Sunday, May 14, 2017

Absolutely Anything

Pode uma comedia suscitar tanta curiosidade e posteriormente se tornar num filme tão pouco aperciado e quase incognito na maioria dos mercados. A resposta baseada neste filme é claramente sim. Um filme que marcava a ultima presença num filme de Robin Williams e que mais que isso trazia o grupo de Monthy Python novamente juntos, bastava isso para ter buzz para uma realidade interessante, contudo as primeiras e muito mas avaliações acabaram por condicionar um filme que apenas dois anos mais tarde viu a luz do dia nos EUA e com quase nenhum tipo de sublinhado.
Sobre o filme é obvio que quando vamos para um filme realizador por um dos comicos de maior sucesso na inglaterra, com outro como protagonista, estamos a espera de um filme de primeira linha em termos de humor, algo que o filme na realidade nunca consegue ser, acabando por na maior parte das vezes ter uma estrutura de humor demasiado tradicionalista e pouco funcional, com um humor que na maior parte das vezes se limita a componente fisica sem qualquer tipo de trabalhado.
Mas não e apenas no humor que me parece que o filme deveria ser mais potenciado, no que diz respeito a narrativa central, parece-me um filme demasiado tonto na sua abordagem e na sua formula. Para funcionar uma historia tipica dos anos 80 nestes dias tinha de ser uma abordagem diferenciador, não so no argumento mas tambem na realizaçao e o filme acaba sempre por ter uma apresentação tradicionalista o que não lhe da em momento algum grande graça e mais que isso rapidamente se dissolve entre outras comedias baratas de baixo orçamento.
O problema deste filme e mesmo a expetativa nem nos Monthy Python e mesmo em Simon Pegg estamos habituados a um humor ingles mais refinado, mais falado e menos fisico, aqui temos algo demasiado tradicional, algo que poderia ter resultado nos primordios dos comediantes aqui envolvidos mas nunca no seculo atual, mais exigente e numa sociedade que muito mudou naquilo que a diverte.
A historia fala de um pseudo escritor e professor que de repente ganha a possibilidade de obter tudo que deseja, como forma de um extraterrestres exprimentar a bondade nos habitantes da terra e decidir ou não a sua continuidade.
No que diz respeito ao argumento penso que em nenhuma das suas vertentes ele funciona na realidade, nem na base da historia, que me parece demasiado tonta, nem na concretizaçao do humor, demasiado fisica e tradicionalista.
Terry Jones uma das figuras de proa dos comediantes Monthy Python tem aqui um trabalho demasiado tradicional, numa abordagem sem grande toque de autor, numa produçao aparentemente moderada, e que não permite disfarçar por si so um argumento tambem ele sofrivel.
No cast parece obvio que nos dias de hoje Pegg e o mais parecido com Monthy Python que existe dai que a sua colaboraçao me parece interessante, tem a capacidade do tipico humor ingles e fisico, dai que não seja por ele que o filme fica limitado. Beckinsale parece mais perdida no terreno da comedia, e Williams e sempre uma escolha de primira linha para fazer vozes, merecendo obviamente um filme mais completo para a sua despedida.

O melhor – A voz de Williams

O pior – A expetativa resultar num filme pequeno a todos os niveis


Avaliação - D+

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