Monday, December 31, 2012

Frankweenie


É conhecido o fascínio que Tim Burton tem pelo cinema de animação, depois de produzir Nightmare before Christmas e acima de tudo escrever e realizar o surpreendente Noiva Cadaver, surge este ano com um filme como o mesmo estilo e baseado numa das suas primeiras curtas metragens agora suportado pelos estúdios Disney o cineasta apostou num filme para o grande publico com a sua própria maneira de ver o mundo. O resultado foi dual se criticamente este filme de animação foi um dos mais bem recebidos do ano em termos comerciais as coisas ficaram muito aquém do esperado com resultados absolutamente desapontantes.
Em termos de avaliação começo por referir que este ano com jornada dupla para o realizador foi uma total desilusão para quem como eu gosta muito da sua obra completa recheada de obras primas. Se Dark Shadows não conseguiu concretizar muitos dos objectivos pensados este Frankweenie e na minha opinião bem mais fraco do que qualquer um dos outros filmes de animação com a chancela Burton, desde logo porque o conteúdo moral é de tal forma residual que raramento o conseguimos observar notoriamente, e por outro lado mesmo a historia de base parece sempre ser demasiado limitada presa a alguns conceitos mais primários que Burton tem como autor.
Os pontos positivos do filme e o espirito Burton que esta presente em toda a produção desde a contruçao das personagens tema, cenários e acima de tudo cor o filme e surpreendente com estilo e acima de tudo com um conceito próprio que já faz historia nesta peculiar ligação de Burton e animação.
Pese embora este parâmetro penso que e claramente um filme narrativamente menor na filmiografia de Burton principalmente pela falta de mataforas por um simbolismo demasiado subtil limitando-se por vezes a copiar a antiga historia de Frankensteein e traze-la para o mundo animal. Pode num ano fraco em animação ganhar reconhecimento mas parece-me que seria incrível num realizador e cineasta com tanta obra que fosse um filme claramente menor que o conduzisse ao premio.
A historia fala de um jovem com gosto pela ciência que apos a morte do seu cão consegue o ressuscitar com intervenção de raios, contudo este poder vai conduzir a um efeito desastroso para tudo que o rodeia, e nem sempre o sonho se fica por o lado bom.
O argumento e o parâmetro pobre do filme, desde logo pelo exagero com que o filme acaba por se tornar, ate se introduz bem mas rapidamente se torna um filme obvio pouco moralmente assumido com originalidade limitada a sua forma mais que ao seu conteúdo.
A produção e realização e o ponto de excelência do filme arriscada com sentito estético presença de autor, Burton tem um seu mundo que se reconhece e isso não esta ao alcance de qualquer um, e neste filme neste parâmetro melhora o que já tinha feito.
Em termos de cast pouco, muito pouco a registar as vozes funcionam sem deslumbrar são efectivas mas o filme parece algo independente do sucesso destas e quando assim o é num filme de animação pouco se pode assinalar para o bem, ou para o mal.

O melhor – O estilo Burton, inconfundível.

O pior – o simbolismo de Burton a arte narrativa poética inexistente

Avaliação – C+

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