Wednesday, December 15, 2021

The Unforgivable

 Depois de há alguns anos atras Sandra Bullock e a Netlix terem brilhado comercialmente com um intrigante Bird Box, novamente num final do ano surgiu um novo filme, o qual tinha como objetivo nos dar uma faceta mais dramatica e intensa da atriz, num daqueles filmes pensados para alimentar expetativas de premios nas suas interpretes. O filme foi lançado mas falhou por completo criticamente não dando qualquer hipótese da atriz pensar em prémios. Em termos comerciais no entanto o star value de Bullock podera conduzir a um resultado interessante significativo na plataforma.

Sobre o filme temos um filme duro sobre reintegração, que perde como muitos outros filmes baseados numa interpretação diferenciada, ou seja, e um filme que se perde diversas vezes em dar palco a interprete mesmo quando o filme quer mais palavras, quer mais personagens e menos interpretação e isso deixa por vezes o filme órfão de uma narrativa para ser acima de tudo um filme para a sua atriz.

Claro que na fase final o filme surpreende com o seu twist, que embora quando se desvenda demonstra a capacidade de surpreender, parece que da algumas ilações do que realmente vai suceder, como sendo uma forma da personagem dar o corpo às balas o que a torna ainda para mais a heroina,. Essa forma acaba por desgastar as outras personagens e nem sempre nos parece a opção mais importante.

Por tudo isto parece-nos um drama de domingo a tarde que poderia ter elementos para ser mais trabalhado e mais funcional, mas que no essencial parece demasiado preocupado em fortalecer o essencial. Quando assim é fica a ideia que os filmes perdem alguma objetividade e capacidade de adensar a sua historia e nesses momentos tudo sabe a pouco.

A historia segue uma ex-condenada por homicidio de um policia que ao ver-se livre da cadeia depois da pena tenta restruturar a sua vida e principalmente tenta ligar-se a sua irmã, a familiar que deixou e que se encontra inserida numa nova familia.

O filme tem diversos temas que poderiam dar um filme densamente funcional em termos de drama e mesmo da forma como a sociedade reage e alguns temas, o problema e que acaba por não os trabalhar e apostar em sequencias interminaveis da sua personagem e do seu drama fisico e mental, e o filme fica coxo.

Na realizaçao o trabalho de Fingsheidt uma premiada realizadora alemã, fica um pouco aquem do esperado. Em termos da crueza das imagens de BUllock funciona mas fica a ideia que o filme tem espaço para realismo e mais autoria o que nem sempre acontece, e nesse particular fica a ideia que o filme cresce menos do que podia.

Em termos de cast a prestação de Bullock é intensa mas parece-me demasiado denunciada a candidatura a premio. Nesses momentos o exagero de alguns momentos não me parecem as melhores escolhas mas fica claramente o registo de uma boa interpretaçao, mas o senao de ter o filme todo para si.


O melhor - Alguns temas merecem atençao

O pior - O filme pensar demasiado na prestação de Bullock


Avaliação - C

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