Saturday, December 01, 2012

Killing Them Softly

Desde que foi anunciada uma nova reunião entre Pitt e Dominik as atenções de Hollywood voltaram para este trepidante filme de acção assumidamente politicamente incorrecto, que tinha intenção de colocar em cheque a politica economica de um pais de um ponto de vista metaforica dentro das pequenas mafias instauradas. Agora que o filme finalmente tem a sua estreia em Hollywood e ainda se desconhece o seu valor comercial, apenas podemos dizer que em termos criticos as coisas voltaram a correr bem a esta união, com boas avaliações talvez insuficientes para o filme entrar na corrida pelos galardões mas será sempre um dos filmes bem avaliados do presente ano.
Confesso que as minhas expectativas relativas ao filme não eram as melhores, talves porque Jesse James me tinha parecido um filme aborrecido, e filmes sobre mafias, principalmente em suburbios americanos normalmente não funcionam com intensidade e riqueza narrativa. Mas para meu espanto encontrei um filme bem diferente do Jesse James, um filme intenso com um ritmo acelarada, com uma riqueza narrativa acente em dialogos de eleição alguns deles a fazer lembrar Pulp Fiction e mesmo sendo um drama consegue ter sempre um ritmo bem disposto que dá ao filme um caracter noir bastante interessante, principalmente na forma como idiotiza a pouca habilidade dos seus protagonistas iniciais.
A primeira fase do filme é brilhante não só na forma como os dialogos são construidos no conteudo dos mesmos, no paralelo que vai efectuando com a primeira campanha de Obama quase como fazendo uma paralelo metaforico, mas acima de tudo recheado de algumas situações non sense que por muito que pouco sirvam para o evoluir do filme são objectos que imprimem intensidade e a ligeireza como segredo ao proprio filme.
Na segunda parte o filme decai, principalmente porque o ritmo deixa de existir é ligeiramente mais pousado, principalmente com a introdução da personagem de Gandolfini, aqui o filme centra-se mais em dialogos longos, que pese embora a sua riqueza e alguns apontamentos de elevada qualidade retira algum ritmo ao filme, que apenas consegue recuperar já na parte final, acabando num dos paralelos mais interessantes entre a realidade e ficção quase em termos de analise politica que há memoria.
O filme fala de três assaltantes que após efectuarem um roubo a uma casa de jogo ilegal, observam a mafia a contratar um temivel assassina para limpar as consequencias de tal acto.
O argumento e rico, principalmente em termos de dialogos bem influenciado por filmes como Pulp Fiction o filme tem nos dialogos a dois momentos de escrita de primeira linha, com intensidade e sentido, mas a riqueza torna-se ainda maior quando o paralelismo metaforico existe entre o filme e a sua linhagem e o desenvolvimento economico e social do pais, um argumento dificil e bastante interessante.
A realização tem momentos de excelencia de risco de caracter estetico de desafio, Dominik tem plena noção do filme qual o estilo que melhor precisa, e mesmo em algumas situações quer deslumbrar com formas diferentes inovadores e que resultam bastante bem, uma das melhores realizações do ano.
O cast é funcional pese embora não seja tão vistoso como os outros segmentos do filme funciona bem Pitt tem um dos melhores papeis seus dos ultimos tempos, com carisma ironia e intensidade, ao qual se junta um Gandolfini em piloto automatico bem como um Jenkins que contrasta bem com Pitt que domina o filme neste registo.

O melhor - A junção de um bom argumento com uma optima realização.

O pior - O filme perder intensidade na segunda fase

Avaliação - B+

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