E dificil para alguns realizadores num dos seus primeiros filme, ou pelo menos num dos primeiros filmes mediaticos ganhar o oscar de melhor filme, isso aconteceu com Moonlight o que colocou todas as luzes da ribalta do processo sequente de Barry Jenkins. Este ano surgiu o seu filme seguinte, novamente na comunidade afro americana, novamente com o lado emocional e denunciante implicito, e novamente com criticas muito positivas, mas que desta vez nao conseguiram levar esta obra a nomeaçao para melhor filme do ano, embora tenha conseguido em termos de oscares muitas nomeaçoes importantes. Comercialmente para um filme intimista e sem grandes figuras de primeira linha podemos dizer que os resultados foram consistentes.
Jenkins e acima de tudo na minha optima um cineasta que gosta de ir dentro dos contextos sociais sem nunca perder o norte de uma questão estetica imponente, que acaba por tornar este filme, mais do que uma historia contada de forma linear, uma historia de amor incondicional entre duas pessoas, segregadas por uma sociedade. O filme acaba por ser acima de tudo bonito, e uma das historias de amor do ano, na forma como os pequenos gestos a definem.
Em termos de historia de base parece-me que temos mais do mesmo relativamente a outros filmes que incidem na populaçao afro americana e mais que isso na forma como relata as injustiças desta comunidade. Muitos podem dizer que o final nao feliz do filme e algo negativista, mas certo e que o filme e mais que a sua historia pois e nos promenores de produçao e de realizaçao que o filme eleva-se para uma categoria superior.
Eu como escrevi aqui nao fui um fa incondicional de Moonlight e acho mesmo que este filme de Jenkins e mais completo quer no que diz respeito a realizaçao, interpretaçao e no seu proprio significado. Podera ter um tema mais vulgar mas a forma como o abrilhanta com um argumento quase poetico acaba por dar ao filme o seu impacto, pese embora me pareça que muitas das personagens ainda tinham espaço para construçao.
A historia fala de dois jovens apaixonados, que acabam por ficar separados no momento em que a mesma engravida pela pisão do elementos masculino. O filme é a luta de uma jovem futura mae e acima de tudo para provar a inocencia do seu namorado.
Em termos de argumento a historia de base nao e propriamente criativa, ou original, mas a sua concretizaçao tem elementos de muito valor, principalmente nos dialogos e nos pequenos detalhes contextuais que o filme consegue ter. Um dos bons argumentos do ano.
Ao segundo filme e possivel perceber a forma como jenkins assina os seus filmes com uma serie de detalhes tecnicos e uma preocupaçao tremenda pela forma como quer que cada imagem ou cena do filme impactuem junto do espetador. Uma excelente realizaçao de alguem que começou com a força toda.
No cast eu confesso que achei em bom nivel mas não num nivel excepcional. King tem sido apelidade de grande favorita ao oscar de atriz secundaria e sinceramente fiquei surpreendido com uma personagem simples e uma interpretaçao igual a tantas outras. Nos principais, a forma como a realiaçao e feita potencia bem os papeis em questão.
O melhor - A forma como os dialogos sao trabalhados.
O pior - ALguns espaço para as personagens que não é completo
Avaliação - B
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