Desde que foi anunciada uma nova reunião entre Pitt e Dominik as
atenções de Hollywood voltaram para este trepidante filme de acção
assumidamente politicamente incorrecto, que tinha intenção de colocar em
cheque a politica economica de um pais de um ponto de vista metaforica
dentro das pequenas mafias instauradas. Agora que o filme finalmente tem
a sua estreia em Hollywood e ainda se desconhece o seu valor comercial,
apenas podemos dizer que em termos criticos as coisas voltaram a correr
bem a esta união, com boas avaliações talvez insuficientes para o filme
entrar na corrida pelos galardões mas será sempre um dos filmes bem
avaliados do presente ano.
Confesso que as minhas expectativas
relativas ao filme não eram as melhores, talves porque Jesse James me
tinha parecido um filme aborrecido, e filmes sobre mafias,
principalmente em suburbios americanos normalmente não funcionam com
intensidade e riqueza narrativa. Mas para meu espanto encontrei um filme
bem diferente do Jesse James, um filme intenso com um ritmo acelarada,
com uma riqueza narrativa acente em dialogos de eleição alguns deles a
fazer lembrar Pulp Fiction e mesmo sendo um drama consegue ter sempre um
ritmo bem disposto que dá ao filme um caracter noir bastante
interessante, principalmente na forma como idiotiza a pouca habilidade
dos seus protagonistas iniciais.
A primeira fase do filme é
brilhante não só na forma como os dialogos são construidos no conteudo
dos mesmos, no paralelo que vai efectuando com a primeira campanha de
Obama quase como fazendo uma paralelo metaforico, mas acima de tudo
recheado de algumas situações non sense que por muito que pouco sirvam
para o evoluir do filme são objectos que imprimem intensidade e a
ligeireza como segredo ao proprio filme.
Na segunda parte o filme
decai, principalmente porque o ritmo deixa de existir é ligeiramente
mais pousado, principalmente com a introdução da personagem de
Gandolfini, aqui o filme centra-se mais em dialogos longos, que pese
embora a sua riqueza e alguns apontamentos de elevada qualidade retira
algum ritmo ao filme, que apenas consegue recuperar já na parte final,
acabando num dos paralelos mais interessantes entre a realidade e ficção
quase em termos de analise politica que há memoria.
O filme fala
de três assaltantes que após efectuarem um roubo a uma casa de jogo
ilegal, observam a mafia a contratar um temivel assassina para limpar as
consequencias de tal acto.
O argumento e rico, principalmente em
termos de dialogos bem influenciado por filmes como Pulp Fiction o filme
tem nos dialogos a dois momentos de escrita de primeira linha, com
intensidade e sentido, mas a riqueza torna-se ainda maior quando o
paralelismo metaforico existe entre o filme e a sua linhagem e o
desenvolvimento economico e social do pais, um argumento dificil e
bastante interessante.
A realização tem momentos de excelencia de
risco de caracter estetico de desafio, Dominik tem plena noção do filme
qual o estilo que melhor precisa, e mesmo em algumas situações quer
deslumbrar com formas diferentes inovadores e que resultam bastante bem,
uma das melhores realizações do ano.
O cast é funcional pese
embora não seja tão vistoso como os outros segmentos do filme funciona
bem Pitt tem um dos melhores papeis seus dos ultimos tempos, com carisma
ironia e intensidade, ao qual se junta um Gandolfini em piloto
automatico bem como um Jenkins que contrasta bem com Pitt que domina o
filme neste registo.
O melhor - A junção de um bom argumento com uma optima realização.
O pior - O filme perder intensidade na segunda fase
Avaliação - B+
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