Cada vez mais a Dreamworks em termos de animação tem apostado acima de tudo no marcado da primavera para lançar os seus novos produtos, algo que nos ultimos anos tem funcionado muito mais em termos comerciais do que propriamente com valores criticos, algo que parece já ser aceite com simplicidade pelo estudio. Este ano a sua aposta foi para a natalidade contra a adopção de animais, nesta metafora, que novamente parece não ter convencido a critica, com avaliações essencialmente medianas, sendo que comercialmente as coisas correram razoavelmente bem com resultados bastantes consistentes.
Um filme de animação para funcionar tem de ter diversos pontos a seu favor. O primeiro dos quais é significado e peso do mesmo. Neste caso parece-me que pese embora a mensagem de aceitar um irmão até pode ser actual e razoavel, a forma como a mesma é passada parece-me demasiado fantasiosa o que pode tirar esse mesmo ponto ao publico menor. Outro dos pontos que deve resultar é o humor, aqui parece-me que o filme apenas consegue utilizar o humor estetico e fisico, tendo dificuldade em implementar quer curiosidades quer a ironia como forma de um humor mais vincado.
Em termos emocionais parece-me obvio que o filme não tem esse objetivo, apenas na separação final e nas cançoes de embalar o filme tenta cobrir este ponto, mas parece pouco para um filme de grande estudio de animaçao, vocacionado para os mais pequenos.
Ou seja temos um filme que nos parece com alguns bons momentos principalmente na interação entre irmãos, que acaba por ser um cinema de animação ligeiro, com situações divertidas, mas que em termos de alcance nos parece longe da envolvencia que outros filmes já tiveram, mesmo no que diz respeito a Dreamworks.
A historia fala de um filho unico alvo da atenção dos pais que acaba por receber um alegado irmão que nao e mais que um executivo de uma fabrica de bebes que tem como objetivo aumentar o amor dos humanos pelas crianças em deterimento do humor por animais de estimação.
No que diz respeito ao argumento mesmo sendo a problematica algo atual e bem pensada naquilo que quer transmitir, parece-me que por vezes arrisca demasiado no paralelismo da fantasia dentro do filme, o que torna tudo algo estranho em alguns momentos. Mesmo em termos de humor parece-me que poderia existir maior diversidade de registos, já que nos parece aqui algo repetitivo.
Em termos de produção a Dreamworks e uma das maiores pelo que isto acaba por ser simples, na forma como o apelo da cor, principalmente define a marca de agua da produtora. Em termos de inovaçao nao temos um filme piloto, mas acaba por se notar a assinatura de um dos grandes.
No leque de vozes excelente a escolha de Baldwin como protagonista bebe, algo que acaba por dar ao filme um carisma que nao conseguiria com uma escolha mais simples. No restante tudo é cumprido sem grandes problemas.
O melhor - A voz do The Boss Baby
O pior - a forma como a fantasia complica a transmissão da mensagem do filme.
Avaliação - C+
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