Monday, December 31, 2012

Flight


Depois de diversos anos afastados do grande ecrã, um dos melhores realizadores dos últimos 30 anos, regressou com um filme simples, falo de Robert Zemeckis, e no seu regresso colocou de lado a animação, ou mesmo os filmes de grandes dimensões produtivas, para basear-se em personagens e historias que podias ser do quotodiano. O resultado foi positivo, por um lado porque com este filme conseguiu recolher boas avaliações, contudo pelos primeiros indícios insuficientes para o colocar de novo na rota dos grandes galardões e comercialmente resultados relevantes sem contudo atingir o nível dos seus melhores filmes.
The Flight podemos dizer que é um típico filme do seu protagonista Denzel Washington ou seja sobre uma personagem dicotómica, com um lado bom e muitos maus que vão ser experimentados ao longo das mais de duas horas de filme, se por um lado o filme tem coesão narrativa, boas interpretações detalhes sobre investigação por outro lado em muitos outros pontos e repetitivo desde logo no cliché de toda a relação do protagonista com o seu interesse amoroso ou mesmo o facilitismo da mesma, ou então o cliché emocional familiar final, parece-nos que para o filme funcionar não precisava de elementos suavizantes, principalmente para um realizador como Zemeckis.
Mesmo assim parece-nos que é um filme que evolui dentro de si mesmo, aos poucos a monotonia inicial vai colocando pontos de lado e assumindo aquilo que o filme realmente é, sobre a auto critica neste caso sobre o alcoolismo, e nessa ponte penso que o filme tem uma moratória social imponente que aos poucos se descobre no filme e que no final fica bem vincada, o que deve ser valorizado num filme como receita social.
Pese embora esse facto e estarmos perante um filme bom, podemos dizer que é um pouco obvio, ou seja que os seus elementos nunca conseguem vincar o filme, num estilo próprio, alias parece-nos sempre que o filme se adequa mais ao seu protagonista do que o contrario, e nisso temos de pensar que um realizador como Zemeckis poderia ir mais além num filme mais artístico, ou quem sabe com mais imponência no próprio estilo narrativo, falta diferenciação natural à historia.
A historia é apelativa um piloto com problemas da bebida consegue salvar muita gente da morte num aparatoso acidente de avião alegadamente causado por falhas técnicas, contudo tem de lidar com a investigação que coloca em causa o seu estado durante a viagem.
O argumento é forte principalmente na historia de base e na forma como cria o clnflito vincado de todo o filme, também nos parece bem escrito em diálogos principalmente entre o protagonista e o seu advogado, mas falha nos adereços nas historias complementares onde entre pela vertente mais fácil e por isso mais difícil de sublinhar com vinco.
A realização de Zemeckis é natural, mesmo não sendo um trabalho vistoso quando é colocado à prova na vertente mais técnica funciona bem, tem bons momento de grande realizador pese embora no geral temos uma realização suave, sem preocupações mas também por isso sem grandes rasgos creativos.
Em termos de cast alguns dos melhores pontos do filme, é certo que Washington normalmente interpreta personagens muito iguais que as adequa com um cem numero de tiques e expressões suas que pode soar a demasiado repetitivo, contudo neste caso parece-nos que a personagem encaixa-se e tem momentos complicados que só um grande actor ao seu melhor nível consegue conquistar com realismo, e Washington faz, domina o filme, arrisca, e conquista, numa das melhores interpretações do ano. Pode ser sempre e igual, mas é sempre quase perfeito. Tambem realce para a boa interpretação de Cheadle a regressar ao bom nível depois de alguns anos afastados dos grandes filmes e acima de tudo de grandes interpretações, poderia ser nomeado para melhor secundario, mas a feroz concorrência deve-o afastar por excesso de serenidade e não ser um papel vistoso.

O melhor – A mensagem simples, directa e coesa do filme.

O pior – Os clichés emocionais são desnecessários aos grandes filmes.

Avaliação – B-

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