Depois de tantos anos de carreira e tanto reconhecimento eis que Almdovar surge finalmente na lingua inglesa, com um elenco de luxo, e com um reconhecimento critico principalmente onde festivais, onde ganhou premios principais. Academicamente as coisas nao correram tão bem e o filme nunca foi na verdade uma das apostas para a temporada de premios, pese embora as boas avaliações gerais. COmercialmente Almodovar ainda é um referencia e o resultado global foi interessante.
Sobre o filme podemos dizer que ele começa a luz brando na forma como nos vai mostrando a relação central, com a ida para a casa e com a referencia central do filme, o filme vai ganhando dimensão ficando a ideia que Almodovar a determinada altura iria sacar um coelho da cartola como conseguiu na maior parte dos seus filmes de maior sucesso, mas isso raramente acontece, acabando na base por ser um filme muito mais intimista do que se julgou que iria ser.
O filme é bem interpretado Swinton está ao seu melhor nivel, na vertenta camaleonica que apenas ela consegue fazer, e os dilemas morais centrais parecem bem introduzidos. Fica a ideia que o restante vetor politico do filme fica muito mais aquém, centrado numa personagem e fica a clara sensação que tudo é demasiado encaixado sem contexto e isso acaba por ser um parentises demasiado grande.
Fica a ideia que este é claramente um filme menor de Almodovar, funciona na quimica entre as personagens e a forma como trabalha o que realmente a personagem de Martha queria com a saida e os seus objetivos. Fica a ideia que os minutos finais são desnecessarios e o filme devia prender-se mais nas duas protagonistas.
O filme fala sobre duas amigas distantes durante muito tempo que se reunem depois de uma delas descobrir um cancro terminal, a mesma percebendo a inivitabilidade do seu destino acaba por propor uma saida a duas, nos ultimos dias da sua vida onde ira praticar a sua propria morte.
O argumento do filme neste epicentro é original, o filme trabalha muito bem as personagens para esse momento, mas fica a ideia que o filme quer ser mais politico, nao so na discussão central, mas em outros elementos que parecem sempre distantes do lado mais intimo que o filme deveria ter.
ALmodovar e um realizador para todos os gostos, com filmes interessantes outros apenas polemicos, com o passar dos anos foi aprimorando os seus filmes tornando-os mais parados mas ao mesmo tempo pensados em termos esteticos. E uma boa realizaçao embora fica sempre a sensação que uma reviravolta que o filme nao tem.
No cast Swinton, escolha central de Almodovar da o melhor de si, intensidade, transformação fisica, intensidade, num papel que se calhar era o que mais merecia outro destaque. Moore acaba por ser apenas equilibrada num filme onde o destaque maior vai para Swinton.
O melhor - A relação central entre as protagonistas e as questões entre elas.
O pior - O parentises politico na personagem de Turturo
Avaliação - B-
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