É quase sempre certo quando um filme de alguma dimensao aposta em recriar um dos acontecimentos mais marcantes da historia recente da humanidade que o filme obtenha reconhecimento e entre na luta pelos premios maior. Talvez com menos intensidade do que esperado, fruto de criticas positivas mas não unanimes certo é que Darkest Hour para alem de lançar isoladamente Oldman para o oscar de melhor actor conseguiu a nomeaçao para melhor filme o que faz de imediato este filme como um sucesso critico. Comercialmente num ano em que a segunda guerra mundial esteve em alguns filmes o resultado tambem foi positivo em face das expetativas iniciais.
Retratar um dos episodios mais conhecidos da historia mundial, nem sempre e uma tarefa facil para qualquer cineasta uma vez que vai transmitir o obvio, dai que o sucesso do filme esteja sempre dependente de detalhes que com um argumento de base podem ser mais descuidados. Em face desta exigencia podemos dizer que mais que tudo este filme é competente, por um lado porque Wright dá-lhe uma roupagem estetica muito interessante, principalmente pela beleza da fotografia do filme que torna o mito ainda maior, e principalmente pela magistral interpretaçao de Oldman que faz do filme um show do seu talento.
E obvio que o filme tambem nao e uma obra prima, que tem alguns defeitos assinalaveis, desde logo na forma como se centra num aspecto muito proprio da personagem explorando-a a exaustão. Depois fica a ideia que o filme não quer ou não consegue dar qualquer relevo aos personagens secundarios mesmo aqueles que dividem o ecra grande parte do tempo com o protagonista. O que nos parece é que é um argumento muito pensado na componente interpretativa de Oldman, o que ate pode ser uma opção correta ja que funciona em pleno.
POr tudo isto este e um filme obvio, bem feito, e bem protagonizado, que significa o registo em filme de um acontecimento de grandes dimensoes, por um bom estudio e um bom realizador, mas acaba por nao ser em termos de cinema nada de particularmente novo ou relevante que o levem a altos patamares de qualidade.
A historia fala da ascenção de WInston Churchill a primeiro ministro de inglaterra, a forma como as suas relações politicas o levaram a tal cargo e a forma como teve de gerir um ataque iminente dos alemães na segunda guerra mundial.
Em termos de argumento é demasiado obvio, o filme quase da todo o protagonismo as palavras ja conhecidas de Churchill no seus discuros e pouco mais. E algo previsivel no seu desenvolvimento mas sendo o relato de um acontecimento historico conhecido nao existia muito mais a fazer, peca talvez por as personagens secundarias nao terem qualquer relevo.
Joe Wright é um realizador com uma intensidade muito especial que faz dos seus filmes normalmente filmes bonitos e proximos do grande publico. COm excepçao de PAn os seus filmes seguem algum tradicionalismo mas acima de tudo sao filmes com um cunho de assinatura propria que este tambem tem. A realizaçao principalmente na junção com a fotografia e brilhante e um dos apontamentos de grande nivel do filme, talvez o que poderia ter maior destaque nao fosse Gary Oldman.
E no cast que o filme tem o maior trunfo. TOdos os olhos apontavam para Oldman e ele convence em toda a linha a sua construção e intensa, carismatica e de dificil execução. Era facil encontrar erros num papel pensado para oscar. Mas todos tiveram de se render as evidencias de um papel de uma vida.
O melhor - Gary Oldman
O pior - Nem sempre o filme desenvolve as personagens secundarios
Avaliação - B
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