Wednesday, February 27, 2019

Capernaum

Em quatro anos o Libano teve pela segunda vez um filme nomeado para o oscar de melhor filme estrangeiro. Este pequeno filme, acabou por ser apresentado em Cannes onde fruto do seu realismo conquistou o grand jury que o premiou, acabou por se tornar numa das referencias do cinema extra hollywood do ano, acabando por conquistar a nomeaçao ao oscar respetivo. Comercialmente para um filme sem estrelas e nao falado em ingles os resultados de bilheteira foram extraordinarios.
Sobre o filme, eu confesso que me parece um filme que consegue transmitir tanto realismo e sentimentos nas suas duas horas de filme, que nos dá uma montanha russa emotiva tão grande que nos deixa angustiados e sem qualquer possibilidade de sermos indiferentes a um filme tão concreto, tão emotivo e tão duro. A forma como o filme consegue transmitir de uma forma tão impactante estes pontos é de um merito tão obvio que merecia mais destaque do mundo do cinema.
Desde os contextos espaciais, passando pelas historias de vida, a ligação à realidade dos seus interpretes e mais que isso ao fundamento ideologico final, o filme é recheado de intenções de pontos para discutir e pensar e mais que isso dá-nos com toda a força um sentido e angustia pela forma como vivemos em contraponto com a miseria que menores sem escolha tem de ter. COntudo mesmo com este realismo o filme consegue potenciar boas interpretações e boas sequencias de realição, num filme com principio meio e fim bem definidos.
Por tudo isto e facil para mim considerar este pequeno filme, como a maior surpresa do cinema deste ano pela forma em que um filme de um pais pequeno com meios econimicos reduzidos consegue transmitir tanto de uma forma tão natural que é impossivel passar por este filme sem o levar na memoria e isso e o que de melhor um filme pode ter.
A historia fala de uma criança, refugiada que acaba por sair de casa no momento em que os seus pais vendem a sua irmã mais velha a um adulto para casar, acabando por se contetar com uma refugiada da etiopia ajudando-a nos cuidados prestados a um bebe.
Em termos de argumento o filme é brilhante na forma como consegue ser cru e disruptivo nos dialogos, mas também na forma como consegue transmitir emoçao do primeiro ao ultimo minuto. A parte final do filme é deliciosa.
Na realizaçao o trabalho de campo da Nadine Labaki e brilhante a forma como consegue captar o lado miseravel dos contextos, a forma como consegue ser dura e ao mesmo tempo captar a quimica entre personagens diferencia a qualidade dos realizadores. Num filme que os mais atentos vao desconhecer mas que é sem duvida algo para sublinhar.
A entrega dos menores e maiores do cast e brilhante, o filme é levado ao colo pela interpretaçao do jovem Zain Al Rafea, que pelo facto de ter um papel proximo da sua vida, pode não ser uma personagem dificil mas o impacto que causa merecia mais atenção.

O melhor - Aquilo que o filme transmite

O pior - Muitas vezes estarmos desatentos a filmes desta proveniencia

Avaliação - A-

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