Sempre que Wes Anderson anuncia um novo filme eis que os holofotes dos cinefilos ficam apontados, não so pela riqueza dos seus arguementos pelo conceito e estetica dos seus filmes mas acima de tudo pela capacidade que o cineasta tem de chamar a si os melhores atores. Quando foi anunciado o cast deste particular filme ainda mais atenção o filme teve. A sua estreia acabou por ser ainda em contexto pandemico num festival de Cannes que lhe deu boas avaliações mas ficou de imediato a ideia que estaria algo distante dos maiores sucessos do autor. Por sua vez comercialmente os resultados foram condizentes com o tipico do realizador.
Sobre o filme existem pontos que sao indiscutiveis no que diz respeito a mais valia do filme. A originalidade do argumento, como se uma revista se tratasse com muitas colunas, muitas personagens, muitos atores e autores, sempre com o primor de uma capacidade unica de captar imagens e de contar historias que so o realizador consegue ter. Pouco ou mesmo nenhum tem esta capacidade de inventar imagens, e nisso temos Wes Anderson ao seu melhor nivel e todos sabemos que isso é de topo.
O grande problema do filme e o formato, ao tornar as historias pequenas , algumas delas com pouco mais de dez minutos o filme perde a capacidade do significado do que conta e isso parece tornar obviamente o filme um objeto de maior conceito mas ao mesmo tempo menos impactante naquilo que transmite em termos de epicentro narrativo e da sua historia e isso pode ser mais vezes visto como irreverente do que como competente.
Assim e mesmo tendo amplificadas as maiores virtudes como realizador e argumentista de Wes Anderson parece claramente ser um filme mais pequeno no alcance e mesmo na empatia com o espetador quando comparado com alguns dos filmes anteriores do realizador. Mesmo assim e principalmente pela componente estetica e pela ideia de base temos um filme original que se diferencia da forma corriqueira como atualmente se faz cinema.
A historia dã-nos a ultima ediçao de uma revista com as historias escritas pelos colaboradores, narradas por estes com bastantes particularidades e personagens digamos unicas.
Em termos de argumento a ideia e original, as historias mais que brilhantes são contadas com a forma unica com que ANderson o consegue fazer, mas penso que nem as historias em si isoladamente tem o impacto que teriam em filmes maiores, nem por sua vez o formato permite a empatia que se espera num filme de Wes Anderson.
Na realizaçao eu atrevo-me a dizer que Anderson é sem duvida o mais diferenciado realizador de momento em Hollywood a forma com que nos da as imagens e uma forma de arte individualizada, bonita, uma forma de arte que apaixona quem gosta de bom cinema.
No cast um recheio de actores, do mais brilhante que temos em Hollywood. Acaba por os maiores destaques irem para o conceito estetico de CHalamet que acaba por ser um dos pontos altos do filme e um Del Toro unico, nuim dos melhores cast do ano.
O melhor - A capacidade unica de Anderson captar imagens
O pior - Acima de tudo a forma fragmentada da historia acaba tirar o impacto claro do que se está a contar
Avaliação - B
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