Sunday, January 18, 2015

American Sniper

Seria uma questão de tempo ou saúde até Clint Eastwood dar o seu lado da guerra no afeganistão, na altura em que o cinema digere com diversos pontos esta guerra contra os radicais islamicos, nada poderia correr melhor comercialmente ao filme do que os ultimos acontecimentos que puseram novamente esta tematica no centro do mundo que muito terá contribuido para a excelente carreira comercial deste filme pelo menos no dia do lançamento. Criticamente as coisas tambem correram bem a Eastwood num terreno que ele domina e tudo ficou melhor com a reta final dos premios que acabou por garantir duas nomeaçoes fundamentais como filme e actor para os Oscares.
Na analise do filme começo desde logo por salvaguardar que dos ultimos filmes de guerra este é talvez o mais tendencioso e a propagando pro america que me recordo de ver nos ultimos anos, não só na forma como a personagem e descrita como quase infalivel em tudo o que faz e como se de um sexto sentido tivesse de forma a diferenciar tudo que é terrorista à primeira, mão ou o filme so retrata o lado bom da historia esquecendo-se de um lado menos bom dos erros de prespectivas naturais na guerra mas que serao sempre pouco cinematograficos. Por isto digo que o filme é pouco coeso historicamente principalmente quando baseado em dados aparentemente reais.
Mas não fica por aqui os defices do filme, narrativamente o filme é pobre basicamente temos a ligação de alguem a tropa e não a familia, e os conflitos ai inerentes e pouco mais, algo que já anteriormente Hurt Locker tinha feito com muito mais detalhes e muito mais conteudo na forma como contextualizou eesta problematica dai que as obvias comparaçoes fazem e muito este filme perder para a sua influencia directa.
Mas eu até compreendo que os EUA necessitem de propagando para essa actuaçao, nos dias de hoje, na forma como os proprios tentam justificar perante si uma guerra que sempre será considerada discutivel, mas a auto critica sempre foi uma das virtudes do cinema, principalmente de autor, e quando vejo a falta de auto critica deste filme que poderia conjugar o seu tragico real e curioso final, para um debate sobre muita coisa, quase que o indiferencia numa propaganda patriotica que retira todo o pensar e refletir que o filme poderia ser resultante do seu final.
Enfim, um filme de clara propaganda patriotica americana como alias já tinha sido Zero Dark Thirty numa toada bem mais madura, que contudo teve sorte no timing porque o seu valor esta relacionado com tudo isto.
A historia fala de um texano que embarca nos Seals e faz quatro tour no afeganistão, durante as mesmas acaba por perder o contacto emocional com tudo o resto incluindo a familia e tudo começa a ser viver para a patria.
O argumento é simples, alias o filme é bastante circular no que diz repeito aquilo que nos da, ou seja nascimento dos filhos, conflito familiar, e caça ao homem, ao longo de duas horas de filme, não posso dizer que mesmo nos dialogos que poderiam abrilhantar um pouco o filme haja qualquer tipo de risco.
Eastwood e competente na forma como filme e aqui tem um filme ao seu gosto, e interessante como alguem nesta idade consegue imprimir ao filme este tipo de intensidade principalmente em cenario de guerra, já vimos melhores trabalhos no mesmo contexto mas penso que Eastwood e sempre eficaz mesmo que desta vez sem grande cunho proprio no filme.
O cast e dominado totalmente pelo seu protagonista, Cooper tem um papel simples que é facil de agradar, e penso que o filme exige de si mais fisicamente do que em termos interpretativos e ele cumpre, contudo sem brilho para ser nomeado para um oscar num ano que do lado masculino até teve boas interpretações.

O melhor – Algumas cenas psicologicamente intensas bem realizadas

O pior – A faciosimo norte americano no seu expoente maximo.


Avaliação - C

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