que contudo tem a aceitação
publica e uma casamente consigo, que coloca o debate do que se
poderia fazer para a relação dar certo e aceitação publica também
O argumento e o tipido
da BBC pouco intenso, quase sempre com primasia da imagem em
deterimento dos dialogos e das personagens não e um argumento forte
mas isso e comum neste tipo de registo.
Ralph Phiennes tem aqui
um projecto ambicioso como realizador e acaba por ter bons detalhes a
forma como se situa nos filmes de epoca o rigor que este registoe
exige mas mais que isso a brilhante forma com que realiza a sequencia
de comboio, a cena dominante de um filme, para um realizador que aos
poucos chama a atençao do mundo para este seu lado, ainda inferior
ao de actuação
Por fim no cast
Phiennes parece nem sempre confortavel com um papel forte,
carismatico, mas que poderia e deveria ter outra luz perde o filme
para Jones pese embora me pareça que esta perda e pensada e assumida
para um actriz a ganhar espaço e que podera ser um caso serio
futuramente depois de um 2013 no minimo interessante
O melhor – A cena do
comboio
O pior – A baixa
intensidade emocional do filme
Avaliação - C
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