Sunday, August 17, 2014

Words and Pictures

Debates filosoficos como pano de fundo para historias de amor, são bases de muitas das grandes love storys adaptadas ao cinema, em 2013 pelas mãos de um veterano realizador australiano surgiu mais um filme semelhante que colocava em disputa a importancia de palavras e imagens. O resultado critico foi mediano, para um filme que teria como este o seu grande campo de batalha esta indiferença não foi positiva, pese embora este facto e tendo em conta que foi um filme que apenas estreou em cinemas selecionados a sua carreira comercial foi acima do esperado ultrapassando a sempre importante barreira do milhao de dolares nos USA.
Sobre o filme podemos dizer que este começa bem, com um tom ligeiro dando o lado mais negro de cada uma das personagens, e o tom suave e algo comedia continua nos primeiros vinte minutos de filme de longe os melhores do filme onde o tom parece ser certo e dando um certo ritmo a um filme que explora paradigmas e cuja monotonia muitas vezes e o caminho mais facil. A primeira fase do filme tem bons dialogos, tem ritmo é divertido sem ser tonto.
Contudo o filme não consegue manter a toada, e com a entrada da disputa em si torna-se mais moroso, mais aborrecido, mais perdido nas personagens centrais e nos seus conflitos interiores do que propriamente no alegado conflito central que o filme quer debater. E ai o filme ganha profundidade emocional, mas perde ritmo, originalidade, tornando-se clamente mais aborrecido.
O problema e que na conclusao o filme já perdeu a capacidade de surpreender já e um filme igual a tantos outros em termos de historias de amor entre opostos, sem um nivel emocional elevado capaz de transportar o filme para melhores voos, sendo um filme simples e pouco mais.
A historia fala de dois professores que entram em disputa junto dos seus alunos defendendo a importancia ou das letras e palavras ou das imagens, esta competicao vai acabar por aproximar os polos da disputa dois professores com conflitos internos muito claros e na fase mais decadente da vida de ambos.
O argumento não consegue ser sempre igual, o filme passa por diversas fases e nem sempre temos um filme totalmente coerente, na maior parte do tempo temos mesmo um filme longo, pausado e retorico e normalmente isso não e resultado de um filme particularmente interessante.
De um realizador com 75 anos não se pode esperar muita acçao ou algo de particularmente inovados principalmente quando ao leme temos mais que uma figura incontornavel uma presença simpatica, e continua, aqui temos mais um filme na onde da sua carreira, simplicidade e pouco mais.
No cast temos um duo de luxo em fases diferentes da carreira Owen ultimamente esta longe dos filmes mais visiveis optando por papeis mais intensos aqui o filme não lhe da grande margem, apenas a espaços o permite principalmente quando explora o seu lado mais dramatico, mesmo assim e sem estar no seu melhor nivel pensamos que ainda tinha lugar num nivel superior do cinema actual, ao seu lado a sempre eficaz Binoche, na tradiçao do cinema europeu encaixa como uma luvaá suavidade que o filme pede a sua personagem e o seu lado menos previsivel, de uma actriz que devido as condicionantes ainda prefere o cinema mundial como um todo.

O melhor – Os primeiros vinte minutos de um filme suave

O pior – Perder a suavidade e nunca mais a encontrar


Avaliação - C

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