A Universalidade cada vez maior do cinema tem premitido que alguns actores tipicamente de hollywood comecem a marcar presença em projetos de outros paises. Este ano nesta produção da suecia surgiu a presença de Elisabeth Moss e Dominic West, num peculiar filme que acabou por vencer a palma de ouro do festival de Cannes e desde ai assumir a sua candidatura natural ao oscar de melhor filme estrangeiro fruto de uma recepção critica positiva, embora mais entusiasmante na europa do que propriamente nos EUA. Em termos comerciais tendo em conta que se trata de um filme europeu os resultados foram consistentes e que o tornam num serio candidato ao oscar para o qual concorre.
A excentricidade ou a pouca lógica das coisas são duas caracteristicas que marcam e muito o tipico cinema europeu. Este filme sueco acaba por ter bem vincadas estas caracteristicas que faz com que alguns momentos super interessantes sejam intercalados com outros que não percebemos nem queremos perceber o proposito. Este é mais que tudo um filme estranho, com uma linhagem bem percetivel mesmo do ponto de vista moral, como o roubo e a recuperação dos equipamentos roubados, e outras menos faceis de entender como toda a exploração do museu.
Por tudo isto parece-me que temos mais que tudo um filme ambiguo, que intercala momentos divertidos, onde se aproveita o conceito, e com uma satira bem apurado, com outros menos conseguidos que dificilmente conseguimos perceber um proposito para alem de nos dar imagens proprias e singulares que muito o cinema europeu gosta de sublinhar.
Por tudo isto Square é um filme longo e estranho, ficamos com a impressão que nem sempre é equilibrado, mas é indiscutivel que o mesmo tem sequencias de primeira linha, quer do ponto de vista humoristico quer do ponto de vista de realização. Permanece um imperativo moral forte num filme que nem sempre é objetivo a transmiti-lo.
A historia fala do responsavel de um museu, e na forma como o mesmo tem de gerir toda a arte moderna no mesmo, e o impacto nos visitantes, mas tambem tem que lidar com um furto que foi alvo e mais que isso com uma relação que inicia.
Em termos de argumento o filme é um emaranhado de situações que nem sempre funciona bem juntas, nem que seja porque o filme nunca tem uma intenção definida de as juntar. Dai que tudo seja demasiado confuso como um titulo só. Tem sequencias bem escritas outras menos funcionais.
Na realização Ostlund tem um trabalho vistoso, na capacidade de filmas sequencias pouco obvias com clara preocupação estetica. Temos cor, temos sentido visual, algo que muitas vezes não é potenciado ao maximo no cinema europeu. Uma vez que ja consegue chamar a si algumas figuras de hollywood podera no futuro também ele fazer essa passagem, trabalhar com outros meios e assumir-se de uma forma mais global.
No cast o filme e dominado de principio a fim por Claes Bang, uma personagem que não exige muito ao actor para alem da presença que ele consegue dar. Ao seu lado Moss consegue ter bons momentos, de uma actriz muito intensa dramatica e aqui comicamente que começa a ser um caso serio.
O melhor - A sequencia da entrevista ao artista
O pior - A ligação entre cenas não ser nunca clara
Avaliação - C+
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