Friday, February 02, 2018

Crooked House

Uma das modas que compareceu este ano foi a adaptação de filmes sobre livros de Agatha Christie. Depois de diversos anos onde este tipo de projetos nao tiveram lugar, talvez porque as adaptações ja tinham sido todas feitas, surgiu este ano dois filmes, com produçoes de tamanhos diferentes, apostadas em dar-nos uma roupagem de dois dos mais famosos livros da autora. A menor produçao das duas foi este pequeno filme, com chancela britanica que ate conseguiu avaliações suficientes na critica mas que nao foi potenciada comercialmente pela falta de estrelas de primeira linha.
Em termos de filme e facil os filmes de Agatha Christie prenderem o espetador que aguardam pelo final, tentando descobrir o que realmente aconteceu. Este estilo policial tradicional foi abandonado mas aqui é recuperado com essa tradição inglesa, de espaços longos, personagens ambiguas e um misterior assumido, e nisso o filme consegue ser balançado, sem nunca no entando nos dar algo de particularmente novo.
Mas como todos os filmes de Agatha Cristie tudo vale pela forma como o filme consegue dar impacto ao seu final, e aqui o filme parece nem sempre saber aproveitar o final que tem, e a surpresa do mesmo, já que parece ter medo de ir mais longe, dai que o filme acabe de repente depois de nos dar tudo sem nunca inovar mais a moratoria desse fim.
Ou seja e um filme que os amantes do policial vao ficar presos ao ecra sem grande deslumbre, e que os menos amantes vao achar igual a muitos outros, parecia existir espaço para inovaçao em alguns pontos do filme, ja que assim e apenas um compentente filme que adapta uma obra de Agatha Cristie.
O argumento fala de um detetive que acaba por se deslocar para a casa de uma ex namorada de forma a investigar o alegado homicidio de um rico patriarca, onde todos os elementos do agregado tinham algum motivo para cometer o crime.
Em termos de argumento é um filme pouco arriscado, segue a linha do livro com tradição, as personagens seguem os elementos que o filme precisa sem mais. Nao temos dialogos de primeira linha, e existe pouco aproveitamente da parte final, mas no restante o filme e eficaz.
Na realizaçao Paquet-Brener e um realizador que ja trabalhou com algumas figuras do cinema mas nunca com grande sucesso, aqui tem uma realização tradicionalista inglesa simples sem grandes truques. Nao vai ser aqui que ganhara mais dimensao, apesar de ser competente na sua obra.
No cast temos uma serie de actores de segunda linha que pese embora cumpram minimamente nao dao dimensao ao filme. Principalmente no que diz respeito a Irons o descendente de Jeremy parece sempre algo repetitivo no seu lado rebelde sem causa.

O melhor - Nao complicar o que é facil

O pior - Pouco risco na abordagem

Avaliação - C+

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