Um dos acontecimentos cinematográficos do ano acabou por ser
este filme de terror que marcava uma alteração na carreira standartizada
mantida ate aos dias de hoje por Hugh Grant. Num filme de terror que obteve
boas criticas o filme foi ganhando num dos géneros mais hiperativos do ano,
alguma força comercial embora longe do que normalmente os filmes mais eficazes
do género conseguem ter.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo é diferente na
abordagem ao dar o protagonismo a duas testemunhas de uma religião, acabando
por as introduzir num primeiro momento, até ao momento que a direcionam para o
contacto com o antagonista principal do filme, aqui o filme tem diversos níveis
com diversos resultados. Começa bem nas discussões sobre religião, e onde Grant
temos os momentos em que faz a melhor intriga.
Depois na segunda parte o filme tem mais dificuldades quando
tenta ser de terror, aqui pouco assuta, o twist acaba por ser expetavel, embora
por momentos fique a ideia que o filme pudesse ir para outro lado, e o final
acaba por não ser propriamente muito convincente, sendo que os truques de
camara nos ataques acabam por ser repetitivos.
Não obstante destas dificuldades e um filme competente que
consegue fazer intriga muito por culpa do que já conhecemos de Hugh Grant e a
forma como o filme joga na dualidade da sua personagem. A primeira meia hora de
filme e muito interessante quando o mesmo tenta fazer um terror psicológico com
a crença religiosa, sendo que é sempre nestes debates que o filme acaba por
ser, na maior parte do tempo, competente.
A historia fala de duas testemunhas de uma religião que
acabam por se dirigir a casa de um individuo, aparentemente simpático que as
conduzem num jogo do gato e do rato onde tem colocar a frente de tudo as suas
crenças e a firmeza da sua convicção religiosa.
O argumento do filme é interessante, não apenas na intriga
de base, mas essencialmente na discussão que acaba por fazer da religião em
cada um dos personagens. O filme e menos competente na intriga de terror, sendo
o atalho final um dos pontos fracos do filme.
Na realização temos uma dupla cujo filme anterior não foi
propriamente um sucesso tremendo, com alguma dificuldade em ter impacto. Aqui são
mais cuidadosos em todos os momentos. Alguns dos aspetos como o jogo de camara
com a casa de miniatura demonstra originalidade embora o filme nem sempre jogue
com isso. Uma clara melhoria comparada com o primeiro filme.
No que diz respeito ao cast Hugh Grant domina os ritmos do
filme, num papel de risco mas que saiu bem, porque conseguiu ser ele próprio e
ao mesmo tempo consegue levar o seu lado descontraído para um aspeto mais
Creepy que o filme aproveita. As duas protagonistas, quase desconhecidas funcionam
bem, principalmente Tatcher, e a sua ambiguidade.
Õ melhor – A primeira meia hora do filme.
O Pior – O atalho final
Avaliação – B-
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