Toronto este ano foi a montra de candidatos aos premios onde se efetuou a primeira seleçao de quem seria realmente e candidato e quem ficaria desde logo no filtro independentemente das boas criticas. Ben is Back ficou de imediato nesse filtro por criticas moderadamente positvas e sem o entusiasmo necessario a torna lo num filme de maior dimensao. Isso auxiliado a uma distribuiçao reduzido mesmo com a presença de uma super estrela como Julia Roberts aniquilaram as prespetivas do filme.
Sobre o filme eu confesso que comparando com o outro filme da mesma tematica, concretamente Beautifull Boy, gostei bem mais da objetividade deste filme, mesmo que possa ser mais trabalhado no lado positivo e com uma narrativa mais dramatica talvez por nao ter a base real. E nos detalhes que eu penso que este filme funciona na forma como consegue como poucos nos dar o que pode ser inexplicavel numa relaçao mae filho neste contexto, a forma como a relaçao deixa de ter razao para ter acima de tudo coraçao esta efetuado com muita qualidade no filme muito por culpa de dois interpretes de primeira linha.
O filme na sua segunda parte torna-se demasiado policial com a chegada de algumas personagens que na realidade nada acrescentam ao filme, mas mesmo ai nas historias passadas da personagem com qualquer uma delas temos o excelente contexto que o filme necessita para funcionar, independentemente do lado mais subtil com que e abordado em algumas delas. E um filme filme declaramente emocional mas acaba por ser isso que o filme quer retrarar.
OU seja um dos bons filmes sobre toxicodependente, que consegue ir ao fundo na questão no pos crise e nas barreiras que se tem de ultrapassar numa perdendo a noçao de ter de ser um filme ativo e com ritmo junto do publico, e isso acaba por nos dar um dos filmes mais subvalorizados do ano, que merecia quem sabe mais atençao no que diz respeito a forma como por vezes um estilo de cinema mais convencional em alguns temas pode funcionar melhor.
A historia fala de um jovem em recuperaçao de toxicodependencia que regressa a casa para passar o natal, contudo vai acabar por suceder uma serie de acontecimentos que vai por em causa tudo na sua familia.
Em termos de argumento mesmo tendo uma narrativa central mais emocional do que racional, o filme tem um aspeto em que funciona em pleno que e na caracterizaçao e nas dinamicas entre mae e filho, que ultrapassam toda a racionalidade a forma como cada dialogo e escrito a forma como se passa do conflito para o afeto e do mais real nesta tematica que vi em cinema.
Hedges e um realizador de segundo plano, atualmente ate mais conhecido por ser pai de lucas, tem aqui um trabalho sobrio, tradicional, sem grande risco, deixando o palco aos interpretes. COm uma outra abordagem poderia fazer o filme crescer, mas com uma opçao tradicional nao o limita.
Tambem nas interpretaçoes, principalmente de Roberts penso que o filme acaba por ser tambem algo subvalorizado, Roberts tem uma excelente interpretaçao na dualidade tipica destas relaçoes. Hedges com uma ano mais uma vez brilhante e competente embora me pareça que esteve em melhor nivel em BOy Erased.
O melhor - O realismo da dinamica relacional mae filho.
O pior - O lado policial do filme tira-lhe alguma densidade
Avaliação - B+
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