Desde a sua apresentaçao inicial nos festivais de inicio de ano que todos perceberam que esta historia de amor homossexual iria ser um dos fortes candidatos a temporada de premios nas categorias principais, fruto de uma unanimidade critica impressionante, principalmente na valorizaçao das interpretações e argumento, mas tambem no filme em geral. Comercialmente sendo um filme de autor os resultados acabaram por ser interessantes tendo em conta o facto de ser um filme independente com uma tematica pouco comercial.
SObre o filme parece-nos importante analisar os diversos pontos que o constituem, em termos esteticos o filme é brilhante numa excelente opção de cenarios quer paisagisticos quer na contextualizaçao de todos os espaços, que faz o filme mais que tudo ser um filme bonito, de sequencias marcantes, dando o contexto ideal para personagens também elas de primeira linha. E aqui surge o elemento diferenciador do filme, mais que a relação em si, que nos parece que a determinada altura se torna demasiado fisica o filme vale por ser o encaixe de duas personagens complexas e interessantes nas suas diferenças e nas suas particularidades e aqui temos o grande segredo deste filme.
Mas o filme tem outros trunfos o lado moral da aceitaçao na parte final do filme, algo que rompe com o normal cliche dos filmes sobre a homossexualidade anterior, interpretações de grande intensidade, momentos insolitos e curiosos preenchem uim dos filmes mais marcantes do ano, principalmente pela sua diferença, pelo seu primor estetico e porque estamos na base num filme simples de amor entre duas persongens.
Ou seja é indiscutivelmente um dos melhores filmes do ano ate ao momento, completo, adulto, arriscado, perde por no final se tornar algo fisico e repetitivo, mas isso nada condiciona o facto de ser um filme de eleiçao de um autor que nos ultimos anos tem conseguido conquistar um espaço singular no cinema mundial.
A historia fala-nos de uma familia pouco convencional que recebe a visita de um jovem americano que inicia uma relação amorosa com o filho do casal, descobrindo a sua sexualidade num filme de auto descoberta.
O argumento de Ivory é do mais intenso que temos memória, pela forma como as personagens são multidimensionais e intensas, pelos dialogos de primeira linha, e por uma força emotiva de uma mensagem complexa e muito forte, que faz deste argumento um dos mais candidatos ao oscar de melhor argumento adaptado.
A realizaçao de Guadagnino é algo inacraditavelmente bonita, todo o detalhe dos carros dos espaços das sequencias fazem deste um dos filmes melhor realizados dos ultimos tempos. A ver o futuro do realizador que ate ao momento tem conquistado um espaço de excelencia.
No cast, o filme e dominado de principio a fim, por uma das interpretações mais intensas e marcantes dos ultimos anos. Chalamet e de uma intensidade pouco vista. Dramaticamente e a entrega fisica podem fazer deste jovem o novo caso serio do cinema e um dos favoritos a conquista do oscar de melhor ator. Nos secundarios Hammer merece todo o destaque por uma construçao que é o balanço ideal para o seu companheiro de cast, ainda que com menos destaque.
O melhor - A forma como temos um filme quase perfeito em todas as suas linhas
O pior - Torna o amor demasiado fisico a determinada altura
Avaliação - B+
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