Nos ultimos tempos Guy
Ritchie tem passado do cinema independente britanico para adaptaçoes
com cunho de autor de algumas das figuras maiores da literatura
britanica. Depois do sucesso de Sherlock Holmes, surge agora um
projeto que visa colocar todos os cavaleiros da tabua redonda no
ecrã, começando pelo mais conhecido ou seja Rei Artur e a sua
Excalibur. Pese embora a ambição deste projeto criticamente as
coisas não foram brilhantes para o realizador com as avaliações a
serem medianas quase negativas, e as primeiras notas comerciais a
demonstrarem que este filme esta longe do sucesso que a industria
vaticinava.
Sobre o filme, se
existe ponto indiscutivel no filme é a assinatura de Ritchie como
autor do mesmo, a forma da narrativa, com relatos fragmentados de
historia e adaptaçoes muito utilizada pelo realizador no seu cinema
de base esta bem presente no filme e acaba por ser o cunho do
artista. Contudo parece nos que esta opção num filme de grandes
massas e de ação como este não é a mais eficaz, porque acaba por
tirar ritmo e objetividade a um filme que na base tem que ter estes
pontos, tira-lhe alguma universalidade para o tornar numa adaptação
Guy Ritchie que os adeptos do realizador vao aceitar embora o resto
da historia não seja o seu terreno, os restantes vao achar estranho.
Em termos de produçao
o filme tem mestria na forma com que as sequencias de ação sao
realizadas, com realismo com originalidade, denotando-se a clara
diferença do filme realizado por um tarefeiro de hollywood com a
roupagem que aqui temos. E uma abordagem diferenciada na forma de
transmitir as imagens que diferencia pelo menos na forma o filme de
outros grandes blockbusters deste ano.
Ou seja um filme
estranho parece-me obvio que pelo menos neste registo Ritchie não
encaixa perfeitamente pelo menos em termos narrativos com o que um
filme de ação, paranormal, e de epoca necessita, o resultado e
estranho com apontamentos de autor de qualidade mas na base um objeto
muitas vezes pouco coerente.
A historia fala na vida
do Rei Artur na forma como acaba a ser criado num bordel e a sua
descoberta como herdeiro de um trono que lhe foi roubado e a
tentativa de voltar a conquistar o que é seu por direito e
determinado pela mitica espada excalibur.
Em termos de argumento
temos a base da historia conhecida que em face da sua dimensao e
dificil de alterar, e temos uma abordagem ritchiana na forma de a
contar, que na minha opiniao não funciona, tornando a objetividade
da historia muito confusa. Melhor Ritchie na forma como caracteriza
as suas personagens com a rebeldia caracteristica dos seus filmes.
Ritchie e um bom
realizador, com muitas capacidades e variado, que tem assinatura
propria. Muitas vezes parece e tentar abordar projetos pouco
condizentes com o seu estilo de cinema e torna-los obras pouco coesas
como e o caso desta. Isto fez com que o realizador acabe por ficar
longe do seu colaborador Matthew Vaugh muito mais certeiro em filmes
para todo o publico.
No cast penso que o
filme fez boas escolhas Hunnam parece-me um realizador com
faculdades, que consegue conciliar a disponibilidade fisica com
carisma e sentido de humor, bem como Law parece em boa forma neste
momento quer seja para protagonista quer para vilão.
O melhor – A
realização de Ritchie tem bons momentos.
O pior – A narração
dos factos versão ritchie não encaixa num filme de epoca de ação
Avaliação - C
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