Pela amostra neste inicio de ano a aposta da Netflix nos seus produtos originais de cinema está para seguir, com um arranque no festival de Sundance com o novo filme de Dan Gilroy. A expetativa era elevada principalmente pela credibilidade que o realizador foi conseguindo nos ultimos anos, mas rapidamente se percebeu que a recepção critica e principalmente dos espetadores não iria ser a melhor com avaliações algo dispares. Comercialmente parece-me ser um filme com alguma divulgação na plataforma mas é sempre dificil perceber os dados reais de um filme lançado nestes moldes.
Sobre o filme podemos dizer acima de tudo que é um filme arriscado, e que muitas vezes o risco e o caminho para patamares mais elevados num realizador, mas neste caso penso que o resultado final está longe de ser plenamente satisfatorio, ja que a mistura de generos e assuntos acaba por tornar tudo demasiado confuso e com resultados diferentes. Na critica a excentricidade da arte e do seu mundo penso que o filme é feliz, principalmente na forma como caracteriza as personagens, no lado do horror e do sobrenatural a logica do filme vai-se perdendo funcionando apenas no aspeto visual
De um realizador e principalmente de um argumentista como Gilroy espera-se um filme com concreto de imacto maior do que este que temos aqui. Fica a ideia principalmente nos elos de ligação entre algumas personagens que o filme os define mal, e que acaba por ter como unico refugio a sua excentricidade trabalhada e que vai sendo nos promenores o motor de um filme que mesmo assim está longe de convencer.
Em face das pessoas envolvidas e obvio que o filme se trata de uma desilusão, já que a expetativa era elevada, mesmo assim em alguns parametros o filme consegue ser engraçado, bem interpretado e acima de tudo com um cuidado visual que denota autoria na forma como foi planeado.
A historia fala de um grupo de trabalhadores de agencias de arte que acabam por encontrar os trabalhos de um autor desconhecido mas que de repente entra no fascinio de toda a gente, contudo começam a acontecer episodios estranhos a todos aqueles que tentam negociar as obras em questão.
Em termos de argumento penso que o filme tem problemas, parece-me de imediato tem muitas personagens centrais para uma trama tão curta, e tem alguma dificuldade na integraçao do lado paranormal no conceito satirico que o filme tinha até então, e o resultado está longe de ser brilhante.
Gilroy e mais conhecido como argumentista do que como realizador mas neste filme parece-me que funciona melhor atrás da camara do que com a caneta. O filme tem momentos bem pensados do ponto de vista estetica funcionando bem o paralelismo entre a ação e a arte.
No cast temos os dois lados da moeda, Gyllenhall parece-me dar-nos uma demonstração de versatilidade que espelha bem os seus recursos que aguardam na minha opiniao o papel da carreira. Nos seus auxiliares actores que entram mais na sua zona de conforto com excepção de Sturidge que tambem tem os seus momentos de destaque
O melhor - A interpretação de Gyllenhall
O pior - A mistura de generos nao combina
Avaliação - C
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