Sunday, January 21, 2018

I TOnya

De todos os biopics e filmes baseados em factos reais, existiu um que chamou a atenção da critica e tornou-se num caso serio na temporada de premios, pela sua irreverencia e mais que isso pela excelente recepçao critica que foi tendo que o tornou numa presença assidua nas listas dos melhores do ano. Com base nestes factos o filme comercialmente conseguiu resultados bem mais fortes do que aquilo que inicialmente era esperado, e mesmo nao sendo um favorito nas categorias mais fortes pode ser um dos vencedores da noite dos oscares.
Sobre o filme podemos dizer que se trata de um filme sobre factos veridicos e sobre uma pessoa em concreto mas que rompe por completo para melhor com tudo o que normalmente vimos neste tipo de filmes. E aqui joga todos os factores de analise num filme desde as personagens, a forma do filme com entrevistas onde nos fornece o lado de cada um, o sentido de humor, a irreverencia, a ação dentro do ringue, fazem deste pequeno filme uma das maiores surpresas do ano, e talvez o grande biopic deste mesmo ano.
A historia em si podera nao ter o impacto de outros filmes sobre personagens mais marcantes, mas aquilo que significa por um lado naquilo que nos mostra sobre a necessidade de inteligencia para o sucesso, a forma aberta com que o filme se assume como uma biografia ironica de alguém, e mais que isso a forma descontraida e ao mesmo tempo documental que o filme consegue ser, sem nunca perder a capacidade de uma realização diferente e de primeiro plano.
Por tudo isto, I TOnya e um dos melhores filmes do ano, e nao fosse o seu argumento ou o seu significado não ser de uma dimensão muito grande poderia ser um dos grandes filmes do ano, e um candidato serio aos principais oscares, pois trata-se de um filme com um otimo argumento com uma base pequena, bem interpretado e com uma realizaçao de primeira linha.
A historia segue o percurso da patinadora americana TOnya Harding, e a sua particular personalidade e a forma como teve de ganhar a pulso uma carreira num contexto que não era dele, num contexto familiar a todos os niveis peculiar.
E no argumento que o filme brilha, uma adaptaçao de vida ironica que esta presente em todas as personagens tornando-as diferentes, dialogos de primeira linha, um sentido de humor muito apurado, trazem-nos um argumento sob a forma de biopic diferente e mais que isso criativo sobre como contar uma historia.
A realizaçao de Gillespie tras-no um realizador que muito prometeu com o excelente Lars and Real Girl e que depois nunca mais conseguiu atingir o nivel que muitos potenciaram. Aqui tem o seu trabalho mais interessante na realizaçao, com uma abordagem original, criativa e funcional a uma historia. Esperemos que desta vez venha para ficar ao mais alto nivel.
Tambem no cast temos um filme de primeira linha, Robbie tem uma interetação de primeira linha, quer em termos dramaticos quer na disponibilidade fisica. Perde por ser um dos anos mais fortes em termos de interpretaçoes femininas que ha memoria, mas sublinha-se que muitas ja ganharam com papeis bem piores. QUem nao deve ter competiçao é Janney a sua criaçao é unica, tirando o protagonismo a Robbie algo que seria impensavel nos momentos de interação. Se existe oscar que facilmente podemos perceber que seria uma injustiça nao estar atribuido e o de melhor atriz secundaria

O melhor - A forma completamente artistica de fazer um biopic

O pior - A historia que conta em si não será as mais surpreendentes

Avaliação - A-


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