Agatha Christie teve um ano é que os seus livros foram novamente base para alguns filmes, sendo a maior produção este filme de estudio com Kenneth Branaghan a começar a sua fase da autora por um dos seus livros mais conhecidos. Pese embora o ambicioso projeto, principalmente em termos de produção o resultado critico não foi brilhante com avaliações demasiado medianas que de imediato retiraram qualquer ambição que o filme poderia ter para entrar na corrida aos premios. Comercialmente fruto da força do livro e de um elenco de primeira linha os resultados foram consistentes dai não extranharem se no futuro virmos novamente o ator ingles como Poirot.
Sobre o filme é obvio que se trata de uma grande produção e isso é percetivel desde logo na riqueza dos cenarios, e mais que isso numa envolvencia forte que demonstra bem o investimento do filme. Pese embora este facto acho que tudo no filme cai num erro de um remake que nada pode dar de novo narrativamente. Primeiro porque o livro e talvez a obra mais conhecida da autora, e mais que isso o primeiro filme foi de tal forma conceituado que conduziu Albert Finney a um oscar da academia, dai que não existia muito espaço para funcionar.
E o certo é que narrativamente o filme está muito longe de funcionar, primeiro porque se centra mais na personagem de Poirot sem a desenvolver, do que propriamente por cada uma das pontas que liga cada uma das personagens ao cadáver, algo que em outros filmes é melhor trabalhado. E mesmo a mitica resolução final é pouco ou quase nada explorada no filme, através de uns flashbacks apressados. E quando um filme de Agatha Christie falha narrativamente muito fica condicionado nem que esteticamente seja um filme de primeira linha.
Em face do acima referido achei um filme sem chama, que simplifica em termos de guião e argumento aquilo que nunca poderia ser simplificado, mas acima de tudo um filme egocentrico de um realizador que da a si um protagonismo de uma personagem que na intriga tinha que ser acessoria, e que Branhagan coloca na primeira linha de tudo.
A historia e a conhecida morte durante o trajeto do expresso oriente que traz no seu interior do detetive Poirot, que vai tentar perceber quem foi o assassino percebendo cada um dos seus passageiros.
Em termos de argumento é onde o filme falha, principalmente nas escolhas de protagonismo, depois na falta de dialogos que nos forneçam mais sobre cada uma das personagens mas mais que isso na forma rapido com que se conclui. Se existe argumento dificil de errar era este e mesmo assim ele falha.
Na realização temos um filme grande, com cenarios muito bem construidos notando-se ser um filme de primeira linha. Em termos da abordagem de Branaghan parece-me claro que a forma como ele passeia pelas carroagens da movimento ao filme, de um realizador que neste momento me parece mais um tarefeiro do que um criador.
No castissimo cast pouco ou nada é potenciado, branagham gosta de se ver como Poirot e abusa disso na camara. A sua construção ate pode ser interessante não fosse um bigode completamente absurdo. Nos restantes pouco a registar a não ser uma Pfeiffer intensa e que podera assim marcar o regresso a un cinema que a tinha particularmente esquecido.
O melhor - Os cenarios
O pior - Um argumento mal balançado
Avaliação - C-
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment