David Ayer tornou-se
nos ultimos anos um dos argumentistas realizadores que melhor debruça
a sua obra sobre o dia a dia de policias independentemente da zona
onde trabalham e da sua area de intervenção. Alias toda a sua
carreira tem como base este tema, bem como os perigos e os aliciantes
da profissao e o seu risco. Este ano e antes de mudar a bitola para a
guerra surge mais um filme contudo com resultados muito longe do que
conseguira anteriormente desde logo criticamente onde este filme não
foi alem de criticas pobres mas tambem comercialmente onde o filme
ficou muito aquem dos filmes anteriores do realizador.
Sobre o filme podemos
dizer que se por um lado a dureza, o risco e tudo aquilo que Ayer
sempre teve como apanagio do seu cinema foram bem trabalhado e estão
presentes como o seu cunho de autor se tratasse em outros pontos o
filme mais parece um tipico filme de Shwarzneeger nos anos 90 do que
propriamente um filme de um realizador em ascençao em Hollywood,
principalmente da pouca definiçao das personagens e acima de tudo na
sua mais que ridicula conclusao.
OU seja se por um lado
temos tudo aquilo que aperciamos no realizador como as operações
policiais o rigor metodologico com que trata estes assuntos, a forma
como a camara e mais um interveniente directo no filme e na sua forma
de a fazer mover-se em prol de um filme mais intenso, por outro lado
os poucos dialogos, um humor sempre colocado a cola de baixa
qualidade e acima de tudo o filme vingança tao fora de moda fazem
com que claramente estejamos num filme menor do realizador.
Ou seja um filmle de
Ayer longe daquilo que lhe deu fama e que muitos aguardam no seu
proximo Fury, e mais proximo dos seus filmes de inicio de carreira
como realizador, crus, violentos nem sempre com o melhor seguimento
logico e sem grandes preocupaçoes de perfecionaismo.
A historia fala de um
grupo de operações especiais de narco trafico que apos uma missao
percebe que alguem se apoderou de dinheiro que deveria ser resgatado,
tudo piora quando um a um os membros do grupo começar a ser mortos.
O argumento e o lado
mais fraco do filme, resulta num filme basico de acçao mas nada
mais, principalmente nos parcos dialogos, nas poucas personagens
densas que o filme tem e mais que isso numa conclusao minimamente
previsivel.
Ayer e um bom
realizador e já o provou e aqui volta a faze-lo na sua capacidade de
tornar a camara um grande aliado nas sequencias de nunca perder o
norte e de trazer aos filmes um cunho proprio dificil de replicar, e
que demonstra não so um aspecto tecnico elevado como uma
disponibilidade fisica interessante.
Quanto ao cast e mais
que discutivel a escolha de Arnold, pela falta de frescura por estar
completamente desactualizado, e por Ayer neste momento estar em
patamar superior, por isso mesmo pensamos que uma outra escolha daria
uma maior seriedade ao filme que não e exigente neste particular,
apesar de tudo o maior destaque vai para Enos, que aos poucos vai
conquistando um espaço importante no cinema, aqui tem claramente o
melhor papel do filme.
O melhor – A
realização de Ayer.
O pior – Os ultimos
cinco minutos de filmes
Avaliação - C+
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