Tuesday, January 14, 2025

La Chimera

 Apresentado o ano passado no festival de Cannes mas entretanto desaparecido até agora ter surgido com algumas pre indicações para os Bafta este filme italiano acabou por surpreender numa especie de Indiana Jones independente. Criticamente o filme resultou com boas avaliações que sublinharam a prestação de Josh O Connor num papel pouco convencional. Comercialmente o filme foi estreando de uma forma algo difusa ao longo de diversos espaços que conduziu a resultados competentes a volta do globo.

Sobre o filme podemos dizer que o caos das personagens e o seu lado pobre e bem contextualizado muito naquilo que o cinema italiano faz bem, detalhando contextos e formas de vida, e a excentricidade das personagens. isso e bem trabalhado em todos os momentos do filme e principalmente caracterizado na boa personagem central, a ancora de todo o filme.

Depois vamos tendo duas horas de sequencias algo aparatosas, filmadas de uma forma pouco convencional, mas com assinatura. Acabamos por criar alguma empatia com o grupo, mesmo sendo um conjunto de indigentes. No lado amoroso fica a ideia que esse lado do filme poderia e deveria ser melhor trabalhado.

Assim surge um curioso filme, original, bem protagonizado por um ator em ascenção em Hollywood e que gosta de arriscar, num filme de autor. Claro que muitos dos apontamentos podem ser considerados em alguns momentos algo demais, mas o risco e principalmente os pequenos apontamentos ideoligicos do filme merecem o seu particular destaque.

O filme fala de um indigente arqueologista que ganha a vida a recuperar oferendas de tumulos, que procura a sua amada, numa altura em que regressa ao seu grupo depois de ter sido preso e à familia da sua amada que de alguma forma vai contra o seu estilo de vida.

O argumento do filme não é propriamente muito trabalhado ou aprofundado. Fica a ideia da originalidade da abordagem que acaba por ser maior na forma do filme transmitir o seu conteudo do que propriamente nas palavras que usa. 

Na realizaçao a Alice Rohrwacher teve um ano de 2023 brilhante não so conseguindo o sucesso critico com esta longa metragem mas tambem conseguindo uma nomeaçao numa curta. A realizadora gosta do lado tradicional sem que isso lhe tira alguma originalidade da abordagem.

No que diz respeito ao cast podemos dizer que O Connor esta a criar uma boa carreira e neste filme tem o palco necessário para ganhar esse respeito. E intenso, entrega-se a uma personagem dificil e domina o filme. Ao seu lado a excentricidade do restante cast faz realçar a sua prestação.


O melhor - Alguns tiques de realizaçao originais.

O pior - O filme pode parecer em momentos demasiado difuso


Avaliação - B-

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