Saturday, April 26, 2014

Sabotage

David Ayer tornou-se nos ultimos anos um dos argumentistas realizadores que melhor debruça a sua obra sobre o dia a dia de policias independentemente da zona onde trabalham e da sua area de intervenção. Alias toda a sua carreira tem como base este tema, bem como os perigos e os aliciantes da profissao e o seu risco. Este ano e antes de mudar a bitola para a guerra surge mais um filme contudo com resultados muito longe do que conseguira anteriormente desde logo criticamente onde este filme não foi alem de criticas pobres mas tambem comercialmente onde o filme ficou muito aquem dos filmes anteriores do realizador.
Sobre o filme podemos dizer que se por um lado a dureza, o risco e tudo aquilo que Ayer sempre teve como apanagio do seu cinema foram bem trabalhado e estão presentes como o seu cunho de autor se tratasse em outros pontos o filme mais parece um tipico filme de Shwarzneeger nos anos 90 do que propriamente um filme de um realizador em ascençao em Hollywood, principalmente da pouca definiçao das personagens e acima de tudo na sua mais que ridicula conclusao.
OU seja se por um lado temos tudo aquilo que aperciamos no realizador como as operações policiais o rigor metodologico com que trata estes assuntos, a forma como a camara e mais um interveniente directo no filme e na sua forma de a fazer mover-se em prol de um filme mais intenso, por outro lado os poucos dialogos, um humor sempre colocado a cola de baixa qualidade e acima de tudo o filme vingança tao fora de moda fazem com que claramente estejamos num filme menor do realizador.
Ou seja um filmle de Ayer longe daquilo que lhe deu fama e que muitos aguardam no seu proximo Fury, e mais proximo dos seus filmes de inicio de carreira como realizador, crus, violentos nem sempre com o melhor seguimento logico e sem grandes preocupaçoes de perfecionaismo.
A historia fala de um grupo de operações especiais de narco trafico que apos uma missao percebe que alguem se apoderou de dinheiro que deveria ser resgatado, tudo piora quando um a um os membros do grupo começar a ser mortos.
O argumento e o lado mais fraco do filme, resulta num filme basico de acçao mas nada mais, principalmente nos parcos dialogos, nas poucas personagens densas que o filme tem e mais que isso numa conclusao minimamente previsivel.
Ayer e um bom realizador e já o provou e aqui volta a faze-lo na sua capacidade de tornar a camara um grande aliado nas sequencias de nunca perder o norte e de trazer aos filmes um cunho proprio dificil de replicar, e que demonstra não so um aspecto tecnico elevado como uma disponibilidade fisica interessante.
Quanto ao cast e mais que discutivel a escolha de Arnold, pela falta de frescura por estar completamente desactualizado, e por Ayer neste momento estar em patamar superior, por isso mesmo pensamos que uma outra escolha daria uma maior seriedade ao filme que não e exigente neste particular, apesar de tudo o maior destaque vai para Enos, que aos poucos vai conquistando um espaço importante no cinema, aqui tem claramente o melhor papel do filme.

O melhor – A realização de Ayer.

O pior – Os ultimos cinco minutos de filmes


Avaliação - C+

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