Luca Guadagnino surgiu de forma surpreendente em 2024 com dois projetos bem diferentes, com o mesmo argumentista, com os mesmos compositores, mas com ambições diferentes com este Queer a ser lançado em plena temporada de premios e com objetivos claros. Criticamente as coisas ate correram bem nunca conseguindo ser brilhante, fica a ideia que se falou sempre mais no lado homossexual da personagem de James Bond do que o filme em si, e nao sei se essa opçao resultou naquilo que o filme queria atingir. Do ponto de vista comercial os resultados foram curtos principalmente nos EUA onde poucos se interessaram por o tema.
Sobre o filme posso dizer que gosto da forma com que Guadagnino filme na conjugação do tradicional, no europeu com a musica e a importancia que a estetica visual e auditiva tem nos seus filmes, alguns deles obras primas do cinema moderno. o que falha neste filme é mesmo a historia, a dictomia da relação sexual e amorosa ate podia ser um bom trabalho se o filme não tivesse demasiada preocupação em dar ao filme o elemento de choque por vermos um James Bond em cenas de sexo explicitas, colocando o guião um pouco de lado.
Outro dos problemas do filme é a que irreverencia musical, que dao alguns dos melhores momentos ao filme, mesmo das personagens, no desenvolvimento do filme acabe por desaparecer para dar espaço a sequencias onde as personagens não saem do seu espaço. Na ultima parte do filme, fica a ideia que tudo se perde, a sequencia do consumo para tentar perceber a relação é exagerada e o filme nao ganha propriamente dito com essa eloquencia.
Por tudo isto e mesmo sendo obvio que Luca e um dos melhores realizadores da atualidade fica a ideia que este filme perde-se em perciosismo e nao encontra a sua forma mais correta de comunicar. Quando se fala mais de uma interpretaçao do que propriamente do filme, fica a ideia que algo falhou e Queer falhou talvez por ter levado em demasia a ambiçao de ser essencialmente um filme Queer.
A historia segue um individuo no Mexico que passa a vida a deambular por espaços publicos procurando encontros sexualziados ate que tudo muda nos contactos com um jovem com o qual partiha experiencias sexuais esperando que tudo seja algo mais.
O argumento do filme ate poderia ter uma base interessante, na dictomia entre o envolvimento sexual e intimo, o filme explora em alguns momentos esse ponto, mas deixa-se adormecer exageradamente nos grafismos e por fim numa sequencia de resposta pouco coesa. Nao nos parece o melhor argumento para os objetivos.
Na realizaçao e incrivel a forma de Luca filmar e captar a todos os momentos as melhores imagens possiveis. Sabe quando as personagens necessitam de conversar a sos com o publico, sabe usar a musica, e fica aqui algo perdido na minha opiniao com um argumento lento, e principalmente com ter colocado a acentuaçao do filme na sua escolha para protagonista.
Craig arrisca mas o filme arrisca muito na sua escolha. Esta exposiçao contra tudo o que fez antes podia ser bem avaliada mas ia ser o assunto central do filme mais do que qualquer outra coisa. Pena e que o filme procure na maior parte do tempo isso, e o filme se perca. Uma boa interpretaçao mas um filme que se parece demasiado preocupada com ela. nos secundarios Starkey cumpre uma tarefa de base da personagem central.
O melhor - Alguns momentos de Luca Guadagnino como realizador.
O pior - A sequencia final
Avaliação - C
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