Pablo Larrain e os seus introspetivos biopic sob a forma de um momento da vida das personagens que escolhe mas que trabalha de forma a definir as personagens tornaram-se num fulugrante estilo com assinatura propria, e excelentes trabalhos representativos. Este ano surgiu o biopic ou a abordagem da personagem de Lady Di, a iconica princesa de Gales. Criticamente o filme saiu a ganhar principalmente uma Kirsten Stewart que figura em todas as listas de candidatas para melhor atriz. COmercial Larrain não e proximo do grande publico, mas o icon da figura de Diana assegurou alguma sustentabilidade economica ao projeto.
SObre o filme, podemos dizer que quem conhece o trabalho de Larrain não ficara surpreendido com o estilo lento, debruçado acima de tudo nos maneirismos e reações das personagens sobre o que a rodeia, e muito menos um filme sobre acontecimentos ou uma descriçao escrita da sua vida. Por tudo isto o filme acaba por ser estranho para quem não conhece a abordagem do realizador, mas fiel a quem conhece.
Apesar de ser um filme com ritmo muito lento, e apostado muitas vezes em imagens abertas e paradas, certo é que o filme tem a mais valia de queriar uma intensidade crescente no silêncio, de forma que nos engloba num contexto claustrofobico de controlo e mais que isso nos proprios desvaneios da personagem que mais nao e do a forma encontrada desta conseguir inserir-se num contexto tao controlado.
Por tudo isto, se calhar nao e neste filme que vamos saber muito sobre os feitos ou a linha do tempo da relação de Diana na familia real britanica, mas certamente e neste filme que podemos perceber melhor como a mesma se sentiu neste contexto durante aquele periodo, e isso e o objetivo central do filme.
A historia fala de Diana em pleno fim de semana de natal, na casa de ferias dos Windsor, e a forma como tem de cumprir rigidamente a tradição, quando ja se encontrava numa fase de querer ser ela propria,
Em termos de argumento sem muitas palavras, dialogos ou personagens o filme consegue fazer a tensão crescente que quer, e isso e o efeito da escolha correta dos momentos e das frases. E uma abordagem diferenciada de um argumento de Knight muito mais parado que o habitual mas que serve perfeitamente o que Larrain quer como realizador.
GOstando-se ou nao Larrain tem um estilo de cinema de autor muito diferenciado. Rapidamente percebemos que e ele o realizador, no estilo, nas pausas, nas personagens, e isso e um reconhecimento de um realizador ainda jovem que ja vincou um estilo de cinema que tem chamado a atençao da critica, e que o apontam como um valor a seguir, principalmente por atores que querem premios.
NO cast Stewart podemos dizer que é uma construçao trabalhada, quer do ponto de vista fisica e de maneirismos, mas tambem no dialeto, que tornam a personagem intensa e proxima da realidade. Claro que e um filme que a interpretaçao e facil de gostar, e de admirar mas tambem temos de reconhecer o empenho e o resultado de Stewart que domina o filme do primeiro ao ultimo minuto.
O melhor - A capacidade de sem grandes palavras o filme nos levar para dentro da personagem e das suas reações aquele contexto.
O pior - Demasiado pausado
Avaliação - B
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