Num ano em que novamente nesta temporada de premios temos uma luta infernal entre as estreias maiores em cinema e as aplicações de streaming cada vez mais apostadas em preencher esse espaço, a Apple + apostou as suas fichas neste drama futorista. Pese embora a interpretação de Ali tenha tido grande reconhecimento, o filme na sua globalidade foi recebido com mais frieza embora com avaliações positivas, o que tonrou que Coda fosse o trunfo do serviço para os premios. COmercialmente a pouca expansao ainda da Apple + vai condicionar o alcance do filme.
Sobre o filme vamos começar pela premissa, parece original, com muito por onde andar, original, com bons atores que tinha tudo para ser um filme significativo e forte neste ano algo frouxo em termos de originalidade das suas historias. O problema e que apesar de todos estes atributos o filme tem dificuldade em os associar e principalmente muitos problemas na montagem. O excesso de flashbacks diminui a intensidade do conflito central e fica a ideia que um filme com uma linhagem temporal mais linear poderia ter o impacto desejado no que queria comunicar.
Sabe-se que conjugar o drama familiar, de doença com um filme futorista e complicado dai que poucos filmes tentem entrar por este campo. Este filme tenta e tem momentos em que consegue principalmente na disputa entre as duas vertentes da mesma personagem. O que o filme falha e em deixar que seja esses conflitos e essas incertezas liderem o filme para dar muitas vezes a uma historia de amor inequivoca que fica bem patente logo na primeira cena do filme.
Ou seja temos um filme ambicioso, com uma excelente ideia, e excelentes atores que tem dificuldade em se organizar e o resultado pouco melhor e que uma mediania que o tornara certamente algo irrelevante num ano em que filmes como este teriam de ter mais espaço.
A historia fala de um pai de familia, doente terminal que decide aceitar criar um seu clone com todas as suas memorias e formas de pensar para o substituir e assim impedir que o luto volte ao seu contexto familiar.
O argumento tem uma premissa muito original e interessante, que o filme a espaços a concretiza mas fica a ideia que a base do filme merecia um filme mais organizado e competente, já que tem as personagens e circunstancias certas para isso, mas nunca encontra o seu rumo.
Na realização Benjamin Cleary e um jovem realizador que se estreia aqui nas longas metragens depois de ja ter ganho um oscar nas curtas. Ele da uma forma intimista de realizar tentando contrapor as personagens e os espaços com alguma beleza. Fica a ideia que num filme sci fi existe sempre espaço para mais imagem e assinatura o que nem sempre acontece. Mesmo assim e tendo em conta a premissa do argumento devemos ter debaixo de olho.
E no cast que o filme melhor funciona, Ali tem uma excelente interpretaçao de um dos atores em melhor forma e com melhor escolha de filmes que de momento Hollywood tem. E intenso, e versãtil e merece a distinção que tem tido, embora o filme peque por nao lhe dar o suporte devido a interpretaçao. Harris e o suporte do ator, fruto de ser uma atriz competente.
O melhor - A premissa e Ali.
O pior - O filme nao conseguir organizar as ideias de forma a transmitir as mesmas de forma concreta
Avaliação - C+
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