Este ano foi prodigo em lançamentos de filmes de realizadores cujos trabalhos anteriores estiveram proximos dos premios maximos. Depois de Carol este filme sequente de Todd Haynes foi claramente mais sentimental. Pese embora a tentativa de fazer um filme mais abrangente o resultado do ponto de vista critico pese embora tenha sido positivo nao permitiu a unanimidade para entrar nos premios mais elevados. Comercialmente e fora da corrida pelos premios principais os resultados foram modestos muito por culpa de uma expansao em toda a linha limitada.
Sobre o filme podemos dizer que WOnderstruck parte de uma ideia e uma execuçao de primeira linha, mas parece que é um filme construido do telhado para a base ou seja, tem um climax final de uma execução e originalidade apenas ao alcance de um cineasta de primeira linha, mas por sua vez a primeira hora e meia de filme, não tem grande sentido para alem de um pararelismo entre duas historias que sao contadas e que se encontram no fim. Ate entao o ressalta e duas formas de filmas diferentes, boas construçoes contextuais do filme mas muito pouco mais num filme demasiado pausado.
A mais de metade do filme pensamos mesmo que Haynes estava sem ideias e que o filme nao poderia ser capturado para niveis aceitaveis, contudo quando falamos de cineastas de primeira linha, tudo pode acontecer, e a sequencia final da-nos mais de vinte minutos de cinema de autor, com uma forma particular de contar uma historia e ao mesmo dotar o filme de um coraçao que o torna singular, pese embora longe do destaque que outroa filmes conseguem.
Ou seja mesmo sendo um filme com momentos de excelencia o filme nunca o consegue ser ja que precorre mais de metade da sua duraçao num ritmo lento, bem realizado mas onde na realidade nada acontece. Isso nao permite que o filme seja equilibrado nem coeso, resultando numa obra menor de um realizador que anteriormente sempre conseguiu convencer a critica.
A historia fala de dois jovens em epocas diferentes que por razoes familiares deixam a sua terra natal e embarcam para nova iorque onde acabam por se encontrar com o museu de historia natural e perceber que as suas historias estao ligadas.
Em termos de argumento temos um filme na base e na logica original, mas falta-lhe sumo na especificidade, nao tanto nas personagens ja que o filme em alguns aspetos tenta ser minimalista, mas nos dialogos pensamos que existia espaço para muito mais, para alem do fim ser original na execuçao mas nao no que significa.
Haynes tem talvez aqui o seu trabalho como realizador mais de autor, pese embora nem sempre com um ritmo elevado parece-me de longe o segmento com melhor desempenho no filme todo. Os ultimos vinte mintuos sao de primeira linha, e todo o restante chama a atençao pela forma como tudo nos vai sendo dado. E um realizador de primeira linha, e pese embora o filme como todo nao seja uma obra prima na realizaçao temos um grande filme.
No cast o protagonismo e dado aos mais pequenos, a jovem surda Simmonds tem um papel interessante em face das especificidades e consegue funcionar melhor do que Fegley. Nos veternaos Moore funciona bem nos ultimos minutos quando o filme precisa mais de si.
O melhor - A realizaçao, e os ultimos vinte minutos de grande cinema.
O pior - Mais de uma hora de nada em termos narrativos
Avaliação - B-
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