Com o terrorismo na ordem do dia é cada vez mais comum algumas produtores, principalmente de um escalão menor tentar a sua sorte em filmes que juntam o lado mais ativo dos filmes de ação com dissertações sobre tal tema. Este ano e com algumas figuras bem conhecidas surgiu este filme sobre conspirações associadas ao terrorismo. Criticamente as coisas não correram muito bem com avaliações medianas mas com clara tendência para o negativo. Comercialmente mesmo com algumas figuras bem conhecidas do grande publico o filme acabou por estrear em poucos cinemas o que não lhe permitiu qualquer tipo de visibilidade.
Sobre o filme as teorias, e as contrateorias sobre o terrorismo são um campo para todo o tipo de cinema, quer aquele que vai ao cerne de questão normalmente mais associado a realizadores e produtores de uma primeira linha, quer outros filmes que pese embora surjam com algumas teorias, tenham o seu foco numa acção ao mesmo tempo mais pura e mais vazia. Este filme centra-se neste segundo tipo, já que em termos explicativos o filme pese embora seja confuso nas teorias da conspiração umas em cima das outras, o filme acaba por ser um filme de ação com uma heroina no feminino capaz de derrotar tudo e todos.
E nota-se que o filme torna-se muito mais confortavel quando se trata da acção basica, em sequencias longas e combate, do que quando entra no cerne na intriga no argumento em si, aqui não consegue nem ser objetivo nem ser equilibrado, acabando por a explicação para tudo o que vimos e a razão das posições ser explicada numa solta frase de dialogo, porque o que o filme mais se interessa é no facto da heroina destroir os viloes, o que acaba por tornar o filme algo confuso e pouco diretivo na sua base narrativa.
Ou seja um claro filme de serie B, com alguns actores conhecidos mas longe dos seus melhores momentos, que aproveita a tematica estar na ordem do dia, para com um filme simples situado num dos territorios mais visado pelos terroristas, ou seja, Londres, nos dar o tipico filme pipoca de acção, que mantem um ritmo interessante muito por culpa do aparecimento e desaparecimento sucessivo de personagens, mas que em termos de sumo pouco acaba por ter de relevante para o tema.
A historia fala de um agente dos serviços secretos britanicos que se ve envolvida num serviço tendo em vista o lançamento de uma arma biologica em Londres que podera por em casa muitos cidadaos daquela cidade, num atentado com muitas coisas por trás.
Em termos de argumento o twist que o filme vai sofrendo acaba por ser uma face discutivel do terrorismo e que o filme toca. Este facto deixa contudo a nu as fragilidades narrativas do filme, que mesmo tocando nesse ponto nunca o consegue tornar relevante para o filme pela incapacidade de o discutir de uma forma coerente, e nesse ponto o filme acaba por se tornar naturalmente menor que poderia ser.
Michael Apted e um veterano realizador de algum sucesso no final do ultimo seculo, que foi desaparecendo até chegar a televisao. Este ano conseguiu voltar ao cinema com este filme, que em termos de realização é demasiado basico para grande relevo, principalmente porque não consegue grande dimensão nas sequencias de acção, e a nivel artistico nunca tenta ser mais que um contador da historia
No cast Rapace e uma das actrizes que melhor funciona como heroina de açao, consegue ter carisma, presença e disponibilidade fisica o que fazem dele uma escolha interessante para papeis em filmes de acçao simples. Nos secundarios e obvio que DOuglas e Bloom estao longe do fulgor da carreira que ja tiveram, com personagens basicas e desinteressantes. Por sua vez Malckovich consegue dar sempre um toque pessoal interessante aos seus papeis mesmo que estes sejam demasiado basicos.
O melhor - A simplicidade das sequencias de acçao.
O pior - A forma com até toca numa prespetiva interessante do terrorismo sem a conseguir desenvolver.
Avaliação - C
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