Sunday, July 31, 2022

The Gray Man

 A Netflix apostou todas as suas fichas neste verão numa mega produçao dos irmaos Russo com um elenco de primeira linha, ação trepidante, e muitas cidades. Dizia-se que poderia ser o tipico filme de sucesso de verão nos cinemas norte americanos, mas desta vez para a aplicação que domina o mundo, sendo a sua grande aposta mediatica. Criticamente as coisas começaram por nao correr conforme esperado a mediania, quase negativa das avaliações contornou a expetativa positiva que poderia existir. Em termos comerciais sendo a grande aposta da Netflix sera certamente um dos maiores sucessos de sempre da aplicaçao.

Sobre o filme podemos começar por dizer que e um filme igual a muitos outros de espionagem com a intriga e traição que deposita todos os seus objetivos em efeitos e sequencias de ação de primeira linha. Embora caia no erro do exagero quase patetico, com a sequencia do avião bem gravada, mas completamente irrealista.

Outro dos pontos que o filme como entertenimento quer potenciar e a descontração dos dialogos do vilão e mesmo do protagonista, tendando dar um registo comico algo non sense, que encaixa muito melhor no registo de Evans do que no de Gosling. Fica a clara ideia que o filme não consegue ter o impacto esperado, principalmente porque é extremamente limitado nos fundamentos da sua historia e os promenores e muito pouco relevante para um filme com este custo e com estes interpretes.

Ou seja um daqueles filmes de açao do heroi contra o mundo que tem preenchido todos os anos os verões de diferentes produtoras. Numa produçao magalomana, principalmente pensada em percorrer cidades pelo mundo fora, mas que na sua base acaba por ser igual, ou mesmo inferior a maioria dos filmes do genero que estamos fartos de ver nos ultimos anos.

A historia segue um assassino profissional contratado pelo CIA que tem de tentar escapar a um plano da organização comandada por um psicopata assassino para o aniquilar, num jogo tipico do gato e do rato.

Em termos de argumento a base narrativa de quase todos os filmes do genero. O filme nao arrisca nas personagens, basicamente bonecos com proposito unico, nos dialogos introduzi algum humor que funciona moderadamente no filme dando-lhe o registo descontraido bem conseguido. Mas e na base narrativa totalmente previsivel que o filme falha em face do investimento.

Os irmaos Russo tornaram-se figuras de primeira linha depois dos sucessos totais em Avengers. Tentam agora seguir de forma autonoma viagem, com filmes com muitos meios, mas cujas historias ainda tem dificuldade em tornar-se funcionais, por serem filmes demasiado grandes para historias tao simplistas, e isso nunca faz carreira de autores mas sim de tarefeiros.

No cast Gosling tornou-se nos ultimos anos um ator algo preso a este estilo silencioso, carismatico que encaixa perfeitamente nas suas caracteristicas mas que parece nao aproveitar outras competencias que possa ter. Aqui parece por vezes algo desligado do filme, podem dizer que é propositado, mas isso faz perder todas as cenas para um Evans diferente do registo habitual, que acaba por ser o que o filme tras de melhor, muito por culpa do argumento ser essencialmente focado nas suas linhas,


O melhor - As falas de de Lloyd Hansen

O pior - 200 milhoes para um filme que ja vimos diversas vezes


Avaliação - C-



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