É conhecido o fascínio que Tim
Burton tem pelo cinema de animação, depois de produzir Nightmare before
Christmas e acima de tudo escrever e realizar o surpreendente Noiva Cadaver,
surge este ano com um filme como o mesmo estilo e baseado numa das suas
primeiras curtas metragens agora suportado pelos estúdios Disney o cineasta
apostou num filme para o grande publico com a sua própria maneira de ver o
mundo. O resultado foi dual se criticamente este filme de animação foi um dos
mais bem recebidos do ano em termos comerciais as coisas ficaram muito aquém do
esperado com resultados absolutamente desapontantes.
Em termos de avaliação começo por
referir que este ano com jornada dupla para o realizador foi uma total
desilusão para quem como eu gosta muito da sua obra completa recheada de obras
primas. Se Dark Shadows não conseguiu concretizar muitos dos objectivos
pensados este Frankweenie e na minha opinião bem mais fraco do que qualquer um
dos outros filmes de animação com a chancela Burton, desde logo porque o
conteúdo moral é de tal forma residual que raramento o conseguimos observar
notoriamente, e por outro lado mesmo a historia de base parece sempre ser
demasiado limitada presa a alguns conceitos mais primários que Burton tem como
autor.
Os pontos positivos do filme e o
espirito Burton que esta presente em toda a produção desde a contruçao das
personagens tema, cenários e acima de tudo cor o filme e surpreendente com
estilo e acima de tudo com um conceito próprio que já faz historia nesta
peculiar ligação de Burton e animação.
Pese embora este parâmetro penso
que e claramente um filme narrativamente menor na filmiografia de Burton
principalmente pela falta de mataforas por um simbolismo demasiado subtil
limitando-se por vezes a copiar a antiga historia de Frankensteein e traze-la
para o mundo animal. Pode num ano fraco em animação ganhar reconhecimento mas
parece-me que seria incrível num realizador e cineasta com tanta obra que fosse
um filme claramente menor que o conduzisse ao premio.
A historia fala de um jovem com
gosto pela ciência que apos a morte do seu cão consegue o ressuscitar com
intervenção de raios, contudo este poder vai conduzir a um efeito desastroso
para tudo que o rodeia, e nem sempre o sonho se fica por o lado bom.
O argumento e o parâmetro pobre
do filme, desde logo pelo exagero com que o filme acaba por se tornar, ate se
introduz bem mas rapidamente se torna um filme obvio pouco moralmente assumido
com originalidade limitada a sua forma mais que ao seu conteúdo.
A produção e realização e o ponto
de excelência do filme arriscada com sentito estético presença de autor, Burton
tem um seu mundo que se reconhece e isso não esta ao alcance de qualquer um, e
neste filme neste parâmetro melhora o que já tinha feito.
Em termos de cast pouco, muito
pouco a registar as vozes funcionam sem deslumbrar são efectivas mas o filme
parece algo independente do sucesso destas e quando assim o é num filme de
animação pouco se pode assinalar para o bem, ou para o mal.
O melhor – O estilo Burton,
inconfundível.
O pior – o simbolismo de Burton a
arte narrativa poética inexistente
Avaliação – C+
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