Monday, July 04, 2022

Cha Cha Real Smoth

 O festival de Sundance de 2022, foi pautado por alguma incongruência entre as opiniões generalizadas do publico e da critica algo que é comum mas que este ano se tornou ainda mais evidente. Junto do publico existiu esta obra totalmente pensada pelo jovem Cooper Raif que chamou a atenção principalmente do publico que o considerou como o melhor filme do festival. Em termos criticos o filme também recolheu boas avaliações embora sem o enstusiasmo do publico.

O filme e uma obra simples sobre um regresso a casa, e principalmente sobre os amores e desamores dos 20 anos, o filme não parece ter a ambição de fazer grandes dissertações sobre a forma correta ou incorreta de abordar estes momentos de vida, preferindo contar a sua historia e acima de tudo nos dar a sua personagens nas diferentes vertentes. O filme e descontraído, emocionalmente bonito, e acima de tudo consegue muitas vezes encarar o humor de uma forma particular que funciona.

Apesar de todos estes lados em que o filme resulta, parece que o seu impacto não é propriamente muito forte. Parece um filme de adolescente com um final menos idilico mas mais lógico na realidade. Podemos achar interessante as dinamicas das festas, o jogo do gato e do rato das personagens mas o filme acaba por nunca deixar de ser uma abordagem simplista e algo despreendida de uma fase de vida que a maior parte das pessoas passa, que o leva a ser competente, dentro dos limites que um filme desta natureza tem.

Nos ultimos anos temos assistido a um sundance mais vocacionado em premiar pelo lado do publico filmes mais emotivos, que transmitam de forma simples emoçoes mais positivas, e este filme consegue-o fazer na grande parte da sua duração, mesmo que o final não seja o Happy ending que todos esperamos, e o lado mais realista da vida e talvez o que o faça a todo o nivel ser mais maduro.

A historia segue um jovem que apos regressar a casa dos pais, apos concluir a universidade e sem encontrar o seu lugar no mundo do emprego acaba por começar a animar festas e ai conhecer uma mãe de uma jovem autista com quem vai criar ligações proximas de ambas, que o faz questionar os seus sentimentos.

Em termos de argumento a historia não é muito diferente de outros filmes de adolescentes, sobre a amor e corações partidos. Nos promenores o filme funciona, principalmente no estilo de humor adotado pela personagem principal e na forma como não cai no facilitismo do final idilico, optando por mais realismo. E um bom argumento dentro do tema que o filme aborda.

Na realização, Raiff surpreende num estilo simples, de cinema independente, sem grandes artimanhas ou mesmo ou fogo de artificio, deixa o argumento e os interpretes darem o seu melhor e isso por vezes no inicio de uma carreira e o melhor que se pode fazer. Nao e facil começar a conquistar o publico de Sundance e Raiff conseguiu.

No cast Raiff encaixa na personagem que escreveu para ele proprio, se calhar pensando ao promenor nas suas caracteristicas, dai que a personagem funcione, desconhecendo se por atributos de interpretação ou por encaixe de personagem em caracteristicas pessoais. Melhor uma Johnson a subir de nivel, filme apos filme, demonstrando que carreiras que começam mal, podem dar a volta.


O melhor - A forma como o filme consegue em especificidades narrativas se diferenciar

O Pior - A historia e um filme de adolescentes.


Avaliação - B-



 

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