Numa luta cada vez maior pela Angel Studios se tornar quase a produtora das boas maneiras, eis que no final do ano surgiu um novo biopic sobre uma das figuras que tentou o ataque a Hitler num filme mais biblico. No seu estilo mais tipico o filme acabou por convencer o lado mais conservador e nao convencer a critica especializada. Do ponto de vista comercial, a estrategia da Angel de rede de compra teve resultados novamente moderados como a maioria dos seus ultimos projetos.
Sobre o filme podemos começar por dizer que efetivamente a historia de Bonhoeffer poderia ser interessante do ponto de vista teologico no sentido de nos dar um pouco a luz o risco em que vivia alguem que fosse contra os paradigmas nazis. O problema claro do filme é a sua dificuldade em conseguir em algum momento ser credivel, num esteriotipo e num filme marcado por mais de duas horas de frases feitas em que parece que nunca conseguimos encontrar a real personagem e isso e dos piores pontos que um biopic podera ter.
Do outro lado temos a montagem do filme, os saltos temporais do filme fazem muitas vezes o espetador se perder o fio ao novelo. As coisas acontecem com saltos que nunca percebemos propriamente organizar, e isso parece sempre ser falta de jeito em conjugar cenas do que algo pensado para fazer sentido, já que efetivamente tal nunca faz.
Ou seja uma boa personagem totalmente desprediçada num conteudo que nao tem qualidade em quase nenhum dos seus pontos. O filme falha num argumento limitado e pouco trabalhado, na montagem e na interpretação, quando assim é não existe historia de vida nenhuma que consiga resistir a tanta falta de capacidade.
O filme fala de Bonhoeffer e a sua forma com que se associou a igreja devido a um tragico acontecimento na sua infancia, e a forma como as suas crenças o conduziu a ser um antagonista do lado nazi alemão.
O argumento do filme é limitado a uma serie de referencias e frases feitas, efetivamente pouco para um filme com mais de duas horas de duração. Nao tem profunidade as personagens secundarias sao simples simbolos e isso leva a que o biopic seja pouco interessante.
Os realizadores aposta da Angel Studios estao longe de serem brilhantes, aqui temos Komarnicki um quase desconhecido que ja tinha tido alguns projetos noutros papeis que aqui pouco ou nada diferencia de um filme serie B. Mesmo com mais meios o estilo de abordagem da produtora limita a criatividade dos autores e aqui isso acontece.
No que diz respeito ao cast um conjunto de desconhecidos encabeçado por um Jonas Dassler que nao convence, um conjunto de feiçoes pouco realistas parecem sempre colocar a personagem fora de tom. Supreende a presença do jovem David Jonsson principalmente depois da excelente prestaçao no ultimo ALien, embora aqui a sua presença seja apenas momentanea
O melhor - A vida da personagem
O pior - O filme nao querer saber muito dele em deterimento da doutrina da sua produtora
Avaliação - D
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