Wednesday, February 07, 2018

The Star

É conhecido que nem sempre a vertente religiosa da origem do natal é aproveitada pelo cinema de forma a tentar contar a historia mais conhecida do mundo. Pois bem este ano e aproveitanto a epoca festiva um dos grandes estudios de animação aproveitou a ocasião para nos dar a historia do nascimento de cristo sob o ponto de vista do burro. Criticamente as coisas não correram muito bem com avaliações medianas com tendência negativa. Comercialmente para um filme de animação também se espera mais, principalmente aproveitando as ferias de natal.~
Sobre o filme podemos dizer que pese embora tenha a base conhecida o que o torna narrativamente facil, tem algum risco a explorar a relação entre Jose e Maria. Mesmo com alguma simplicidade e um humor moderado neste particular o filme é corajoso já que ate ao momento nunca ninguem explorou a relação entre ambos no cinema, mesmo que de forma leve como este pequeno filme para crianças.
Mas fora esta coragem o filme é demasiado simplista em todas as suas formas. Nem sempre muito coeso nas personagens que vao aparecendo e desaparecendo sem grande logica, mas mais que isso com um humor demasiado tradicionalista, mas penso que aqui foi no sentido de minorizar o impacto que outro estilo poderia ter, tendo em conta o assunto. Também a nivel produtivo, para um filme de grande estudio estamos longe de grande brilhantismo.
Por isso The Star e um filme de animação simples, de uma segunda linha, sem grandes ambições narrativas e mais que isso produtivas, que talvez tenha como unico objetivo dar uma roupagem a historia conhecida do Natal, para a mesma chegar a esta geração. Algo que nos parece ser ciclico em Holywood. Nunca sera um filme de animação para recordar, mas sim um filme pontual
A historia fala de um burro Boo, que sonha integrar a comitiva real, mas uma vez solto acaba por iniciar uma relação com Maria e Jose, que vai conduzir ao nascimento de Jesus com a sua ajuda.
Em termos de argumento o filme aproveita a base biblica para lhe dar uma roupagem e um estilo mais descontraido e ligeiro. Em termos de humor o tradicional e bastante moderado, e pouco mais do que aquilo que nos sabemos. Mas quando se lida com escritos religiosos todo o cuidado e pouco.
Na realização e produçao Reckast estreia-se em grandes produções depois de ter estado na produção de Anomalisa. Aqui parece que o estudio não quis fazer uma aposta de primeira linha. Mesmo assim uma execução simples que não coloca em causa os objetivos do filme.
No cast de vozes podemos dizer que o resultado é eficaz, sem grandes nomes nas personagens centrais, mas com alguns bons momentos em algumas personagens secundarias escolhidas com rigor para as personagens em questão, com sublinhado para Winfrey, Morgan e Perry como os camelos, que acabam por ter o maior destaque.

O melhor - A forma descontraida que o filme aborda a historia

O pior - Basicamente sabemos tudo o que vai acontecer

Avaliação - C

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