Mira Nair é das realizadores mais
internacionais que aos poucos tem conseguido efectuar filmes da sua zona de
origem sempre com algum chancela norte americana demonstrando poder existir
união de esforços entre povos a partida tão distantes. Neste seu novo filme o
tema desta união está bem presente, mas o facto de colocar os USA no lado mais negativo
do filme talvez fez com que o filme não tivesse a distribuição imponente que
outros filmes dela já tiveram, e dai os resultados comerciais do filme sejam
pobres. Tambem criticamente Nair já conseguiu mais unanimidade do que com este
filme pese embora surjam algumas avaliações positivas.
Sobre o filme podemos dizer que
moralmente e um filme interessante onde o combate ao esteriotipo e acima de
tudo a dificuldade em racicionar em aspectos emotivos intensos são bem vincados
e explorados, podemos não estar perante um filme extremamente intenso sendo em
alguns ponto ate um pouco aborrecido mas estamos perante um filme que tem um
objectivo moral bem definido e faz tudo para que este resulte e seja claro e
nesse particular penso que e obvio que estamos perante um objectivo cumprido.
Outro dos pontos do filme é o
realismo com que o filme consegue diferenciar culturas mas ao mesmo tempo a
facilidade com que transmite que as pessoas são elas próprias antes de
representarem algo mais grupal, isso e evidente na forma com que a personagem
encaixa facilmente no contexto diferente de onde nasceu. È um filme claramente
moratório onde muitas vezes tenta explicar a forma com que as diferenças se
criam e vão se criando em ciclo vicioso sendo alarmante a forma como o filme
demonstra isso.
Ou seja estamos perante um drama
intenso, que não sendo um filme de primeira linha em termos de intensidade ou
mesmo capacidade de pro si so seduzir o espectador e claramente um bom filme,
realista, e acima de tudo apelativo de uma moral bem forte e que deveria ser
incutida numa universalidade do próprio filme.
A historia fala de um jovem
paquistanês que dirige-se para America para fazer a universidade e acaba por
ser integrado numa firma de analise financeira, onde acaba por ter sucesso mas
aos poucos percebe que o seu sucesso nada oferece ao seu pais e começa a tentar
procurar ser aquilo que realmente o seu interior quer que ele seja.
O argumento e forte, porque
consegue facilmente ter um propósito e fazer funcionar a descoberta do eu, que
e algo próprio e individual e não formatizado, e nisto o filme e competente, na
forma com que perde tempo na definição da personagem, onde o filme funciona bem
melhor ou seja temos um filme de personagem envolvido num contexto de conflito
e terrorismo que fica claramente a perder em termos de argumento para o
primeiro.
Nair e uma boa realizador e aqui
consegue principalmente chamar a atenção na forma como filma um pais que
conhece tao bem como o paquistao, consegue dar um contexto cultural e espacial
ao filme de eleição que nunca seria possível se não fosse o conhecimento da
realizadora que não tem medo de arriscar e fazer filmes a sua medida.
O cast tem como protagonista um
actor nativo do espaço onde o filme corre e que domina completamente o filme,
com carisma recursos interpretativos de excelência demonstra que grandes
actores surgem em diversos sítios e talvez chama a atenção para a abertura do
cinema a outras culturas numa maior universalidade, de resto Schriever aparece
em bom nível sem deslumbrar como já fez e Hudson claramente fora de forma
física e mesmo interpretativa acaba por ser na sua personagem o pior do filme
O melhor – A moral assumida pelo
filme
O pior – Kate Hudson
Avaliação – B-
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