O cinema independente tem normalmente uma toada crua e agressiva que é muito vincada num estilo muito proprio de filmes. Neste pequeno filme estreado no festival de Toronto tinhamos um filme de agressividade pura num contexto de dificuldades financeiras latentes. Ao contrario de muitos outros filmes que viram a luz do dia no festival o resultado critico foi extremamente mediano retirando qualquer possibilidade de sucesso na temporada seguiinte ao filme. Dai que o mesmo tenha acabado por estrear de uma forma silenciosa no inicio do presente ano, em cinemas selecionados com resultados comerciais praticamente inexistentes.
A tentativa de alguns realizadores efetuarem filmes duros sem grandes palavras pode ter o mérito da força das imagens mas as mesmas podem ser insuficientes e o que vemos e uma trapalhada de imagens dificeis de conjugar. Pois bem este e um dos filmes que encaixa no segundo caso. Temos personagens sofridas, violência gratuita e pouco mais para um final pensado numa competiçao onde todos batem a todos para a vingança final, num filme que nao tens explicar e mais que isso que não tensa ir ao fundo das questões que levanta.
E certo que este caracter silencioso do filme potencia que o mesmo funciona mais na sua vertente agressiva e da crueldade de algumas cenas entre personagens mas de resto e na contextualização daquilo que estamos a ver parece-me obviamente um filme algo rudimentar e muitas vezes pouco trabalhado. Fica a ideia que um filme como este deveria ter mais palavras, mais contexto para as suas personagens para que a agressividade que nos é facultada tivesse algum fundamento logico.
Por tudo isto Donnybrooke esta longe de ser um bom filme, com processos lentos e mais que isso com imagens pouco ligadas, numa realiação escura, é certamente um filme facilmente apelidado como agressivo mas de uma forma gratuita caminhando para o seu final sem que o espetador esteja realmente interessando na sua conclusão.
A historia fala de dois individuos diferentes que vao entrar numa competiçao de luta, um agressivo, violento e criminoso e um outro que tenta com o premio alterar o destino da sua familia.
Em termos de argumento é um filme demasiado silencioso, com uma quase inexistente caracterização das personagens ou que ocupe muito tempo em dialogos, isso acaba por esvaziar um pouco aquilo que o filme em si da ao espetador.
Na realizaçao Tim Sutton, um realizador proximo do cinema independente tem um trabalho podemos dizer cru, de imagens escuras, quase sempre centrado nos elementos basilares de cada uma das persnagens. Nao e com este tipo de filmes que dara certamente para um cinema mais visivel.
No cast eu considero Jamie Bell um bom actor na forma como consegue dar intensidade aos seus papeis, mesmo em casos como este em que não percebemos muito bem de onde a personagem bem. Grillo por sua vez quase não interpreta limitando-se a distribuir violencia ao longo da mais de hora e meia de filme.
O melhor - A violência tem impacto na forma como é filmada.
O pior - A forma como o filme é uma mistura pouco integrada de cenas
Avaliação - C-
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